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Escola de Enfermagem Catarina de Siena
Curso: Técnico em Saúde Bucal –TSB
Amálgama de Prata
Disciplina: Material Odontológico
Carga Horária: 60 Hrs
Introdução
• O amálgama é termo com que se designa todo tipo de liga, no qual
um dos componentes é o mercúrio;
• O mercúrio se combina com diversos metais, mas os de interesse
odontológico são: a prata, o estanho e o cobre e ainda pequenas
quantidades de zinco;
• Essa combinação de metais e mercúrio é o que teoricamente se
conhece como amálgama dental.
Introdução
• Atualmente, depois das resinas compostas o amálgama de prata é o
material restaurador mais usado dentre todos disponíveis na
odontologia;
• Uma das razões que explicam seu grande sucesso clínico é a
tendência em diminuir consideravelmente, com o tempo, a
infiltração marginal;
• O sucesso, porém, depende de muitas variáveis que devem ser
controladas pelo profissional.
Tempos de Cristalização do Amálgama
• Deve-se considerar a:
oTrituração;
oInserção;
oCondensação;
oBrunidura;
oEscultura.
Amalgamação ou Trituração
• As propriedades físicas do amálgama são influenciadas pela técnica
de trituração. Nenhum outro passo isolado, durante a manipulação
do amálgama, tem tanta influência sobre o sucesso ou eventual
fracasso da restauração;
• A trituração não tem a finalidade de tornar menores as partículas da
liga, mas sim de promover maior contato entre a liga e o mercúrio.
Amalgamação ou Trituração
• A trituração pode ser:
oManual;
oMecânica.
Amalgamação ou Trituração
• Na trituração manual, utiliza-se o grau e pistilo de vidro ou metálico,
uma trituração de um minuto a um minuto e meio é necessária;
• Uma mistura satisfatória de amálgama pode ser obtida, tanto por
trituração manual como por trituração mecânica;
• As propriedades físicas de amálgamas preparados
convenientemente no sistema manual são comparáveis com aquelas
obtidas em dispositivos mecânicos;
Trituração Mecânica
• Amalgamadores são dispositivos mecânicos que têm a propriedade
de misturar o mercúrio com a liga metálica;
• Eles podem ser divididos em duas categorias:
oAmalgamadores de proporcionamento automático: a desvantagem
desse sistema está na imprecisão da proporção;
oAmalgamadores de cápsula: a proporção se realiza por balança de
precisão, sendo bem mais confiável.
Amalgamação ou Trituração
• No entanto, os amalgamadores mecânicos oferecem rapidez e
conveniência no método de trituração, garantindo mais constância
nas misturas;
• A reação de presa do amálgama é chamada cristalização.
Tempo de Trituração - Subtrituração
• cristaliza rápido;
• mantém grande conteúdo de Hg;
• produz maior número de espaços vazios na massa;
• a liga não é convenientemente reduzida em seu tamanho nem
uniformemente recoberta pelo Hg;
• escultura e polimento tornam-se precários;
• produz menor resistência mecânica e química.
Tempo de Trituração - Supertrituração
• massa mais lisa e com consistência mais adequada;
• o Hg é mais facilmente removido durante a condensação;
• porosidades internas pouco frequentes;
• produz maior resistência mecânica e química;
• número menor de irregularidades superficiais;
• provoca contração.
Inserção do Amálgama
• Deve ser inserido em pequenas proporções, com o
auxílio de um porta amálgama.
Condensação
 Levar o amálgama à cavidade em pequenos incrementos (porta-
amálgama);
 Condensadores - quanto menor a ponta maior a força aplicada
(pressão/área);
 Tempo - menos de 3 minutos, entre uma porção e outra.
Condensação Manual
• A condensação visa a perfeita adaptação do amálgama com as
paredes e ângulos da cavidade, removendo tanto quanto possível, o
excesso de mercúrio da mistura;
• Compactação do amálgama;
• Realizada por um condensador de amálgama;
• Quanto maior a pressão de condensação, menor a proporção de
mercúrio residual e maior a resistência.
Brunimento
• O brunimento antes da escultura garante a remoção de excesso de
mercúrio e melhora a adaptação marginal, enquanto o brunimento
pós escultura melhora a lisura.
Escultura
• Realizado logo após a brunidura pré-escultura com o instrumento de
Hollemback;
• O tempo de trabalho para escultura pode variar de 3 a 15 minutos,
dependendo da liga.
Acabamento e Polimento
• Reduz o depósito de placa e prolonga a vida da restauração;
• Corrigi discrepâncias marginais e melhora o contorno;
• Deve ser feito no mínimo após 48 horas.
Acabamento e Polimento
• O acabamento é feito com fresas multilaminadas de 12 ou 30
lâminas, em baixa rotação;
• O polimento deve ser feito com movimentos intermitentes, e sob
refrigeração, para evitar o afloramento de mercúrio.
Falhas das restaurações em amálgama
• O amálgama apresenta uma vida média de 4-8 anos e uma máxima
de 25 anos;
• Apesar do seu excelente desempenho clínico que este material
apresenta, muitas falhas poderiam ser evitadas.
Tipos de Falhas
• Recidiva de cáries;
• Fraturas das bordas das restaurações;
• Alterações dimensionais do material (15% das falhas);
• Problemas pulpares ou periodontais;
• Manchamento;
• Corrosão.
Causas das Falhas
• Preparo incorreto da cavidade;
• Preparo incorreto do amálgama de prata;
• Alterações na polpa, fratura do dente e outras causas patológicas;
• Indicação incorreta do material;
• Carga mastigatória intensa (Bruxismo);
• Proporção liga metálica/mercúrio incorreta;
• Trituração inadequada;
• Condensação insuficiente;
• Forramento excessivo;
• Ausência de cunha e matriz;
• Anatomia/escultura inadequada;
• Contorno, altura e contatos incorretos.
Prevenção de Falhas
• Indicação correta do material;
• Seguir os princípios gerais do preparo;
• Dominar a técnica restauradora;
• Manipular corretamente o material;
• Regular os aparelhos de acordo com os tipos de liga utilizada;
• Utilizar os instrumentos corretos.
Vantagens
• Adaptabilidade às paredes cavitárias;
• Resistência aos esforços mastigatórios;
• Insolubilidade no meio bucal;
• Alterações dimensionais toleradas pelo dente;
• Condutibilidade térmica menor que a dos metais puros;
• Superfície brilhante;
• Fácil manipulação;
• Não produz alterações de importância nos tecidos dentários;
• Escultura fácil e imediata;
• Polimento final perfeito;
• Tolerância pelo tecido gengival;
• Eliminação fácil, se necessário.
Desvantagens
• Modificação Volumétrica;
• Condutibilidade térmica;
• Falta de resistência nas bordas;
• Cor não harmoniosa.
Indicações
• Restaurações classes I, II e V;
• Pacientes com péssima higiene bucal;
• Restaurações subgengivais;
• Dentes decíduos.
Contra-Indicações
Dentes anteriores e/ou onde há comprometimento de estética;
Cavidades extensas ou de paredes frágeis;
Em casos de sensibilidade;
Pacientes alérgicos a algum componente da liga.
Requisitos de um material restaurador ideal
Restabelecer a função;
Resistência à abrasão;
Boa adaptação marginal;
Biocompatibilidade;
Reproduzir a cor natural do dente.
Contaminação pelo Mercúrio
 A contaminação do ar é observada praticamente em todos os
consultórios em que se utiliza amálgama;
 Tem sido observada a presença de Hg no sangue, na urina, na
saliva e nos cabelos, tanto do dentista como de todo o pessoal
auxiliar e mesmo de pacientes.
 No entanto os níveis são na grande maioria dos casos, inferiores
àqueles permitidos pelas entidades “controladoras”.
Cuidados com o uso do Mercúrio
Recipientes inquebráveis e hermeticamente fechados;
Forrar o local de trabalho com material impermeável e de fácil
limpeza;
Limpar qualquer gotícula de mercúrio;
Nunca tocar no mercúrio;
Qualquer resto de amálgama deve ser colocado em recipiente com
solução reveladora;
Trabalhar em local ventilado;
Evitar pisos com carpetes;
Cuidados com o uso do Mercúrio
Evitar aquecer o mercúrio ou amálgama (remoção, desgaste,
acabamento e polimento);
Usar amalgamadores em cápsulas (melhor);
Evitar condensadores eletrônicos;
Fazer exames anuais para pesquisas de níveis de mercúrio;
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Alertar quanto aos perigos da contaminação pelo mercúrio;
Para descontaminação ambiente, usar compostos de enxofre.
Sintomas do Mercurialismo
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  • 1. Escola de Enfermagem Catarina de Siena Curso: Técnico em Saúde Bucal –TSB Amálgama de Prata Disciplina: Material Odontológico Carga Horária: 60 Hrs
  • 2. Introdução • O amálgama é termo com que se designa todo tipo de liga, no qual um dos componentes é o mercúrio; • O mercúrio se combina com diversos metais, mas os de interesse odontológico são: a prata, o estanho e o cobre e ainda pequenas quantidades de zinco; • Essa combinação de metais e mercúrio é o que teoricamente se conhece como amálgama dental.
  • 3. Introdução • Atualmente, depois das resinas compostas o amálgama de prata é o material restaurador mais usado dentre todos disponíveis na odontologia; • Uma das razões que explicam seu grande sucesso clínico é a tendência em diminuir consideravelmente, com o tempo, a infiltração marginal; • O sucesso, porém, depende de muitas variáveis que devem ser controladas pelo profissional.
  • 4. Tempos de Cristalização do Amálgama • Deve-se considerar a: oTrituração; oInserção; oCondensação; oBrunidura; oEscultura.
  • 5. Amalgamação ou Trituração • As propriedades físicas do amálgama são influenciadas pela técnica de trituração. Nenhum outro passo isolado, durante a manipulação do amálgama, tem tanta influência sobre o sucesso ou eventual fracasso da restauração; • A trituração não tem a finalidade de tornar menores as partículas da liga, mas sim de promover maior contato entre a liga e o mercúrio.
  • 6. Amalgamação ou Trituração • A trituração pode ser: oManual; oMecânica.
  • 7. Amalgamação ou Trituração • Na trituração manual, utiliza-se o grau e pistilo de vidro ou metálico, uma trituração de um minuto a um minuto e meio é necessária; • Uma mistura satisfatória de amálgama pode ser obtida, tanto por trituração manual como por trituração mecânica; • As propriedades físicas de amálgamas preparados convenientemente no sistema manual são comparáveis com aquelas obtidas em dispositivos mecânicos;
  • 8. Trituração Mecânica • Amalgamadores são dispositivos mecânicos que têm a propriedade de misturar o mercúrio com a liga metálica; • Eles podem ser divididos em duas categorias: oAmalgamadores de proporcionamento automático: a desvantagem desse sistema está na imprecisão da proporção; oAmalgamadores de cápsula: a proporção se realiza por balança de precisão, sendo bem mais confiável.
  • 9. Amalgamação ou Trituração • No entanto, os amalgamadores mecânicos oferecem rapidez e conveniência no método de trituração, garantindo mais constância nas misturas; • A reação de presa do amálgama é chamada cristalização.
  • 10. Tempo de Trituração - Subtrituração • cristaliza rápido; • mantém grande conteúdo de Hg; • produz maior número de espaços vazios na massa; • a liga não é convenientemente reduzida em seu tamanho nem uniformemente recoberta pelo Hg; • escultura e polimento tornam-se precários; • produz menor resistência mecânica e química.
  • 11. Tempo de Trituração - Supertrituração • massa mais lisa e com consistência mais adequada; • o Hg é mais facilmente removido durante a condensação; • porosidades internas pouco frequentes; • produz maior resistência mecânica e química; • número menor de irregularidades superficiais; • provoca contração.
  • 12. Inserção do Amálgama • Deve ser inserido em pequenas proporções, com o auxílio de um porta amálgama.
  • 13. Condensação  Levar o amálgama à cavidade em pequenos incrementos (porta- amálgama);  Condensadores - quanto menor a ponta maior a força aplicada (pressão/área);  Tempo - menos de 3 minutos, entre uma porção e outra.
  • 14. Condensação Manual • A condensação visa a perfeita adaptação do amálgama com as paredes e ângulos da cavidade, removendo tanto quanto possível, o excesso de mercúrio da mistura; • Compactação do amálgama; • Realizada por um condensador de amálgama; • Quanto maior a pressão de condensação, menor a proporção de mercúrio residual e maior a resistência.
  • 15. Brunimento • O brunimento antes da escultura garante a remoção de excesso de mercúrio e melhora a adaptação marginal, enquanto o brunimento pós escultura melhora a lisura.
  • 16. Escultura • Realizado logo após a brunidura pré-escultura com o instrumento de Hollemback; • O tempo de trabalho para escultura pode variar de 3 a 15 minutos, dependendo da liga.
  • 17. Acabamento e Polimento • Reduz o depósito de placa e prolonga a vida da restauração; • Corrigi discrepâncias marginais e melhora o contorno; • Deve ser feito no mínimo após 48 horas.
  • 18. Acabamento e Polimento • O acabamento é feito com fresas multilaminadas de 12 ou 30 lâminas, em baixa rotação; • O polimento deve ser feito com movimentos intermitentes, e sob refrigeração, para evitar o afloramento de mercúrio.
  • 19. Falhas das restaurações em amálgama • O amálgama apresenta uma vida média de 4-8 anos e uma máxima de 25 anos; • Apesar do seu excelente desempenho clínico que este material apresenta, muitas falhas poderiam ser evitadas.
  • 20. Tipos de Falhas • Recidiva de cáries; • Fraturas das bordas das restaurações; • Alterações dimensionais do material (15% das falhas); • Problemas pulpares ou periodontais; • Manchamento; • Corrosão.
  • 21. Causas das Falhas • Preparo incorreto da cavidade; • Preparo incorreto do amálgama de prata; • Alterações na polpa, fratura do dente e outras causas patológicas; • Indicação incorreta do material; • Carga mastigatória intensa (Bruxismo); • Proporção liga metálica/mercúrio incorreta; • Trituração inadequada; • Condensação insuficiente; • Forramento excessivo; • Ausência de cunha e matriz; • Anatomia/escultura inadequada; • Contorno, altura e contatos incorretos.
  • 22. Prevenção de Falhas • Indicação correta do material; • Seguir os princípios gerais do preparo; • Dominar a técnica restauradora; • Manipular corretamente o material; • Regular os aparelhos de acordo com os tipos de liga utilizada; • Utilizar os instrumentos corretos.
  • 23. Vantagens • Adaptabilidade às paredes cavitárias; • Resistência aos esforços mastigatórios; • Insolubilidade no meio bucal; • Alterações dimensionais toleradas pelo dente; • Condutibilidade térmica menor que a dos metais puros; • Superfície brilhante; • Fácil manipulação; • Não produz alterações de importância nos tecidos dentários; • Escultura fácil e imediata; • Polimento final perfeito; • Tolerância pelo tecido gengival; • Eliminação fácil, se necessário.
  • 24. Desvantagens • Modificação Volumétrica; • Condutibilidade térmica; • Falta de resistência nas bordas; • Cor não harmoniosa.
  • 25. Indicações • Restaurações classes I, II e V; • Pacientes com péssima higiene bucal; • Restaurações subgengivais; • Dentes decíduos.
  • 26. Contra-Indicações Dentes anteriores e/ou onde há comprometimento de estética; Cavidades extensas ou de paredes frágeis; Em casos de sensibilidade; Pacientes alérgicos a algum componente da liga.
  • 27. Requisitos de um material restaurador ideal Restabelecer a função; Resistência à abrasão; Boa adaptação marginal; Biocompatibilidade; Reproduzir a cor natural do dente.
  • 28. Contaminação pelo Mercúrio  A contaminação do ar é observada praticamente em todos os consultórios em que se utiliza amálgama;  Tem sido observada a presença de Hg no sangue, na urina, na saliva e nos cabelos, tanto do dentista como de todo o pessoal auxiliar e mesmo de pacientes.  No entanto os níveis são na grande maioria dos casos, inferiores àqueles permitidos pelas entidades “controladoras”.
  • 29. Cuidados com o uso do Mercúrio Recipientes inquebráveis e hermeticamente fechados; Forrar o local de trabalho com material impermeável e de fácil limpeza; Limpar qualquer gotícula de mercúrio; Nunca tocar no mercúrio; Qualquer resto de amálgama deve ser colocado em recipiente com solução reveladora; Trabalhar em local ventilado; Evitar pisos com carpetes;
  • 30. Cuidados com o uso do Mercúrio Evitar aquecer o mercúrio ou amálgama (remoção, desgaste, acabamento e polimento); Usar amalgamadores em cápsulas (melhor); Evitar condensadores eletrônicos; Fazer exames anuais para pesquisas de níveis de mercúrio; Examinar periodicamente o ar do consultório; Alertar quanto aos perigos da contaminação pelo mercúrio; Para descontaminação ambiente, usar compostos de enxofre.
  • 31. Sintomas do Mercurialismo EXCITABILIDADE , “EXPLOSÕES” TEMPERAMENTAIS, TIMIDEZ EXCESSIVA, INDECISÃO, ANCIEDADE, CEFALÉIA; ALTERAÇÕES DE PERSONALIDADE E DO CARÁTER; DESORDENS NA FALA; ALTERAÇÕES NA CALIFRAFIA; DESORDENS SENSORIAIS E MOTORAS; ALTERAÇÕES OCULARES; ALTERAÇÕES ORAIS.