2. O termo “Web 2.0” busca descrever o atual período
da Rede, cuja ênfase passou da publicação para a
colaboração. O termo procura desenvolver a
chamada “arquitetura de participação”, sistema que
incorpora recursos de interconexão e
compartilhamento.
Os primeiros anos da web foram marcados pela linguagem HTML e pelo
sistema de envio de informações produzidas offline via FTP a um
servidor. A Web 2.0 caracteriza-se pela produção e recriação online dos
bens públicos através de recursos permanentemente atualizados.
Os sites, antes trabalhados como unidades isoladas, agora se encaixam
em um estrutura integrada de funcionalidades e conteúdo.
3. A produção colaborativa transforma-se no principal
valor, apostando-se que quanto mais integrantes
participarem da construção coletiva, mais conteúdo
pode ser compartilhado.
A hipertextualidade, com a Web 2.0, atinge sua terceira
geração, pois a abertura dos hipertextos à participação é
levada ao limite. Esta proposta de três fases da hipertextualidade
refere-se principalmente ao suporte tecnológico para a escrita,
embora as fases não sejam diretamente sucessivas e excludentes.
Duas formas de hipertextos abertos à escrita coletiva: documentos
em que diversas pessoas podem justapor textos escritos são chamados
“hipertextos colagem”. Aqueles em que todos os envolvidos
compartilham ideias a fim de estruturar um único texto são chamados
“hipertextos cooperativos”.
4. Além da escrita e da leitura, existem outras formas de
acesso e controle de hipertextos, como a criação de
links. Muitos sistemas abertos de hipertextos permitem
a adição de novos links, concedendo às pessoas não
apenas a visita às páginas da Web, mas também a
interferência nelas.
5. A revolução do computador pessoal e as alterações de
concepção e utilização dos computadores e das redes
eletrônicas evidenciam a vigência de uma nova cultura,
marcada pela presença e o funcionamento de um
sistema de redes interligadas.
Anos 80: os microcomputadores atuam em rede >>
mudanças na comunicação 90 – Internet no Brasil
– The World – 1º provedor comercial de acesso a
internet
Atualmente: computadores = amplificadores mentais
6. “Há um reconhecimento crescente pelos autores e estudiosos que a
Rede não é somente uma assembléia de hardwares operados através
de softwares, unidos por cabos. Talvez o aspecto mais interessante da
Rede é a nova cultura humana que está crescendo dentro de suas
premissas. Cadeias diferentes, que usam tecnologias diferentes,
desenvolveram sub- culturas diferentes. É o nascimento de uma
nova cultura mundial conectada em Rede.”
7. A escrita instaura uma nova situação prática de comunicação.
Combinando a flexibilidade da interação humana com a independência
no tempo e no espaço, sem perder velocidade, as redes de computadores
oferecem possibilidades inéditas de interação mediatizada. De acordo com
o tempo de demora entre o envio de mensagens e sua chegada ao destino,
as comunicações mediadas por computador (CMC) resultam em
modalidades sincrônicas – em tempo real, on line, como os chats
– e assincrônicas – offline, como os e-mails – restabelecendo o hábito do
exercício da escrita.
8. A tradicional proposta de redação da cultura impressa
encontra no ambiente virtual um novo espaço,
caracterizado por um intercâmbio acelerativo e até
vertiginoso, como no caso dos chats.
Os internautas são escritores, ao seu jeito inovadores.
Utilizam um laboratório de produção textual eletrônica,
desenham palavras e constroem mensagens,
comunicando-se de modo sofisticado e original.
9. O hipertexto é usado praticamente em todos os sites disponíveis na
Internet, fornecendo uma maneira de se explorar grandes conteúdos
textuais em espaços (telas) reduzidos. Como a informação, muitas
vezes é de grande extensão, só pode estar presente na Internet por
meio do hipertexto.
Construído por muitas mãos, e aberto para todos os links e sentidos
possíveis. O hipertexto possibilita, desta forma, a escrita coletiva, um
tipo de texto que permite colaboração e revisão dinâmica.
Audiência da Internet em três categorias: os usuários,
que vão para a Web procurando informações com fins
específicos; os espectadores, que procuram
entretenimento (sites de áudio, gráficos interessantes
informação surpreendente); e os leitores, que
realmente leem os textos que encontram nos Web sites.
10. Quando é produzido um artigo impresso, o autor
pressupõe que ele será lido na ordem em que foi
elaborado. Já na Web, com a utilização do hipertexto,
o autor não determina a ordem de leitura. Dessa forma,
ele precisa criar maneiras de deixar claro quais são as
informações mais importantes do site e fazer com que o
leitor as encontre facilmente.
No ciberespaço, não é mais o leitor que se desloca diante do texto, mas é
o texto que se desloca e se desdobra de forma diferente no contato com
cada leitor, possibilitando que este não mais se coloque numa posição
passiva diante de um texto estático, mas com uma maior interatividade.
11. A leitura na internet e no livro, bem como a leitura nos
demais meios (TV, vídeo, cinema, etc.), são todas
complementares entre si. O empobrecimento está
na falta de acesso, no uso de apenas e somente uma
delas sem as demais. Todas possibilitam leituras
complementares, divergentes, pontos de vista que nos
farão ver/ler o mundo de variadas maneiras.
13. Sistema Co-link: permite que qualquer interagente
crie, mude e apague novos links associativos em
um texto e/ou acrescente novos destinos a um
link já disponível. Quando um link é clicado, um
pequeno menu se abre ao lado da palavra com
uma lista de direções possíveis, multiplicando as
possibilidades navegacionais.
Essa ferramenta permite que os leitores encontrem as trilhas associativas
dos visitantes anteriores, criando uma memória coletiva em formato
digital.
A tecnologia Co-link pode ser de particular interesse para projetos
educacionais e científicos e para as comunidades virtuais. Nos ambientes
educacionais, os co-links poderiam ser usados para promover as
dinâmicas em grupo e, consequentemente, a escrita coletiva.
14. Co-texto: experimento que teve como objetivo testar
o processo de escrita coletiva e a criação de co-links
por dois grupos de estudo de cidades diferentes.
Os resultados demonstraram que a cooperação não
significa a ausência de conflito e mesmo competição.
Os participantes relataram dificuldades para escrever
uma única peça em conjunto (lutando contra o paradigma da autoria
individual), eles enviaram seus melhores esforços para produzir uma
argumentação coerente.
Mesmos os links e co-links eram checados e por vezes corrigidos pelos
participantes. O hipertexto final produzido pelos grupos resultou em uma
boa compilação de todos os artigos estudados por eles. Os links
multidirecionais adicionados estendem a experiência de leitura.
15. A tecnologia co-link pode contribuir para o que
Johnson Eilola chama de “escrita com fragmentos”,
motivando os estudantes a buscar e compartilhar
trilhas para informação na Internet. O foco na
individualidade e produção poderia assim mudar
para colaboração e conexão.
16. Wikipédia
http://www.wikipedia.com.br/
Projeto de enciclopédia baseado na web e escrito de
maneira colaborativa. Aqui se tem o problema de
possíveis adições de informações falsas ou não
verificadas.
Open Film Project
http://www.openfilmproject.com.br/
Projeto mediado pela web no qual um curta-metragem
está sendo produzido a partir das ideias de qualquer
um que queira colaborar. Os interessados sugerem
deias para cada fase da produção, incluindo roteiro,
trilha sonora e produtos de divulgação. Uma equipe
organizadora é responsável por selecionar as melhores
ideias e encaixá-las na história.
17. Livro de todos
http://www.livrodetodos.com.br/
Projeto nascido para contribuir com democratização
do livro e da literatura no Brasil. Qualquer
um pode participar, escrevendo partes da história.
O livro é uma obra coletiva em que o participante,
após ler a história já escrita, pode continuar a
escrevê-la, conduzindo-a da forma que desejar quiser.
Yahoo! Respostas
http://br.answers.yahoo.com/
Os usuários postam suas dúvidas e elas são
respondidas por outros usuários de maneira
colaborativa. Aqui se tem o problema de possíveis
adições de informações falsas ou não verificadas e
brincadeiras de mau gosto.