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Um por todos .... e todos por um...
Pediram-me que fizesse um artigo (livre) tendo por base “O
Humanismo”. Muito haveria a dizer e sobre as mais variadas
perspectivas. Porém atendendo a que me dirijo prioritariamente a
Colegas e outros agentes de justiça que tão bem sabem o que é
o humanismo e o que ele representa, julgo ser mais importante do que
fazer considerações intelectuais, apelar a como o devemos exercer
neste momento de aflição e preocupação em que, infelizmente, todos
vivemos.
Todo o aquele que se cruza connosco traz uma história que muitas
vezes não somos capazes de ver, porém todos os que se cruzam
connosco deixam-nos algo muitas vezes sob a forma de ensinamento.
Estes ensinamentos que acabamos de uma maneira ou de outra por
incorporar em nós e que passam a fazer parte de nós são preciosos
auxiliares na nossa tarefa de concretizar a Justiça.
A Justiça é de pessoas para pessoas e não pode ser realizada sem que a
história de cada um seja olhada com consciência e com sentido ético .
A ideia de que a Justiça é o garante da igualdade e do equilíbrio em
sociedade não pode deixar de assentar numa ideia de consciência ética
em que o Homem é a figura central dotado de direitos e no reverso de
deveres, num equilíbrio muitas vezes precário e onde, sem Justiça a
força e o poder dos mais fortes sairia sempre vencedora.
Cabe-nos a nós, enquanto cidadãos e enquanto defensores da Justiça
olhar a história de cada um e colaborar de forma assertiva, com rigor
ético e moral, na tarefa de repor o equilíbrio que se mostra
indispensável para que a vida em sociedade seja a melhor possível.
E sim poderia continuar a tentar filosofar, mas seria em vão...
Este é o momento em que todos e cada um de nós deve apelar à sua
responsabilidade, à sua consciência, ao sentido ético e de cidadania e
agir apenas e só para cumprir um grande desígnio: o do respeito pelo
outro.
Este é o momento em que o nosso sentido de Humanidade e interajuda
deve ser mais forte, por si, por aqueles que o rodeiam e mais
importante pelo desconhecido que por si passa e cuja a história pode
mudar apenas e só porque se cruzou consigo.
Bem sabemos que não podemos ficar numa redoma à espera que o
tempo passe e tudo melhore, mas podemos todos focarmos no que
realmente importa e fazermos cada um a sua parte.
Branca Corrêa

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  • 1. Um por todos .... e todos por um... Pediram-me que fizesse um artigo (livre) tendo por base “O Humanismo”. Muito haveria a dizer e sobre as mais variadas perspectivas. Porém atendendo a que me dirijo prioritariamente a Colegas e outros agentes de justiça que tão bem sabem o que é o humanismo e o que ele representa, julgo ser mais importante do que fazer considerações intelectuais, apelar a como o devemos exercer neste momento de aflição e preocupação em que, infelizmente, todos vivemos. Todo o aquele que se cruza connosco traz uma história que muitas vezes não somos capazes de ver, porém todos os que se cruzam connosco deixam-nos algo muitas vezes sob a forma de ensinamento. Estes ensinamentos que acabamos de uma maneira ou de outra por incorporar em nós e que passam a fazer parte de nós são preciosos auxiliares na nossa tarefa de concretizar a Justiça. A Justiça é de pessoas para pessoas e não pode ser realizada sem que a história de cada um seja olhada com consciência e com sentido ético . A ideia de que a Justiça é o garante da igualdade e do equilíbrio em sociedade não pode deixar de assentar numa ideia de consciência ética em que o Homem é a figura central dotado de direitos e no reverso de deveres, num equilíbrio muitas vezes precário e onde, sem Justiça a força e o poder dos mais fortes sairia sempre vencedora. Cabe-nos a nós, enquanto cidadãos e enquanto defensores da Justiça olhar a história de cada um e colaborar de forma assertiva, com rigor ético e moral, na tarefa de repor o equilíbrio que se mostra indispensável para que a vida em sociedade seja a melhor possível. E sim poderia continuar a tentar filosofar, mas seria em vão...
  • 2. Este é o momento em que todos e cada um de nós deve apelar à sua responsabilidade, à sua consciência, ao sentido ético e de cidadania e agir apenas e só para cumprir um grande desígnio: o do respeito pelo outro. Este é o momento em que o nosso sentido de Humanidade e interajuda deve ser mais forte, por si, por aqueles que o rodeiam e mais importante pelo desconhecido que por si passa e cuja a história pode mudar apenas e só porque se cruzou consigo. Bem sabemos que não podemos ficar numa redoma à espera que o tempo passe e tudo melhore, mas podemos todos focarmos no que realmente importa e fazermos cada um a sua parte. Branca Corrêa