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Demonstrar compreensão sobre o ciclo reprodutivo das espécies pecuárias
Data: 09/03/2022 e 11/03/2022
Titulo do Modulo:
Identificar o comportamento básico reprodutivo dos animais pecuários
INSTITUTO MEDIO SANTA MARIA DE MOCODOENE
Formador: Emidio
Objectivos da aula
Objectivos Geral:
• Após conclusão com êxito desta unidade de competência o candidato será capaz de: demonstrar
compreensão sobre o ciclo reprodutivo das espécies pecuárias.
Objectivos Específicos:
• Explicar a estrutura e funções do aparelho genital dos animais de interesse pecuário;
• Explicar os ciclos reprodutivos das espécies de interesse pecuária;
• Distinguir as diferentes formas de reprodução nas espécies pecuárias;
• Explicar a duração da gestação ou dos períodos de incubação nas diferentes espécies pecuárias;
Introdução
Conhecer a anatomia de um aparelho representa a base para seu estudo amplo e profundo, além de
facilitar a compreensão de seu funcionamento.
Para facilitar o estudo do aparelho reprodutor do macho, seus órgãos podem ser classificados de
acordo com sua localização anatômica, em órgãos genitais internos (que compreendem os ductos
deferentes, as glândulas acessórias e a uretra pélvica) e órgãos genitais externos (testículos com
seu epidídimo). O testículo também foi considerado como órgão sexual primário, enquanto os
ductos excretores, glândulas acessórias, pênis e prepúcio são considerados órgãos sexuais
secundários.
O aparelho reprodutor da fêmea é dividido em ovários e órgãos tubulares (útero, oviduto, cérvix,
vagina e vulva).
Estrutura e funções do aparelho genital dos animais
Aparelho reprodutor do macho
Para avaliar a capacidade reprodutiva dos machos, é primordial conhecer a anatomia e a fisiologia
do aparelho reprodutor.
Estrutura do aparelho genital dos machos.
1. Testículo
2. Epidídimo
3. Ducto deferente
4. Ampola
5. Glândulas seminais
6. Próstata
7. Glândulas bulbouretrais
8. Prepúcio
Estrutura e funções do aparelho genital dos animais
Fig. Órgãos genitais do cachaço (Reprodutor
suíno).
Fig. Órgãos genitais do touro (Reprodutor bovino).
Estrutura e funções do aparelho genital dos animais
Fig. Órgãos genitais do garanhão (Reprodutor equino).
Aparelho reprodutor do macho
Testículos
Os testículos são os órgãos sexuais primários que têm como
funções principais a produção de espermatozoides (função
exócrina) e a produção de hormonas esteroides (função
endócrina).
Microscopicamente, o testículo é organizado pelos túbulos
seminíferos, dentro dos quais a espermatogênese é
realizada. Dentro dos túbulos encontram-se as células de
Sertoli e as espermatogonias em diferentes estágios de
maturação; fora dos túbulos no espaço intersticial,
encontram-se o tecido e o fluido intersticial, composto por
vasos sanguíneos, linfáticos e células de Leydig.
Aparelho reprodutor do macho
• Epidídimo
O epidídimo é a estrutura adjacente ao testículo, responsável
por funções como transporte, maturação e armazenamento
de espermatozoides. Anatomicamente, são reconhecidas três
porções: cabeça, corpo e cauda.
Esta última porção continua com o ducto deferente, que é
incorporado ao cordão espermático juntamente com os
vasos sanguíneos e linfáticos do testículo (plexo
pampiniforme), para transportar o sêmen para a uretra
durante o processo de ejaculação. A parte terminal dos
ductos deferentes é conhecida como ampolas deferentes.
Aparelho reprodutor do macho
Ampolas deferentes
É a última porção de cada ducto deferente,
forma-se pelo engrossamento da mucosa e
apresenta muitos compartimentos.
Apresenta glândulas tubuloalveolares
revestidas por células epiteliais secretoras,
produtoras de líquido, que contribuem para
o transporte dos espermatozoides
Aparelho reprodutor do macho
Glândulas ou Vesículas seminais
São órgãos pares localizados na cavidade pélvica, têm
forma alongada, lobulada e são formados por grandes
lóbulos. No touro podem ser apalpadas por via retal, no
entanto no cavalo não é uma tarefa fácil apalpá-la.
A secreção destas glândulas contribui para o volume total
da ejaculação em diferentes proporções segundo a espécie;
no caso do touro é de 25 a 30%, no porco de 10 a 30% e no
carneiro de 7 a 8 %. No cavalo são considerados como
produtoras da última porção da ejaculação em forma de gel.
Responsáveis pela produção do liquido seminal que
representa cerca de 60 % a 80% do volume do sêmen
Aparelho reprodutor do macho
Próstata
A Próstata é uma glandula exócrina do Sistema
reprodutor masculina, encontram-se abaixo da bexiga,
com a uretra passando por ela, é circundado por uma
capsula fibromuscular e contém o tecido glandular.
Elas produzem o fluido que faz parte do sêmen, a
substancia que e emitida durante a ejaculação, sendo
um líquido alcalino, leitoso com aparência branca.
A próstata secreta fluido que se torna parte do sêmen.
Aparelho reprodutor do macho
Glândulas bulbouretrais
Também chamadas glândulas de cowper, são corpos
arredondados compactos em forma de noz e com uma
densa cápsula. Elas localizam-se sobre a uretra perto
da saída da cavidade pélvica.
A secreção destas glândulas faz parte da pré-
ejaculação a sua função é de limpar e lubrificar a
uretra para a passagem da ejaculação..
Aparelho reprodutor do macho
Pênis
É um órgão que tem dupla função: a expulsão da urina
e a deposição do sêmen no aparelho genital da fêmea.
Possui três porções: a base, o corpo e a glande. A base
é a parte que se insere ao arco isquiático.
O corpo constitui a maior proporção do pênis; na parte
ventral contém a uretra peniana, rodeada por uma
camada de tecido erétil, denominada corpo esponjoso,
e duas porções mais deste tecido (localizadas
dorsalmente ao corpo esponjoso), denominadas corpos
cavernosos.
Extremidade do pênis de um A. Garanhão, B. Ovino e C.
Caprino.
A
B
C
Estrutura e funções do aparelho genital dos animais
Aparelho reprodutor da fêmea
Conhecer a anatomia dos órgãos reprodutivos é essencial para poder identificar as patologias que
possam afetar a capacidade reprodutiva, bem como para entender as diferenças de manejo ao
empregar algumas biotecnologias reprodutivas aplicadas aos animais domésticos.
O aparelho reprodutor feminino é essencialmente um conjunto de órgãos tubulares, nos quais se
distinguem quatro camadas denominadas de dentro para fora como mucosa (camada de epitélio
secretório), submucosa (suporta a mucosa e contém a irrigação e inervação), muscular (duas
camadas de músculo liso) e serosa (camada simples de células que se seguem às do peritoneu).
Em particular no útero os nomes destas camadas são: endométrio (incluindo a mucosa e a
submucosa, que contêm as glândulas uterinas), miométrio (muscular) e perimétrio (serosa).
Órgãos genitais femininos da porca e da vaca. Fonte: KONIG &
LIEBICH, 2016.
Aparelho reprodutor da femea
Estrutura
Os órgãos genitais da fêmea incluem os órgãos
genitais internos (ovários, ovidutos, útero, cérvix,
vestíbulo e vagina) e os órgãos genitais externos
(lábios vulvares e clitóris) (tabela 3).
Ovários
Tuba uterina ou oviduto
Útero
Cérvix ou colo uterino
Vagina
Órgãos externos (vulva e clitóris)
Aparelho reprodutor da femea
Ovários
são órgãos pares suspensos na região sub-lombar pelo
ligamento largo, que nesta seção se denomina
mesovário, e estão localizados próximos aos rins. Têm
forma arredondada ou oval, são de consistência firme
e, em geral, possuem folículos e corpos lúteos que lhes
conferem uma aparência irregular.
Funções:
• Gametogênica Produção do gameta feminino (óvulo)
• Estereoidogênica (Produção de hormônios) Síntese de
progesterona (corpo lúteo) e estradiol (folículo)
Aparelho reprodutor da femea (Ovários)
Folículos: Características, formação, maturação e corpo lúteo
No animal adulto, os folículos ovarianos se desenvolvem no interior da zona parenquimatosa.
Cada folículo contém um único óvulo. Com base no tamanho do ovócito e de seu grau de
diferenciação, pode-se reconhecer os seguintes estágios de desenvolvimento nos folículos
ovarianos.
• Folículo primordial;
• Folículo primário;
• Folículo secundário;
• Folículo terciário;
• Folículo ovárico vesiculos.
Aparelho reprodutor da femea (Ovários)
Folículo primordiais
Os folículos primordiais são formados por um epitélio
folicular de camada simples, as células granulosas, que são
planas e mais tarde se diferenciam em células da teca
interna, as quais envolvem o ovócito.
Aparelho reprodutor da femea (Ovários)
Folículo primário;
O folículo primário desenvolve-se a partir do primordial e
caracteriza-se por apresentar várias camadas de células
foliculares envolvendo o ovócito.
É nesta fase que o ovócito se rodeia de uma camada clara
de material extracelular: a zona pelúcida.
Aparelho reprodutor da femea (Ovários)
Folículo secundário
Após a maturação que se segue (folículo secundário),
várias camadas de células granulosas são formadas ao redor
do oócito com reentrâncias preenchidas com fluido dentro
da massa de células granulosas.
Aparelho reprodutor da femea (Ovários)
Folículo terciário
Finalmente, elas confluem para formar uma cavidade
preenchida com líquido folicular. Nesse estágio, o folículo
recebe a denominação folículo terciário.
Aparelho reprodutor da femea
Corpo Lúteo (CL)
O corpo lúteo (CL) é uma glândula temporária situada no
ovário. É resultante do processo de ovulação do folículo.
Tem a função de secretar o hormônio progesterona com a
finalidade de fazer a manutenção da gestação (se houve a
fertilização).
Aparelho reprodutor da femea
Resumo do Ciclo Ovariano
Aparelho reprodutor da femea
Tuba uterina ou oviduto
São órgãos tubulares que conectam o útero com os ovários,
algumas de suas funções são a captação do ovócito, ser o
local de fertilização e ser um reservatório espermático.
O oviduto ou tuba uterina divide-se em três porções: a
extremidade mais próxima do ovário expande-se em forma
de funil e é conhecida como infundíbulo; a sua borda
apresenta projeções filiformes que constituem a fímbria -
para captar o ovócito no momento da ovulação-, e termina
numa abertura chamada ostium
Aparelho reprodutor da femea
Útero
É composto por dois cornos, um corpo e a cérvix (colo
uterino);
Parede se divide em endométrio, miométrio e
Mesométrio;
O útero tem como função primária dar sustentação e
proteção para o crescimento e desenvolvimento do
embrião e posteriormente do feto.
Aparelho reprodutor da femea
Cérvix
Possui um epitélio luminal contendo células
secretoras de muco;
Funções:
Transporte espermático;
Participação na selecção dos espermatozóides;
Protecção do útero contra infecções.
Aparelho reprodutor da femea
Vagina
É o órgão copulatório dos animais.
Funções:
Proteção dos espermatozóides durante o trânsito até a
cérvix; Proteção contra infecções através de seu meio
microbiológico residente; Parte do canal do parto.
Aparelho reprodutor da femea
Órgãos externos (vulva e clitóris)
A vulva é a porção terminal do aparelho genital
feminino. É formada pelos lábios vulvares, esquerdo
e direito, que se unem nos cantos dorsal e ventral.
A vulva representa igualmente o fim do aparelho
urinário, já que a uretra se abre no piso da vulva.
Ciclos reprodutivos das espécies pecuárias
• O cio ou estro é a fase reprodutiva dos animais, onde as fêmeas apresentam receptividade sexual
seguida de ovulação.
• Em geral, as fêmeas manifestam comportamentos fora do comum quando estão ciclando, tais
comportamentos devem ser observados para que não percam o pico de ovulação e,
consequentemente, para que não perca o momento de monta ou inseminação para emprenhar o
animal.
• As mudanças ovarianas, genitais e comportamentais que ocorrem ao longo dos ciclos estrais são
controladas pelo sistema endócrino e são o resultado de uma complexa interação entre
hipotálamo, hipófise, ovário e útero. Vários hormônios participam desse processo, dos quais
serão descritos a importância e a participação dos mais relevantes.
Ciclos reprodutivos das espécies pecuárias
Ciclos reprodutivos das espécies pecuárias
A Kisspeptina é um peptídeo hipotalâmico que tem sido denominado regulador central, pois os neurônios que a
produzem recebem informações do meio ambiente e do próprio corpo, o que indica o momento ideal para a
reprodução. Além de modular a secreção de GnRH durante o ciclo estral, esse hormônio controla tanto o início da
puberdade quanto da estacionalidade reprodutiva. Além disso, é inibido durante a lactação, bloqueando a atividade
reprodutiva das fêmeas nessa fase.
O GnRH é um neuropeptídio hipotalâmico que estimula a produção e liberação de LH, de forma que um pulso de LH
é sempre precedido por um pulso de GnRH. Os estrogênios foliculares têm, por outro lado, um efeito de feedback
positivo com o LH, aumentando a produção de GnRH pelo centro cíclico e a formação de seus receptores nos
gonadotrópicos da hipófise. Como resultado, a maturação dos folículos ovarianos é alcançada e os picos pré-
ovulatórios de estradiol e LH são alcançados.
Ciclos reprodutivos das espécies pecuárias
No sentido estrito, a liberação de FSH pelos gonadotrópicos hipofisários não requer a presença do GnRH, que
participa antecipadamente do estímulo de sua síntese; o FSH é considerado, então, um hormônio secretado
constitutivamente, ou seja, constantemente, a menos que haja um estímulo inibitório.
A progesterona é um hormônio esteroide produzido pelo corpo lúteo (CL) que inibe a secreção de LH. Isso é
realizado tanto indiretamente por meio da inibição da secreção de GnRH no nível hipotalâmico, quanto por ação
direta no nível da hipófise, uma vez que bloqueia a formação de receptores de GnRH nos gonadotropos.
Se a fertilização não for alcançada com sucesso, eventualmente o corpo lúteo deve ser destruído por apoptose
(processo conhecido como luteólise), para permitir a ocorrência de um novo ciclo estral. Nesse caso, os hormônios
participantes são a ocitocina, produzida inicialmente no nível central e posteriormente pelo CL; e a prostaglandina
F2alfa (PGF2α), secretada pelo endométrio uterino ao final do diestro; entre ambos os hormônios estabelecerão um
mecanismo de feedback positivo até que se complete a luteólise.
Ciclos reprodutivos das espécies pecuárias
Classificação das espécies domésticas de acordo com a frequência de apresentação de seus ciclos
estrais ao longo do ano.
Ciclos reprodutivos das espécies pecuárias
Ciclos reprodutivos das espécies pecuárias
Monoéstricas
São as espécies que apresentam um único ciclo estral, uma ou duas vezes ao ano, que culmina com um
período de anestro, que faz parte do mesmo ciclo. Em geral, a fase de receptividade sexual dessas espécies
é muito longa para garantir a fecundação.
Poliéstricas estacionais ou sazonais
São espécies que para garantir que suas crias sejam geradas em época do ano mais favorável à sua
sobrevivência, apresentam uma série de ciclos estrais durante uma estação limitada do ano. No final desta
estação, os animais entram em anestro sazonal, que termina com o início da próxima estação reprodutiva.
Poliéstricas contínuas
As espécies deste grupo são caracterizadas por ciclos estrais durante todo o ano. Dentro desta classificação
estão bovinos e suínos.
Ciclos reprodutivos das espécies pecuárias
Classificação das espécies domésticas, de acordo com a estacionalidade de sua reprodutiva.
Ciclos reprodutivos das espécies pecuárias
Do ponto de vista das estruturas ovarianas predominantes, o
ciclo estral se divide em duas fases: a fase folicular, na qual
os folículos ovarianos se desenvolvem e amadurecem, além
da ovulação; nas espécies poliéstricas, esta fase começa
com a regressão do corpo lúteo do ciclo anterior. A outra é
conhecida como fase lútea e refere-se às etapas do ciclo em
que o corpo lúteo se forma e tem sua maior funcionalidade.
Cada uma dessas fases pode ser dividida em etapas de
proestro e estro (fase folicular); e metaestro e diestro (fase
lútea). Algumas espécies, adicionalmente, podem apresentar
períodos de anestro e interestro, como parte de seus ciclos
estrais.
Ciclos reprodutivos das espécies pecuárias
O estro é a fase do ciclo em que ocorre a ovulação em espécies domésticas, com exceção dos
bovinos que ovulam durante o metaestro inicial.
Em geral, durante a fase folicular, o útero tem maior suprimento e as glândulas endometriais
entram em fase proliferativa, aumentando seu tamanho. O aumento do suprimento de sangue
causa hiperemia e congestão do epitélio vaginal e vulvar.
Para permitir a passagem do esperma, a cérvix se abre e a produção de um muco cervical muito
fluido, cristalino e abundante é aumentada; o útero e o oviduto aumentam suas contrações. Nessa
última ação participam as prostaglandinas contidas no plasma seminal (PGF₂α e PGE). Na vagina,
o número de camadas de células do epitélio começa a aumentar e as células da superfície tornam-
se cornificadas.
Ciclos reprodutivos das espécies pecuárias
As altas concentrações de estradiol no proestro
são responsáveis pela atração da fêmea pelo
macho a partir desta fase, porém, não
apresentará comportamento receptivo até o
início da fase de estro.
Comparação da aparência vulvar em porcas. O círculo azul indica
a vulva de uma porca que não está em estro, enquanto um círculo
vermelho mostra uma vulva apresentando hiperemia e edema
característicos da fase de estro.
Ciclos reprodutivos das espécies pecuárias
• O metaestro começa quando a fêmea deixa de aceitar a montaria do macho e termina quando há
um CL funcional bem estabelecido. Este estágio corresponde ao período de transição entre a
dominância estrogênica e o aumento das concentrações de progesterona.
• Nesse estágio, as concentrações de FSH são aumentadas pela queda repentina de estradiol e
inibina após a ovulação, o que permite o recrutamento da primeira onda folicular.
• Nesta fase, o ovário contém o corpo hemorrágico, a partir do qual se desenvolverá o CL (figura
10). O corpo hemorrágico tem meia-vida muito curta, pois as células que compõem suas paredes
iniciam sua luteinização imediatamente após ou mesmo antes da ovulação.
Ciclos reprodutivos das espécies pecuárias
Corpo hemorrágico (CH); folículos (F) e corpo lúteo (CL). Ovário de bovino
Ciclos reprodutivos das espécies pecuárias
O diestro, por sua vez, constitui a etapa mais longa do ciclo estral e é caracterizado por um CL
que se encontra em sua atividade secretora máxima. Somente no final dessa fase, e se não houver
fecundação, o CL sofre luteólise; caso contrário, o CL é mantido de forma a preservar a gestação,
prolongando um estado fisiológico semelhante ao do diestro.
Nessa fase, a progesterona atinge suas concentrações máximas e exerce efeito negativo na
liberação de LH, pois inibe a formação de receptores de GnRH nos gonadotropos hipofisários,
bem como a secreção de GnRH pelo hipotálamo.
No final do diestro, os estrogênios sensibilizam o endométrio, de modo que as células epiteliais
formam os receptores de ocitocina. Após uma primeira secreção de ocitocina da neurohipófise e
secreções subsequentes originadas do corpo lúteo, um mecanismo de feedback positivo é iniciado
para a secreção de PGF2α. O papel da PGF2α é destruir o CL quando não houver fertilização.
Ciclos reprodutivos das espécies pecuárias
Etapas, estruturas ovarianas e endocrinologia do ciclo estral da vaca.
Ciclos reprodutivos das espécies pecuárias
O anestro é considerado como um período de inatividade reprodutiva, mesmo quando continua
havendo atividade hormonal e desenvolvimento folicular, uma vez que o estímulo é insuficiente
para que ocorra a maturação folicular e a ovulação. Ao longo desta fase não haverá alterações
comportamentais ou morfológicas nas fêmeas.
Nas espécies estacionais ou sazonais, o anestro é muito importante, pois limita a estação
reprodutiva de forma que os partos ocorram na época do ano que pode ser mais favorável para a
sobrevivência dos filhotes. Em espécies poliéstricas contínuas, o anestro aparecerá em casos de
processos fisiológicos como gestação ou amamentação, ou devido a condições patológicas que
interrompem a ciclicidade.
Ciclos reprodutivos das espécies pecuárias
Ciclos reprodutivos das espécies pecuárias
Duração dos ciclos estrais e particularidades por espécie
Ciclos reprodutivos das espécies pecuárias
Diferentes formas de reprodução
Monta Natural: é a forma pela qual, a obtenção dos produtos não depende do homem ou quando o macho
e fêmea fertilizam-se pela maneira natural, através da cópula, gerando um novo indivíduo. Esta monta
pode ser controlada pelo homem, promovendo diversos sistemas de acasalamento, dependendo da escolha
dos indivíduos envolvidos nesta monta. Pode ser múltipla, ou controlada.
Quando a monta é considerada múltipla, não é possível a determinação da paternidade, uma vez que se têm
lotes de fêmeas com um número proporcional de machos, por exemplo, 3% serão lotes onde para cada 100
fêmeas serão colocados 3 machos e este grupo permanece junto pelo período da estação de monta.
A monta controlada pode ocorrer a campo ou em estábulo. Quando a campo, temos lotes de fêmeas com
um único macho reprodutor, em proporção adequada. E a monta controlada em curral é quando a fêmea
em cio é levada ao curral do macho reprodutor e a cobertura é assistida, levando-se a fêmea de volta ao seu
local após o coito.
Diferentes formas de reprodução
Diferentes formas de reprodução
Inseminação Artificial: É a deposição mecânica do sêmen do macho no aparelho reprodutor da
fêmea. Apenas a coleta do sêmen do macho e a deposição do sêmen é feita pelo homem, o restante
do processo ocorre normalmente, naturalmente, sem a interferência humana.
Este método de reprodução tem várias vantagens, entre elas:
Melhoramento Genético mais rápido e mais fácil, permitindo a utilização de “Grandes Touros” em
pequenos rebanhos, utilização de touros de outros países, com problemas de aprumos, mortos, velhos e
outros entraves.
Controle de doenças venéreas, cruzamento entre raças mais facilmente, prevenção de acidentes com as
vacas e com as pessoas, além de permitir ao homem um maior controle sobre o rebanho.
As taxas de fertilidade do rebanho não aumentam com a inseminação artificial, o que aumenta é o ganho
genético.
Diferentes formas de reprodução
Diferentes formas de reprodução
Transferência de Embriões: Consiste na indução de super-ovulação de uma vaca superior
geneticamente (DOADORA), sua inseminação, retirada dos embriões do útero e re-implante
destes embriões em vacas com alta habilidade materna, mas com valores genéticos medianos ou
baixos (RECEPTORAS).
É feita apenas por veterinário, tem um custo elevado, porém pode ser uma excelente alternativa
para aumentar a frequência de genes de determinadas vacas em uma população, já que permitem a
produção de um número de filhos muito superior ao que seria esperado num processo normal.
Diferentes formas de reprodução
Duração da gestação ou dos períodos de incubação nas espécies pecuárias
Gestação
Período compreendido entre a fecundação e o nascimento caracterizado por alto nível de
Progesterona em circulação e íntimo contato materno-fetal.
Períodos (Período de ovo)
• Vai da Fecundação até a Fixação;
• Neste período a nutrição se faz pelos histiotrofos;
• Neste período ocorre a migração embrionária.
Duração da gestação ou dos períodos de incubação nas espécies pecuárias
Período de embrião
• Vai da fixação até a placentação completa.
• Neste período forma-se a maior parte dos sistemas e observa-se inclusive o batimento cardíaco.
• A placentação do bovino ocorre em torno dos 45 dias de gestação.
Período fetal
• Vai da placentação até o nascimento
Duração da gestação ou dos períodos de incubação nas espécies pecuárias
Duração da gestação
Duração da gestação ou dos períodos de incubação nas espécies pecuárias
Modificações observadas na gestação
• Peso corporal: aumento de 15 a 25%
• Metabolismo energético: aumento de 30 a 40%
• Volume/minuto no coração: aumento de 30 a 35%
• Aproveitamento de nutrientes: aumento de 10 a 30%
• Hipertrofia uterina: O útero da égua fora da gestação pesa entre 800g a 1Kg e por ocasião do parto pesa
entre 8 e 12 Kg. O útero da Vaca passa de 500g a 1kg fora da gestação para cerca de 10Kg no final da
mesma. Foi observado que o comprimento da fibra uterina passa de 50-150um para 700-800 um. O
Volume interno que a gestação ocupa no bovino corresponde a Líquidos fetais (12Kg), Útero (10Kg),
Placenta (3Kg) e o volume do próprio bezerro (30Kg). Assim existem cerca de 55Kg extra no fim da
gestação.
Fim
Obrigado Pela
Atenção Dispensada

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  • 1. Demonstrar compreensão sobre o ciclo reprodutivo das espécies pecuárias Data: 09/03/2022 e 11/03/2022 Titulo do Modulo: Identificar o comportamento básico reprodutivo dos animais pecuários INSTITUTO MEDIO SANTA MARIA DE MOCODOENE Formador: Emidio
  • 2. Objectivos da aula Objectivos Geral: • Após conclusão com êxito desta unidade de competência o candidato será capaz de: demonstrar compreensão sobre o ciclo reprodutivo das espécies pecuárias. Objectivos Específicos: • Explicar a estrutura e funções do aparelho genital dos animais de interesse pecuário; • Explicar os ciclos reprodutivos das espécies de interesse pecuária; • Distinguir as diferentes formas de reprodução nas espécies pecuárias; • Explicar a duração da gestação ou dos períodos de incubação nas diferentes espécies pecuárias;
  • 3. Introdução Conhecer a anatomia de um aparelho representa a base para seu estudo amplo e profundo, além de facilitar a compreensão de seu funcionamento. Para facilitar o estudo do aparelho reprodutor do macho, seus órgãos podem ser classificados de acordo com sua localização anatômica, em órgãos genitais internos (que compreendem os ductos deferentes, as glândulas acessórias e a uretra pélvica) e órgãos genitais externos (testículos com seu epidídimo). O testículo também foi considerado como órgão sexual primário, enquanto os ductos excretores, glândulas acessórias, pênis e prepúcio são considerados órgãos sexuais secundários. O aparelho reprodutor da fêmea é dividido em ovários e órgãos tubulares (útero, oviduto, cérvix, vagina e vulva).
  • 4. Estrutura e funções do aparelho genital dos animais Aparelho reprodutor do macho Para avaliar a capacidade reprodutiva dos machos, é primordial conhecer a anatomia e a fisiologia do aparelho reprodutor. Estrutura do aparelho genital dos machos. 1. Testículo 2. Epidídimo 3. Ducto deferente 4. Ampola 5. Glândulas seminais 6. Próstata 7. Glândulas bulbouretrais 8. Prepúcio
  • 5. Estrutura e funções do aparelho genital dos animais Fig. Órgãos genitais do cachaço (Reprodutor suíno). Fig. Órgãos genitais do touro (Reprodutor bovino).
  • 6. Estrutura e funções do aparelho genital dos animais Fig. Órgãos genitais do garanhão (Reprodutor equino).
  • 7. Aparelho reprodutor do macho Testículos Os testículos são os órgãos sexuais primários que têm como funções principais a produção de espermatozoides (função exócrina) e a produção de hormonas esteroides (função endócrina). Microscopicamente, o testículo é organizado pelos túbulos seminíferos, dentro dos quais a espermatogênese é realizada. Dentro dos túbulos encontram-se as células de Sertoli e as espermatogonias em diferentes estágios de maturação; fora dos túbulos no espaço intersticial, encontram-se o tecido e o fluido intersticial, composto por vasos sanguíneos, linfáticos e células de Leydig.
  • 8. Aparelho reprodutor do macho • Epidídimo O epidídimo é a estrutura adjacente ao testículo, responsável por funções como transporte, maturação e armazenamento de espermatozoides. Anatomicamente, são reconhecidas três porções: cabeça, corpo e cauda. Esta última porção continua com o ducto deferente, que é incorporado ao cordão espermático juntamente com os vasos sanguíneos e linfáticos do testículo (plexo pampiniforme), para transportar o sêmen para a uretra durante o processo de ejaculação. A parte terminal dos ductos deferentes é conhecida como ampolas deferentes.
  • 9. Aparelho reprodutor do macho Ampolas deferentes É a última porção de cada ducto deferente, forma-se pelo engrossamento da mucosa e apresenta muitos compartimentos. Apresenta glândulas tubuloalveolares revestidas por células epiteliais secretoras, produtoras de líquido, que contribuem para o transporte dos espermatozoides
  • 10. Aparelho reprodutor do macho Glândulas ou Vesículas seminais São órgãos pares localizados na cavidade pélvica, têm forma alongada, lobulada e são formados por grandes lóbulos. No touro podem ser apalpadas por via retal, no entanto no cavalo não é uma tarefa fácil apalpá-la. A secreção destas glândulas contribui para o volume total da ejaculação em diferentes proporções segundo a espécie; no caso do touro é de 25 a 30%, no porco de 10 a 30% e no carneiro de 7 a 8 %. No cavalo são considerados como produtoras da última porção da ejaculação em forma de gel. Responsáveis pela produção do liquido seminal que representa cerca de 60 % a 80% do volume do sêmen
  • 11. Aparelho reprodutor do macho Próstata A Próstata é uma glandula exócrina do Sistema reprodutor masculina, encontram-se abaixo da bexiga, com a uretra passando por ela, é circundado por uma capsula fibromuscular e contém o tecido glandular. Elas produzem o fluido que faz parte do sêmen, a substancia que e emitida durante a ejaculação, sendo um líquido alcalino, leitoso com aparência branca. A próstata secreta fluido que se torna parte do sêmen.
  • 12. Aparelho reprodutor do macho Glândulas bulbouretrais Também chamadas glândulas de cowper, são corpos arredondados compactos em forma de noz e com uma densa cápsula. Elas localizam-se sobre a uretra perto da saída da cavidade pélvica. A secreção destas glândulas faz parte da pré- ejaculação a sua função é de limpar e lubrificar a uretra para a passagem da ejaculação..
  • 13. Aparelho reprodutor do macho Pênis É um órgão que tem dupla função: a expulsão da urina e a deposição do sêmen no aparelho genital da fêmea. Possui três porções: a base, o corpo e a glande. A base é a parte que se insere ao arco isquiático. O corpo constitui a maior proporção do pênis; na parte ventral contém a uretra peniana, rodeada por uma camada de tecido erétil, denominada corpo esponjoso, e duas porções mais deste tecido (localizadas dorsalmente ao corpo esponjoso), denominadas corpos cavernosos.
  • 14. Extremidade do pênis de um A. Garanhão, B. Ovino e C. Caprino. A B C
  • 15. Estrutura e funções do aparelho genital dos animais Aparelho reprodutor da fêmea Conhecer a anatomia dos órgãos reprodutivos é essencial para poder identificar as patologias que possam afetar a capacidade reprodutiva, bem como para entender as diferenças de manejo ao empregar algumas biotecnologias reprodutivas aplicadas aos animais domésticos. O aparelho reprodutor feminino é essencialmente um conjunto de órgãos tubulares, nos quais se distinguem quatro camadas denominadas de dentro para fora como mucosa (camada de epitélio secretório), submucosa (suporta a mucosa e contém a irrigação e inervação), muscular (duas camadas de músculo liso) e serosa (camada simples de células que se seguem às do peritoneu). Em particular no útero os nomes destas camadas são: endométrio (incluindo a mucosa e a submucosa, que contêm as glândulas uterinas), miométrio (muscular) e perimétrio (serosa).
  • 16. Órgãos genitais femininos da porca e da vaca. Fonte: KONIG & LIEBICH, 2016.
  • 17. Aparelho reprodutor da femea Estrutura Os órgãos genitais da fêmea incluem os órgãos genitais internos (ovários, ovidutos, útero, cérvix, vestíbulo e vagina) e os órgãos genitais externos (lábios vulvares e clitóris) (tabela 3). Ovários Tuba uterina ou oviduto Útero Cérvix ou colo uterino Vagina Órgãos externos (vulva e clitóris)
  • 18. Aparelho reprodutor da femea Ovários são órgãos pares suspensos na região sub-lombar pelo ligamento largo, que nesta seção se denomina mesovário, e estão localizados próximos aos rins. Têm forma arredondada ou oval, são de consistência firme e, em geral, possuem folículos e corpos lúteos que lhes conferem uma aparência irregular. Funções: • Gametogênica Produção do gameta feminino (óvulo) • Estereoidogênica (Produção de hormônios) Síntese de progesterona (corpo lúteo) e estradiol (folículo)
  • 19. Aparelho reprodutor da femea (Ovários) Folículos: Características, formação, maturação e corpo lúteo No animal adulto, os folículos ovarianos se desenvolvem no interior da zona parenquimatosa. Cada folículo contém um único óvulo. Com base no tamanho do ovócito e de seu grau de diferenciação, pode-se reconhecer os seguintes estágios de desenvolvimento nos folículos ovarianos. • Folículo primordial; • Folículo primário; • Folículo secundário; • Folículo terciário; • Folículo ovárico vesiculos.
  • 20. Aparelho reprodutor da femea (Ovários) Folículo primordiais Os folículos primordiais são formados por um epitélio folicular de camada simples, as células granulosas, que são planas e mais tarde se diferenciam em células da teca interna, as quais envolvem o ovócito.
  • 21. Aparelho reprodutor da femea (Ovários) Folículo primário; O folículo primário desenvolve-se a partir do primordial e caracteriza-se por apresentar várias camadas de células foliculares envolvendo o ovócito. É nesta fase que o ovócito se rodeia de uma camada clara de material extracelular: a zona pelúcida.
  • 22. Aparelho reprodutor da femea (Ovários) Folículo secundário Após a maturação que se segue (folículo secundário), várias camadas de células granulosas são formadas ao redor do oócito com reentrâncias preenchidas com fluido dentro da massa de células granulosas.
  • 23. Aparelho reprodutor da femea (Ovários) Folículo terciário Finalmente, elas confluem para formar uma cavidade preenchida com líquido folicular. Nesse estágio, o folículo recebe a denominação folículo terciário.
  • 24. Aparelho reprodutor da femea Corpo Lúteo (CL) O corpo lúteo (CL) é uma glândula temporária situada no ovário. É resultante do processo de ovulação do folículo. Tem a função de secretar o hormônio progesterona com a finalidade de fazer a manutenção da gestação (se houve a fertilização).
  • 25. Aparelho reprodutor da femea Resumo do Ciclo Ovariano
  • 26. Aparelho reprodutor da femea Tuba uterina ou oviduto São órgãos tubulares que conectam o útero com os ovários, algumas de suas funções são a captação do ovócito, ser o local de fertilização e ser um reservatório espermático. O oviduto ou tuba uterina divide-se em três porções: a extremidade mais próxima do ovário expande-se em forma de funil e é conhecida como infundíbulo; a sua borda apresenta projeções filiformes que constituem a fímbria - para captar o ovócito no momento da ovulação-, e termina numa abertura chamada ostium
  • 27. Aparelho reprodutor da femea Útero É composto por dois cornos, um corpo e a cérvix (colo uterino); Parede se divide em endométrio, miométrio e Mesométrio; O útero tem como função primária dar sustentação e proteção para o crescimento e desenvolvimento do embrião e posteriormente do feto.
  • 28. Aparelho reprodutor da femea Cérvix Possui um epitélio luminal contendo células secretoras de muco; Funções: Transporte espermático; Participação na selecção dos espermatozóides; Protecção do útero contra infecções.
  • 29. Aparelho reprodutor da femea Vagina É o órgão copulatório dos animais. Funções: Proteção dos espermatozóides durante o trânsito até a cérvix; Proteção contra infecções através de seu meio microbiológico residente; Parte do canal do parto.
  • 30. Aparelho reprodutor da femea Órgãos externos (vulva e clitóris) A vulva é a porção terminal do aparelho genital feminino. É formada pelos lábios vulvares, esquerdo e direito, que se unem nos cantos dorsal e ventral. A vulva representa igualmente o fim do aparelho urinário, já que a uretra se abre no piso da vulva.
  • 31. Ciclos reprodutivos das espécies pecuárias • O cio ou estro é a fase reprodutiva dos animais, onde as fêmeas apresentam receptividade sexual seguida de ovulação. • Em geral, as fêmeas manifestam comportamentos fora do comum quando estão ciclando, tais comportamentos devem ser observados para que não percam o pico de ovulação e, consequentemente, para que não perca o momento de monta ou inseminação para emprenhar o animal. • As mudanças ovarianas, genitais e comportamentais que ocorrem ao longo dos ciclos estrais são controladas pelo sistema endócrino e são o resultado de uma complexa interação entre hipotálamo, hipófise, ovário e útero. Vários hormônios participam desse processo, dos quais serão descritos a importância e a participação dos mais relevantes.
  • 32. Ciclos reprodutivos das espécies pecuárias
  • 33. Ciclos reprodutivos das espécies pecuárias A Kisspeptina é um peptídeo hipotalâmico que tem sido denominado regulador central, pois os neurônios que a produzem recebem informações do meio ambiente e do próprio corpo, o que indica o momento ideal para a reprodução. Além de modular a secreção de GnRH durante o ciclo estral, esse hormônio controla tanto o início da puberdade quanto da estacionalidade reprodutiva. Além disso, é inibido durante a lactação, bloqueando a atividade reprodutiva das fêmeas nessa fase. O GnRH é um neuropeptídio hipotalâmico que estimula a produção e liberação de LH, de forma que um pulso de LH é sempre precedido por um pulso de GnRH. Os estrogênios foliculares têm, por outro lado, um efeito de feedback positivo com o LH, aumentando a produção de GnRH pelo centro cíclico e a formação de seus receptores nos gonadotrópicos da hipófise. Como resultado, a maturação dos folículos ovarianos é alcançada e os picos pré- ovulatórios de estradiol e LH são alcançados.
  • 34. Ciclos reprodutivos das espécies pecuárias No sentido estrito, a liberação de FSH pelos gonadotrópicos hipofisários não requer a presença do GnRH, que participa antecipadamente do estímulo de sua síntese; o FSH é considerado, então, um hormônio secretado constitutivamente, ou seja, constantemente, a menos que haja um estímulo inibitório. A progesterona é um hormônio esteroide produzido pelo corpo lúteo (CL) que inibe a secreção de LH. Isso é realizado tanto indiretamente por meio da inibição da secreção de GnRH no nível hipotalâmico, quanto por ação direta no nível da hipófise, uma vez que bloqueia a formação de receptores de GnRH nos gonadotropos. Se a fertilização não for alcançada com sucesso, eventualmente o corpo lúteo deve ser destruído por apoptose (processo conhecido como luteólise), para permitir a ocorrência de um novo ciclo estral. Nesse caso, os hormônios participantes são a ocitocina, produzida inicialmente no nível central e posteriormente pelo CL; e a prostaglandina F2alfa (PGF2α), secretada pelo endométrio uterino ao final do diestro; entre ambos os hormônios estabelecerão um mecanismo de feedback positivo até que se complete a luteólise.
  • 35. Ciclos reprodutivos das espécies pecuárias Classificação das espécies domésticas de acordo com a frequência de apresentação de seus ciclos estrais ao longo do ano.
  • 36. Ciclos reprodutivos das espécies pecuárias
  • 37. Ciclos reprodutivos das espécies pecuárias Monoéstricas São as espécies que apresentam um único ciclo estral, uma ou duas vezes ao ano, que culmina com um período de anestro, que faz parte do mesmo ciclo. Em geral, a fase de receptividade sexual dessas espécies é muito longa para garantir a fecundação. Poliéstricas estacionais ou sazonais São espécies que para garantir que suas crias sejam geradas em época do ano mais favorável à sua sobrevivência, apresentam uma série de ciclos estrais durante uma estação limitada do ano. No final desta estação, os animais entram em anestro sazonal, que termina com o início da próxima estação reprodutiva. Poliéstricas contínuas As espécies deste grupo são caracterizadas por ciclos estrais durante todo o ano. Dentro desta classificação estão bovinos e suínos.
  • 38. Ciclos reprodutivos das espécies pecuárias Classificação das espécies domésticas, de acordo com a estacionalidade de sua reprodutiva.
  • 39. Ciclos reprodutivos das espécies pecuárias Do ponto de vista das estruturas ovarianas predominantes, o ciclo estral se divide em duas fases: a fase folicular, na qual os folículos ovarianos se desenvolvem e amadurecem, além da ovulação; nas espécies poliéstricas, esta fase começa com a regressão do corpo lúteo do ciclo anterior. A outra é conhecida como fase lútea e refere-se às etapas do ciclo em que o corpo lúteo se forma e tem sua maior funcionalidade. Cada uma dessas fases pode ser dividida em etapas de proestro e estro (fase folicular); e metaestro e diestro (fase lútea). Algumas espécies, adicionalmente, podem apresentar períodos de anestro e interestro, como parte de seus ciclos estrais.
  • 40. Ciclos reprodutivos das espécies pecuárias O estro é a fase do ciclo em que ocorre a ovulação em espécies domésticas, com exceção dos bovinos que ovulam durante o metaestro inicial. Em geral, durante a fase folicular, o útero tem maior suprimento e as glândulas endometriais entram em fase proliferativa, aumentando seu tamanho. O aumento do suprimento de sangue causa hiperemia e congestão do epitélio vaginal e vulvar. Para permitir a passagem do esperma, a cérvix se abre e a produção de um muco cervical muito fluido, cristalino e abundante é aumentada; o útero e o oviduto aumentam suas contrações. Nessa última ação participam as prostaglandinas contidas no plasma seminal (PGF₂α e PGE). Na vagina, o número de camadas de células do epitélio começa a aumentar e as células da superfície tornam- se cornificadas.
  • 41. Ciclos reprodutivos das espécies pecuárias As altas concentrações de estradiol no proestro são responsáveis pela atração da fêmea pelo macho a partir desta fase, porém, não apresentará comportamento receptivo até o início da fase de estro. Comparação da aparência vulvar em porcas. O círculo azul indica a vulva de uma porca que não está em estro, enquanto um círculo vermelho mostra uma vulva apresentando hiperemia e edema característicos da fase de estro.
  • 42. Ciclos reprodutivos das espécies pecuárias • O metaestro começa quando a fêmea deixa de aceitar a montaria do macho e termina quando há um CL funcional bem estabelecido. Este estágio corresponde ao período de transição entre a dominância estrogênica e o aumento das concentrações de progesterona. • Nesse estágio, as concentrações de FSH são aumentadas pela queda repentina de estradiol e inibina após a ovulação, o que permite o recrutamento da primeira onda folicular. • Nesta fase, o ovário contém o corpo hemorrágico, a partir do qual se desenvolverá o CL (figura 10). O corpo hemorrágico tem meia-vida muito curta, pois as células que compõem suas paredes iniciam sua luteinização imediatamente após ou mesmo antes da ovulação.
  • 43. Ciclos reprodutivos das espécies pecuárias Corpo hemorrágico (CH); folículos (F) e corpo lúteo (CL). Ovário de bovino
  • 44. Ciclos reprodutivos das espécies pecuárias O diestro, por sua vez, constitui a etapa mais longa do ciclo estral e é caracterizado por um CL que se encontra em sua atividade secretora máxima. Somente no final dessa fase, e se não houver fecundação, o CL sofre luteólise; caso contrário, o CL é mantido de forma a preservar a gestação, prolongando um estado fisiológico semelhante ao do diestro. Nessa fase, a progesterona atinge suas concentrações máximas e exerce efeito negativo na liberação de LH, pois inibe a formação de receptores de GnRH nos gonadotropos hipofisários, bem como a secreção de GnRH pelo hipotálamo. No final do diestro, os estrogênios sensibilizam o endométrio, de modo que as células epiteliais formam os receptores de ocitocina. Após uma primeira secreção de ocitocina da neurohipófise e secreções subsequentes originadas do corpo lúteo, um mecanismo de feedback positivo é iniciado para a secreção de PGF2α. O papel da PGF2α é destruir o CL quando não houver fertilização.
  • 45. Ciclos reprodutivos das espécies pecuárias Etapas, estruturas ovarianas e endocrinologia do ciclo estral da vaca.
  • 46. Ciclos reprodutivos das espécies pecuárias O anestro é considerado como um período de inatividade reprodutiva, mesmo quando continua havendo atividade hormonal e desenvolvimento folicular, uma vez que o estímulo é insuficiente para que ocorra a maturação folicular e a ovulação. Ao longo desta fase não haverá alterações comportamentais ou morfológicas nas fêmeas. Nas espécies estacionais ou sazonais, o anestro é muito importante, pois limita a estação reprodutiva de forma que os partos ocorram na época do ano que pode ser mais favorável para a sobrevivência dos filhotes. Em espécies poliéstricas contínuas, o anestro aparecerá em casos de processos fisiológicos como gestação ou amamentação, ou devido a condições patológicas que interrompem a ciclicidade.
  • 47. Ciclos reprodutivos das espécies pecuárias
  • 48. Ciclos reprodutivos das espécies pecuárias Duração dos ciclos estrais e particularidades por espécie
  • 49. Ciclos reprodutivos das espécies pecuárias
  • 50. Diferentes formas de reprodução Monta Natural: é a forma pela qual, a obtenção dos produtos não depende do homem ou quando o macho e fêmea fertilizam-se pela maneira natural, através da cópula, gerando um novo indivíduo. Esta monta pode ser controlada pelo homem, promovendo diversos sistemas de acasalamento, dependendo da escolha dos indivíduos envolvidos nesta monta. Pode ser múltipla, ou controlada. Quando a monta é considerada múltipla, não é possível a determinação da paternidade, uma vez que se têm lotes de fêmeas com um número proporcional de machos, por exemplo, 3% serão lotes onde para cada 100 fêmeas serão colocados 3 machos e este grupo permanece junto pelo período da estação de monta. A monta controlada pode ocorrer a campo ou em estábulo. Quando a campo, temos lotes de fêmeas com um único macho reprodutor, em proporção adequada. E a monta controlada em curral é quando a fêmea em cio é levada ao curral do macho reprodutor e a cobertura é assistida, levando-se a fêmea de volta ao seu local após o coito.
  • 51. Diferentes formas de reprodução
  • 52. Diferentes formas de reprodução Inseminação Artificial: É a deposição mecânica do sêmen do macho no aparelho reprodutor da fêmea. Apenas a coleta do sêmen do macho e a deposição do sêmen é feita pelo homem, o restante do processo ocorre normalmente, naturalmente, sem a interferência humana. Este método de reprodução tem várias vantagens, entre elas: Melhoramento Genético mais rápido e mais fácil, permitindo a utilização de “Grandes Touros” em pequenos rebanhos, utilização de touros de outros países, com problemas de aprumos, mortos, velhos e outros entraves. Controle de doenças venéreas, cruzamento entre raças mais facilmente, prevenção de acidentes com as vacas e com as pessoas, além de permitir ao homem um maior controle sobre o rebanho. As taxas de fertilidade do rebanho não aumentam com a inseminação artificial, o que aumenta é o ganho genético.
  • 53. Diferentes formas de reprodução
  • 54. Diferentes formas de reprodução Transferência de Embriões: Consiste na indução de super-ovulação de uma vaca superior geneticamente (DOADORA), sua inseminação, retirada dos embriões do útero e re-implante destes embriões em vacas com alta habilidade materna, mas com valores genéticos medianos ou baixos (RECEPTORAS). É feita apenas por veterinário, tem um custo elevado, porém pode ser uma excelente alternativa para aumentar a frequência de genes de determinadas vacas em uma população, já que permitem a produção de um número de filhos muito superior ao que seria esperado num processo normal.
  • 55. Diferentes formas de reprodução
  • 56. Duração da gestação ou dos períodos de incubação nas espécies pecuárias Gestação Período compreendido entre a fecundação e o nascimento caracterizado por alto nível de Progesterona em circulação e íntimo contato materno-fetal. Períodos (Período de ovo) • Vai da Fecundação até a Fixação; • Neste período a nutrição se faz pelos histiotrofos; • Neste período ocorre a migração embrionária.
  • 57. Duração da gestação ou dos períodos de incubação nas espécies pecuárias Período de embrião • Vai da fixação até a placentação completa. • Neste período forma-se a maior parte dos sistemas e observa-se inclusive o batimento cardíaco. • A placentação do bovino ocorre em torno dos 45 dias de gestação. Período fetal • Vai da placentação até o nascimento
  • 58. Duração da gestação ou dos períodos de incubação nas espécies pecuárias Duração da gestação
  • 59. Duração da gestação ou dos períodos de incubação nas espécies pecuárias Modificações observadas na gestação • Peso corporal: aumento de 15 a 25% • Metabolismo energético: aumento de 30 a 40% • Volume/minuto no coração: aumento de 30 a 35% • Aproveitamento de nutrientes: aumento de 10 a 30% • Hipertrofia uterina: O útero da égua fora da gestação pesa entre 800g a 1Kg e por ocasião do parto pesa entre 8 e 12 Kg. O útero da Vaca passa de 500g a 1kg fora da gestação para cerca de 10Kg no final da mesma. Foi observado que o comprimento da fibra uterina passa de 50-150um para 700-800 um. O Volume interno que a gestação ocupa no bovino corresponde a Líquidos fetais (12Kg), Útero (10Kg), Placenta (3Kg) e o volume do próprio bezerro (30Kg). Assim existem cerca de 55Kg extra no fim da gestação.