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BEM VINDOS
Curso de Formação Continuada
em Psicanálise Clínica
Dra Andréa Barros
Coordenadora Pedagógica
BOAS VINDAS AOS NOVOS
MEMBROS DA ADEPSI
RECAPTULANDO
Sintoma e associação livre
Psiquismo fetal
Caminhada nas
obras de Freud
PUBLICAÇÕES PRÉ-PSICANALÍTICAS
E ESBOÇOS INÉDITOS- 1886 - 1899
• NEUROSE OBSESSIVA
• DOENÇAS DO SISTEMA NERVOSO DE CHARCOT
• HEMIASNESTESIA EM UM HOMEM HISTÉRICO
• HIPNOTISMO E SUGESTÃO
• PROJETO DE UMA PSICOLOGIA CIENTÍFICA: dores,
desejos, consciência, satisfação...
• PSICOPATOLOGIA
• HISTERIA
• Memória e Juízo
• Pensamento e realidade
• Processos Primários, o sono e os sonhos
• Consciência e sonhos: Conceito de
regressão em Freud
V
O
L
1
 Casos clínicos:
• Ana O.
• Elizabeth Von. R
 Conversão Histérica
 Associação Livre
 Transferência e contratransferência
ESTUDOS SOBRE A HISTERIA
(Breuer e Freud -1893-1895)
V
O
L
2
PRIMEIRAS PUBLICAÇÕES PSICANALÍTICAS
(Freud -1893-1899)
V
O
L
3
• Sobre o mecanismo psíquico dos
fenômenos histéricos: Uma conferência
• As neuropsicoses de defesa
• Obsessões e Fobias: seu mecanismo
psíquico
• A Sexualidade na etiologia das neuroses
• Lembranças encobridoras
A INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS
(1900)
V
O
L
4
• Relação dos sonhos com a vigília
• Memória dos sonhos
• Estímulos e Fontes dos sonhos
• Por que esquecemos dos sonhos ao
despertar
• O sentido moral dos sonhos
• Interpretação, elaboração e processos
oníricos dos sonhos
A INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS - Parte II
(1900- 1901) Sobre os Sonhos
V
O
L
5
• Atividade intelectual nos sonhos
• Alguns casos de sonhadores
• Os símbolos nos sonhos
• Sentimento de realidade nos sonhos
• Regressão
Freud publicou A Interpretação dos Sonhos em 1899, mas constou
1900.
INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS
1900
Qual o significado do Sono?
As fases do sono se dividem em
duas:
• A maior quantidade de sono REM ocorre no
último terço da noite, geralmente de madrugada
entre 4h e 7h da manhã, momento em que a
maioria das pessoas mais sonha.
• Detalhe: pessoas com depressão grave podem ter
sono REM bastante diminuído, implicando
geralmente uma inversão da arquitetura do sono.
A Interpretação dos Sonhos- 1900
Da reunião de vários fatos, acontecimentos, afetos
experimentados no mesmo dia ou no dia anterior,
coisas recentes, articulados ao desejo inconsciente.
Os sonhos retomam impressões de dias anteriores e
têm à sua disposição os fatos mais primitivos de
nossa infância, que ainda estão latentes em nosso
inconsciente.
Para que um sonho seja interpretado é importante
que não seja entendido de uma só vez na sua
totalidade, já que ao ser formado no inconsciente, só
existem afetos e fragmentos da realidade, logo fica
muito confuso no primeiro momento.
A análise vai trabalhar isso através da associação livre.
Há uma decomposição, uma análise mesmo, para que
isso gere uma ramificação das associações que leve a
esse desejo, mas não com um sentido determinado,
um sonho não tem um sentido somente, pode ter
diversos.
• Freud afirma que o sonhador sempre sabe o
significado de seu sonho, mas a censura o
impede de reconhecer aquilo que pode ferir a
sua moral.
• No sonho, segundo ele, há mecanismos
diferenciados, como o deslocamento e a
condensação.
• Os sonhos são uma fonte tão rica de significados,
eles não se limitam pelos mecanismos de
racionalização da mente consciente.
Segundo Freud, sempre haverá dois componentes
básicos intrínsecos na interpretação do sonho:
• Conteúdo manifesto do sonho: o que lembramos,
o que é relatado por quem sonha;
• Conteúdo latente: a extensão de tudo que está ali
ligado, trata do oculto e inconsciente do sonho, é o
desejo que está tentando ser realizado a partir dos
conteúdos manifestos que são deslocados e
condensados para que eles não sejam tão claros e
passe pela censura.
O que se pretende atingir através da interpretação, é
algo muito maior do que aparece nos sonhos.
Há diferentes mecanismos envolvidos no
processo de elaboração dos sonhos.
- Dramatização ou concretização - na elaboração dos
sonhos os pensamentos abstratos tornam-se imagens
concretas, em preocupação com a lógica comum. Exemplo:
senhora que precisava sair da casa, mas não queria. Sonhou
que plantava sementes que rapidamente criaram raízes e se
tornaram árvores.
- Deslocamento - consiste na substituição de uma imagem
do conteúdo latente por uma outra no conteúdo manifesto.
Exemplo: uma mulher que tinha problemas com o irmão,
conversou com uma pessoa que possuía características
dele, ficou irritada e durante a noite sonhou que estava na
casa que vivia com o irmão, viu uma bola e a chutou
violentamente.
- Condensação - em uma mesma imagem pode
ocorrer a sintetização de vários elementos
diferentes. Várias pessoas ou elementos do
conteúdo latente costumam aparecer no conteúdo
manifesto como uma única pessoa, mas com
características condensadas de cada uma delas.
- Exemplo: Eu sonho com uma mulher de cabelos
curtos e escuros, vestida com sobretudo e uma
pasta na mão. Porém, ela representa mais uma
pessoa, pode ser uma professora que tinha os
cabelos curtos e escuros, o sobretudo pode
significar outra pessoa que me incomodou, assim
como a pasta que ela segurava, representar uma
terceira pessoa.
- Desdobramento – É o contrário da condensação,
uma pessoa ou objeto do conteúdo latente
corresponde a duas ou mais do conteúdo
manifesto. Nesse caso, cada um dos elementos
pode indicar um aspecto da pessoa ou objeto
relacionado.
- Simbolização - cada imagem recebe sua própria
representação simbólica, conforme o universo
particular do paciente.
Para finalizar, é importante saber que não é o
psicanalista que oferece todos os significados dos
sonhos para o paciente.
Caminhada nas
obras de Freud
V
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6
PSICOPATOLOGIA DA VIDA COTIDIANA
1901
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Um Caso de Histeria
Três Ensaios da Sexualidade
1901-1905
• Fragmento da análise de um caso de histeria
• Quadro clínico, primeiro e segundo sonho
Um caso
de
histeria
• As aberrações sexuais
• A sexualidade Infantil
• As transformações da Puberdade
• O Método Psicanalítico de Freud
Três Ensaios
Sobre a
Sexualidade
• Freud elabora a metapsicologia a partir da
observação dos pacientes, analisando seus
discursos e remetendo-os a um modelo
abstrato da mente (isto é, o "aparelho
psíquico"); ou seja, ele formula hipóteses e
deduz estruturas do psiquismo a partir das
evidências clínicas.
METAPSICOLOGIA / METAPSICANÁLISE
1896 - 1915
• Freud diz: “Eu proponho que se fale de uma
apresentação metapsicológica, quando nós
conseguimos descrever um processo
psíquico segundo suas relações dinâmicas,
tópicas e econômicas”.
• o econômico, que supõe uma energia psíquica
de natureza sexual, que ele caracterizou
inicialmente como um quantum de afeto e, mais
tarde, como libido;
• A metapsicologia, em seus três pontos
subjetivos:
• O dinâmico, que toma o psiquismo como sendo
movido por forças psíquicas em oposição, que
ele denominou pulsões;
• o tópico, que toma o psiquismo como se fosse
um aparelho dividido em instâncias psíquicas,
espacialmente figuráveis. (Iceberg)
INTERVALO
20 min
Por que negamos a inveja, os ciúmes e nossos
defeitos?
Freud mostra que aquilo que a medicina classifica
como algo a ser tratado, é a verdade do ser humano nos
laços sociais.
Ato falho é a presença do inconsciente na
vida em grupo, um filtro nas palavras para de
fato me mostrar ou não.
Fazemos uma seleção da nossa verdade em relação ao
ao grupo e construímos uma imagem palatável à
sociedade.
SUPRIMIR – RENUNCIAR – REPRIMIR IDEIAS
MANIFESTAR – REVELAR – APARECER
O inconsciente existe e podemos verificar na vida
cotidiana.
Isso se repete dentro do consultório, porém o
elemento negado fora é valorizado dentro do
consultório.
O inconsciente está presente no laço social, não sendo
um fenômeno nem psíquico nem biológico.
No texto O mecanismo psíquico
do esquecimento, Freud (1898/1996) escreve
que, nos casos de esquecimento, um
desprazer contínuo é liberado até o instante
em que o problema encontra uma resolução. A
tensão se desfaz quando o esquecimento é
suplantado através de um apoio exterior.
O que é Parapraxia para Freud?
As parapraxias foram definidas por
Sigmund Freud para se referir a pequenos
erros mnemônicos, como o fenômeno da
ponta da língua ou o esquecimento de
nomes e datas”
OS TRÊS TIPOS DE ATOS FALHOS
Segundo Freud, além dos sonhos, o inconsciente
se manifesta na vida cotidiana em erros.
 Erro de linguagem.
 Erro de memória.
 Erro de comportamento (perturbações
no controle motor).
Não acontecem por acaso, nem tão pouco são
doenças a serem tratadas e não são exatamente
erros.
E agora,
Freud, você
explica ou
complica???
Se Freud defende a ideia de
que não são propriamente
erros.
Então seriam
acertos?
ATOS FALHOS NA LINGUAGEM
Trocar o nome da esposa
pelo da ex-namorada
• Trocar o nome do amigo
Dizer que está encerrando um evento, ao
invés de começando
ATO FALHO DE ESQUECIMENTO
Freud relata esquecimento das chaves
NOS DIAS ATUAIS VIVEMOS UM
BOOM DO ESQUECIMENTO
ATO FALHO NO COMPORTAMENTO
QUEBRAR--DERRUBAR-TROPEÇAR
Nas Conferências introdutórias à psicanálise
(1916-1917), Freud enumera diferentes atos
falhos:
• Versprechen [lapso verbal]- promessa
• Verlesen [lapso de leitura]- leu errado
•Verhören [lapso de audição]- interrogar
• Vergessen [lapso de memória]- esquecer
•Verlegen [extravio de objeto]- envergonhado
•Verlieren [perda de objeto]- perda
•Irrtümer [equívocos] erros
Conclusão
Quando conseguimos
identificar os nossos próprios
atos falhos, podemos
entender as questões que
ficaram mal resolvidas dentro
de nós e tentamos encobrir
de alguma forma.
Três Ensaios sobre a Sexualidade
Três Ensaios sobre a Sexualidade (1905)
Freud revoluciona a maneira que a sociedade enxerga a
sexualidade humana.
PRIMEIRO ENSAIO
Norma da Sexualidade Antes de Freud
• Sexualidade “normal” era pênis x vagina
(exclusivamente hetero)
• Sexualidade que fugia a esse padrão único e
rígido era vista como algo transgressor.
(perversas, degeneradas, anormais)
• Freud x sexualidade
• Deslocando o eixo divino e cultural para o
inconsciente e para a moralidade (instintos).
• A moral sexual estava definida pela noção divina
de bem e de mal e as práticas sexuais
pecaminosas (sexo sem procriação) e as
transgressivas (prostituição, aborto, travestismo e
amizades românticas) tinham como resultado a
punição.
• Freud:
• Desvio em relação ao objeto: invertidos (não só homem x
mulher)
• Desvio em relação ao alvo: troca vagina por excitação com
seio, boca, calcanhar, atrás do joelho...
• existe a norma mas o corpo não segue.
• Conclusão de Freud após analisar zoofilia, invertidos,
fetichistas:
• Natureza humana não é heterossexual (aprendido)
• Diversas zonas erógenas
SEGUNDO ENSAIO
SEXUAL (ato) E SEXUALIDADE (prazer)
• Prazer além da necessidade, está acima da satisfação. (Bebê
sacia a fome e depois quer saciar o prazer de sugar)
• Prazer pela literatura, obra de arte, água, trabalho, estudo...
• Dissociação do genital e do prazer.
• Todo o corpo pode ser fonte de prazer
• Libido as vezes é empregado como substantivo, as vezes como
adjetivo, mas sempre está ligado a pulsão sexual, que por
enquanto é instinto.
•Freud percebe que pacientes neuróticos têm fantasias perversas
conscientes e inconscientes. Observando minuciosamente os
pacientes com sintomas neuróticos: atos obsessivos, fóbicos e
histéricos, chega a conclusão revolucionária de que a
sexualidade humana não é primariamente normal, é
primariamente perversa.
•Toda criança é:
EGOÍSTA
PERVERSA
POLIMORFA
•Sendo assim, o fetichista, por exemplo,
estaria potencializando o que já estava
presente na infância.
•Egoísta _ prazer autoerótico (chupar o dedo,
masturbação)
•Polimorfa – diversas parte do corpo erotizadas,
aguardando uma destinação em prol da satisfação da
sexualidade (prazer) desde bebê.
•Perversa: Não se trata de pênis e vagina, então desvia da
norma.
É POSSÍVEL UM ANALISTA GAY?
Conhece algum teórico da
psicanálise gay?
Para Freud não, porque era
desvio de personalidade.
Vamos formular nossos próprios conceitos,
porque psicanálise não é doutrinação
O neurótico não se lembra do trauma, assim a
criança não se lembra do início da infância.
O protótipo da repressão é a amnésia infantil,
onde recalca o egoísta, o perverso e o
polimorfo.
Sexualidade
infantil
Retorno do
recalque:
Sintoma
Sonhos
Trensferência
Amnésia
infantil
Sexualidade infantil
Egoísta – perversa - polimorfa
FASE ORAL: sugar, chupar o dedo, colocar
objetos na boca
FASE ANAL: prazer em defecar (reter e liberar
– controlar)
FASE FÁLICA: pênis é o órgão mais importante
para o desenvolvimento
FASE DE LATÊNCIA
• COMPLEXO DA
CASTRAÇÃO
Complexo de édipo:
• Amor pelos genitores, sexo oposto
• Escolha de objetos parecidos – incesto: menino
procura mãe e menina procura pai.
• Fato das mulheres não abandonarem
• Desprazer das mulheres pelo sexo: A procura
pelo pai compromete a relação sexual.
TERCEIRO ENSAIO:
AS TRANSFORMAÇÕES DA PUBERDADE
• Freud diz que com a chegada da puberdade
operam-se mudanças destinadas a dar á vida
sexual infantil sua forma final normal.
• Redespertar do Édipo, mudando o objeto de
desejo.
• Na infância o prazer é autoerótico e na
puberdade tem foco no objeto.
• Primado da zona genital existe como espécie de
coordenador da excitação sexual.
TEORIA DA LIBIDO
Força quantitativamente variável, que poderia
medir os processos e transformações ocorrentes
no âmbito da atividade sexual.
• LIBIDO DO EU
• LIBIDO DO OBJETO
• (Intercala investimento
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  • 1. BEM VINDOS Curso de Formação Continuada em Psicanálise Clínica Dra Andréa Barros Coordenadora Pedagógica
  • 2. BOAS VINDAS AOS NOVOS MEMBROS DA ADEPSI
  • 7. PUBLICAÇÕES PRÉ-PSICANALÍTICAS E ESBOÇOS INÉDITOS- 1886 - 1899 • NEUROSE OBSESSIVA • DOENÇAS DO SISTEMA NERVOSO DE CHARCOT • HEMIASNESTESIA EM UM HOMEM HISTÉRICO • HIPNOTISMO E SUGESTÃO • PROJETO DE UMA PSICOLOGIA CIENTÍFICA: dores, desejos, consciência, satisfação... • PSICOPATOLOGIA • HISTERIA • Memória e Juízo • Pensamento e realidade • Processos Primários, o sono e os sonhos • Consciência e sonhos: Conceito de regressão em Freud V O L 1
  • 8.  Casos clínicos: • Ana O. • Elizabeth Von. R  Conversão Histérica  Associação Livre  Transferência e contratransferência ESTUDOS SOBRE A HISTERIA (Breuer e Freud -1893-1895) V O L 2
  • 9. PRIMEIRAS PUBLICAÇÕES PSICANALÍTICAS (Freud -1893-1899) V O L 3 • Sobre o mecanismo psíquico dos fenômenos histéricos: Uma conferência • As neuropsicoses de defesa • Obsessões e Fobias: seu mecanismo psíquico • A Sexualidade na etiologia das neuroses • Lembranças encobridoras
  • 10. A INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS (1900) V O L 4 • Relação dos sonhos com a vigília • Memória dos sonhos • Estímulos e Fontes dos sonhos • Por que esquecemos dos sonhos ao despertar • O sentido moral dos sonhos • Interpretação, elaboração e processos oníricos dos sonhos
  • 11. A INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS - Parte II (1900- 1901) Sobre os Sonhos V O L 5 • Atividade intelectual nos sonhos • Alguns casos de sonhadores • Os símbolos nos sonhos • Sentimento de realidade nos sonhos • Regressão Freud publicou A Interpretação dos Sonhos em 1899, mas constou 1900.
  • 13. Qual o significado do Sono? As fases do sono se dividem em duas:
  • 14. • A maior quantidade de sono REM ocorre no último terço da noite, geralmente de madrugada entre 4h e 7h da manhã, momento em que a maioria das pessoas mais sonha. • Detalhe: pessoas com depressão grave podem ter sono REM bastante diminuído, implicando geralmente uma inversão da arquitetura do sono.
  • 15.
  • 16. A Interpretação dos Sonhos- 1900
  • 17.
  • 18. Da reunião de vários fatos, acontecimentos, afetos experimentados no mesmo dia ou no dia anterior, coisas recentes, articulados ao desejo inconsciente. Os sonhos retomam impressões de dias anteriores e têm à sua disposição os fatos mais primitivos de nossa infância, que ainda estão latentes em nosso inconsciente.
  • 19. Para que um sonho seja interpretado é importante que não seja entendido de uma só vez na sua totalidade, já que ao ser formado no inconsciente, só existem afetos e fragmentos da realidade, logo fica muito confuso no primeiro momento.
  • 20. A análise vai trabalhar isso através da associação livre. Há uma decomposição, uma análise mesmo, para que isso gere uma ramificação das associações que leve a esse desejo, mas não com um sentido determinado, um sonho não tem um sentido somente, pode ter diversos.
  • 21. • Freud afirma que o sonhador sempre sabe o significado de seu sonho, mas a censura o impede de reconhecer aquilo que pode ferir a sua moral. • No sonho, segundo ele, há mecanismos diferenciados, como o deslocamento e a condensação. • Os sonhos são uma fonte tão rica de significados, eles não se limitam pelos mecanismos de racionalização da mente consciente.
  • 22. Segundo Freud, sempre haverá dois componentes básicos intrínsecos na interpretação do sonho: • Conteúdo manifesto do sonho: o que lembramos, o que é relatado por quem sonha; • Conteúdo latente: a extensão de tudo que está ali ligado, trata do oculto e inconsciente do sonho, é o desejo que está tentando ser realizado a partir dos conteúdos manifestos que são deslocados e condensados para que eles não sejam tão claros e passe pela censura. O que se pretende atingir através da interpretação, é algo muito maior do que aparece nos sonhos.
  • 23. Há diferentes mecanismos envolvidos no processo de elaboração dos sonhos. - Dramatização ou concretização - na elaboração dos sonhos os pensamentos abstratos tornam-se imagens concretas, em preocupação com a lógica comum. Exemplo: senhora que precisava sair da casa, mas não queria. Sonhou que plantava sementes que rapidamente criaram raízes e se tornaram árvores. - Deslocamento - consiste na substituição de uma imagem do conteúdo latente por uma outra no conteúdo manifesto. Exemplo: uma mulher que tinha problemas com o irmão, conversou com uma pessoa que possuía características dele, ficou irritada e durante a noite sonhou que estava na casa que vivia com o irmão, viu uma bola e a chutou violentamente.
  • 24. - Condensação - em uma mesma imagem pode ocorrer a sintetização de vários elementos diferentes. Várias pessoas ou elementos do conteúdo latente costumam aparecer no conteúdo manifesto como uma única pessoa, mas com características condensadas de cada uma delas. - Exemplo: Eu sonho com uma mulher de cabelos curtos e escuros, vestida com sobretudo e uma pasta na mão. Porém, ela representa mais uma pessoa, pode ser uma professora que tinha os cabelos curtos e escuros, o sobretudo pode significar outra pessoa que me incomodou, assim como a pasta que ela segurava, representar uma terceira pessoa.
  • 25. - Desdobramento – É o contrário da condensação, uma pessoa ou objeto do conteúdo latente corresponde a duas ou mais do conteúdo manifesto. Nesse caso, cada um dos elementos pode indicar um aspecto da pessoa ou objeto relacionado. - Simbolização - cada imagem recebe sua própria representação simbólica, conforme o universo particular do paciente. Para finalizar, é importante saber que não é o psicanalista que oferece todos os significados dos sonhos para o paciente.
  • 26.
  • 29. V O L 7 Um Caso de Histeria Três Ensaios da Sexualidade 1901-1905 • Fragmento da análise de um caso de histeria • Quadro clínico, primeiro e segundo sonho Um caso de histeria • As aberrações sexuais • A sexualidade Infantil • As transformações da Puberdade • O Método Psicanalítico de Freud Três Ensaios Sobre a Sexualidade
  • 30. • Freud elabora a metapsicologia a partir da observação dos pacientes, analisando seus discursos e remetendo-os a um modelo abstrato da mente (isto é, o "aparelho psíquico"); ou seja, ele formula hipóteses e deduz estruturas do psiquismo a partir das evidências clínicas. METAPSICOLOGIA / METAPSICANÁLISE 1896 - 1915 • Freud diz: “Eu proponho que se fale de uma apresentação metapsicológica, quando nós conseguimos descrever um processo psíquico segundo suas relações dinâmicas, tópicas e econômicas”.
  • 31. • o econômico, que supõe uma energia psíquica de natureza sexual, que ele caracterizou inicialmente como um quantum de afeto e, mais tarde, como libido; • A metapsicologia, em seus três pontos subjetivos: • O dinâmico, que toma o psiquismo como sendo movido por forças psíquicas em oposição, que ele denominou pulsões; • o tópico, que toma o psiquismo como se fosse um aparelho dividido em instâncias psíquicas, espacialmente figuráveis. (Iceberg)
  • 33.
  • 34. Por que negamos a inveja, os ciúmes e nossos defeitos? Freud mostra que aquilo que a medicina classifica como algo a ser tratado, é a verdade do ser humano nos laços sociais. Ato falho é a presença do inconsciente na vida em grupo, um filtro nas palavras para de fato me mostrar ou não. Fazemos uma seleção da nossa verdade em relação ao ao grupo e construímos uma imagem palatável à sociedade. SUPRIMIR – RENUNCIAR – REPRIMIR IDEIAS MANIFESTAR – REVELAR – APARECER
  • 35. O inconsciente existe e podemos verificar na vida cotidiana. Isso se repete dentro do consultório, porém o elemento negado fora é valorizado dentro do consultório. O inconsciente está presente no laço social, não sendo um fenômeno nem psíquico nem biológico.
  • 36. No texto O mecanismo psíquico do esquecimento, Freud (1898/1996) escreve que, nos casos de esquecimento, um desprazer contínuo é liberado até o instante em que o problema encontra uma resolução. A tensão se desfaz quando o esquecimento é suplantado através de um apoio exterior. O que é Parapraxia para Freud? As parapraxias foram definidas por Sigmund Freud para se referir a pequenos erros mnemônicos, como o fenômeno da ponta da língua ou o esquecimento de nomes e datas”
  • 37. OS TRÊS TIPOS DE ATOS FALHOS Segundo Freud, além dos sonhos, o inconsciente se manifesta na vida cotidiana em erros.  Erro de linguagem.  Erro de memória.  Erro de comportamento (perturbações no controle motor). Não acontecem por acaso, nem tão pouco são doenças a serem tratadas e não são exatamente erros. E agora, Freud, você explica ou complica???
  • 38. Se Freud defende a ideia de que não são propriamente erros. Então seriam acertos?
  • 39. ATOS FALHOS NA LINGUAGEM Trocar o nome da esposa pelo da ex-namorada • Trocar o nome do amigo Dizer que está encerrando um evento, ao invés de começando
  • 40. ATO FALHO DE ESQUECIMENTO Freud relata esquecimento das chaves NOS DIAS ATUAIS VIVEMOS UM BOOM DO ESQUECIMENTO
  • 41. ATO FALHO NO COMPORTAMENTO QUEBRAR--DERRUBAR-TROPEÇAR
  • 42. Nas Conferências introdutórias à psicanálise (1916-1917), Freud enumera diferentes atos falhos: • Versprechen [lapso verbal]- promessa • Verlesen [lapso de leitura]- leu errado •Verhören [lapso de audição]- interrogar • Vergessen [lapso de memória]- esquecer •Verlegen [extravio de objeto]- envergonhado •Verlieren [perda de objeto]- perda •Irrtümer [equívocos] erros
  • 43. Conclusão Quando conseguimos identificar os nossos próprios atos falhos, podemos entender as questões que ficaram mal resolvidas dentro de nós e tentamos encobrir de alguma forma. Três Ensaios sobre a Sexualidade
  • 44. Três Ensaios sobre a Sexualidade (1905) Freud revoluciona a maneira que a sociedade enxerga a sexualidade humana. PRIMEIRO ENSAIO Norma da Sexualidade Antes de Freud • Sexualidade “normal” era pênis x vagina (exclusivamente hetero) • Sexualidade que fugia a esse padrão único e rígido era vista como algo transgressor. (perversas, degeneradas, anormais)
  • 45. • Freud x sexualidade • Deslocando o eixo divino e cultural para o inconsciente e para a moralidade (instintos). • A moral sexual estava definida pela noção divina de bem e de mal e as práticas sexuais pecaminosas (sexo sem procriação) e as transgressivas (prostituição, aborto, travestismo e amizades românticas) tinham como resultado a punição.
  • 46. • Freud: • Desvio em relação ao objeto: invertidos (não só homem x mulher) • Desvio em relação ao alvo: troca vagina por excitação com seio, boca, calcanhar, atrás do joelho... • existe a norma mas o corpo não segue. • Conclusão de Freud após analisar zoofilia, invertidos, fetichistas: • Natureza humana não é heterossexual (aprendido) • Diversas zonas erógenas
  • 47. SEGUNDO ENSAIO SEXUAL (ato) E SEXUALIDADE (prazer) • Prazer além da necessidade, está acima da satisfação. (Bebê sacia a fome e depois quer saciar o prazer de sugar) • Prazer pela literatura, obra de arte, água, trabalho, estudo... • Dissociação do genital e do prazer. • Todo o corpo pode ser fonte de prazer • Libido as vezes é empregado como substantivo, as vezes como adjetivo, mas sempre está ligado a pulsão sexual, que por enquanto é instinto.
  • 48. •Freud percebe que pacientes neuróticos têm fantasias perversas conscientes e inconscientes. Observando minuciosamente os pacientes com sintomas neuróticos: atos obsessivos, fóbicos e histéricos, chega a conclusão revolucionária de que a sexualidade humana não é primariamente normal, é primariamente perversa. •Toda criança é: EGOÍSTA PERVERSA POLIMORFA
  • 49. •Sendo assim, o fetichista, por exemplo, estaria potencializando o que já estava presente na infância. •Egoísta _ prazer autoerótico (chupar o dedo, masturbação) •Polimorfa – diversas parte do corpo erotizadas, aguardando uma destinação em prol da satisfação da sexualidade (prazer) desde bebê. •Perversa: Não se trata de pênis e vagina, então desvia da norma.
  • 50. É POSSÍVEL UM ANALISTA GAY? Conhece algum teórico da psicanálise gay? Para Freud não, porque era desvio de personalidade. Vamos formular nossos próprios conceitos, porque psicanálise não é doutrinação
  • 51. O neurótico não se lembra do trauma, assim a criança não se lembra do início da infância. O protótipo da repressão é a amnésia infantil, onde recalca o egoísta, o perverso e o polimorfo. Sexualidade infantil Retorno do recalque: Sintoma Sonhos Trensferência Amnésia infantil
  • 52. Sexualidade infantil Egoísta – perversa - polimorfa FASE ORAL: sugar, chupar o dedo, colocar objetos na boca FASE ANAL: prazer em defecar (reter e liberar – controlar) FASE FÁLICA: pênis é o órgão mais importante para o desenvolvimento FASE DE LATÊNCIA • COMPLEXO DA CASTRAÇÃO
  • 53. Complexo de édipo: • Amor pelos genitores, sexo oposto • Escolha de objetos parecidos – incesto: menino procura mãe e menina procura pai. • Fato das mulheres não abandonarem • Desprazer das mulheres pelo sexo: A procura pelo pai compromete a relação sexual.
  • 54. TERCEIRO ENSAIO: AS TRANSFORMAÇÕES DA PUBERDADE • Freud diz que com a chegada da puberdade operam-se mudanças destinadas a dar á vida sexual infantil sua forma final normal. • Redespertar do Édipo, mudando o objeto de desejo. • Na infância o prazer é autoerótico e na puberdade tem foco no objeto. • Primado da zona genital existe como espécie de coordenador da excitação sexual.
  • 55. TEORIA DA LIBIDO Força quantitativamente variável, que poderia medir os processos e transformações ocorrentes no âmbito da atividade sexual. • LIBIDO DO EU • LIBIDO DO OBJETO • (Intercala investimento