SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 16
Baixar para ler offline
3/19/2014
1
MECÂNICA DOS MATERIAIS
(Tecnologia e Sistemas Estruturais III – 10616)
2 – TORÇÃO DE EIXOS CIRCULARES
Professor: Tiago Toitio (tiago.toitio@uniube.br)
NOTA: slides são apenas um material de apoio para direcionar o estudo. Nunca substitui os livros, que devem ser consultados sempre, para estudo e pesquisa.
CONTEÚDO
2.1 – Introdução à torção
2.2 – Deformações por torção de barra circular
2.3 – Barras circulares de materiais elásticos lineares
2.4 – Torção não-uniforme
2.5 – Tensões e deformações em cisalhamento puro
2.6 – Transmissão de potência por eixos circulares
3/19/2014
2
Torção rotação de um elemento submetido a momentos torsores (torques)
ao redor de um eixo longitudinal.
Torque: T = F . d (produto da força que produz o torque pelo braço de momento)
Figura 1 – Representações de momentos torsores (torques).
3/19/2014
3
Binário (Conjugado) duas forças paralelas de mesma intensidade, sentidos
opostos e separados por uma distância perpendicular d. Como a força resultante é
nula, o único efeito de um binário é produzir rotação ou tendência à rotação em
determinada direção.
Momento T devido a um binário:
P – força do binário [N]
d – distância entre as forças do binário [m]
dPT 
Figura 2 – Momento torsor (torque) devido a um binário.
3/19/2014
4
Seja uma barra prismática de seção transversal circular submetida a torques T
agindo nas extremidades (Figura 3).
Suponha que a extremidade esquerda da barra esteja fixa. Então, sob a ação to
torque T, a extremidade direita irá rotacionar (com relação à extremidade
esquerda) de um pequeno ângulo f ângulo de torção f (x).
Devido a essa rotação, uma linha longitudinal retilínea pq na superfície da barra se
tornará uma curva helicoidal pq’.
Figura 3 – Deformações por torção de uma barra de seção circular.
3/19/2014
5
Considere agora um elemento de barra entre duas seções transversais distantes
dx uma da outra (Figura 4).
Em uma superfície externa indentifica-se um pequeno elemento abcd indeformado.
Após a aplicação do torque, a seção transversal direita rotaciona em relação à
extremidade esquerda em um pequeno ângulo de torção df. O elemento
deformado é ab’c’d.
Os ângulos entre as faces do elemento ab’c’d não são mais 90º o elemento
está num estado de cisalhamento, isto é, submetido à deformações de
cisalhamento g.
Figura 4 – Deformações por torção de um elemento dx.
3/19/2014
6
Deformação de cisalhamento na superfície da barra:
df / dx razão de torção (ângulo de torção por unidade de comprimento)
Deformação de cisalhamento no interior da barra:
dx
dr
máx
f
g

.
.máx
rdx
d
g

g
f
g 


Deformações de cisalhamento g tensões de cisalhamento t.
Lei de Hooke para cisalhamento:
gt  G
3/19/2014
7
FÓRMULA DA TORÇÃO:
tmáx. – tensão de cisalhamento máxima devida ao torque [N/m²]
T – torque [N.m]
r – raio do eixo de seção circular [m]
p – momento de inércia polar [m4]
p
máx
I
rT 
.t
Momento de inércia polar para seção transversal circular:
d – diâmetro do círculo [m]
r – raio do círculo [m]
322
44
dr
Ip





3/19/2014
8
ÂNGULO DE TORÇÃO:
f – ângulo de torção [rad]
T – torque [N.m]
G – módulo de elasticidade de cisalhamento [N/m²]
p – momento de inércia polar [m4]
pIG
LT


f
Torção não-uniforme torques podem agir em qualquer ponto ao longo do
eixo da barra, que não necessariamente é prismática.
Análise de torção não-uniforme aplicar as fórmulas de torção para os
segmentos individuais da barra e somar os resultados; ou aplicar as fórmulas para
elementos diferenciais e integrar.
3/19/2014
9
Barra consistindo de segmentos prismáticos com torque constante ao longo de
cada segmento:
   


n
i ipi
ii
n
i
i
IG
LT
11
ff
3/19/2014
10
Eixos rotativos transmitem potência mecânica de um dispositivo para outro.
Exemplos: virabrequim de um automóvel, eixo propulsor de um navio, eixo de uma
bicicleta, etc.
Potência é transmitida através de um movimento rotatório do eixo, e a quantidade
de potência transmitida depende da magnitude do torque e da velocidade de
rotação. Um problema comum de dimensionamento é determinar o tamanho
necessário de um eixo de forma que ele transmita uma potência numa velocidade
de rotação especificada sem exceder as tensões admissíveis para o material.
Figura 5 – Eixo transmitindo um torque constante T a uma velocidade angular w.
3/19/2014
11
Trabalho W [J] realizado por um torque T de intensidade constante:
y ângulo de rotação (deslocamento angular) [rad]
Potência [W] (taxa em que trabalho é realizado):
w velocidade angular [rad/s] * w = 2 . (frequência [Hz])
y TW
dt
d
T
dt
dW
P
y

w
y

dt
d
w TP
EXEMPLO 1. Uma barra de aço sólida de seção transversal circular tem diâmetro
d = 40 mm, comprimento L = 1,3 m e módulo de elasticidade G = 80 GPa. A barra
está submetida a torques T agindo nas extremidades.
a. Esboçar a distribuição de tensões cisalhantes em uma linha radial na seção
transversal do eixo.
b. Se os torques têm intensidade T = 340 N.m, calcular a tensão de cisalhamento
máxima na barra e o ângulo de torção entre as extremidades.
3/19/2014
12
EXEMPLO 2. Um eixo propulsor de um pequeno iate é feito de uma barra de aço
sólida de seção transversal circular de diâmetro d = 104 mm e módulo de
elasticidade G = 80 GPa.
Se a tensão de cisalhamento admissível é 48 MPa e a razão de torção admissível
é 2,0º em 3,5 metros, calcular o torque que pode ser aplicado ao eixo.
EXEMPLO 3. Um eixo de aço (G = 78 GPa) deve ser fabricado com uma barra
circular sólida (maciça) ou com um tubo circular. O eixo deve transmitir um torque
de 1200 N.m sem exceder uma tensão de cisalhamento admissível de 40 MPa
nem a uma razão de torção de 0,75º/m.
a. Calcular o diâmetro necessário d0 do eixo maciço.
b. Calcular o diâmetro externo necessário d2 do eixo vazado se a espessura t do
eixo for especificada como um décimo do diâmetro externo.
c. Calcular a razão dos diâmetros e a razão dos pesos dos eixos maciço e
vazado.
3/19/2014
13
EXEMPLO 4. Um eixo sólido de aço (G = 80 GPa) de diâmetro d = 30 mm gira
livremente em mancais nos pontos A e E. O eixo é acionado pela engrenagem C,
que aplica um torque T2 = 450 N.m na direção indicada (Figura 5). As engrenagens
em B e D são giradas pelo eixo e têm torques resistentes T1 = 275 N.m e T3 = 175
N.m, respectivamente, em sentido oposto a T2. Os segmentos BC e CD têm
comprimentos LBC = 500 mm e LCD = 400 mm.
Calcular a tensão de cisalhamento máxima para cada parte do eixo e o ângulo de
torção entre as engrenagens B e D.
Figura 5 – Exemplo 4.
3/19/2014
14
EXEMPLO 5. Um maciço de aço (G = 76 GPa) de seção circular é submetido aos
torques T1 = 2300 N.m e T2 = 900 N.m agindo nas direções indicadas.
Dados: L1 = 760 mm; L2 = 510 mm; d1 = 58 mm; d2 = 45 mm.
a. Calcular a tensão de cisalhamento máxima no eixo.
b. Calcular o ângulo de torção (em graus) na extremidade C.
EXEMPLO 6. Um tubo vazado construído em metal monel (G = 66 GPa) é
submetido a torques agindo nas direções indicadas. As magnitudes dos torques
são T1 = 100 N.m, T2 = T4 = 50 N.m e T3 = T5 = 80 N.m. O tubo tem diâmetro
externo d2 = 25 mm. A tensão de cisalhamento admissível é 80 MPa e a razão de
torção admissível é 6º/m.
Calcular o máximo diâmetro interno permitido d1 do tubo.
3/19/2014
15
EXEMPLO 7. Um motor rotacionando um eixo circular maciço de aço transmite 30
kW de potência para uma engrenagem em B. A tensão de cisalhamento admissível
para o aço é 42 MPa.
a. Calcular o diâmetro necessário d do eixo se ele é operado a 500 rpm.
b. Calcular o diâmetro necessário d do eixo se ele é operado a 4000 rpm.
RESPOSTAS DOS EXEMPLOS:
Exemplo 1 tmáx. = 27,1 MPa e f = 0,02198 rad (1,26º)
Exemplo 2 Tmáx. = 9164 N.m
Exemplo 3 a. d0 = 58,8 mm. b. d2 = 67,1 mm. c. 1,14 e 0,47
Exemplo 4 tmáx.BC = 51,9 MPa e tmáx.CD = 33,0 MPa. fBD = 0,0106 rad
Exemplo 5 tmáx. = 50,3 MPa. fC = 0,14º
Exemplo 6 d1 = 20,7 mm
Exemplo 7 a. d = 41,1 mm. b. d = 20,55 mm
3/19/2014
16
FIM

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Capitulo 8 flexão (2)
Capitulo 8   flexão (2)Capitulo 8   flexão (2)
Capitulo 8 flexão (2)Tiago Gomes
 
Resolução da lista de exercícios 1 complementos de rm-7
Resolução da lista de exercícios 1  complementos de rm-7Resolução da lista de exercícios 1  complementos de rm-7
Resolução da lista de exercícios 1 complementos de rm-7Eduardo Spech
 
Resistência dos Materiais - Torção
Resistência dos Materiais - TorçãoResistência dos Materiais - Torção
Resistência dos Materiais - TorçãoRodrigo Meireles
 
Exercicios resolvidos resmat
Exercicios resolvidos resmatExercicios resolvidos resmat
Exercicios resolvidos resmatMarinaldo Junior
 
Resmat ii material de aula com exercicios da av1 até av2
Resmat ii material de aula com exercicios da av1 até av2Resmat ii material de aula com exercicios da av1 até av2
Resmat ii material de aula com exercicios da av1 até av2Douglas Alves
 
Exercicios resolvidos de resmat mecsol
Exercicios resolvidos de resmat mecsolExercicios resolvidos de resmat mecsol
Exercicios resolvidos de resmat mecsolDanieli Franco Mota
 
Soluções resistência dos materiais - beer & johnston - 3a ed
Soluções   resistência dos materiais - beer & johnston - 3a edSoluções   resistência dos materiais - beer & johnston - 3a ed
Soluções resistência dos materiais - beer & johnston - 3a edLeandroHFDiogenes
 
3. cálculo dos esforços em vigas
3. cálculo dos esforços em vigas3. cálculo dos esforços em vigas
3. cálculo dos esforços em vigasWillian De Sá
 
Terceira lista de_exercícios
Terceira lista de_exercíciosTerceira lista de_exercícios
Terceira lista de_exercíciosRicardo Ignácio
 
Apostila sensacional !! deformacao de vigas em flexao
Apostila sensacional !! deformacao de vigas em flexaoApostila sensacional !! deformacao de vigas em flexao
Apostila sensacional !! deformacao de vigas em flexaoHenrique Almeida
 
Plano e Retas no Espaço: Exercícios Resolvidos
Plano e Retas no Espaço:  Exercícios ResolvidosPlano e Retas no Espaço:  Exercícios Resolvidos
Plano e Retas no Espaço: Exercícios Resolvidosnumerosnamente
 
96893253 tabela-centroides-de-areas
96893253 tabela-centroides-de-areas96893253 tabela-centroides-de-areas
96893253 tabela-centroides-de-areasJoão Ferreira
 

Mais procurados (20)

Capitulo 8 flexão (2)
Capitulo 8   flexão (2)Capitulo 8   flexão (2)
Capitulo 8 flexão (2)
 
Aula 02 torcao
Aula 02   torcaoAula 02   torcao
Aula 02 torcao
 
Aula 12 torção
Aula 12 torçãoAula 12 torção
Aula 12 torção
 
Lista de resistência dos materiais
Lista de resistência dos materiaisLista de resistência dos materiais
Lista de resistência dos materiais
 
Resolução da lista de exercícios 1 complementos de rm-7
Resolução da lista de exercícios 1  complementos de rm-7Resolução da lista de exercícios 1  complementos de rm-7
Resolução da lista de exercícios 1 complementos de rm-7
 
FLEXÕES
FLEXÕESFLEXÕES
FLEXÕES
 
Resistência dos Materiais - Torção
Resistência dos Materiais - TorçãoResistência dos Materiais - Torção
Resistência dos Materiais - Torção
 
Flambagem
FlambagemFlambagem
Flambagem
 
Exercicios resolvidos resmat
Exercicios resolvidos resmatExercicios resolvidos resmat
Exercicios resolvidos resmat
 
Resmat ii material de aula com exercicios da av1 até av2
Resmat ii material de aula com exercicios da av1 até av2Resmat ii material de aula com exercicios da av1 até av2
Resmat ii material de aula com exercicios da av1 até av2
 
Exercício Resolvido 1 - Tensão Média
Exercício Resolvido 1 - Tensão MédiaExercício Resolvido 1 - Tensão Média
Exercício Resolvido 1 - Tensão Média
 
Exercicios resolvidos de resmat mecsol
Exercicios resolvidos de resmat mecsolExercicios resolvidos de resmat mecsol
Exercicios resolvidos de resmat mecsol
 
Soluções resistência dos materiais - beer & johnston - 3a ed
Soluções   resistência dos materiais - beer & johnston - 3a edSoluções   resistência dos materiais - beer & johnston - 3a ed
Soluções resistência dos materiais - beer & johnston - 3a ed
 
3. cálculo dos esforços em vigas
3. cálculo dos esforços em vigas3. cálculo dos esforços em vigas
3. cálculo dos esforços em vigas
 
Terceira lista de_exercícios
Terceira lista de_exercíciosTerceira lista de_exercícios
Terceira lista de_exercícios
 
Apostila sensacional !! deformacao de vigas em flexao
Apostila sensacional !! deformacao de vigas em flexaoApostila sensacional !! deformacao de vigas em flexao
Apostila sensacional !! deformacao de vigas em flexao
 
Aula2
Aula2Aula2
Aula2
 
Plano e Retas no Espaço: Exercícios Resolvidos
Plano e Retas no Espaço:  Exercícios ResolvidosPlano e Retas no Espaço:  Exercícios Resolvidos
Plano e Retas no Espaço: Exercícios Resolvidos
 
96893253 tabela-centroides-de-areas
96893253 tabela-centroides-de-areas96893253 tabela-centroides-de-areas
96893253 tabela-centroides-de-areas
 
Lista exercicio prova_1
Lista exercicio prova_1Lista exercicio prova_1
Lista exercicio prova_1
 

Semelhante a 230053351 2-torcao-de-eixos-circulares

Material de estudo_pra_mecânica_dos_sólidos_ii (1)
Material de estudo_pra_mecânica_dos_sólidos_ii (1)Material de estudo_pra_mecânica_dos_sólidos_ii (1)
Material de estudo_pra_mecânica_dos_sólidos_ii (1)Jose Donizeti Tagliaferro
 
Cálculos movimento circular
Cálculos movimento circularCálculos movimento circular
Cálculos movimento circularTableau Colégio
 
1 motores de indução
1 motores de indução1 motores de indução
1 motores de induçãoDorival Brito
 
Deformação por torção e dimensionamento de eixos tubulares final 2pptx
Deformação por torção e dimensionamento de eixos     tubulares  final 2pptxDeformação por torção e dimensionamento de eixos     tubulares  final 2pptx
Deformação por torção e dimensionamento de eixos tubulares final 2pptxRafaela Chaves
 
apostila-flexc3a3o-em-vigas (1).pdf
apostila-flexc3a3o-em-vigas (1).pdfapostila-flexc3a3o-em-vigas (1).pdf
apostila-flexc3a3o-em-vigas (1).pdfMarcoCordon
 
Lista de exercícios
Lista de exercíciosLista de exercícios
Lista de exercíciosolivema91
 
Aula 07 Furação Alargamento Roscamento SEM-0534 2017.pdf
Aula 07 Furação Alargamento Roscamento SEM-0534 2017.pdfAula 07 Furação Alargamento Roscamento SEM-0534 2017.pdf
Aula 07 Furação Alargamento Roscamento SEM-0534 2017.pdfMiguelFernandes510560
 
52286313 projeto-ponte-rolante-entrega-final
52286313 projeto-ponte-rolante-entrega-final52286313 projeto-ponte-rolante-entrega-final
52286313 projeto-ponte-rolante-entrega-finalRenato Cibinelli Baccaro
 
_campos_arquivo_jossandro_da_silva_de_azevedo_2022_1_06_processos_de_fabr.pdf
_campos_arquivo_jossandro_da_silva_de_azevedo_2022_1_06_processos_de_fabr.pdf_campos_arquivo_jossandro_da_silva_de_azevedo_2022_1_06_processos_de_fabr.pdf
_campos_arquivo_jossandro_da_silva_de_azevedo_2022_1_06_processos_de_fabr.pdfAugusto Rezende
 

Semelhante a 230053351 2-torcao-de-eixos-circulares (20)

Aula 17 - Torção.pdf
Aula 17 - Torção.pdfAula 17 - Torção.pdf
Aula 17 - Torção.pdf
 
Material de estudo_pra_mecânica_dos_sólidos_ii (1)
Material de estudo_pra_mecânica_dos_sólidos_ii (1)Material de estudo_pra_mecânica_dos_sólidos_ii (1)
Material de estudo_pra_mecânica_dos_sólidos_ii (1)
 
Equipamento estáticos
Equipamento estáticosEquipamento estáticos
Equipamento estáticos
 
3 torcao
3 torcao3 torcao
3 torcao
 
Aula 6_EM1.ppt
Aula 6_EM1.pptAula 6_EM1.ppt
Aula 6_EM1.ppt
 
Revisao da prova 3
Revisao da prova 3Revisao da prova 3
Revisao da prova 3
 
Poliase correias
Poliase correiasPoliase correias
Poliase correias
 
Poliase correias
Poliase correiasPoliase correias
Poliase correias
 
Poliase correias
Poliase correiasPoliase correias
Poliase correias
 
Mecanismos
MecanismosMecanismos
Mecanismos
 
Cálculos movimento circular
Cálculos movimento circularCálculos movimento circular
Cálculos movimento circular
 
1 motores de indução
1 motores de indução1 motores de indução
1 motores de indução
 
Deformação por torção e dimensionamento de eixos tubulares final 2pptx
Deformação por torção e dimensionamento de eixos     tubulares  final 2pptxDeformação por torção e dimensionamento de eixos     tubulares  final 2pptx
Deformação por torção e dimensionamento de eixos tubulares final 2pptx
 
apostila-flexc3a3o-em-vigas (1).pdf
apostila-flexc3a3o-em-vigas (1).pdfapostila-flexc3a3o-em-vigas (1).pdf
apostila-flexc3a3o-em-vigas (1).pdf
 
Lista de exercícios
Lista de exercíciosLista de exercícios
Lista de exercícios
 
Rotaçao 11
Rotaçao 11Rotaçao 11
Rotaçao 11
 
Aula 07 Furação Alargamento Roscamento SEM-0534 2017.pdf
Aula 07 Furação Alargamento Roscamento SEM-0534 2017.pdfAula 07 Furação Alargamento Roscamento SEM-0534 2017.pdf
Aula 07 Furação Alargamento Roscamento SEM-0534 2017.pdf
 
52286313 projeto-ponte-rolante-entrega-final
52286313 projeto-ponte-rolante-entrega-final52286313 projeto-ponte-rolante-entrega-final
52286313 projeto-ponte-rolante-entrega-final
 
_campos_arquivo_jossandro_da_silva_de_azevedo_2022_1_06_processos_de_fabr.pdf
_campos_arquivo_jossandro_da_silva_de_azevedo_2022_1_06_processos_de_fabr.pdf_campos_arquivo_jossandro_da_silva_de_azevedo_2022_1_06_processos_de_fabr.pdf
_campos_arquivo_jossandro_da_silva_de_azevedo_2022_1_06_processos_de_fabr.pdf
 
Questões ri l1 selecionada-2017-1
Questões ri   l1 selecionada-2017-1Questões ri   l1 selecionada-2017-1
Questões ri l1 selecionada-2017-1
 

230053351 2-torcao-de-eixos-circulares

  • 1. 3/19/2014 1 MECÂNICA DOS MATERIAIS (Tecnologia e Sistemas Estruturais III – 10616) 2 – TORÇÃO DE EIXOS CIRCULARES Professor: Tiago Toitio (tiago.toitio@uniube.br) NOTA: slides são apenas um material de apoio para direcionar o estudo. Nunca substitui os livros, que devem ser consultados sempre, para estudo e pesquisa. CONTEÚDO 2.1 – Introdução à torção 2.2 – Deformações por torção de barra circular 2.3 – Barras circulares de materiais elásticos lineares 2.4 – Torção não-uniforme 2.5 – Tensões e deformações em cisalhamento puro 2.6 – Transmissão de potência por eixos circulares
  • 2. 3/19/2014 2 Torção rotação de um elemento submetido a momentos torsores (torques) ao redor de um eixo longitudinal. Torque: T = F . d (produto da força que produz o torque pelo braço de momento) Figura 1 – Representações de momentos torsores (torques).
  • 3. 3/19/2014 3 Binário (Conjugado) duas forças paralelas de mesma intensidade, sentidos opostos e separados por uma distância perpendicular d. Como a força resultante é nula, o único efeito de um binário é produzir rotação ou tendência à rotação em determinada direção. Momento T devido a um binário: P – força do binário [N] d – distância entre as forças do binário [m] dPT  Figura 2 – Momento torsor (torque) devido a um binário.
  • 4. 3/19/2014 4 Seja uma barra prismática de seção transversal circular submetida a torques T agindo nas extremidades (Figura 3). Suponha que a extremidade esquerda da barra esteja fixa. Então, sob a ação to torque T, a extremidade direita irá rotacionar (com relação à extremidade esquerda) de um pequeno ângulo f ângulo de torção f (x). Devido a essa rotação, uma linha longitudinal retilínea pq na superfície da barra se tornará uma curva helicoidal pq’. Figura 3 – Deformações por torção de uma barra de seção circular.
  • 5. 3/19/2014 5 Considere agora um elemento de barra entre duas seções transversais distantes dx uma da outra (Figura 4). Em uma superfície externa indentifica-se um pequeno elemento abcd indeformado. Após a aplicação do torque, a seção transversal direita rotaciona em relação à extremidade esquerda em um pequeno ângulo de torção df. O elemento deformado é ab’c’d. Os ângulos entre as faces do elemento ab’c’d não são mais 90º o elemento está num estado de cisalhamento, isto é, submetido à deformações de cisalhamento g. Figura 4 – Deformações por torção de um elemento dx.
  • 6. 3/19/2014 6 Deformação de cisalhamento na superfície da barra: df / dx razão de torção (ângulo de torção por unidade de comprimento) Deformação de cisalhamento no interior da barra: dx dr máx f g  . .máx rdx d g  g f g    Deformações de cisalhamento g tensões de cisalhamento t. Lei de Hooke para cisalhamento: gt  G
  • 7. 3/19/2014 7 FÓRMULA DA TORÇÃO: tmáx. – tensão de cisalhamento máxima devida ao torque [N/m²] T – torque [N.m] r – raio do eixo de seção circular [m] p – momento de inércia polar [m4] p máx I rT  .t Momento de inércia polar para seção transversal circular: d – diâmetro do círculo [m] r – raio do círculo [m] 322 44 dr Ip     
  • 8. 3/19/2014 8 ÂNGULO DE TORÇÃO: f – ângulo de torção [rad] T – torque [N.m] G – módulo de elasticidade de cisalhamento [N/m²] p – momento de inércia polar [m4] pIG LT   f Torção não-uniforme torques podem agir em qualquer ponto ao longo do eixo da barra, que não necessariamente é prismática. Análise de torção não-uniforme aplicar as fórmulas de torção para os segmentos individuais da barra e somar os resultados; ou aplicar as fórmulas para elementos diferenciais e integrar.
  • 9. 3/19/2014 9 Barra consistindo de segmentos prismáticos com torque constante ao longo de cada segmento:       n i ipi ii n i i IG LT 11 ff
  • 10. 3/19/2014 10 Eixos rotativos transmitem potência mecânica de um dispositivo para outro. Exemplos: virabrequim de um automóvel, eixo propulsor de um navio, eixo de uma bicicleta, etc. Potência é transmitida através de um movimento rotatório do eixo, e a quantidade de potência transmitida depende da magnitude do torque e da velocidade de rotação. Um problema comum de dimensionamento é determinar o tamanho necessário de um eixo de forma que ele transmita uma potência numa velocidade de rotação especificada sem exceder as tensões admissíveis para o material. Figura 5 – Eixo transmitindo um torque constante T a uma velocidade angular w.
  • 11. 3/19/2014 11 Trabalho W [J] realizado por um torque T de intensidade constante: y ângulo de rotação (deslocamento angular) [rad] Potência [W] (taxa em que trabalho é realizado): w velocidade angular [rad/s] * w = 2 . (frequência [Hz]) y TW dt d T dt dW P y  w y  dt d w TP EXEMPLO 1. Uma barra de aço sólida de seção transversal circular tem diâmetro d = 40 mm, comprimento L = 1,3 m e módulo de elasticidade G = 80 GPa. A barra está submetida a torques T agindo nas extremidades. a. Esboçar a distribuição de tensões cisalhantes em uma linha radial na seção transversal do eixo. b. Se os torques têm intensidade T = 340 N.m, calcular a tensão de cisalhamento máxima na barra e o ângulo de torção entre as extremidades.
  • 12. 3/19/2014 12 EXEMPLO 2. Um eixo propulsor de um pequeno iate é feito de uma barra de aço sólida de seção transversal circular de diâmetro d = 104 mm e módulo de elasticidade G = 80 GPa. Se a tensão de cisalhamento admissível é 48 MPa e a razão de torção admissível é 2,0º em 3,5 metros, calcular o torque que pode ser aplicado ao eixo. EXEMPLO 3. Um eixo de aço (G = 78 GPa) deve ser fabricado com uma barra circular sólida (maciça) ou com um tubo circular. O eixo deve transmitir um torque de 1200 N.m sem exceder uma tensão de cisalhamento admissível de 40 MPa nem a uma razão de torção de 0,75º/m. a. Calcular o diâmetro necessário d0 do eixo maciço. b. Calcular o diâmetro externo necessário d2 do eixo vazado se a espessura t do eixo for especificada como um décimo do diâmetro externo. c. Calcular a razão dos diâmetros e a razão dos pesos dos eixos maciço e vazado.
  • 13. 3/19/2014 13 EXEMPLO 4. Um eixo sólido de aço (G = 80 GPa) de diâmetro d = 30 mm gira livremente em mancais nos pontos A e E. O eixo é acionado pela engrenagem C, que aplica um torque T2 = 450 N.m na direção indicada (Figura 5). As engrenagens em B e D são giradas pelo eixo e têm torques resistentes T1 = 275 N.m e T3 = 175 N.m, respectivamente, em sentido oposto a T2. Os segmentos BC e CD têm comprimentos LBC = 500 mm e LCD = 400 mm. Calcular a tensão de cisalhamento máxima para cada parte do eixo e o ângulo de torção entre as engrenagens B e D. Figura 5 – Exemplo 4.
  • 14. 3/19/2014 14 EXEMPLO 5. Um maciço de aço (G = 76 GPa) de seção circular é submetido aos torques T1 = 2300 N.m e T2 = 900 N.m agindo nas direções indicadas. Dados: L1 = 760 mm; L2 = 510 mm; d1 = 58 mm; d2 = 45 mm. a. Calcular a tensão de cisalhamento máxima no eixo. b. Calcular o ângulo de torção (em graus) na extremidade C. EXEMPLO 6. Um tubo vazado construído em metal monel (G = 66 GPa) é submetido a torques agindo nas direções indicadas. As magnitudes dos torques são T1 = 100 N.m, T2 = T4 = 50 N.m e T3 = T5 = 80 N.m. O tubo tem diâmetro externo d2 = 25 mm. A tensão de cisalhamento admissível é 80 MPa e a razão de torção admissível é 6º/m. Calcular o máximo diâmetro interno permitido d1 do tubo.
  • 15. 3/19/2014 15 EXEMPLO 7. Um motor rotacionando um eixo circular maciço de aço transmite 30 kW de potência para uma engrenagem em B. A tensão de cisalhamento admissível para o aço é 42 MPa. a. Calcular o diâmetro necessário d do eixo se ele é operado a 500 rpm. b. Calcular o diâmetro necessário d do eixo se ele é operado a 4000 rpm. RESPOSTAS DOS EXEMPLOS: Exemplo 1 tmáx. = 27,1 MPa e f = 0,02198 rad (1,26º) Exemplo 2 Tmáx. = 9164 N.m Exemplo 3 a. d0 = 58,8 mm. b. d2 = 67,1 mm. c. 1,14 e 0,47 Exemplo 4 tmáx.BC = 51,9 MPa e tmáx.CD = 33,0 MPa. fBD = 0,0106 rad Exemplo 5 tmáx. = 50,3 MPa. fC = 0,14º Exemplo 6 d1 = 20,7 mm Exemplo 7 a. d = 41,1 mm. b. d = 20,55 mm