1. UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO – CAMPUS MATA NORTE
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
JEFFERSON GOMES DA SILVA
JOSILENE RODRIGUES VIEIRA
MAXYELLE ÍVINA
ESPERMATOGÊSE,
SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO E FECUNDAÇÃO
CAMPUS MATA NORTE – NAZARÉ DA MATA
2015
2. JEFFERSON GOMES DA SILVA
JOSILENE RODRIGUES VIEIRA
MAXYELLE ÍVINA
ESPERMATOGÊSE,
SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO E FECUNDAÇÃO
Professora: Ubiranny Lopes
Nazaré da Mata
2015
Atividade de pesquisa da disciplina de Embriologia,
disciplina do curso de licenciatura em ciências
biológicas, na instituição Universidade de
Pernambuco – UPE, com o principal objetivo de
conhecermos a espermatogênese, sistema
reprodutor masculino e o processo de fecundação.
3. Espermatogênese:
A Espermatogênese é o processo pelo qual se formam os gametas masculinos, os
espermatozoides, a partir de células germinativas primordiais, as espermatogônias.
Este processo envolve os seguintes tipos celulares:
Espermatogônia (2n) – se multiplica por mitose
Fase de multiplicação
Espermatócito I (2n) – se multiplica por meiose
Fase de crescimento
Espermatócito II (n) – resulta da meiose I
Fase de maturação
Espermátide (n) – resulta da meiose II
Espermatozóide (n) – gameta masculino
Se forma pelo processo de citodiferenciação da espermátide
Fases da espermatogênese:
Fase de Multiplicação:
Ocorre, a partir dos seis ou sete
anos de idade, quando as
espermatogônias diploides se
dividem por mitoses sucessivas. A
primeira divisão mitótica origina
duas outras espermatogônias
igualmente diploides, sendo que
uma delas irá substituir a
espermatogônia que iniciou o
processo, garantindo assim a
continuidade desta fase, durante
toda a vida do indivíduo. A outra
espermatogônia seguirá as
transformações para tornar-se
espermatozóide.
Fase de Crescimento Celular:
Inicia-se a partir da puberdade, sob
estímulo dos hormônios
gonadotróficos. As espermatogônias
de localização mais profunda nos
túbulos seminíferos passam a
aumentar de volume, nutridas pelas
células de Sertoli, caracterizando um curto período de crescimento. Nesta fase, não
ocorrem divisões celulares. As espermatogônias passam então a ser denominadas
de espermatócitos primários ou de primeira ordem. Estas células ainda mantêm a
mesma carga cromossômica das espermatogônias, ou seja, continuam diploides.
4. Fase da Maturação:
Nesta fase, o espermatócito primário sofrerá uma divisão meiótica reducional
(meiose I), originando dois espermatócitos secundários ou de segunda ordem. Estas
células já são haploides, pois possuem a metade do número de cromossomos dos
espermatócitos primários. Na sequência, os espermatócitos secundários sofrerão
meiose equacional (meiose II), originando quatro espermátides igualmente
haploides. As espermátides haplóides não realizam mais divisões e sofrerão
algumas modificações morfológicas e estruturais, denominadas espermiogênese,
originando finalmente os espermatozoides. Portanto, cada espermatócito primário
diploide que participa da espermatogênese origina, ao final do processo, quatro
espermatozoides haplóides. Isso justifica o grande número de espermatozoides
encontrados no esperma, em cada ejaculação, com um número oscilante entre 300
a 500 milhões.
Fatores hormonais que estimulam a espermatogênese
Testosterona: é secretada pelas células de Leydig, é essencial ao crescimento e a
divisão das células germinativas na formação dos espermatozoides.
Hormônio Luteinizante: estimula a célula de Leydig.
Hormônio Folículo Estimulante: estimula as células de Sertori.
Estrogênios: são formados a partir das testosteronas pelas células de Sertori. Fica
disponível para o amadurecimento do espermatozoide.
Hormônio do crescimento: é necessário para controlar as funções metabólicas de
fundo dos testículos. Promove a divisão inicial das próprias espermatogônias.
O espermatozoide maduro é composto de três partes: cabeça, colo e cauda.
Na cabeça encontramos o núcleo haploide e o acrossomo, que também é chamado
de capuz acrossômico e
contém enzimas que auxiliam
na penetração do
espermatozóide do envoltório
do óvulo. O colo é a junção
entre a cabeça e a cauda.
A cauda é composta de três
peças:
peça intermediária, peça
principal e peça final.
Apresenta muitas mitocôndrias,
pois precisa de muita energia
para sua motilidade.
5. Sistema reprodutor masculino
Testículos
Possui duas funções interrelacionadas: a produção de gametas e a produção de
esteroides. Nos homens a produção de gametas, os espermatozoides, é conhecida
como espermatogênese. os hormônios esteroides principalmente a testosterona
funciona na regulação e no desenvolvimento dos espermatozoides e do crescimento
além do desenvolvimento e manutenção das glândulas acessoriais. Esse hormônio
também influencia o desenvolvimento das características sexuais secundarias e ate
certo ponto no comportamento sexual. É constituída de milhares de túbulos
seminíferos e no interior desses túbulos e produzido os
espermatozoides. Envolvendo cada testículo existe uma capsula fibrosa espessa, a
túnica albugínea.
Epidídimo
é onde ocorre a maturação dos espermatozoides e também é um local de reserva.
no epidídimo o flagelo e adquirido dando uma maior mobilidade. é um tubo longo e
liso.
Glândulas assessorias
- vesícula seminal= são estruturas saculiformes, alongadas e contorcidas que
medem aproximadamente 5 cm de comprimento e localiza se entre a face posterior
da bexiga e o reto, é constituída de um único tubo reto e dobrado sobre si mesmo.
Secretam um liquido viscoso composto principalmente de frutose e varias proteínas
que nutrem e dão energia aos gametas.
Próstata= é a maior das glândulas assessorias com o tamanho de uma noz pesando
cerca de 20g. Circunda a uretra prostática e os ductos ejaculadores, é constituída de
tecido fibromuscular e glandular, é circundada por uma capsula fibroelastica rica em
vasos quem enviam septos incompletos que penetram na glândula. Produz um
liquido ligeiramente acido (pH= 6,5) que constitui uma parte do sêmen. o liquido
prostático é um fluido seroso, branco =, rico em lipídios, enzimas proteolíticas,
fosfática acida, fibrinolisina e acido cítrico.
Glândulas bulbouretrais ou glândulas de cowper
são estruturas pares do tamanho de ervilhas, cada glândula é túbulo alveolar
composta, constituída por vários lóbulos unidos por um tecido conjuntivo denso que
contem fibras elásticas e fibras musculares lisas e esqueléticas. Essas glândulas
produzem um fluido espesso escorregadio semelhante ao muco, atua lubrificando.
Pênis
O pênis é composto por três colunas de tecido erétil, cada um contida dentro de uma
cápsula de tecido conjuntivo fibroso denso, a túnica albugínea. Duas das colunas de
tecido erétil, os corpos cavernosos, ocupam uma posição uma posição dorsal.
6. A terceira coluna de tecido erétil, o corpo esponjoso, ocupa uma posição ventral.
Como o corpo esponjoso contém a porção peniana da uretra, ele também é
denominado corpo cavernoso uretral. A ponta da glande do pênis é perfurada pela
extremidade da uretra formando uma fenda vertical.
Os corpos estão envolvidos por uma bainha comum de tecido conjuntivo frouxo, sem
hipoderme, coberta por pele fina. A pele da porção proximal do pênis possui pelos
púbicos, grosseiros, e numerosas glândulas sudoríparas e sebáceas. Já a porção
distal do pênis mão possui pelos e tem somente algumas glândulas sudoríparas.
O tecido erétil do pênis contém numerosos espaços, de forma variada, revestidos
por endotélio, separados um do outro por trabéculas de tecido conjuntivo e células
musculares lisas.
Os tecidos eréteis dos
corpos cavernosos
recebem sangue de
ramos das artérias
profunda e dorsal do
pênis. Estes ramos
penetram nas paredes
das trabéculas de tecido
erétil e formam plexos
capilares, ondem
fornecem algum sangue
para os espaços
vasculares.
Ereção
A ereção ocorre quando o fluxo de sangue é desviado para os espaços vasculares
do tecido erétil (corpos cavernosos e, em menor extensão, corpo esponjoso) levando
o pênis a crescer e tornar-se túrgido. Durante a ereção, a túnica albugínea, que
envolve o tecido erétil, é distendida e diminui de espessura de 2,0 mm para 0,5 mm.
A mudança do fluxo de sangue que leva a ereção é controlada pelo sistema nervoso
parassimpático após estímulos sexual, como exemplos: estímulos prazerosos
auditivos, visuais, táteis, olfativos, e psicológicos.
O estímulo continuado da glande do pênis leva á ejaculação, ou seja, á expulsão
forçada do sêmen dos dutos genitais masculinos. Cada ejaculação, que no homem
tem um volume de cerca de 3 ml, é constituído das secreções das glândulas
acessórias e por 200 a 300 milhões de espermatozoides. Após a ereção, as
glândulas bulbouretrais liberam um fluido viscoso que lubrifica o revestimento da
uretra. Logo antes da ejaculação, a próstata lança sua secreção na uretra, e os
espermatozoides da ampola dos dois dutos deferentes são liberados nos dutos
ejaculados.
7. Ejaculação
Ela é regulada através do sistema nervoso simpático. Os impulsos vindos deste
sistema desencadeiam a seguinte sequência de acontecimentos:
o A contração do músculo liso dos dutos genitais e das glândulas genitais
acessórias força o sêmen a ir para a uretra.
o O músculo do esfíncter da bexiga se contrai, impedindo a liberação de urina
(ou a entrada de sêmen na bexiga).
o O músculo bulboesponjoso, que envolve a extremidade proximal do corpo
esponjoso (bulbo peniano) que apresenta poderosas contrações rítmicas, que
resultam na expulsão forçada do sêmen da uretra.
A ejaculação é seguida da interrupção dos impulsos do parassimpático para os
vasos que irrigam o pênis.
E em consequência disso o fluxo de sangue pelas artérias profunda e dorsal do
pênis, e a drenagem venosa esvazia lentamente o sangue dos espaços vasculares
do tecido erétil.
8. Fecundação
A fecundação (ou fertilização) marca o início do desenvolvimento de todo ser
humano. Quando o zigoto, que é uma célula totipotente (que tem capacidade de se
dividir e se transformar em qualquer outra célula - são as células tronco), se forma,
se forma também um indivíduo único graças aos cromossomos e à carga genética
que eles carregam.
Fases da Fertilização:
o Passagem do espermatozóide através da corona radiata:
Acredita-se que a enzima hialuronidase, liberada do acrossoma do espermatozóide,
é responsável pela dispersão das células foliculares da corona radiata. Mas não é só
isso que facilita a passagem, os movimentos da cauda do espermatozóide junto às
enzimas da mucosa tubária também contribuem bastante.
o Penetração da zona pelúcida:
Esta é uma fase importante para o início da fertilização. É provável que as
enzimas esterases,acrosina e neuraminidase, também liberadas pelo acrossoma,
causem o rompimento da zona pelúcida, agindo como facilitador da chegada do
espermatozóide ao ovócito. Assim que este penetra a zona pelúcida, ocorre
a reação zonal, uma mudança
que torna esta zona
impermeável a outros
espermatozoides. A composição
desta cobertura é feita por
glicoproteínas extracelularmente
e muda após a fertilização.
Alguns estudiosos acreditam
que a reação zonal seja o
resultado da ação das enzimas
lisossomais liberadas por
grânulos corticais.
9. o Fusão das membranas plasmáticas do ovócito e espermatozoides:
Nesta fase estas membranas se unem e se rompem no exato lugar onde se uniram.
A cabeça e a cauda do espermatozóide entram no ovócito, mas a membrana
plasmática do espermatozóide fica de fora.
o Término da segunda divisão meiótica e formação do pronúcleo feminino:
Quando o espermatozóide penetra o ovócito, ele o estimula a completar a segunda
divisão meiótica, resultando num ovócito maduro e num segundo corpo polar. A
partir disso, há a condensação dos cromossomos maternos e o núcleo já maduro do
ovócito evolui para um pronúcleo feminino.
o Formação do pronúcleo masculino:
O núcleo do espermatozoide aumenta no interior do citoplasma do ovócito com
objetivo de compor o pronúcleo masculino e a cauda, então, sofre degeneração.
Enquanto acontece o crescimento dos pronúcleos, que são indistinguíveis
morfologicamente, eles replicam seu DNA. O ovócito que contém dois pronúcleos
haplóides é chamado de oótide.
o Formação do zigoto:
Logo que os pronúcleos se juntam em um conjunto único e diploide, a oótide se
transforma em um zigoto. Os cromossomos neste zigoto arranjam-se em um fuso de
clivagem, preparando-se para a divisão que irá sofrer. Esta estrutura é
geneticamente única, já que metade dos seus cromossomos vem da mãe e a outra
metade do pai, formando assim uma nova combinação cromossômica, diferente da
contida nas células dos pais. Este fato forma a base da herança biparental e,
consequentemente, da variação da espécie humana.