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“Da Criação Ao Roteiro”
     (Capítulo Décimo e Posfácio)

                           Doc Comparato




                              Grupo Malpigh
O Roteirista

• Vocação tardia;
• Todo roteirista compartilha algum tipo de ritual e de rotina;
• A vinculação com associações de roteiristas é o melhor
caminho para o intercâmbio de experiências, o conhecimento
da situação do mercado de trabalho e a defesa de seus
direitos;
• O roteirista aprende a negociar e lidar com a vida: “o
roteirista é aquele que sonha, faz sonhar os outros e se
alimenta dos seus próprios sonhos”.
Mercado de trabalho

•Crescente (devido ao aumento         dos   meios   de
comunicação), mas pequeno;
•Antes os diretores faziam tudo, ultimamente viram a
necessidade de se contratar roteiristas;
•O trabalho deve ser contínuo, pois com cada roteiro se
aprendem coisas novas;
•Profissão instável;
•Free lancer e contratados.
Mercado de trabalho


• Contratos e direitos autorais
•O nome do roteirista é de importância igual ao do
diretor, podutor e atores principais
•Alguns roteiristas escrevem apenas diálogos de
séries, outros possuem contrato de exclusividade
total com determinadas obrigações
•Pode ser contratado para fazer assessoria criativa
•Remuneração baixa, de acordo com o autor, se deve
ao fato de acharem que o ato de escrever tem algo
de “milagroso”
Um Amplo e Novo
Estudo Bibliográfico
           Francesc Orteu
Classificação dos diferentes tipos de publicações
relativas ao roteiro:

• Ofício: explicam, parcial ou totalmente, o processo de
construção de uma história;
• História: material de estudo histórico, incluem edições
de entrevistas com roteiristas;
• Roteiros: há coleções que publicam roteiros, cujos
volumes explicam o processo completo seguido por
roteiros importantes da história do cinema, desde os
primeiros esboços até as alterações feitas na sala de
montagem;
• Análises: trabalhos que tratam de aspectos teóricos que
não estão dirigidos exclusivamente para a escrita.
Roteiros podem ser escritos de maneira mecânica e
orgânica, que englobam cinco categorias:

Mecânica:
•   HOW TO DO IT: o método; o passo-a-passo conveniente para
    construir e escrever histórias. São livros que procuram,
    essencialmente, evitar e corrigir os principais erros. Alguns
    livros dessa categoria: How To Write a Movie In 21 Days, de
    Viki King; Film Scripting – A Pratical Manual, de Dwight
    Swain.
•   FORMATOS: pretendem explicar basicamente como são e a
    que requisitos devem obedecer os roteiros utilizados nos
    diferentes gêneros televisivos. Como exemplo: How To Write
    For Television, de Madeleine DiMaggio.
Orgânica:
• ESTRUTURA: textos apresentam explicações mais complexas e originais; os
autores substituem “o dever ser” pelo “poderia ser”. Nesta categoria,
reúnem-se os textos que entendem uma história essencialmente como uma
sucessão ordenada de acontecimentos. Um dos textos mais claros sobre
estrutura: Screenplay. Foundations of Screennwriting, de Syd Field.
• PROTAGONISTA: Que são as histórias senão retratos? Como exemplo:
Creating Characters, de Dwight Swain.
“...o teste para se determinar quem é o protagonista é identificar qual o
personagem responsável pelas decisões que impelem a história para
frente...” (Teoria e Prática de Roteiro-Um guia para escritores de cinema e
televisão, de David Howard e Edward Mabley)
• ESPECIALIDADES: a característica fundamental dos títulos que se agrupam
nesta categoria é que definem com exatidão o tipo de escrita que tratam de
analisar. Alguns exemplos: Writing For Daytime Drama, de Jean Rouverol.
Testemunho final
        Por Xesc Barceló
• “Verifiquei mais uma vez que o difícil não é ter idéias, o
difícil é saber dar volta às idéias até poder argumentá-las,
torná-las verossímeis e pô-las na pele e na boca de
personagens críveis.”

• “Dois roteiristas só podem trabalhar juntos se estiverem
de acordo em contar a mesma história. Contar uma
mesma história é compartilhar uma mesma tese, uma
mesma escala de valores, uma mesma ética.”
• “Nós, os roteiristas, visualizamos de uma maneira
quase exata cada seqüência, realizamos os nossos
próprios planos; tem de ser assim, porque isso significa
que a seqüência é possível.”

• “O roteirista deve balizar de tal maneira o roteiro que
seja quase impossível uma leitura errônea. De pouco
serve fazer uma descrição detalhada de um interior ou
do aspecto físico de uma personagem. O importante é
defini-los em abstrato.”

•“Trabalhar com outro roteirista é aprender. Sempre.”
Decálogo do
jovem roteirista
jovem.
        Por Jonathán Gelabert
As Dez Frases Mais Recebidas pelo Jovem Roteirista:


1. “Pago menos, porque você não é ninguém.”

• As coisas são assim mesmo: é pegar ou largar.
• Não temos orçamento para mais.
• É o que se costuma pagar

7. “Está perfeito, mas...”

• Reação típica do produtor que reconhece um bom roteiro e
  quer receber uma parte dos louros

11.“Tenho nas mãos algo sensacional. Por que não...?”
• Costuma ser o tipo de frase face à qual o aconselhável
   é fazermo-nos surdos.
1. “Eu mesmo faria, mas não tenho tempo.”


• Que era capaz de escrever um bom roteiro
• Que não dispõe de tempo para o escrever
• Que a você, que nunca será capaz de o fazer tão bem como ele,
  sobra tempo.


7. “Você está começando. Tenha um pouco de paciência.”

• O processo é lento, tome cuidado para não fazer nada de forma
  precipitada.
1. “É que vocês, os escritores...”

• Como exercitam a mente e recorrem a talentos São seres
  anormais;
• Como trabalham muitas vezes isolados  Não há a
  necessidade de se distraírem;
• Como o horário não é fixo Não aproveitam o tempo;
• Ser artista como sinônimo de trabalhar por amor à arte.

8. “Eu, na verdade, não sei o que faço aqui.”

• Autores    freqüentes:   professores    palestrantes   em
  conferências;
• Possíveis motivos: posição anticoncorrência ou utilizam o
  método mecanicista de trabalho.
1. “Essa idéia era minha”

•   Idéias parecidas: Se a do outro for um fiasco, o nosso esboço será
    melhor. Se for um sucesso, seguiremos como exemplo;
•   Mesma idéia: Não basta ter tido a idéia, escrevê-la e registrá-la. É
    necessário vender a idéia, lutar para que o mérito seja reconhecido
    antes do outro;
•   As idéias estão à espera de que alguém as materialize.

7. “Como é que alguém conseguiu um subsídio para fazer
   ‘isso’?”

•   Desencanto mediante à produções medíocres que obtiveram
    prêmios;
•   Estímulo: “Se ‘esse aí’ conseguiu fazer ‘isso’, eu vou ficar de braços
    cruzados tendo algo muito melhor para oferecer?”
1. “O ator deve dizê-lo, de qualquer maneira.”

•   Durante a gravação ou dublagem, omite-se o sinal de pontuação: “O
    ator deve dizê-lo de qualquer maneira.”
•   Se não são capazes de respeitar uma vírgula, o que não farão com
    todo um roteiro?
•   Analogia entre a construção de um edifício e a elaboração de um
    filme:
•          Base: Arquiteto  Roteirista
•          Quem Conduz: Construtor  Produtor (Recebe o mérito da
    obra)
•          Quem Executa: Pedreiro Ator

•         Jonathán Gelabert (autor do decálogo): “ (...) Mas, apesar de
    tudo, (...) amo esta profissão e me sinto orgulhoso de pertencer a ela,
    apesar das dificuldades, desempregos e frustrações.”
“As idéias são como as nozes, e até hoje, não
descobri melhor processo para saber o que há
dentro de umas e outras senão quebrá-las.”




                          Machado de Assis

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Profissão: Roteirista

  • 1. “Da Criação Ao Roteiro” (Capítulo Décimo e Posfácio) Doc Comparato Grupo Malpigh
  • 2. O Roteirista • Vocação tardia; • Todo roteirista compartilha algum tipo de ritual e de rotina; • A vinculação com associações de roteiristas é o melhor caminho para o intercâmbio de experiências, o conhecimento da situação do mercado de trabalho e a defesa de seus direitos; • O roteirista aprende a negociar e lidar com a vida: “o roteirista é aquele que sonha, faz sonhar os outros e se alimenta dos seus próprios sonhos”.
  • 3. Mercado de trabalho •Crescente (devido ao aumento dos meios de comunicação), mas pequeno; •Antes os diretores faziam tudo, ultimamente viram a necessidade de se contratar roteiristas; •O trabalho deve ser contínuo, pois com cada roteiro se aprendem coisas novas; •Profissão instável; •Free lancer e contratados.
  • 4. Mercado de trabalho • Contratos e direitos autorais •O nome do roteirista é de importância igual ao do diretor, podutor e atores principais •Alguns roteiristas escrevem apenas diálogos de séries, outros possuem contrato de exclusividade total com determinadas obrigações •Pode ser contratado para fazer assessoria criativa •Remuneração baixa, de acordo com o autor, se deve ao fato de acharem que o ato de escrever tem algo de “milagroso”
  • 5. Um Amplo e Novo Estudo Bibliográfico Francesc Orteu
  • 6. Classificação dos diferentes tipos de publicações relativas ao roteiro: • Ofício: explicam, parcial ou totalmente, o processo de construção de uma história; • História: material de estudo histórico, incluem edições de entrevistas com roteiristas; • Roteiros: há coleções que publicam roteiros, cujos volumes explicam o processo completo seguido por roteiros importantes da história do cinema, desde os primeiros esboços até as alterações feitas na sala de montagem; • Análises: trabalhos que tratam de aspectos teóricos que não estão dirigidos exclusivamente para a escrita.
  • 7. Roteiros podem ser escritos de maneira mecânica e orgânica, que englobam cinco categorias: Mecânica: • HOW TO DO IT: o método; o passo-a-passo conveniente para construir e escrever histórias. São livros que procuram, essencialmente, evitar e corrigir os principais erros. Alguns livros dessa categoria: How To Write a Movie In 21 Days, de Viki King; Film Scripting – A Pratical Manual, de Dwight Swain. • FORMATOS: pretendem explicar basicamente como são e a que requisitos devem obedecer os roteiros utilizados nos diferentes gêneros televisivos. Como exemplo: How To Write For Television, de Madeleine DiMaggio.
  • 8. Orgânica: • ESTRUTURA: textos apresentam explicações mais complexas e originais; os autores substituem “o dever ser” pelo “poderia ser”. Nesta categoria, reúnem-se os textos que entendem uma história essencialmente como uma sucessão ordenada de acontecimentos. Um dos textos mais claros sobre estrutura: Screenplay. Foundations of Screennwriting, de Syd Field. • PROTAGONISTA: Que são as histórias senão retratos? Como exemplo: Creating Characters, de Dwight Swain. “...o teste para se determinar quem é o protagonista é identificar qual o personagem responsável pelas decisões que impelem a história para frente...” (Teoria e Prática de Roteiro-Um guia para escritores de cinema e televisão, de David Howard e Edward Mabley) • ESPECIALIDADES: a característica fundamental dos títulos que se agrupam nesta categoria é que definem com exatidão o tipo de escrita que tratam de analisar. Alguns exemplos: Writing For Daytime Drama, de Jean Rouverol.
  • 9. Testemunho final Por Xesc Barceló
  • 10. • “Verifiquei mais uma vez que o difícil não é ter idéias, o difícil é saber dar volta às idéias até poder argumentá-las, torná-las verossímeis e pô-las na pele e na boca de personagens críveis.” • “Dois roteiristas só podem trabalhar juntos se estiverem de acordo em contar a mesma história. Contar uma mesma história é compartilhar uma mesma tese, uma mesma escala de valores, uma mesma ética.”
  • 11. • “Nós, os roteiristas, visualizamos de uma maneira quase exata cada seqüência, realizamos os nossos próprios planos; tem de ser assim, porque isso significa que a seqüência é possível.” • “O roteirista deve balizar de tal maneira o roteiro que seja quase impossível uma leitura errônea. De pouco serve fazer uma descrição detalhada de um interior ou do aspecto físico de uma personagem. O importante é defini-los em abstrato.” •“Trabalhar com outro roteirista é aprender. Sempre.”
  • 12. Decálogo do jovem roteirista jovem. Por Jonathán Gelabert
  • 13. As Dez Frases Mais Recebidas pelo Jovem Roteirista: 1. “Pago menos, porque você não é ninguém.” • As coisas são assim mesmo: é pegar ou largar. • Não temos orçamento para mais. • É o que se costuma pagar 7. “Está perfeito, mas...” • Reação típica do produtor que reconhece um bom roteiro e quer receber uma parte dos louros 11.“Tenho nas mãos algo sensacional. Por que não...?” • Costuma ser o tipo de frase face à qual o aconselhável é fazermo-nos surdos.
  • 14. 1. “Eu mesmo faria, mas não tenho tempo.” • Que era capaz de escrever um bom roteiro • Que não dispõe de tempo para o escrever • Que a você, que nunca será capaz de o fazer tão bem como ele, sobra tempo. 7. “Você está começando. Tenha um pouco de paciência.” • O processo é lento, tome cuidado para não fazer nada de forma precipitada.
  • 15. 1. “É que vocês, os escritores...” • Como exercitam a mente e recorrem a talentos São seres anormais; • Como trabalham muitas vezes isolados  Não há a necessidade de se distraírem; • Como o horário não é fixo Não aproveitam o tempo; • Ser artista como sinônimo de trabalhar por amor à arte. 8. “Eu, na verdade, não sei o que faço aqui.” • Autores freqüentes: professores palestrantes em conferências; • Possíveis motivos: posição anticoncorrência ou utilizam o método mecanicista de trabalho.
  • 16. 1. “Essa idéia era minha” • Idéias parecidas: Se a do outro for um fiasco, o nosso esboço será melhor. Se for um sucesso, seguiremos como exemplo; • Mesma idéia: Não basta ter tido a idéia, escrevê-la e registrá-la. É necessário vender a idéia, lutar para que o mérito seja reconhecido antes do outro; • As idéias estão à espera de que alguém as materialize. 7. “Como é que alguém conseguiu um subsídio para fazer ‘isso’?” • Desencanto mediante à produções medíocres que obtiveram prêmios; • Estímulo: “Se ‘esse aí’ conseguiu fazer ‘isso’, eu vou ficar de braços cruzados tendo algo muito melhor para oferecer?”
  • 17. 1. “O ator deve dizê-lo, de qualquer maneira.” • Durante a gravação ou dublagem, omite-se o sinal de pontuação: “O ator deve dizê-lo de qualquer maneira.” • Se não são capazes de respeitar uma vírgula, o que não farão com todo um roteiro? • Analogia entre a construção de um edifício e a elaboração de um filme: • Base: Arquiteto  Roteirista • Quem Conduz: Construtor  Produtor (Recebe o mérito da obra) • Quem Executa: Pedreiro Ator • Jonathán Gelabert (autor do decálogo): “ (...) Mas, apesar de tudo, (...) amo esta profissão e me sinto orgulhoso de pertencer a ela, apesar das dificuldades, desempregos e frustrações.”
  • 18. “As idéias são como as nozes, e até hoje, não descobri melhor processo para saber o que há dentro de umas e outras senão quebrá-las.” Machado de Assis