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2° Congresso Brasileiro de Política, Planejamento e Gestão em Saúde
01 a 03 de Outubro de 2013
Belo Horizonte - MG
MODELOS E PARÂMETROS INTERNACIONAIS
DE PROJEÇÃO DE ESPECIALIDADES
MÉDICAS
Autores • Alice Werneck Massote
• Ana Cristina de Sousa van Stralen
• Cristiana Leite Carvalho
• Jackson Freire Araújo
• Joice Carvalho Rodrigues
• Lucas Wan Der Maas
• Luís Antônio Bonolo de Campos
• Sabado Nicolau Girardi (Coordenador)
• Projeto: Monitoramento da Demanda por Especialidades
e Residências Médicas no Brasil.
2
Introdução  O provimento de recursos humanos são considerados um dos
elementos mais importantes para a prestação de cuidados à
saúde. Desta forma, o planejamento de recursos humanos em
saúde (RHS) é fundamental para a prestação de serviços de
qualidade.
 O planejamento de RHS envolve a estimativa da força de
trabalho necessária para atender às demandas futuras de
serviço de saúde.
 O objetivo fundamental é assegurar que existam profissionais
suficientes, com as especialidades adequadas, no lugar certo,
na hora certa, prestando o serviço certo e eficaz, a um custo
acessível.
3
Introdução Principais problemas que o planejamento de RHS enfrenta:
 O excesso de profissionais em algumas ocupações ou a
falta em outros, produzindo uma má distribuição funcional;
 Má distribuição geográfica da força de trabalho;
 Formação insuficiente ou treinamento inadequado;
 Prestação de serviços desnecessários;
 Profissionais sobrecarregados;
 Alta taxa de rotatividade de pessoal;
 Baixa qualidade no atendimento (privação de determinados
serviços de saúde, tempo de espera, etc);.
4
Introdução Estimar a força de trabalho necessária implica um balanceamento entre
demanda e oferta, que são influenciados por vários fatores imprevisíveis:
 Mudanças demográficas (queda da fecundidade, redução da
mortalidade, envelhecimento);
 Mudanças epidemiológicas (modificações nos padrões de
morbidade, invalidez e mortalidade);
 Mudanças tecnológicas, avanços científicos e novos tratamentos,
 Mudanças culturais e sociais;
 Mudanças nas políticas governamentais de atração e retenção de
profissionais;
 Mudanças da própria força de trabalho em saúde como o
envelhecimento e feminização das profissões;
 Mudanças na regulação profissional.
5
Introdução  Um aspecto ainda pouco abordado são as mudanças das
relações entre profissões em termos de sua jurisdição de
trabalho.
Ao examinar isoladamente a prática médica, o planejamento
de RHS, muitas vezes ignora a relação entre médicos e
outros profissionais, como a transferência de
responsabilidades entre especialidades médicas ou entre
diferentes categorias profissionais, também conhecida como
task-shifting (enfermeira anestesista e assistente de
médico).
6
Introdução  Várias ferramentas de projeção de RHS vem sendo
desenvolvidas, no entanto, muitas vezes elas têm se
mostrado inadequadas ou são implantadas de forma
inadequada. Muitos autores consideram que o contínuo
desequilíbrio dos RHS, ora apontando excesso, ora
escassez, é resultado de métodos de projeção inadequados.
O objetivo deste trabalho foi, portanto, fazer uma
revisão das abordagens de projeção existentes e
levantar os principais parâmetros utilizados
internacionalmente para calcular a demanda e oferta
de médicos especialistas.
7
Metodologia  Busca sistemática nas principais bases de dados
(Medline-Ovid, Sciello, Pubmed, etc.).
 Essa busca foi restrita a documentos publicados entre
os anos de 1990 e 2011. Procurou-se durante a busca
dar destaque a artigos de revisão que abordam o tema.
 Foram realizadas buscas complementares no Google
Scholar e foram revisadas as bibliografias dos artigos já
recuperados como relevantes.
 Nesta apresentação vamos nos restringir as principais
abordagens identificadas na revisão de literatura:
baseadas na oferta, na demanda, na necessidade e
benchmarking.
8
 Os modelos baseados na oferta buscam projetar o número
de médicos e especialistas necessários para atender a
população no futuro, levando em consideração o atual
serviço prestado e as possíveis mudanças na profissão
(envelhecimento, feminização) .
 Os modelos de projeção baseados nesta abordagem
entendem que o número, nível e distribuições de
profissionais atuais são adequados; que a idade e gênero
dos profissionais permanecerão constantes no futuro; e
que a quantidade e o perfil demográfico dos profissionais
mudam ao longo do tempo de acordo as tendências
atualmente observadas.
9
Abordagem
baseada na
Oferta
 Principais parâmetros utilizados nesta abordagem:
• atual razão médicos/habitantes.
• parâmetros demográficos, como idade e gênero dos
profissionais; movimentos migratórios;
• número de entradas e saídas do mercado de trabalho;
• jornada de trabalho.
10
Abordagem
baseada na
Oferta
 Principais limitações:
 Parte do pressuposto de que o atual parâmetro de
médicos/habitante está adequado;
 Não explora a distribuição e produtividade dos
profissionais de saúde;
 Muitas vezes não considera a evolução da demanda.
11
Abordagem
baseada na
Oferta
 Os modelos baseados na demanda buscam prever o
número de médicos necessários a partir da quantidade e
tipos de serviços de saúde demandados pela população,
levando em consideração as mudanças demográficas da
população.
 Esta abordagem parte do pressuposto de que a atual
demanda para cuidados de saúde e composição dos
serviços de saúde está adequada; que o perfil dos
profissionais de saúde (idade e gênero) permanecerá
constante no futuro; e que o perfil demográfico da
população muda ao longo do tempo de acordo com
projeções baseadas nas tendências atualmente
observadas.
12
Abordagem
baseada na
Demanda
 Os principais parâmetros utilizados nesta abordagem
incluem:
• taxas de utilização de serviços de saúde
• razão de médicos/habitante;
• perfil demográfico e epidemiológico da população;
• nível de renda da população;
• surgimento de novas doenças;
• impacto de novas tecnologias.
13
Abordagem
baseada na
Demanda
 Principais limitações:
• Requer uma grande quantidade de dados muitas vezes
não disponíveis e/ou de difícil mensurabilidade;
• Os parâmetros são sensíveis ao ambiente e
rapidamente alterados;
• Ignora evidências de que o aumento da oferta de
médicos pode aumentar a utilização dos serviços;
• Perpetua a utilização atual dos serviços, não levando
em consideração os serviços inadequados;
• Não leva em consideração a demanda para serviços
não curativos, como a medicina preventiva e a
pesquisa.
14
Abordagem
baseada na
Demanda
Abordagem
baseada na
Necessidade
 Esta abordagem, também conhecida como abordagem
epidemiológica, busca definir e prever déficits de
cuidados de saúde para projetar o número de médicos
necessário para manter a população saudável.
 Os modelos baseados nesta abordagem utilizam
evidências epidemiológicas de cada área de
especialidade e, baseado na opinião de profissionais e
peritos sobre a necessidade de cuidado, projeta o número
de profissionais necessários;
15
 Principais parâmetros utilizados:
• estado de saúde da população;
• padrões de prevalência e incidência de doenças;
• taxas de procedimentos realizados por especialidade;
• padrões de atendimento (número de consultas,
número de internações, etc.).
16
Abordagem
baseada na
Necessidade
 Principais limitações:
• Necessita de dados detalhados sobre a eficácia de
serviços médicos de determinadas condições de
saúde;
• Geralmente não considera mudanças tecnológicas e
mudanças na organização de serviços de saúde;
• Pode ter um caráter mais subjetivo, pois depende da
opinião de peritos;
• Ignora a questão da eficiência na alocação dos
profissionais entre diferentes setores da sociedade.
17
Abordagem
baseada na
Necessidade
Abordagem
Benchmarking
 Os modelos que utilizam como base o „Benchmarking‟
buscam projetar o número de profissionais de saúde a
partir de uma estimativa “ideal” de força de trabalho em
saúde.
 Estes modelos buscam identificar países, regiões e/ou
organizações de saúde que possuem uma similaridade
demográfica e de perfis de saúde, porém diferem no custo
e desenvolvimento de recursos de saúde;
 Países que possuem um menor número de médicos ativos,
sem afetar a qualidade da atenção ao paciente são
considerados benchmarks. Estes benchmarks são então
utilizados como parâmetros para estimar a força de
trabalho médica ideal.
18
Abordagem
Benchmarking
 Principal parâmetro utilizado:
• razão de médicos/habitantes
Como a abordagem de benchmarking é geralmente
mesclada a abordagens baseadas na oferta e na
demanda, os parâmetros utilizados seriam iguais aos da
abordagem com a qual o modelo foi mesclado.
19
Abordagem
Benchmarking
 Principais limitações:
• Desconsidera importantes fatores não
mensuráveis, como diferenças políticas e culturais;
• Geralmente não possui um critério claro de
escolha para a referência;
• Dificuldade na obtenção de comparabilidades
aceitáveis.
20
 A EPSM realizou uma projeção do número total de
médicos no Brasil para 2030 utilizando-se o modelo
demográfico, baseado na abordagem de oferta.
 A partir desta projeção geral foram realizadas duas
projeções por especialidades médicas através da técnica
Benchmarking, tendo como referência o modelo
americano e o canadense.
 O número de médicos/habitante no Brasil para 2030 foi
estimado considerando-se o número atual e a distribuição
de médicos/habitante nos Estados Unidos e no Canadá,
distribuídos por especialidades.
 Desta forma foi possível avaliar a falta ou excesso de mão
de obra no Brasil, nas especialidades médicas
consideradas no estudo.
21
Projeção de
especialistas
Brasil 2030
22
Fonte: relatório final “Monitoramento da demanda por especialidades e residências médicas no Brasil”,
EPSM/NESCON/FM/UFMG, 2012.
Benchmarking
(Modelo EUA)
Especialidades
Razão médicos por
100 mil hab.
Número de médicos (FTE)
2010 2030 Dif. 2010 2030 Dif.
Anestesiologista 7,4 13,4 6,0 14.423 30.103 15.680
Cardiologista 6,5 7,3 -0,6 12.674 16.405 3.731
Cirurgião geral 8,3 8,1 -0,2 16.124 18.270 2.146
Clínico 34,8 38,1 3,3 67.429 85.611 18.182
Geriatria 0,5 4,5 4,0 980 10.015 9.035
Ginecologista e obstetra 14,8 14,7 -0,1 28.699 33.050 4.351
Intensivista 2,6 4,6 2,0 5.098 10.334 5.236
Mastologista 0,6 0,6 0,1 1.118 1.430 312
Neurocirurgião 1,3 1,5 0,1 2.541 3.100 559
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Oftalmologista 5,6 6,5 0,9 10.909 14.324 3.415
Ortopedista 7,5 8,6 1,1 14.514 18.761 4.247
Pediatra 17,0 18,4 1,4 33.021 41.332 8.311
Saúde da família 19,0 38,2 19,2 36.808 85.770 48.962
Psiquiatria 3,1 13,6 10,5 5.929 30.501 24.572
Brasil 2010-2030: Razão médico-habitante e estimativas de médicos
segundo especialidades selecionadas, adotando o modelo dos EUA.
23
Brasil 2010-2030: Razão médico-habitante e estimativas de médicos
segundo especialidades selecionadas, adotando o modelo do Canadá.
Fonte: relatório final “Monitoramento da demanda por especialidades e residências médicas no Brasil”,
EPSM/NESCON/FM/UFMG, 2012.
Benchmarking
(Modelo Canadá)
Especialidades
Razão médicos por
100 mil hab.
Número de médicos (FTE)
2010 2030 Dif. 2010 2030 Dif.
Anestesiologista 7,4 7,2 -0,2 14.423 16.268 1.845
Cardiologista 6,5 5,6 -0,9 12.674 12.625 -49
Cirurgião geral 8,3 8,1 -0,2 16.124 18.191 2.067
Clínico 34,8 12,3 -22,6 67.429 27.502 -39.927
Geriatria 0,5 5,7 5,2 980 12.801 11.821
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Mastologista 0,6 0,6 0,1 1.118 1.430 312
Neurocirurgião 1,3 0,6 -0,7 2.541 1.355 -1.186
Neurologista 2,4 1,1 -1,3 4.700 2.497 -2.203
Oftalmologista 5,6 3,3 -2,3 10.909 7.467 -3.442
Ortopedista 7,5 2,9 -4,6 14.514 6.581 -7.933
Pediatra 17,0 5,2 -11,9 33.021 11.603 -21.418
Saúde da família 19,0 76,5 57,5 36.808 171.829 135.021
Psiquiatria 3,1 9,8 6,7 5.929 21.949 16.020
Task-shifting  Nos Estados Unidos, alguns planejadores de políticas de
RHS utilizam como parâmetro as razões de
médicos/habitantes da Kaiser Permanente, que é uma das
maiores seguradoras de saúde americana, conhecida
internacionalmente pela sua forma única de planejamento
de profissionais de saúde;
 Um dos principais diferenciais da Kaiser Permanente é a
utilização de task-shifting, como, por exemplo, o uso de
assistentes de médicos e enfermeiros anestesistas;
 A utilização de task-shifting tem, por sua vez revelado
razões de médicos/habitantes bastante inferiores às
razões dos Estados Unidos em geral.
24
Densidade de Médicos Ativos da Kaiser Permanente,
comparado com a oferta de médicos por 100.000 habitantes
(2000-2002) nos Estados Unidos.
25
Especialidades
Kaiser
Permanente
EUA
Cardiologista 2.9 6.6
Cirurgia Geral 5.8 10.6
Ginecologia/Obstetrícia 10.1 13.1
Intensivista 1.2 0.7
Medicina Interna 27.6 43.5
Médico da Família 12.7 30.2
Neurocirurgia 0.8 1.5
Neurologia 1.7 3.6
Ortopedia 4.1 6.9
Pediatra 15,3 19.0
Psiquiatria 5.7 13,5
Radiologia 5.3 9.5
Task-shifting
Fonte: Weiner, J. P., 2004.
Algumas
considerações
 Não existe uma fórmula única para se estabelecer a razão
ideal de médicos por habitantes.
 Normalmente os planejadores de RHS utilizam uma
combinação de modelos e métodos para realizar projeções
de médicos, que são constantemente moldados e adaptados.
 A literatura evidencia que as projeções não podem ser
realizadas isoladamente, pois são altamente dependentes de
fatores demográficos, sociais, culturais e econômicos, que
afetam o sistema de saúde.
26
Algumas
considerações
 Apesar de todas as abordagens listadas estarem sujeitas a
falhas, cada modelo serve como um elemento indicativo para
os planejadores de políticas públicas.
 A história evidencia que é difícil fazer previsões, mas por
outro lado, para agirmos, previsões são indispensáveis.
 O valor das previsões aumenta, quando temos meios para
intervir, por exemplo, através da definição de vagas, de
horários de trabalho, do escopo de prática médica, etc.
 O planejamento da força de trabalho não precisa ser perfeito,
mas para ser eficaz, deve ser visto como um processo
interativo, que vai sendo aprimorado ao longo do tempo.
27
Estação de Pesquisa de Sinais de Mercado
Observatório de Recursos Humanos em Saúde - UFMG
Obrigada!
Ana Cristina de Sousa van Stralen
anastralen@nescon.medicina.ufmg.br
Site: http://epsm.nescon.medicina.ufmg.br/epsm/
28

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Modelos internacionais de projeção de especialidades médicas

  • 1. 2° Congresso Brasileiro de Política, Planejamento e Gestão em Saúde 01 a 03 de Outubro de 2013 Belo Horizonte - MG MODELOS E PARÂMETROS INTERNACIONAIS DE PROJEÇÃO DE ESPECIALIDADES MÉDICAS
  • 2. Autores • Alice Werneck Massote • Ana Cristina de Sousa van Stralen • Cristiana Leite Carvalho • Jackson Freire Araújo • Joice Carvalho Rodrigues • Lucas Wan Der Maas • Luís Antônio Bonolo de Campos • Sabado Nicolau Girardi (Coordenador) • Projeto: Monitoramento da Demanda por Especialidades e Residências Médicas no Brasil. 2
  • 3. Introdução  O provimento de recursos humanos são considerados um dos elementos mais importantes para a prestação de cuidados à saúde. Desta forma, o planejamento de recursos humanos em saúde (RHS) é fundamental para a prestação de serviços de qualidade.  O planejamento de RHS envolve a estimativa da força de trabalho necessária para atender às demandas futuras de serviço de saúde.  O objetivo fundamental é assegurar que existam profissionais suficientes, com as especialidades adequadas, no lugar certo, na hora certa, prestando o serviço certo e eficaz, a um custo acessível. 3
  • 4. Introdução Principais problemas que o planejamento de RHS enfrenta:  O excesso de profissionais em algumas ocupações ou a falta em outros, produzindo uma má distribuição funcional;  Má distribuição geográfica da força de trabalho;  Formação insuficiente ou treinamento inadequado;  Prestação de serviços desnecessários;  Profissionais sobrecarregados;  Alta taxa de rotatividade de pessoal;  Baixa qualidade no atendimento (privação de determinados serviços de saúde, tempo de espera, etc);. 4
  • 5. Introdução Estimar a força de trabalho necessária implica um balanceamento entre demanda e oferta, que são influenciados por vários fatores imprevisíveis:  Mudanças demográficas (queda da fecundidade, redução da mortalidade, envelhecimento);  Mudanças epidemiológicas (modificações nos padrões de morbidade, invalidez e mortalidade);  Mudanças tecnológicas, avanços científicos e novos tratamentos,  Mudanças culturais e sociais;  Mudanças nas políticas governamentais de atração e retenção de profissionais;  Mudanças da própria força de trabalho em saúde como o envelhecimento e feminização das profissões;  Mudanças na regulação profissional. 5
  • 6. Introdução  Um aspecto ainda pouco abordado são as mudanças das relações entre profissões em termos de sua jurisdição de trabalho. Ao examinar isoladamente a prática médica, o planejamento de RHS, muitas vezes ignora a relação entre médicos e outros profissionais, como a transferência de responsabilidades entre especialidades médicas ou entre diferentes categorias profissionais, também conhecida como task-shifting (enfermeira anestesista e assistente de médico). 6
  • 7. Introdução  Várias ferramentas de projeção de RHS vem sendo desenvolvidas, no entanto, muitas vezes elas têm se mostrado inadequadas ou são implantadas de forma inadequada. Muitos autores consideram que o contínuo desequilíbrio dos RHS, ora apontando excesso, ora escassez, é resultado de métodos de projeção inadequados. O objetivo deste trabalho foi, portanto, fazer uma revisão das abordagens de projeção existentes e levantar os principais parâmetros utilizados internacionalmente para calcular a demanda e oferta de médicos especialistas. 7
  • 8. Metodologia  Busca sistemática nas principais bases de dados (Medline-Ovid, Sciello, Pubmed, etc.).  Essa busca foi restrita a documentos publicados entre os anos de 1990 e 2011. Procurou-se durante a busca dar destaque a artigos de revisão que abordam o tema.  Foram realizadas buscas complementares no Google Scholar e foram revisadas as bibliografias dos artigos já recuperados como relevantes.  Nesta apresentação vamos nos restringir as principais abordagens identificadas na revisão de literatura: baseadas na oferta, na demanda, na necessidade e benchmarking. 8
  • 9.  Os modelos baseados na oferta buscam projetar o número de médicos e especialistas necessários para atender a população no futuro, levando em consideração o atual serviço prestado e as possíveis mudanças na profissão (envelhecimento, feminização) .  Os modelos de projeção baseados nesta abordagem entendem que o número, nível e distribuições de profissionais atuais são adequados; que a idade e gênero dos profissionais permanecerão constantes no futuro; e que a quantidade e o perfil demográfico dos profissionais mudam ao longo do tempo de acordo as tendências atualmente observadas. 9 Abordagem baseada na Oferta
  • 10.  Principais parâmetros utilizados nesta abordagem: • atual razão médicos/habitantes. • parâmetros demográficos, como idade e gênero dos profissionais; movimentos migratórios; • número de entradas e saídas do mercado de trabalho; • jornada de trabalho. 10 Abordagem baseada na Oferta
  • 11.  Principais limitações:  Parte do pressuposto de que o atual parâmetro de médicos/habitante está adequado;  Não explora a distribuição e produtividade dos profissionais de saúde;  Muitas vezes não considera a evolução da demanda. 11 Abordagem baseada na Oferta
  • 12.  Os modelos baseados na demanda buscam prever o número de médicos necessários a partir da quantidade e tipos de serviços de saúde demandados pela população, levando em consideração as mudanças demográficas da população.  Esta abordagem parte do pressuposto de que a atual demanda para cuidados de saúde e composição dos serviços de saúde está adequada; que o perfil dos profissionais de saúde (idade e gênero) permanecerá constante no futuro; e que o perfil demográfico da população muda ao longo do tempo de acordo com projeções baseadas nas tendências atualmente observadas. 12 Abordagem baseada na Demanda
  • 13.  Os principais parâmetros utilizados nesta abordagem incluem: • taxas de utilização de serviços de saúde • razão de médicos/habitante; • perfil demográfico e epidemiológico da população; • nível de renda da população; • surgimento de novas doenças; • impacto de novas tecnologias. 13 Abordagem baseada na Demanda
  • 14.  Principais limitações: • Requer uma grande quantidade de dados muitas vezes não disponíveis e/ou de difícil mensurabilidade; • Os parâmetros são sensíveis ao ambiente e rapidamente alterados; • Ignora evidências de que o aumento da oferta de médicos pode aumentar a utilização dos serviços; • Perpetua a utilização atual dos serviços, não levando em consideração os serviços inadequados; • Não leva em consideração a demanda para serviços não curativos, como a medicina preventiva e a pesquisa. 14 Abordagem baseada na Demanda
  • 15. Abordagem baseada na Necessidade  Esta abordagem, também conhecida como abordagem epidemiológica, busca definir e prever déficits de cuidados de saúde para projetar o número de médicos necessário para manter a população saudável.  Os modelos baseados nesta abordagem utilizam evidências epidemiológicas de cada área de especialidade e, baseado na opinião de profissionais e peritos sobre a necessidade de cuidado, projeta o número de profissionais necessários; 15
  • 16.  Principais parâmetros utilizados: • estado de saúde da população; • padrões de prevalência e incidência de doenças; • taxas de procedimentos realizados por especialidade; • padrões de atendimento (número de consultas, número de internações, etc.). 16 Abordagem baseada na Necessidade
  • 17.  Principais limitações: • Necessita de dados detalhados sobre a eficácia de serviços médicos de determinadas condições de saúde; • Geralmente não considera mudanças tecnológicas e mudanças na organização de serviços de saúde; • Pode ter um caráter mais subjetivo, pois depende da opinião de peritos; • Ignora a questão da eficiência na alocação dos profissionais entre diferentes setores da sociedade. 17 Abordagem baseada na Necessidade
  • 18. Abordagem Benchmarking  Os modelos que utilizam como base o „Benchmarking‟ buscam projetar o número de profissionais de saúde a partir de uma estimativa “ideal” de força de trabalho em saúde.  Estes modelos buscam identificar países, regiões e/ou organizações de saúde que possuem uma similaridade demográfica e de perfis de saúde, porém diferem no custo e desenvolvimento de recursos de saúde;  Países que possuem um menor número de médicos ativos, sem afetar a qualidade da atenção ao paciente são considerados benchmarks. Estes benchmarks são então utilizados como parâmetros para estimar a força de trabalho médica ideal. 18
  • 19. Abordagem Benchmarking  Principal parâmetro utilizado: • razão de médicos/habitantes Como a abordagem de benchmarking é geralmente mesclada a abordagens baseadas na oferta e na demanda, os parâmetros utilizados seriam iguais aos da abordagem com a qual o modelo foi mesclado. 19
  • 20. Abordagem Benchmarking  Principais limitações: • Desconsidera importantes fatores não mensuráveis, como diferenças políticas e culturais; • Geralmente não possui um critério claro de escolha para a referência; • Dificuldade na obtenção de comparabilidades aceitáveis. 20
  • 21.  A EPSM realizou uma projeção do número total de médicos no Brasil para 2030 utilizando-se o modelo demográfico, baseado na abordagem de oferta.  A partir desta projeção geral foram realizadas duas projeções por especialidades médicas através da técnica Benchmarking, tendo como referência o modelo americano e o canadense.  O número de médicos/habitante no Brasil para 2030 foi estimado considerando-se o número atual e a distribuição de médicos/habitante nos Estados Unidos e no Canadá, distribuídos por especialidades.  Desta forma foi possível avaliar a falta ou excesso de mão de obra no Brasil, nas especialidades médicas consideradas no estudo. 21 Projeção de especialistas Brasil 2030
  • 22. 22 Fonte: relatório final “Monitoramento da demanda por especialidades e residências médicas no Brasil”, EPSM/NESCON/FM/UFMG, 2012. Benchmarking (Modelo EUA) Especialidades Razão médicos por 100 mil hab. Número de médicos (FTE) 2010 2030 Dif. 2010 2030 Dif. Anestesiologista 7,4 13,4 6,0 14.423 30.103 15.680 Cardiologista 6,5 7,3 -0,6 12.674 16.405 3.731 Cirurgião geral 8,3 8,1 -0,2 16.124 18.270 2.146 Clínico 34,8 38,1 3,3 67.429 85.611 18.182 Geriatria 0,5 4,5 4,0 980 10.015 9.035 Ginecologista e obstetra 14,8 14,7 -0,1 28.699 33.050 4.351 Intensivista 2,6 4,6 2,0 5.098 10.334 5.236 Mastologista 0,6 0,6 0,1 1.118 1.430 312 Neurocirurgião 1,3 1,5 0,1 2.541 3.100 559 Neurologista 2,4 4,2 1,8 4.700 8.098 3.398 Oftalmologista 5,6 6,5 0,9 10.909 14.324 3.415 Ortopedista 7,5 8,6 1,1 14.514 18.761 4.247 Pediatra 17,0 18,4 1,4 33.021 41.332 8.311 Saúde da família 19,0 38,2 19,2 36.808 85.770 48.962 Psiquiatria 3,1 13,6 10,5 5.929 30.501 24.572 Brasil 2010-2030: Razão médico-habitante e estimativas de médicos segundo especialidades selecionadas, adotando o modelo dos EUA.
  • 23. 23 Brasil 2010-2030: Razão médico-habitante e estimativas de médicos segundo especialidades selecionadas, adotando o modelo do Canadá. Fonte: relatório final “Monitoramento da demanda por especialidades e residências médicas no Brasil”, EPSM/NESCON/FM/UFMG, 2012. Benchmarking (Modelo Canadá) Especialidades Razão médicos por 100 mil hab. Número de médicos (FTE) 2010 2030 Dif. 2010 2030 Dif. Anestesiologista 7,4 7,2 -0,2 14.423 16.268 1.845 Cardiologista 6,5 5,6 -0,9 12.674 12.625 -49 Cirurgião geral 8,3 8,1 -0,2 16.124 18.191 2.067 Clínico 34,8 12,3 -22,6 67.429 27.502 -39.927 Geriatria 0,5 5,7 5,2 980 12.801 11.821 Ginecologista e obstetra 14,8 5,5 -9,3 28.699 12.426 -16.273 Intensivista 2,6 4,6 2,0 5.098 10.334 5.236 Mastologista 0,6 0,6 0,1 1.118 1.430 312 Neurocirurgião 1,3 0,6 -0,7 2.541 1.355 -1.186 Neurologista 2,4 1,1 -1,3 4.700 2.497 -2.203 Oftalmologista 5,6 3,3 -2,3 10.909 7.467 -3.442 Ortopedista 7,5 2,9 -4,6 14.514 6.581 -7.933 Pediatra 17,0 5,2 -11,9 33.021 11.603 -21.418 Saúde da família 19,0 76,5 57,5 36.808 171.829 135.021 Psiquiatria 3,1 9,8 6,7 5.929 21.949 16.020
  • 24. Task-shifting  Nos Estados Unidos, alguns planejadores de políticas de RHS utilizam como parâmetro as razões de médicos/habitantes da Kaiser Permanente, que é uma das maiores seguradoras de saúde americana, conhecida internacionalmente pela sua forma única de planejamento de profissionais de saúde;  Um dos principais diferenciais da Kaiser Permanente é a utilização de task-shifting, como, por exemplo, o uso de assistentes de médicos e enfermeiros anestesistas;  A utilização de task-shifting tem, por sua vez revelado razões de médicos/habitantes bastante inferiores às razões dos Estados Unidos em geral. 24
  • 25. Densidade de Médicos Ativos da Kaiser Permanente, comparado com a oferta de médicos por 100.000 habitantes (2000-2002) nos Estados Unidos. 25 Especialidades Kaiser Permanente EUA Cardiologista 2.9 6.6 Cirurgia Geral 5.8 10.6 Ginecologia/Obstetrícia 10.1 13.1 Intensivista 1.2 0.7 Medicina Interna 27.6 43.5 Médico da Família 12.7 30.2 Neurocirurgia 0.8 1.5 Neurologia 1.7 3.6 Ortopedia 4.1 6.9 Pediatra 15,3 19.0 Psiquiatria 5.7 13,5 Radiologia 5.3 9.5 Task-shifting Fonte: Weiner, J. P., 2004.
  • 26. Algumas considerações  Não existe uma fórmula única para se estabelecer a razão ideal de médicos por habitantes.  Normalmente os planejadores de RHS utilizam uma combinação de modelos e métodos para realizar projeções de médicos, que são constantemente moldados e adaptados.  A literatura evidencia que as projeções não podem ser realizadas isoladamente, pois são altamente dependentes de fatores demográficos, sociais, culturais e econômicos, que afetam o sistema de saúde. 26
  • 27. Algumas considerações  Apesar de todas as abordagens listadas estarem sujeitas a falhas, cada modelo serve como um elemento indicativo para os planejadores de políticas públicas.  A história evidencia que é difícil fazer previsões, mas por outro lado, para agirmos, previsões são indispensáveis.  O valor das previsões aumenta, quando temos meios para intervir, por exemplo, através da definição de vagas, de horários de trabalho, do escopo de prática médica, etc.  O planejamento da força de trabalho não precisa ser perfeito, mas para ser eficaz, deve ser visto como um processo interativo, que vai sendo aprimorado ao longo do tempo. 27
  • 28. Estação de Pesquisa de Sinais de Mercado Observatório de Recursos Humanos em Saúde - UFMG Obrigada! Ana Cristina de Sousa van Stralen anastralen@nescon.medicina.ufmg.br Site: http://epsm.nescon.medicina.ufmg.br/epsm/ 28