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Brincando de Música
Brincando
de Música
GUIA DIDÁTICO
Brincando de MúsicaAPRESENTAÇÃO
INTRODUÇÃO
Em 2009, a Baluarte Cultura e o Quarteto Ra-
damés Gnattali começaram uma jornada pelo
Brasil com o programa “Brasil de Tuhu”, que tem
como missão a ampliação da educação musical
no país.
“Tuhu” era o apelido de Heitor Villa-Lobos quan-
do criança, uma palavra que fazia alusão a seu
fascínio pelo som das locomotivas. O composi-
tor teve contato com a música desde cedo e isso
não apenas desenvolveu seu talento como tam-
bém fez dele um entusiasta da educação musical.
O programa “Brasil de Tuhu” é baseado no “Guia
Prático”, uma coleção de cantigas populares que
foram rearranjadas por Villa-Lobos na década de
1930 exatamente para incentivar a descoberta da
música pelas novas gerações.
Brasil de Tuhu
Brincando de Música II
Nosso programa conta com diversas ferramen-
tas: Concertos Didáticos em escolas, Vivências
Musicais para educadores, Mapeamento de ini-
ciativas de educação musical, Videoaulas, Revis-
ta Tuhu, aplicativo Tuhu Musical, podcasts temá-
ticos da Rádio Tuhu e o Guia Didático Brincando
de Música - Volume 1. Lançamos também um CD
do Quarteto Radamés Gnattali com participa-
ções especiais de Elba Ramalho, Zeca Pagodinho
e outros grandes artistas. Esses são diferentes
recursos para atividades de musicalização que
têm contribuído com o trabalho de educadores
Brasil afora e com a formação dos ouvintes e de
músicos do futuro.
Conheça mais sobre o programa no site
www.brasildetuhu.com.br
2
Este é o segundo volume do nosso Guia Didático,
que vai mais fundo em aspectos da música abor-
dados na primeira edição. Para que você aprovei-
te este material ao máximo, conheça primeiro o
Guia I, disponível em nosso site para download
gratuito:
www.brasildetuhu.com.br/guia-musical/
O conteúdo deste Guia está dividido em capítu-
los que apresentam de que forma o Ritmo, a Me-
lodia e a Harmonia se articulam na música. Neles,
você vai encontrar explicações de cada conceito
e também exercícios para a turma experimentá-
-los na prática. Além disso, ele traz dicas de como
usar materiais do cotidiano para criar instrumen-
tos, que podem auxiliar no aprendizado e torná-
-lo ainda mais divertido.
Ao fim do material, apresentamos o “Mapa do Te-
souro”, ideias de como explorar as canções do CD
“Brasil de Tuhu Vol. I” (www.brasildetuhu.com.
br/cd/) com brincadeiras que desenvolvem a per-
cepção musical das crianças. Na página 25, indica-
mos adaptações que podem ser feitas nos exer-
cícios para que crianças com deficiência também
participem. No aplicativo Tuhu Musical (www.
brasildetuhu.com.br/tuhu-musical/), há ainda
uma série de jogos que complementam o que vo-
cê encontrará neste Guia.
O convite está feito. Agora é hora de brincar,
aprender e descobrir o mundo da música!
Vamos começar?
Brincando de MúsicaCAPÍTULO 1 BRINCANDO DE RITMO
Nossos corpos têm jeitos diferentes: cada pessoa
leva um tempo para acordar de manhã, para di-
gerir uma refeição ou para correr uma marato-
na. Somos mais ágeis para algumas coisas e mais
lentos para outras. Mas já pensou se não houves-
se um padrão no uso do tempo? Poderíamos le-
var horas para sair da cama todo dia ou então
querer jantar logo depois do almoço!
Criamos hábitos e regras na maneira como o
tempo é usado e isso nos ajuda a manter a sinto-
nia com as outras pessoas. Na música, essa orga-
nização do tempo se chama ritmo e define todo
o movimento e a direção dos sons. Vamos desco-
brir mais sobre o tempo da música?
Em nosso primeiro Guia, falamos que o ritmo é
como o coração, que distribui sangue por todo o
corpo e faz tudo funcionar de forma conjunta, ao
mesmo tempo. Se estamos em perigo, o coração
acelera e nossa respiração fica mais rápida. Na
hora de dormir, ele vai batendo mais lentamente
para que nossos músculos descansem.
O coração da música
Agora pense em uma orquestra que funciona de
forma parecida com o nosso corpo: para a mú-
sica ser tocada, é importante que todos os ins-
trumentos estejam no mesmo pulso. É isso que
chamamos de TEMPO JUSTO, o padrão do tem-
po para quem está tocando uma música, não im-
porta quantas pessoas forem.
Na hora de tocar ou cantar uma música, todos
devem sentir esse tempo comum, como o pul-
sar de um coração. Nas orquestras, o PULSO é
mantido pelo maestro e assim os músicos podem
segui-lo, fazendo a música soar em um mesmo
ritmo, ainda que sejam usados instrumentos di-
ferentes.
Chegou a hora de ver como o PULSO influencia o
RITMO. Que tal construirmos um reco-reco feito
de canetas para entender melhor essa relação?
Você pode encontrar as instruções para fazer seu
próprio reco-reco no final deste capítulo.
3
1. Seguindo passos
Para essa atividade, precisamos de um espaço
aberto para nos movimentarmos: pode ser a pró-
pria sala de aula com as carteiras afastadas ou
então o pátio da escola. Vamos caminhar livre-
mente por esse espaço, cada um no seu ritmo.
Aos poucos, naturalmente, vamos nos conectan-
do com quem está ao nosso lado, com quem vai
na frente e atrás de nós, e passamos a seguir o
mesmo passo. Sem interromper esse movimen-
to, podemos propor novas ações quando o grupo
estiver caminhando no mesmo ritmo:
• Marcar o tempo da caminhada batendo palmas
simultaneamente. É divertido e nos ajuda a reco-
Hora de ensaio!
nhecer o PULSO na maneira em que estamos ca-
minhando;
• Além das palmas, podemos usar outras partes do
corpo para marcar o PULSO - bater no peito, nas per-
nasetc.-,comosefosseminstrumentosdepercussão;
• Depois, podemos parar de andar, mas continua-
mos marcando o PULSO com as palmas;
• Podemos ainda sugerir que alguém do grupo
proponha outra forma de seguir o PULSO, usan-
do sua criatividade.
2. Passe o pulso adiante
Para começar, vamos ouvir a
canção “Você Diz que Sabe Tu-
do”, do CD “Brasil de Tuhu”, e
Brincando de MúsicaCAPÍTULO 1 BRINCANDO DE RITMO 4
aprender o refrão, cantado no final. Em seguida,
cada um escolherá um lugar para ficar, de pé, den-
tro da sala. Então, definimos a melhor maneira de
marcar o pulso do refrão: pode ser com palmas,
usando os pés ou cantando. Todos estarão para-
dos como estátuas e só poderá se mover quem
escolhermos para passar o pulso, “o coração” da
música. Faremos isso colocando a mão sobre o
ombro de uma das crianças e sugerindo o gesto:
“Palmas!”, por exemplo. Quem receber o pulso de-
verá reproduzi-lo batendo palmas e estará livre
para deslocar-se pela sala e escolher outro colega
para passar o pulso, e assim por diante, até que
todos possam se mover. Essa brincadeira também
pode ser feita com instrumentos, que devem soar
como uma pulsação quando forem tocados.
3. Descobrindo o pulso
Vamos ouvir algumas músicas com atenção e
procurar identificar o “coração batendo” em cada
uma delas. Podemos marcar a pulsação através
das palmas, por exemplo. Sugerimos duas can-
ções do CD “Brasil de Tuhu” para essa brincadei-
ra: “Atché!” e “Você Diz que Sabe Tudo”.
HORA DE ENSAIO!
Já entendemos um pouco sobre o PULSO, o cora-
ção da música. Mas lembra que falamos também
que o coração bate diferente, de acordo com a si-
tuação e as nossas emoções? Em uma música, o
PULSO varia para criar partes com mais desta-
que do que outras, formando intensidades que
transmitem as ideias do compositor.
Chegamos assim ao conceito de COMPASSO, que
é o que organiza as diferentes pulsações dentro
de uma mesma música. Para entender como isso
funciona, pense em uma vila, com casas de tama-
nhos diferentes: algumas de dois quartos, outras
de três, outras de quatro. Agora imagine uma fa-
mília de 4 pessoas morando em uma casa de 2
quartos e outra família também de 4 pessoas vi-
vendo em uma casa de 4 quartos. Se todos esses
moradores têm um coração pulsando, dá para
considerar que na casa de 2 quartos o tum-tum-
Onde o pulso mora
-tum-tum vai ser mais forte do que na casa de 4,
certo? Como o espaço é pequeno, os moradores
estarão mais juntos e, por isso, seus pulsos soa-
rão mais fortes do que na casa maior.
Essas casas de 2, 3 ou 4 quartos são os COMPAS-
SOS e, lá dentro delas, existem pulsações mais
fortes ou mais fracas. Na música, as diferenças
no pulso são chamadas de TEMPOS HIERÁRQUI-
COS e isso indica a intensidade de cada parte e a
cadência com que a música deve ser tocada: 2/4,
3/4 ou 4/4.
Um exercício pode ajudar a entender melhor es-
sas casas onde moram os pulsos! Vamos lá?
4. Mais forte, mais fraco!
As figuras abaixo mostram diferentes tipos de
compasso, com a palma indicando o som mais
forte. Seguindo cada um dos compassos, vamos
bater as mãos e os pés nas pulsações mais fortes
Hora de ensaio!
e apenas os pés nas pulsações mais fracas. Para
ficar mais divertido, vamos aumentando a veloci-
dade a cada sequência de compassos. Também
podemos usar instrumentos em vez de palmas
para marcar a pulsação mais forte.
Brincando de MúsicaCAPÍTULO 1 BRINCANDO DE RITMO 5
5. Pulso e compasso de uma vez
Vamos fazer uma roda para ouvir e acompanhar
na partitura a música “Xô! Passarinho” ou “Pom-
binha Rolinha”, do nosso CD. Procure reconhe-
cer o “coração” da música e como suas diferen-
tes pulsações se agrupam em compassos. Vamos
agora reproduzi-las usando nosso corpo como se
fosse um instrumento de percussão, a começar
pelo professor, que será nosso maestro. Em se-
guida, ele vai escolher uma das crianças, que de-
verá utilizar outra maneira de marcar o ritmo –
usando, por exemplo, a barriga, os pés ou a boca.
Ao longo da música, cada criança escolherá um
colega, que será um novo maestro ou maestrina
comandando a brincadeira. O professor pode
retomar a regência e usar, por exemplo, palmas
para marcar o primeiro compasso da música e
os pés para marcar o compasso seguinte. Deve-
-se mudar sempre a maneira de percutir a cada
compasso e passar o comando da brincadeira
em seguida.
O importante nessa brincadeira é perceber que
existe uma regularidade nos compassos. Assim
como nas vilas, as casas se situam uma ao lado
da outra, mas dentro delas existem mais ou me-
nos corações batendo. É uma forma divertida de
explorar a criatividade das crianças e também o
seu sentido de PULSO e COMPASSO.
HORA DE ENSAIO!
Pronto! Já somos capazes de reconhecer PULSOS
e COMPASSOS. Será então que podemos perce-
ber o ritmo de tudo o que nos cerca?
Se usarmos as sílabas do nosso nome, podemos
aprender a desenhar as figuras rítmicas que or-
ganizam o pulso de uma melodia. Vamos tentar?
Imagine um nome com uma única sílaba, como
Téo. Numa partitura, esse nome seria represen-
tado por uma SEMÍNIMA, que indica um só pul-
so. Mas se o seu nome tiver duas sílabas, como
Car-la ou Pe-dro, a sua figura já vai ser outra: du-
as COLCHEIAS. Agora, se o seu nome é grande e
tem quatro sílabas, como I-sa-be-la ou A-le-xan-
Os nomes dos pulsos
-dre, você seria representado por quatro SEMI-
COLCHEIAS. É assim que representamos as notas
rítmicas e cada uma dessas figuras pode ser divi-
dida em duas novas, como no desenho a seguir.
Agora vamos supor que seu nome tenha só uma
sílaba, como Rui ou Mel. Sua figura, como já vi-
mos, seria a SEMÍNIMA. Mas se você quiser que
ele dure mais do que apenas um pulso, tudo
bem! Nós podemos estender o som e fazer com
que ele soe com duas pulsações (MÍNIMA) ou
quatro (SEMIBREVE). Quando a música interca-
la sons curtos e longos, ela fica cheia de ritmo e
muito mais rica!
SEMÍNIMA
MÍNIMA
SEMIBREVE
COLCHEIA
SEMICOLCHEIA
Brincando de MúsicaCAPÍTULO 1 BRINCANDO DE RITMO 6
6. Tricotando nomes
Que tal agora cantarmos nosso nome seguindo
o ritmo? O professor pode começar marcando o
pulso com palmas ou usando o corpo como per-
cussão. Em cima desse pulso, ele canta seu nome
várias vezes, fazendo com que a turma perceba
o ritmo. As crianças podem cantar junto e assim
vão entrando na brincadeira. Então, ao nome do
professor, vamos acrescentando os nomes dos
alunos, um de cada vez, voltando sempre ao iní-
cio quando mais um nome entra na roda e man-
tendo a mesma pulsação.
Além dos elementos musicais, esse jogo trabalha
a memória e a concentração, reforçando a per-
cepção do pulso e as figuras rítmicas presentes
nos nomes das crianças: SEMÍNIMA, COLCHEIA,
SEMICOLCHEIA, MÍNIMA e SEMIBREVE. Essa
brincadeira também pode ser usada para a me-
lodia, cantando-se os nomes, seguindo a melodia
inicialmente marcada pelo professor.
7. Encontrando o ritmo nas imagens
Para essa atividade, serão necessários cartões
com palavras monossilábicas, dissilábicas e as-
sim por diante, acompanhadas de suas imagens,
como no exemplo da página seguinte.
Você sabia que nessas palavras se escondem fi-
guras musicais? Sim, tem música e ritmo onde vo-
cê menos imagina!
Agora vamos dizer cada uma dessas palavras,
batendo palmas (ou percutindo sobre o corpo ou
com um instrumento) ao mesmo tempo, sempre
sentindo a pulsação.
Hora de ensaio!
8. Lendo os ritmos
Aproveite as figuras usadas no exercício anterior
e monte sequências rítmicas, cantando o nome
das figuras junto com as crianças, marcando o rit-
mo com palmas ou alguma outra forma de per-
cussão.
9. Tudo junto e misturado	
Vamos dividir a turma em 3 grupos para traba-
lhar os 3 conceitos que aprendemos neste capí-
tulo: PULSO, COMPASSO e FIGURAS RÍTMICAS.
O primeiro grupo fará só a pulsação, o segundo
tocará apenas no tempo forte do compasso e o
terceiro grupo fará a leitura rítmica a partir dos
desenhos escolhidos.
As crianças podem desenhar suas próprias sequên-
cias rítmicas, colocar cores diferentes nelas ou
recortar imagens para montá-las usando revistas
recicladas, para depois cantá-las e tocá-las com
algum instrumento.
Quando a turma já tiver facilidade para reconhe-
cer e cantar de forma rítmica as sílabas dos no-
mes das figuras, podemos retirar os desenhos e
substituí-los por figuras de semínimas, colcheias
e semicolcheias.
Brincando de Música
SOL
FLOR
MAR
DEZ
HORA DE ENSAIO! – Nº 7
Brincando de Música
PA TO
GA TO
PEI XE
UR SO
HORA DE ENSAIO! – Nº 7
Brincando de Música
MÚ SI CA
PÁS SA RO
LÂM PA DA
HORA DE ENSAIO! – Nº 7
Brincando de Música
BOR BO LE TA
CHO CO LA TE
CA VA LI NHO
HORA DE ENSAIO! – Nº 7
Brincando de MúsicaCAPÍTULO 1 BRINCANDO DE RITMO
Para poder brincar de ritmo de um jeito ainda mais
divertido, vamos montar um reco-reco? Podemos
fabricar esse instrumento usando canetas colo-
ridas que estejam sem tinta e já não funcionem
mais. Cole uma fileira dessas canetas em uma pe-
quena tábua de madeira ou em um pedaço de eu-
Faça você mesmo!
7
Vimos neste capítulo uma porção de ideias sobre ritmo. Ao final, esperamos que quem participou das
atividades possa:
• Perceber a pulsação de uma música e reconhecer quando está dentro ou fora do pulso.
• Compreender como as pulsações se agrupam em compassos.
• Entender que, dentro de um compasso, as pulsações podem ser fortes ou fracas.
• Identificar os nomes das figuras rítmicas, sabendo que cada uma delas pode se dividir em duas,
formando figuras cada vez mais curtas.
• Praticar a leitura do ritmo na partitura, reconhecendo os desenhos das figuras que o representam.
O que aprendemos?
catex, que é um material leve e pode ser recorta-
do em qualquer formato. Lembre de deixar uma
pequena parte da base sem canetas coladas, para
poder segurar bem o instrumento. Uma das cane-
tas pode ser usada como baqueta para tocar o re-
co-reco. Sinta só o som forte que ele tem!
Brincando de MúsicaCAPÍTULO 2 BRINCANDO DE MELODIA
Quando abrimos um livro, vemos uma porção de
letras que, combinadas, formam palavras e senti-
dos diferentes. As palavras “amor” e “Roma”, por
exemplo, são compostas pelas mesmas letras,
mas nos levam a pensar em um sentimento ou
em uma cidade.
As notas musicais que aparecem em uma partitu-
ra representam sons que também se combinam
para criar ideias e histórias, chamadas de melo-
dia. Mas o sentido de uma melodia não depen-
de apenas de como agrupamos as notas no pa-
pel: toda história musical é contada também por
meio de alturas, timbres, durações e intensida-
des que fazem com que cada som cumpra um pa-
pel especial. Vamos conhecer um pouco mais so-
bre isso neste capítulo.
No nosso primeiro Guia, falamos da ALTURA dos
sons, como se eles estivessem dentro de uma ca-
sa muito grande e subissem e descessem por um
elevador. Vimos que os sons, às vezes, são baixos
e graves e, noutras vezes, ficam muito altos, como
se estivessem lá perto do teto. Você se lembra?
Um jeito diferente de contar histórias
Vamos agora tocar a campainha dessa casa pa-
ra olhar mais de perto esses sons: como será que
eles andam? Como se vestem? Que vozes têm?
Como se combinam?
Na composição de uma música, algumas notas
podem soar curtas como o apito de um trem e
outras podem ser longas, como o mugido de uma
vaca! O tempo que uma nota leva para ser toca-
da, de acordo com o que está indicado na parti-
tura, recebe o nome de DURAÇÃO.
Os instrumentos que produzem os sons pos-
suem outra característica importante. Assim co-
mo nós, eles têm uma voz própria, que faz com
que sejam diferentes entre si. É como quando ou-
vimos alguém chamar nosso nome lá longe e não
podemos ver quem é, mas sabemos que é nos-
sa mãe, um amigo da escola, um vizinho. A voz
faz com que cada pessoa seja reconhecida entre
as outras. Na música, chamamos essa qualidade
dos instrumentos de TIMBRE.
8
Brincando de MúsicaCAPÍTULO 2 BRINCANDO DE MELODIA 9
Pense agora em como você fala quando está con-
tando um segredo ou jogando bola com seus
amigos. O volume da sua voz é o mesmo? Parece
que não, certo? Ao contar um segredo, nossas pa-
lavras soam muito suaves. Já quando vamos pas-
sar a bola, chamamos a quem vai recebê-la com
uma voz bem forte.
Em uma partitura musical, além da altura de ca-
da nota e do tempo que vai durar, reconhecemos
também se será tocada ou cantada com uma so-
noridade forte (f=forte) ou suave (p=piano=sua-
ve). Essa diferença na forma de produzir o som se
chama INTENSIDADE e a combinação de inten-
sidades distintas ganha o nome de DINÂMICA.
Ao criar uma melodia, o compositor pode querer
que o som comece suave e vá se tornando mais
forte. Ou, ao contrário, que um som forte vá di-
minuindo sua intensidade, até quase sumir. Para
isso ficar claro para quem está tocando a música,
a mudança deve ser indicada nas linhas da parti-
tura, dessa forma:
Veja só quantas características aprendemos e co-
mo elas influenciam a música! Vamos, por exem-
plo, pensar na nota “Fá”. Ela sempre será um “Fá”,
mas pode soar longa como uma semibreve ou
curta como uma semicolcheia . Essa é uma dife-
rença de DURAÇÃO. O mesmo “Fá” soa de um jei-
to próprio se for interpretado por uma flauta, um
trombone ou pelo canto de uma criança. Ou seja,
o som depende também do TIMBRE de uma voz
ou de um instrumento. Mas nosso “Fá” pode ain-
da ser tocado com uma sonoridade forte (f) ou
suave (p) e aí já estamos falando de outra coisa:
INTENSIDADE.
Que tal reunirmos o que vimos aqui com os as-
pectos do ritmo que aprendemos no primeiro ca-
pítulo? Vamos reconhecer todas essas caracte-
rísticas em uma partitura musical? Combinando
essas qualidades dos sons, vamos poder brincar
e até criar nossas próprias melodias. Para prati-
car o que aprendemos, podemos montar nossa
harmônica, um instrumento simples, mas com
um som bem bonito! Veja no fim do capítulo as
instruções para fazer a sua.
PIANISSISSIMO
PIANISSIMO
PIANO
MEZZOPIANO
MEZZOFORTE
FORTE
FORTISSIMO
FORTISSISSIMO
SFORZANDO
CRESCENDO
DIMINUENDO
ESTA MARCA, COLOCADA ABAIXO DE
UMA NOTA NA PARTITURA, DENOTA
UM AUMENTO SÚBITO DE INTENSIDA-
DE AO LONGO DE UMA ÚNICA NOTA.
UM CRESCIMENTO GRADUAL DO VOLUME. ESSA MAR-
CA PODE SER ESTENDIDA AO LONGO DE MUITAS NOTAS,
SOB A PAUTA PARA INDICAR QUE O VOLUME CRESCE
GRADUALMENTE AO LONGO DA FRASE MUSICAL.
UMA DIMINUIÇÃO GRADUAL DO VOLUME. ESSA MARCA,
COLOCADA SOB A PAUTA, PODE SER ESTENDIDA POR
VÁRIAS NOTAS COMO O CRESCENDO.
Brincando de MúsicaCAPÍTULO 2 BRINCANDO DE MELODIA 10
1. Roda de vozes
Vamos reconhecer os diferentes TIMBRES da tur-
ma? Sentados no chão, fazemos uma roda, fican-
do de costas uns para os outros. No centro da
roda, o professor vai sugerir uma frase engraça-
da, como: “Tenho um elefante azul na cabeça!”.
Ele vai tocar na cabeça de um dos alunos, que te-
rá que dizer a mesma frase com a voz bem forte.
Em seguida, o professor vai tocar na cabeça do
aluno ou aluna que terá que advinhar quem fa-
lou a frase. Se ele não acertar, o professor vai es-
colher outra pessoa da roda, até que se descubra
de quem é a voz que todos escutaram.
2. Reconhecendo os sons
Com os alunos formando uma roda no chão ou sen-
tados em suas carteiras, vamos reconhecer os re-
gistros gráficos dos sons e brincar com sua intensi-
dade. Os desenhos podem ser impressos, copiados
ou recortados do Guia. Os professores podem tam-
bém desenhar outros sons, identificá-los e cantá-
-los com as crianças.
Use uma baqueta para indicar a direção da linha da
partitura e explorar as diferentes velocidades mar-
Hora de ensaio!
cadas. Vale ainda utilizar uma folha em branco para
introduzir a noção de silêncio.
3. Música que abre e fecha
Nesta atividade, nós vamos cantar. Podemos es-
colher uma música conhecida pela turma, algu-
ma que seja cantada na escola ou ainda usar uma
faixa do CD “Brasil de Tuhu”. Para construir o ce-
nário da brincadeira, vamos marcar grandes sím-
bolos de crescendo no chão e, para isso, pode-
mos usar fitas, fita crepe, cordas ou paus.
Faremos dois pares de linhas paralelas, um em
frente ao outro. No primeiro par, vamos aproxi-
mar os extremos das linhas onde elas se iniciam
e no segundo par aproximamos seus extremos
onde elas terminam.
Assim teremos a representação gráfica de dois
grandes sinais de crescendo e diminuendo, abrin-
do e fechando. Na brincadeira, convidamos as
crianças a cantarem a música escolhida enquan-
to caminham desde o extremo esquerdo do sinal
de crescendo que abre até o final do percurso,
quando o segundo sinal fecha.
Brincando de Música
HORA DE ENSAIO!
CAPÍTULO 2 BRINCANDO DE MELODIA 11
Elas devem começar com uma voz bem suave,
que se tornará mais forte na “barriga do sinal” e
depois irá baixando, até terminar tão suave como
começou. Esse jogo pode ser muito divertido se
o professor mostrar sua própria voz, brincando,
por exemplo, de ficar um tempo no centro dos si-
nais, cantando forte. Ao terminar o jogo, pode-
mos mostrar às crianças que os sons localizados
nas pontas dos reguladores são “p” (suave) e os
que se produzem no meio deles são “f” (forte), le-
tras que indicam a INTENSIDADE na música.
4. Criação sonora
Vamos entregar folhas em branco e hidrocores
para cada aluno e pedir que desenhem uma re-
presentação gráfica de como imaginam um ou
mais sons. O professor deve participar desse jo-
go mostrando primeiramente sua própria criação
sonora. Depois que todas as crianças tiverem ter-
minado seus desenhos, cada um mostrará o seu
e fará soar o que desenhou com a própria voz.
Veja até onde vai a criatividade da turma!
5. Que som é esse?	
É hora de treinar mais nossa
escuta e concentração. Para
essa atividade, é preciso sele-
cionar sons variados, que se-
rão apresentados aos alunos:
sons da natureza, da cidade,
dos meios de transporte ou
ainda de vozes ou instrumen-
tos.
Os sons devem ser reproduzidos durante a brin-
cadeira, com o auxílio de um gravador ou do te-
lefone celular, por exemplo. As crianças devem
ficar de olhos fechados e procurar reconhecer ca-
da som que for tocado. O exercício ficará mais di-
vertido se imagens que representam os sons fo-
rem embaralhadas entre os alunos para que as
associem com o que ouvem. Podemos ainda pe-
dir que eles falem sobre as qualidades de cada
som, se são graves ou agudos, fortes ou suaves,
etc.
6. Criando nossa própria melodia
Que tal escutarmos com a turma uma música
do CD “Brasil de Tuhu”? Sugerimos a bela melo-
dia “Nesta Rua”. Depois de reproduzir a música,
pedimos que as crianças comentem as impres-
sões que tiverem sobre a canção. Para estimular
a conversa, podemos fazer perguntas como: do
que fala esta música? Quais são os instrumentos
que a tocam? Como você se sente quando a escu-
ta? Como é a rua onde cada um mora? Vocês gos-
tariam de desenhá-la enquanto escutam a músi-
ca mais uma vez?
Depois de ouvir os comentários, podemos expli-
car às crianças que as melodias são também for-
mas de contar histórias. Convide cada uma a es-
colher um assunto sobre o qual gostaria de falar
e compor uma melodia para compartilhar com os
demais. Os alunos também podem se dividir em
grupos para fazer a composição. Alguns passos
podem ajudar:
• Desenhar pautas variadas, para que as crianças
coloquem o nome de cada nota de acordo com a
clave apresentada.
• Fazer desenhos básicos de composição utilizan-
do os conceitos abordados neste capítulo (altu-
ra, duração, intensidade), permitindo que a tur-
ma pratique a escrita musical no pentagrama.
Brincando de MúsicaHORA DE ENSAIO! – Nº 2
Brincando de Música
SOL
DÓ
RÉ
SI
HORA DE ENSAIO! – Nº 2
HORA DE ENSAIO! – Nº 5
HORA DE ENSAIO! – Nº 3
Brincando de MúsicaCAPÍTULO 2 BRINCANDO DE MELODIA 12
Ao final deste capítulo, esperamos que os alunos tenham se familiarizado com alguns aspectos da mú-
sica, como:
• Qualidades dos sons, como timbre, duração, intensidade, altura e dinâmica.
• Leitura musical nas 3 diferentes claves, reconhecendo qual nota sugere cada clave (Sol, Fá e Dó).
• Noções básicas de composição musical, a partir dos conceitos comentados acima.
• Representação gráfica dos sons, percebendo suas qualidades indicadas na partitura.
O que aprendemos?
Vamos criar um instrumento de sopro para tocar
nossa própria melodia? Você vai precisar de 2 pa-
litos largos de picolé, 2 elásticos (desses amare-
los que usamos em escritório), uma tripa de pa-
pel do tamanho do palito de picolé e, cortados
nessa mesma medida, 2 palitos de dente. Primei-
ro, faça um sanduíche colocando a tripa de papel
entre os dois palitos de picolé. Enrole os elásticos
Faça você mesmo!
nas duas extremidades, com os palitos de dente
alojados um de cada lado. Tenha certeza de que
um dos palitos vai prender o lado de cima do pa-
pel e o outro vai prender o lado de baixo. Pron-
to! Agora é só soprar e aspirar, imitando a forma
de se tocar uma harmônica de verdade e se deli-
ciar com os sons incríveis que podem soar a par-
tir desse instrumento de brinquedo. Aproveite!
Brincando de MúsicaCAPÍTULO 3 BRINCANDO DE HARMONIA
Quando assistimos a um filme ou lemos um livro,
há sempre uma trama que acontece em paralelo
à história principal. Já reparou? Às vezes, são con-
tados detalhes sobre um personagem que nem
parece ser tão importante, mas que, aos poucos,
vamos descobrindo que tem tudo a ver com o
que vai acontecer na trama.
Na música também é assim. A melodia é o perso-
nagem central, mas outros sons fazem parte do
enredo. Eles são responsáveis por tornar a his-
tória mais completa, despertando em nós dife-
rentes ideias e sensações. A maneira como esses
sons são encadeados na música ganha o nome
de harmonia e é sobre ela que vamos aprender
mais neste capítulo.
Já vimos que a melodia é uma forma de contar
histórias por meio de sons que sobem e descem
e que têm diferentes durações. Também vimos
que a forma como o som é produzido depende
do timbre do instrumento que o toca ou da voz
que o canta. No nosso primeiro Guia, falamos da
harmonia como uma forma de organizar essa ba-
gunça dos sons: é ela que coloca ordem na va-
riedade de alturas, durações e timbres, fazendo
com que cada música tenha uma cara própria.
Vamos ver melhor como isso funciona?
A gente costuma pensar em “intervalo” como um
espaço de tempo, mas, na música, esse nome re-
Muitas histórias dentro de uma só
presenta outra coisa: INTERVALO é a distância en-
tre uma nota e outra. Toda música possui uma sé-
rie de intervalos, sendo que alguns são maiores e
outros menores. Por exemplo: entre o “Dó” e o “Mi”
existe um intervalo de 3 notas (ou de 3ª); já entre o
“Dó” e o “Si” o intervalo é de 7 notas (ou de 7ª).
Quando uma música está sendo tocada ou canta-
da, há conjuntos de notas que ouvimos ao mes-
mo tempo. Esse é o elemento mais importante
da harmonia, e se chama ACORDE. Os acordes
são grupos de 3 ou mais notas que chegam até
nós como se fossem um único som. Mas, na ver-
dade, esse som é definido pelos INTERVALOS en-
tre as diferentes notas que o compõem.
Os acordes são a base da música, como um
“chão” que permite que ela seja alegre e animada
ou nostálgica e triste. Pode até parecer compli-
cado, mas, praticando, vamos ver que é simples!
Chegou a hora de perceber como a harmonia
dá forma à música e como ela se relaciona com
os outros aspectos que já conhecemos. Mãos à
obra? No fim do capítulo, você encontra dicas so-
bre como montar um ukulele para deixar a brin-
cadeira ainda mais divertida!
13
DÓ
RE
3ª
7ª
MI FÁ
LÁ
SI DÓ
SOL
1. Base da música
Para praticar a escuta, vamos abrir o jogo Concerto
(vagão 2) do aplicativo Tuhu Musical . Preste aten-
ção na música de fundo, que serve de base para
que cada um escolha o instrumento que vai tocar.
Esse fundo musical é a harmonia, enquanto o que
se constrói em cima desse “chão” é a melodia.
Hora de ensaio!
Brincando de MúsicaCAPÍTULO 3 BRINCANDO DE HARMONIA 14
HORA DE ENSAIO!
O jogo Ensaio (vagão 1) do aplicativo também é
uma boa forma de entender a harmonia: veja co-
mo ela soa no início da música e observe que a
melodia vai sendo definida pelas estrelinhas que
caem sobre o teclado.
2. Salto entre notas
Vamos construir uma escala musical usando co-
mo referência o desenho do nosso primeiro Guia
(página 16): podemos, por exemplo, fazer uma
pauta gigante no chão com cordas, fitas ou cabos
de vassoura. Assim, as notas serão marcadas co-
mo “rastros” nessa pauta.
Vamos usar a nota “Dó” como ponto de partida
e começar a cantar para “visitar” as notas vizi-
nhas. O percurso de uma nota a outra pode ser
feito com movimentos corporais de baixo para ci-
ma ou com as mãos. Após completar o percurso
de baixo para cima e depois de cima para baixo,
vamos brincar agora passeando a partir da nota
“Dó” até a 3ª nota (“Mi”) e voltando, sempre can-
tando. Faremos o mesmo saltando então para a
5ª nota (“Sol”) e, finalmente, tentando fazer o sal-
to maior até a vizinha mais longe, o “Dó” agudo,
a 8ª nota.
Esses saltos estimulam a compreensão dos in-
tervalos de 3ª maior, 5ª justa e 8ª. A brincadei-
ra pode ficar mais divertida com a ajuda de um
instrumento tocando as notas entre as quais as
crianças devem saltar.
3. Jogo do acorde
Vamos brincar de formar acordes ao reunir equi-
pes de três crianças, que farão o papel de notas
musicais! O jogo pode acontecer sobre a pauta
gigante, no chão. Teremos as crianças “Dó”, as
crianças “Mi” e as crianças “Sol” e as ajudaremos
TUHU MUSICAL
ESTÁ DISPONÍVEL
GRATUITAMENTE NOS
SISTEMAS ANDROID E IOS
Brincando de MúsicaCAPÍTULO 3 BRINCANDO DE HARMONIA 15
HORA DE ENSAIO!
a cantar cada nota na hora certa. Vamos cha-
mando por equipes, sempre cantando, primeiro
o “Dó”, depois o “Mi”, em seguida o “Sol”, para que
cada um se posicione na pauta. Depois que en-
contrarem seu local um em relação ao outro, pe-
diremos que cantem suas notas simultaneamen-
te para fazer ‘aparecer’ o acorde com suas vozes.
4. Torre dos sons
Para essa atividade, precisaremos de quadradinhos
de papel (cartolina, por exemplo) ou EVA de 3 di-
ferentes cores, identificando cada uma delas com
uma nota: “Dó”, “Mi”, “Sol” ou “Dó da 8ª acima” (“Dó”
e sua oitava acima devem ser da mesma cor e mar-
camos uma flecha no segundo para diferenciar o
tom agudo).
Com os papéis, podemos brincar de montar uma
torre de sons à medida em que os ouvimos na au-
la, cantados ou tocados por um instrumento. O pro-
fessordeve,primeiro, mostrar comofazer enquanto
canta os sons e os localiza na mesa ou no chão, dei-
xando vazios os espaços entre cada nota. Por exem-
plo: entre o “Dó” e o “Mi”, será deixado um espaço,
que deveria ser ocupado pelo “Ré”; entre o “Mi” e
o “Sol”, o espaço correspondente seria o do “Fá”; já
entre “Sol” e o “Dó agudo”, o espaço é o restante
das notas, sendo, portanto, um intervalo maior. Es-
sa brincadeira ajuda a estabelecer uma relação vi-
sual e espacial com o som dos intervalos.
5. Sensações Musicais
Escute com as crianças as músicas “Nesta Rua” e
“Que Lindos Olhos!”, faixas do nosso CD. Comen-
tem em grupo o que imaginaram com cada uma
dessas músicas e auxiliem as crianças quando
descreverem as sensações que experimentaram
com as diferentes harmonias. Qual das duas mú-
sicas parece mais feliz? Qual a mais nostálgica?
Pode-se ainda pedir aos alunos que façam um de-
senho que represente cada música que ouviram.
6. Em busca da harmonia
Se o professor souber tocar um instrumento har-
mônico - como violão ou teclado -, podemos fa-
cilmente perceber a harmonia. Cante uma melo-
dia que seja bem conhecida por todas as crianças
da turma e pergunte se alguém cantou ou escu-
tou algo diferente do que está acostumado nessa
música. Em seguida, peça para elas cantarem de
novo a mesma melodia e faça um acompanha-
mento harmônico simples. Converse sobre a sen-
sação que tiveram ao escutar a melodia agora,
acompanhada pela harmonia. O exercício pode
ser complementado em outra sessão, com uma
variação da tonalidade de menor a maior ou vice-
-versa, trocando e experimentando com os alu-
nos comentários sobre as sensações na escuta.
SOLMIDÓ DÓ
Brincando de MúsicaCAPÍTULO 3 BRINCANDO DE HARMONIA 16
Depois de percorrer esse conteúdo e as atividades propostas, esperamos que as crianças possam reco-
nhecer:
• A diferença entre melodia e harmonia.
• O significado de intervalos e acordes.
• Pequenos arranjos harmônicos, utilizando poucas notas.
• Tonalidades maiores e menores, mesmo sem o aprofundamento desses conceitos.
O que aprendemos?
Praticar as tramas paralelas da música fica mui-
to mais fácil quando temos um instrumento har-
mônico nas mãos. Vamos então dar algumas dicas
para você criar um ukulele e poder se aventurar
nesse mundo de sons! Precisaremos de uma caixa
e rolos de papelão, além de elásticos e tachinhas.
Primeiro, faça um orifício redondo no centro da
caixa, criando uma caixa acústica. Coloque as ta-
chinhas dos dois lados da caixa para prender os
elásticos, que funcionarão como as cordas do uku-
lele. Você pode usar um rolinho de papelão como
Faça você mesmo!
cavalete para o instrumento, ou seja, aquela pe-
ça onde ficam presas as cordas; para isso, faça pe-
quenas fissuras por onde elas passarão. Para faci-
litar o uso do ukulele, improvise um braço para o
instrumento com um rolo de papelão mais gros-
so (desses que vêm no papel alumínio ou no filme
plástico para cozinha).
Complete a brincadeira pintando seu ukulele ou
personalizando com papéis coloridos. Cada um
pode criar sua própria arte e fazer o instrumento
de tamanhos e jeitos diferentes!
Brincando de MúsicaCAPÍTULO 4 MAPA DO TESOURO 17
Nessa longa aventura pelo mundo do Ritmo, da
Melodia e da Harmonia, nosso maior tesouro é po-
der ouvir e praticar a música. Para levar essa mis-
são cada vez mais longe, apresentamos aqui algu-
mas ideias que fazem do CD “Brasil de Tuhu Vol. 1”
um mapa e tanto! Com participações de grandes
artistas da nossa música, o CD com o Quarteto Ra-
damés Gnattali traz melodias alegres e ritmos bra-
sileiros que nos convidam a dançar e perceber a
diversidade dos sons.
Chefes da equipe nessa aventura, os professores
podem descobrir nas canções recursos que servi-
rão como uma bússola para cada atividade. Mas,
para isso, é preciso se abrir para a música com ou-
vidos e imaginação de criança!
Há faixas no CD que são perfeitas para trabalhar
o ritmo e também aquelas que podem ilustrar co-
mo a harmonia enriquece a melodia. Podemos até
usar a letra de uma canção para criar um desenho
ou uma história. Algumas músicas sugerem movi-
mentos corporais, com contraste de matizes e ve-
locidades, e outras ajudam a afinar a percepção
do ouvido a partir da identificação dos instrumen-
tos que estão tocando.
Indicamos aqui alguns dos conteúdos musicais
que podem ser explorados com as músicas do CD,
mas sua imaginação é o limite! Vamos lá?
QUE LINDOS OLHOS!
É uma música tranquila e sua audição pode vir
acompanhada de brincadeiras com texturas, te-
cidos ou lenços cobrindo e descobrindo os olhos
dos alunos, em uma atividade contemplativa. En-
quanto ouvem a música, as crianças, divididas em
duplas, podem olhar fixamente nos olhos umas
das outras. O professor então dá um sinal sonoro
com um instrumento e elas mudam o seu foco pa-
ra outro colega. Quando terminar a atividade, po-
demos sugerir que elas desenhem seus olhos ou
os olhos de algum de seus amigos.
ATCHÉ!
No capítulo do Ritmo, indicamos essa música pa-
ra trabalhar a percepção do conceito de pulso. Po-
de ser interessante também escutá-la junto com
a turma e incentivar as crianças a falarem sobre
as características da música: ela é triste ou alegre?
É assutadora? Conta uma história? Que história é
essa? Podemos ainda cantá-la juntos, procurando
descobrir e reproduzir o seu pulso com o corpo.
SÔDADE
Podemos usar esta música para apresentar para
as crianças a sonoridade do saxofone e aproveitar
para falar um pouco mais sobre a família dos ins-
trumentos de sopros e metais. Também é uma op-
ção interessante para mostrar uma outra caracte-
rística que trabalhamos neste Guia: o timbre.
VOCÊ DIZ QUE SABE TUDO
Outra boa pedida para brincar e trabalhar o con-
ceito do pulso. Podemos andar pela sala marcan-
do as pulsações, percutir com palmas ou com o
corpo ou ainda marcar o pulso com instrumentos.
Podemos também “cantar” a letra só com gestos,
usando sinais e movimentos corporais.
Mapa do tesouro
Brincando de MúsicaCAPÍTULO 4 MAPA DO TESOURO 18
SENHORA DONA SANCHA
Brincando com os movimentos dessa música, é
possível perceber variações de velocidade. Tam-
bém podemos usá-la para entender a diferença
entre melodia e harmonia, dividindo a turma em
grupos que representem cada uma delas com mo-
vimentos do corpo.
SONHO DE UMA CRIANÇA
É uma música interessante para abordar as mu-
danças de velocidade e energia. Podemos fazer
uma brincadeira pedindo que as crianças imagi-
nem que estamos flutuando no ar. Na parte mais
lenta da música, é como se estivéssemos num so-
nho… só acordamos quando percebemos que a
velocidade da música muda! Vamos deixar que as
crianças inventem suas próprias histórias com a
canção.
SENHORA VIÚVA
Esta música ajuda a fixar o que aprendemos nos
capítulos 2 e 3 deste Guia. Podemos cantar sua le-
tra juntos, para que as crianças possam entender
melhor o papel da melodia e o da harmonia.
Dizei senhora viúva
Com quem quereis vos casar
Ou é com o filho do conde, ou é com o seu general
Não é com nenhum desses homens
Que eles não são para mim
Eu sou uma pobre viúva, triste, coitada de mim
Ai de mim! Ai de mim!
Morreu meu marido no meio das flores
Acabou-se a alegria
Acabaram-se os amores
Coberta de luto, de luto fechado
Semanas inteiras eu tenho chorado
O CASTELO
Podemos conversar ou desenhar sobre a história
desta canção. Ela é ótima para apresentar a sono-
ridade do acordeon e falar mais sobre este instru-
mento e seu uso na música regional brasileira, so-
bretudo a Nordestina.
XÔ! PASSSARINHO
Esta é um convite para dançar! Vamos tirar o pé
do chão? Podemos também criar uma história ou
uma letra para ela! A música apresenta dois am-
bientes bem diferentes, um tranquilo e outro mais
malicioso. Podemos fazer algumas perguntas su-
gestivas como “essa música soa sempre igual?” ou
“no que ela faz você pensar?”.
A CANTIGA
Nesta música, ritmo e harmonia brincam com
uma melodia simples. Podemos separar a turma
em três grupos e pedir que cada um deles identi-
fique um desses conceitos. Incentive os alunos a
comentarem sobre os trechos que mais gostam e
dizerem o porquê. Quais são os instrumentos que
contam essa melodia? Que instrumentos têm um
papel mais coadjuvante nessa história?
POMBINHA ROLINHA
Essa é uma excelente pedida para brincar de mo-
vimento, com gestos, e tocar instrumentos, en-
quanto os passamos de um para outro.
NESTA RUA
Mais uma música ideal para distinguir os concei-
tos de melodia e harmonia. Peça às crianças pa-
ra falarem sobre as sensações que têm quando a
escutam. Aproveite a letra para deixar que falem
sobre onde vivem, sobre sua rua, e as incentive a
desenhá-la. Com as crianças pequenas, podemos
desenhar uma pauta gigante no chão com cordas
coloridas, estabelecendo as “ruas” (espaços) para
elas passearem, estimulando sua compreensão
das linhas e dos espaços da pauta.
http://brasildetuhu.com.br/downloads/
O DISCO ESTÁ À VENDA
NA DISCOLE MÚSICA
PELO VALOR SIMBÓLICO
DE R$10.
VOCÊ TAMBÉM PODE
FAZER O DOWNLOAD
DAS FAIXAS AQUI
Brincando de MúsicaCAPÍTULO 5 SOBRE INCLUSÃO 19
As atividades deste Guia nos fazem aprender
música brincando. Mas não é muito melhor
quando todo mundo pode participar da brin-
cadeira? Propomos a seguir algumas adapta-
ções nos exercícios para que todas as crian-
ças, inclusive as que têm alguma deficiência,
Fica mais legal com todo mundo junto!
PARA INCLUIR CRIANÇAS COM
DIFICULDADES MOTORAS, VOCÊ PODE:
• Realizar a atividade de forma que elas
vivenciem o movimento livremente,
lembrando que sua percepção do espaço
é diferente da de outras crianças. Busque
incentivar isso nos exercícios: 2 do capítulo
“Brincando de Ritmo”; 1, 4, 5 e 6 do capítulo
“Brincando de Melodia”; e 2 e 3 do capítulo
“Brincando de Harmonia”.
• Retirar possíveis obstáculos que possam
dificultar o deslocamento pela sala de aula e
substituir objetos em relevo por marcações
no chão, feitas em adesivo ou giz. Essas são
PARA ENVOLVER CRIANÇAS COM
DIFICULDADES SENSORIAIS – VISUAL OU
AUDITIVA – NAS ATIVIDADES, EXPERIMENTE
ADEQUAÇÕES COMO:
• Na hora de apresentar as atividades, além
da explicação falada, utilize cartazes coloridos,
exemplificando as ações ou partes do corpo
com desenhos. Essa adaptação pode ser
feita nos exercícios: 1, 2, 5, 6 e 7 do capítulo
“Brincando de Ritmo”; 2, 3 e 6 do capítulo
“Brincando de Melodia”; e 1, 2 e 3 do capítulo
“Brincando de Harmonia”.
• Proponha atividades que possibilitem
deslocamento físico, pois aprimoram a
possam se aventurar pelo mundo da música.
Além de uma diversão, a música é também
uma forma de desenvolver habilidades e per-
ceber que cada um de nós tem um jeito espe-
cial de aprender. Convide as crianças a desco-
brirem isso juntas!
percepção do espaço e ajudam quem tem
alguma deficiência visual. Imagens em relevo
também são úteis, já que permitem a leitura
por meio do tato. Sugerimos experimentar
isso nos exercícios: 1, 2, 3, 4 e 5 do capítulo
“Brincando de Melodia”; e 4 e 6 do capítulo
“Brincando de Harmonia”.
• Incentive que os alunos ajudem uns aos
outros para que possam conhecer mais da
música juntos. Algumas atividades são ótimos
estímulos para essa experiência, como os
exercícios: 2, 5, 6 e 7 do capítulo “Brincando
de Ritmo”; 1 e 6 do capítulo “Brincando de
Melodia”; e 3 e 6 do capítulo “Brincando de
Harmonia”.
adaptações para os exercícios: 1, 2, 3 e 6 do
capítulo “Brincando de Melodia”; e 2 e 3 do
capítulo “Brincando de Harmonia”.
• Utilizar imagens de objetos, de instrumentos
musicais e até de sensações
para ilustrar as atividades
e facilitar a assimilação
dos conceitos, como nos
exercícios: 3 e 4 do capítulo
“Brincando de Ritmo”; 3 e
4 do capítulo “Brincando
de Melodia”; e 1, 2, 5 e 6
do capítulo “Brincando de
Harmonia”.
Brincando de MúsicaCAPÍTULO 5 SOBRE INCLUSÃO 20
PARA QUE AS CRIANÇAS COM DIFICULDADE
INTELECTUAL TAMBÉM PARTICIPEM:
• Aumente o estímulo visual com cartazes,
desenhos e material de tamanho maior do
que o de costume nos exercícios: 1 do capítulo
“Brincando de Ritmo”; 3 e 4 do capítulo
“Brincando de Melodia”; e 5 e 6 do capítulo
“Brincando de Harmonia”.
• Repita atividades já realizadas, especialmente
as que se valem de silêncios, sons suaves
e movimentos mais lentos. São formas de
observar e respeitar o tempo individual
de cada um, como nos exercícios: 2, 3 e 6
do capítulo “Brincando de Melodia”; e 5 do
capítulo “Brincando de Harmonia”.
• Incentive a criança a descobrir a
musicalidade de seu próprio corpo. Bons
exercícios para isso são: 1 e 3 do capítulo
“Brincando de Ritmo”; 4 e 5 do capítulo
“Brincando de Melodia”; e 5 e 6 do capítulo
“Brincando de Harmonia”.
Brincando de MúsicaFICHA TÉCNICA POR TRÁS DE TUDO 21
BALUARTE CULTURA
Direção de Relacionamento Fabiana Costa
Direção de Criação e Planejamento Paula Brandão
Direção de Produção Paula Sued
Gestão de Produção Mariana Rodrigues
Coordenação de Produção Executiva Lívia Simas
Coordenação de Produção Administrativa Jéssica Araújo
Coordenação Pedagógica Carla Rincón
MINISTÉRIO DA CULTURA E GOVERNO FEDERAL
WILSON SONS
FINEP
Redator Leandro de Paula
Revisora Márcia Kevorkian
Ilustração Diogo Torres
Projeto Gráfico Quadratta Projetos Gráficos
Baluarte Cultura
Carla Rincón
Josiane Kevorkian
Realização
Mantenedor
Copatrocínio
Idealização
MANTENEDOR COPATROCÍNIO
REALIZAÇÃO

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Guia Musical II

  • 1. Brincando de Música Brincando de Música GUIA DIDÁTICO
  • 2. Brincando de MúsicaAPRESENTAÇÃO INTRODUÇÃO Em 2009, a Baluarte Cultura e o Quarteto Ra- damés Gnattali começaram uma jornada pelo Brasil com o programa “Brasil de Tuhu”, que tem como missão a ampliação da educação musical no país. “Tuhu” era o apelido de Heitor Villa-Lobos quan- do criança, uma palavra que fazia alusão a seu fascínio pelo som das locomotivas. O composi- tor teve contato com a música desde cedo e isso não apenas desenvolveu seu talento como tam- bém fez dele um entusiasta da educação musical. O programa “Brasil de Tuhu” é baseado no “Guia Prático”, uma coleção de cantigas populares que foram rearranjadas por Villa-Lobos na década de 1930 exatamente para incentivar a descoberta da música pelas novas gerações. Brasil de Tuhu Brincando de Música II Nosso programa conta com diversas ferramen- tas: Concertos Didáticos em escolas, Vivências Musicais para educadores, Mapeamento de ini- ciativas de educação musical, Videoaulas, Revis- ta Tuhu, aplicativo Tuhu Musical, podcasts temá- ticos da Rádio Tuhu e o Guia Didático Brincando de Música - Volume 1. Lançamos também um CD do Quarteto Radamés Gnattali com participa- ções especiais de Elba Ramalho, Zeca Pagodinho e outros grandes artistas. Esses são diferentes recursos para atividades de musicalização que têm contribuído com o trabalho de educadores Brasil afora e com a formação dos ouvintes e de músicos do futuro. Conheça mais sobre o programa no site www.brasildetuhu.com.br 2 Este é o segundo volume do nosso Guia Didático, que vai mais fundo em aspectos da música abor- dados na primeira edição. Para que você aprovei- te este material ao máximo, conheça primeiro o Guia I, disponível em nosso site para download gratuito: www.brasildetuhu.com.br/guia-musical/ O conteúdo deste Guia está dividido em capítu- los que apresentam de que forma o Ritmo, a Me- lodia e a Harmonia se articulam na música. Neles, você vai encontrar explicações de cada conceito e também exercícios para a turma experimentá- -los na prática. Além disso, ele traz dicas de como usar materiais do cotidiano para criar instrumen- tos, que podem auxiliar no aprendizado e torná- -lo ainda mais divertido. Ao fim do material, apresentamos o “Mapa do Te- souro”, ideias de como explorar as canções do CD “Brasil de Tuhu Vol. I” (www.brasildetuhu.com. br/cd/) com brincadeiras que desenvolvem a per- cepção musical das crianças. Na página 25, indica- mos adaptações que podem ser feitas nos exer- cícios para que crianças com deficiência também participem. No aplicativo Tuhu Musical (www. brasildetuhu.com.br/tuhu-musical/), há ainda uma série de jogos que complementam o que vo- cê encontrará neste Guia. O convite está feito. Agora é hora de brincar, aprender e descobrir o mundo da música! Vamos começar?
  • 3. Brincando de MúsicaCAPÍTULO 1 BRINCANDO DE RITMO Nossos corpos têm jeitos diferentes: cada pessoa leva um tempo para acordar de manhã, para di- gerir uma refeição ou para correr uma marato- na. Somos mais ágeis para algumas coisas e mais lentos para outras. Mas já pensou se não houves- se um padrão no uso do tempo? Poderíamos le- var horas para sair da cama todo dia ou então querer jantar logo depois do almoço! Criamos hábitos e regras na maneira como o tempo é usado e isso nos ajuda a manter a sinto- nia com as outras pessoas. Na música, essa orga- nização do tempo se chama ritmo e define todo o movimento e a direção dos sons. Vamos desco- brir mais sobre o tempo da música? Em nosso primeiro Guia, falamos que o ritmo é como o coração, que distribui sangue por todo o corpo e faz tudo funcionar de forma conjunta, ao mesmo tempo. Se estamos em perigo, o coração acelera e nossa respiração fica mais rápida. Na hora de dormir, ele vai batendo mais lentamente para que nossos músculos descansem. O coração da música Agora pense em uma orquestra que funciona de forma parecida com o nosso corpo: para a mú- sica ser tocada, é importante que todos os ins- trumentos estejam no mesmo pulso. É isso que chamamos de TEMPO JUSTO, o padrão do tem- po para quem está tocando uma música, não im- porta quantas pessoas forem. Na hora de tocar ou cantar uma música, todos devem sentir esse tempo comum, como o pul- sar de um coração. Nas orquestras, o PULSO é mantido pelo maestro e assim os músicos podem segui-lo, fazendo a música soar em um mesmo ritmo, ainda que sejam usados instrumentos di- ferentes. Chegou a hora de ver como o PULSO influencia o RITMO. Que tal construirmos um reco-reco feito de canetas para entender melhor essa relação? Você pode encontrar as instruções para fazer seu próprio reco-reco no final deste capítulo. 3 1. Seguindo passos Para essa atividade, precisamos de um espaço aberto para nos movimentarmos: pode ser a pró- pria sala de aula com as carteiras afastadas ou então o pátio da escola. Vamos caminhar livre- mente por esse espaço, cada um no seu ritmo. Aos poucos, naturalmente, vamos nos conectan- do com quem está ao nosso lado, com quem vai na frente e atrás de nós, e passamos a seguir o mesmo passo. Sem interromper esse movimen- to, podemos propor novas ações quando o grupo estiver caminhando no mesmo ritmo: • Marcar o tempo da caminhada batendo palmas simultaneamente. É divertido e nos ajuda a reco- Hora de ensaio! nhecer o PULSO na maneira em que estamos ca- minhando; • Além das palmas, podemos usar outras partes do corpo para marcar o PULSO - bater no peito, nas per- nasetc.-,comosefosseminstrumentosdepercussão; • Depois, podemos parar de andar, mas continua- mos marcando o PULSO com as palmas; • Podemos ainda sugerir que alguém do grupo proponha outra forma de seguir o PULSO, usan- do sua criatividade. 2. Passe o pulso adiante Para começar, vamos ouvir a canção “Você Diz que Sabe Tu- do”, do CD “Brasil de Tuhu”, e
  • 4. Brincando de MúsicaCAPÍTULO 1 BRINCANDO DE RITMO 4 aprender o refrão, cantado no final. Em seguida, cada um escolherá um lugar para ficar, de pé, den- tro da sala. Então, definimos a melhor maneira de marcar o pulso do refrão: pode ser com palmas, usando os pés ou cantando. Todos estarão para- dos como estátuas e só poderá se mover quem escolhermos para passar o pulso, “o coração” da música. Faremos isso colocando a mão sobre o ombro de uma das crianças e sugerindo o gesto: “Palmas!”, por exemplo. Quem receber o pulso de- verá reproduzi-lo batendo palmas e estará livre para deslocar-se pela sala e escolher outro colega para passar o pulso, e assim por diante, até que todos possam se mover. Essa brincadeira também pode ser feita com instrumentos, que devem soar como uma pulsação quando forem tocados. 3. Descobrindo o pulso Vamos ouvir algumas músicas com atenção e procurar identificar o “coração batendo” em cada uma delas. Podemos marcar a pulsação através das palmas, por exemplo. Sugerimos duas can- ções do CD “Brasil de Tuhu” para essa brincadei- ra: “Atché!” e “Você Diz que Sabe Tudo”. HORA DE ENSAIO! Já entendemos um pouco sobre o PULSO, o cora- ção da música. Mas lembra que falamos também que o coração bate diferente, de acordo com a si- tuação e as nossas emoções? Em uma música, o PULSO varia para criar partes com mais desta- que do que outras, formando intensidades que transmitem as ideias do compositor. Chegamos assim ao conceito de COMPASSO, que é o que organiza as diferentes pulsações dentro de uma mesma música. Para entender como isso funciona, pense em uma vila, com casas de tama- nhos diferentes: algumas de dois quartos, outras de três, outras de quatro. Agora imagine uma fa- mília de 4 pessoas morando em uma casa de 2 quartos e outra família também de 4 pessoas vi- vendo em uma casa de 4 quartos. Se todos esses moradores têm um coração pulsando, dá para considerar que na casa de 2 quartos o tum-tum- Onde o pulso mora -tum-tum vai ser mais forte do que na casa de 4, certo? Como o espaço é pequeno, os moradores estarão mais juntos e, por isso, seus pulsos soa- rão mais fortes do que na casa maior. Essas casas de 2, 3 ou 4 quartos são os COMPAS- SOS e, lá dentro delas, existem pulsações mais fortes ou mais fracas. Na música, as diferenças no pulso são chamadas de TEMPOS HIERÁRQUI- COS e isso indica a intensidade de cada parte e a cadência com que a música deve ser tocada: 2/4, 3/4 ou 4/4. Um exercício pode ajudar a entender melhor es- sas casas onde moram os pulsos! Vamos lá? 4. Mais forte, mais fraco! As figuras abaixo mostram diferentes tipos de compasso, com a palma indicando o som mais forte. Seguindo cada um dos compassos, vamos bater as mãos e os pés nas pulsações mais fortes Hora de ensaio! e apenas os pés nas pulsações mais fracas. Para ficar mais divertido, vamos aumentando a veloci- dade a cada sequência de compassos. Também podemos usar instrumentos em vez de palmas para marcar a pulsação mais forte.
  • 5. Brincando de MúsicaCAPÍTULO 1 BRINCANDO DE RITMO 5 5. Pulso e compasso de uma vez Vamos fazer uma roda para ouvir e acompanhar na partitura a música “Xô! Passarinho” ou “Pom- binha Rolinha”, do nosso CD. Procure reconhe- cer o “coração” da música e como suas diferen- tes pulsações se agrupam em compassos. Vamos agora reproduzi-las usando nosso corpo como se fosse um instrumento de percussão, a começar pelo professor, que será nosso maestro. Em se- guida, ele vai escolher uma das crianças, que de- verá utilizar outra maneira de marcar o ritmo – usando, por exemplo, a barriga, os pés ou a boca. Ao longo da música, cada criança escolherá um colega, que será um novo maestro ou maestrina comandando a brincadeira. O professor pode retomar a regência e usar, por exemplo, palmas para marcar o primeiro compasso da música e os pés para marcar o compasso seguinte. Deve- -se mudar sempre a maneira de percutir a cada compasso e passar o comando da brincadeira em seguida. O importante nessa brincadeira é perceber que existe uma regularidade nos compassos. Assim como nas vilas, as casas se situam uma ao lado da outra, mas dentro delas existem mais ou me- nos corações batendo. É uma forma divertida de explorar a criatividade das crianças e também o seu sentido de PULSO e COMPASSO. HORA DE ENSAIO! Pronto! Já somos capazes de reconhecer PULSOS e COMPASSOS. Será então que podemos perce- ber o ritmo de tudo o que nos cerca? Se usarmos as sílabas do nosso nome, podemos aprender a desenhar as figuras rítmicas que or- ganizam o pulso de uma melodia. Vamos tentar? Imagine um nome com uma única sílaba, como Téo. Numa partitura, esse nome seria represen- tado por uma SEMÍNIMA, que indica um só pul- so. Mas se o seu nome tiver duas sílabas, como Car-la ou Pe-dro, a sua figura já vai ser outra: du- as COLCHEIAS. Agora, se o seu nome é grande e tem quatro sílabas, como I-sa-be-la ou A-le-xan- Os nomes dos pulsos -dre, você seria representado por quatro SEMI- COLCHEIAS. É assim que representamos as notas rítmicas e cada uma dessas figuras pode ser divi- dida em duas novas, como no desenho a seguir. Agora vamos supor que seu nome tenha só uma sílaba, como Rui ou Mel. Sua figura, como já vi- mos, seria a SEMÍNIMA. Mas se você quiser que ele dure mais do que apenas um pulso, tudo bem! Nós podemos estender o som e fazer com que ele soe com duas pulsações (MÍNIMA) ou quatro (SEMIBREVE). Quando a música interca- la sons curtos e longos, ela fica cheia de ritmo e muito mais rica! SEMÍNIMA MÍNIMA SEMIBREVE COLCHEIA SEMICOLCHEIA
  • 6. Brincando de MúsicaCAPÍTULO 1 BRINCANDO DE RITMO 6 6. Tricotando nomes Que tal agora cantarmos nosso nome seguindo o ritmo? O professor pode começar marcando o pulso com palmas ou usando o corpo como per- cussão. Em cima desse pulso, ele canta seu nome várias vezes, fazendo com que a turma perceba o ritmo. As crianças podem cantar junto e assim vão entrando na brincadeira. Então, ao nome do professor, vamos acrescentando os nomes dos alunos, um de cada vez, voltando sempre ao iní- cio quando mais um nome entra na roda e man- tendo a mesma pulsação. Além dos elementos musicais, esse jogo trabalha a memória e a concentração, reforçando a per- cepção do pulso e as figuras rítmicas presentes nos nomes das crianças: SEMÍNIMA, COLCHEIA, SEMICOLCHEIA, MÍNIMA e SEMIBREVE. Essa brincadeira também pode ser usada para a me- lodia, cantando-se os nomes, seguindo a melodia inicialmente marcada pelo professor. 7. Encontrando o ritmo nas imagens Para essa atividade, serão necessários cartões com palavras monossilábicas, dissilábicas e as- sim por diante, acompanhadas de suas imagens, como no exemplo da página seguinte. Você sabia que nessas palavras se escondem fi- guras musicais? Sim, tem música e ritmo onde vo- cê menos imagina! Agora vamos dizer cada uma dessas palavras, batendo palmas (ou percutindo sobre o corpo ou com um instrumento) ao mesmo tempo, sempre sentindo a pulsação. Hora de ensaio! 8. Lendo os ritmos Aproveite as figuras usadas no exercício anterior e monte sequências rítmicas, cantando o nome das figuras junto com as crianças, marcando o rit- mo com palmas ou alguma outra forma de per- cussão. 9. Tudo junto e misturado Vamos dividir a turma em 3 grupos para traba- lhar os 3 conceitos que aprendemos neste capí- tulo: PULSO, COMPASSO e FIGURAS RÍTMICAS. O primeiro grupo fará só a pulsação, o segundo tocará apenas no tempo forte do compasso e o terceiro grupo fará a leitura rítmica a partir dos desenhos escolhidos. As crianças podem desenhar suas próprias sequên- cias rítmicas, colocar cores diferentes nelas ou recortar imagens para montá-las usando revistas recicladas, para depois cantá-las e tocá-las com algum instrumento. Quando a turma já tiver facilidade para reconhe- cer e cantar de forma rítmica as sílabas dos no- mes das figuras, podemos retirar os desenhos e substituí-los por figuras de semínimas, colcheias e semicolcheias.
  • 8. Brincando de Música PA TO GA TO PEI XE UR SO HORA DE ENSAIO! – Nº 7
  • 9. Brincando de Música MÚ SI CA PÁS SA RO LÂM PA DA HORA DE ENSAIO! – Nº 7
  • 10. Brincando de Música BOR BO LE TA CHO CO LA TE CA VA LI NHO HORA DE ENSAIO! – Nº 7
  • 11. Brincando de MúsicaCAPÍTULO 1 BRINCANDO DE RITMO Para poder brincar de ritmo de um jeito ainda mais divertido, vamos montar um reco-reco? Podemos fabricar esse instrumento usando canetas colo- ridas que estejam sem tinta e já não funcionem mais. Cole uma fileira dessas canetas em uma pe- quena tábua de madeira ou em um pedaço de eu- Faça você mesmo! 7 Vimos neste capítulo uma porção de ideias sobre ritmo. Ao final, esperamos que quem participou das atividades possa: • Perceber a pulsação de uma música e reconhecer quando está dentro ou fora do pulso. • Compreender como as pulsações se agrupam em compassos. • Entender que, dentro de um compasso, as pulsações podem ser fortes ou fracas. • Identificar os nomes das figuras rítmicas, sabendo que cada uma delas pode se dividir em duas, formando figuras cada vez mais curtas. • Praticar a leitura do ritmo na partitura, reconhecendo os desenhos das figuras que o representam. O que aprendemos? catex, que é um material leve e pode ser recorta- do em qualquer formato. Lembre de deixar uma pequena parte da base sem canetas coladas, para poder segurar bem o instrumento. Uma das cane- tas pode ser usada como baqueta para tocar o re- co-reco. Sinta só o som forte que ele tem!
  • 12. Brincando de MúsicaCAPÍTULO 2 BRINCANDO DE MELODIA Quando abrimos um livro, vemos uma porção de letras que, combinadas, formam palavras e senti- dos diferentes. As palavras “amor” e “Roma”, por exemplo, são compostas pelas mesmas letras, mas nos levam a pensar em um sentimento ou em uma cidade. As notas musicais que aparecem em uma partitu- ra representam sons que também se combinam para criar ideias e histórias, chamadas de melo- dia. Mas o sentido de uma melodia não depen- de apenas de como agrupamos as notas no pa- pel: toda história musical é contada também por meio de alturas, timbres, durações e intensida- des que fazem com que cada som cumpra um pa- pel especial. Vamos conhecer um pouco mais so- bre isso neste capítulo. No nosso primeiro Guia, falamos da ALTURA dos sons, como se eles estivessem dentro de uma ca- sa muito grande e subissem e descessem por um elevador. Vimos que os sons, às vezes, são baixos e graves e, noutras vezes, ficam muito altos, como se estivessem lá perto do teto. Você se lembra? Um jeito diferente de contar histórias Vamos agora tocar a campainha dessa casa pa- ra olhar mais de perto esses sons: como será que eles andam? Como se vestem? Que vozes têm? Como se combinam? Na composição de uma música, algumas notas podem soar curtas como o apito de um trem e outras podem ser longas, como o mugido de uma vaca! O tempo que uma nota leva para ser toca- da, de acordo com o que está indicado na parti- tura, recebe o nome de DURAÇÃO. Os instrumentos que produzem os sons pos- suem outra característica importante. Assim co- mo nós, eles têm uma voz própria, que faz com que sejam diferentes entre si. É como quando ou- vimos alguém chamar nosso nome lá longe e não podemos ver quem é, mas sabemos que é nos- sa mãe, um amigo da escola, um vizinho. A voz faz com que cada pessoa seja reconhecida entre as outras. Na música, chamamos essa qualidade dos instrumentos de TIMBRE. 8
  • 13. Brincando de MúsicaCAPÍTULO 2 BRINCANDO DE MELODIA 9 Pense agora em como você fala quando está con- tando um segredo ou jogando bola com seus amigos. O volume da sua voz é o mesmo? Parece que não, certo? Ao contar um segredo, nossas pa- lavras soam muito suaves. Já quando vamos pas- sar a bola, chamamos a quem vai recebê-la com uma voz bem forte. Em uma partitura musical, além da altura de ca- da nota e do tempo que vai durar, reconhecemos também se será tocada ou cantada com uma so- noridade forte (f=forte) ou suave (p=piano=sua- ve). Essa diferença na forma de produzir o som se chama INTENSIDADE e a combinação de inten- sidades distintas ganha o nome de DINÂMICA. Ao criar uma melodia, o compositor pode querer que o som comece suave e vá se tornando mais forte. Ou, ao contrário, que um som forte vá di- minuindo sua intensidade, até quase sumir. Para isso ficar claro para quem está tocando a música, a mudança deve ser indicada nas linhas da parti- tura, dessa forma: Veja só quantas características aprendemos e co- mo elas influenciam a música! Vamos, por exem- plo, pensar na nota “Fá”. Ela sempre será um “Fá”, mas pode soar longa como uma semibreve ou curta como uma semicolcheia . Essa é uma dife- rença de DURAÇÃO. O mesmo “Fá” soa de um jei- to próprio se for interpretado por uma flauta, um trombone ou pelo canto de uma criança. Ou seja, o som depende também do TIMBRE de uma voz ou de um instrumento. Mas nosso “Fá” pode ain- da ser tocado com uma sonoridade forte (f) ou suave (p) e aí já estamos falando de outra coisa: INTENSIDADE. Que tal reunirmos o que vimos aqui com os as- pectos do ritmo que aprendemos no primeiro ca- pítulo? Vamos reconhecer todas essas caracte- rísticas em uma partitura musical? Combinando essas qualidades dos sons, vamos poder brincar e até criar nossas próprias melodias. Para prati- car o que aprendemos, podemos montar nossa harmônica, um instrumento simples, mas com um som bem bonito! Veja no fim do capítulo as instruções para fazer a sua. PIANISSISSIMO PIANISSIMO PIANO MEZZOPIANO MEZZOFORTE FORTE FORTISSIMO FORTISSISSIMO SFORZANDO CRESCENDO DIMINUENDO ESTA MARCA, COLOCADA ABAIXO DE UMA NOTA NA PARTITURA, DENOTA UM AUMENTO SÚBITO DE INTENSIDA- DE AO LONGO DE UMA ÚNICA NOTA. UM CRESCIMENTO GRADUAL DO VOLUME. ESSA MAR- CA PODE SER ESTENDIDA AO LONGO DE MUITAS NOTAS, SOB A PAUTA PARA INDICAR QUE O VOLUME CRESCE GRADUALMENTE AO LONGO DA FRASE MUSICAL. UMA DIMINUIÇÃO GRADUAL DO VOLUME. ESSA MARCA, COLOCADA SOB A PAUTA, PODE SER ESTENDIDA POR VÁRIAS NOTAS COMO O CRESCENDO.
  • 14. Brincando de MúsicaCAPÍTULO 2 BRINCANDO DE MELODIA 10 1. Roda de vozes Vamos reconhecer os diferentes TIMBRES da tur- ma? Sentados no chão, fazemos uma roda, fican- do de costas uns para os outros. No centro da roda, o professor vai sugerir uma frase engraça- da, como: “Tenho um elefante azul na cabeça!”. Ele vai tocar na cabeça de um dos alunos, que te- rá que dizer a mesma frase com a voz bem forte. Em seguida, o professor vai tocar na cabeça do aluno ou aluna que terá que advinhar quem fa- lou a frase. Se ele não acertar, o professor vai es- colher outra pessoa da roda, até que se descubra de quem é a voz que todos escutaram. 2. Reconhecendo os sons Com os alunos formando uma roda no chão ou sen- tados em suas carteiras, vamos reconhecer os re- gistros gráficos dos sons e brincar com sua intensi- dade. Os desenhos podem ser impressos, copiados ou recortados do Guia. Os professores podem tam- bém desenhar outros sons, identificá-los e cantá- -los com as crianças. Use uma baqueta para indicar a direção da linha da partitura e explorar as diferentes velocidades mar- Hora de ensaio! cadas. Vale ainda utilizar uma folha em branco para introduzir a noção de silêncio. 3. Música que abre e fecha Nesta atividade, nós vamos cantar. Podemos es- colher uma música conhecida pela turma, algu- ma que seja cantada na escola ou ainda usar uma faixa do CD “Brasil de Tuhu”. Para construir o ce- nário da brincadeira, vamos marcar grandes sím- bolos de crescendo no chão e, para isso, pode- mos usar fitas, fita crepe, cordas ou paus. Faremos dois pares de linhas paralelas, um em frente ao outro. No primeiro par, vamos aproxi- mar os extremos das linhas onde elas se iniciam e no segundo par aproximamos seus extremos onde elas terminam. Assim teremos a representação gráfica de dois grandes sinais de crescendo e diminuendo, abrin- do e fechando. Na brincadeira, convidamos as crianças a cantarem a música escolhida enquan- to caminham desde o extremo esquerdo do sinal de crescendo que abre até o final do percurso, quando o segundo sinal fecha.
  • 15. Brincando de Música HORA DE ENSAIO! CAPÍTULO 2 BRINCANDO DE MELODIA 11 Elas devem começar com uma voz bem suave, que se tornará mais forte na “barriga do sinal” e depois irá baixando, até terminar tão suave como começou. Esse jogo pode ser muito divertido se o professor mostrar sua própria voz, brincando, por exemplo, de ficar um tempo no centro dos si- nais, cantando forte. Ao terminar o jogo, pode- mos mostrar às crianças que os sons localizados nas pontas dos reguladores são “p” (suave) e os que se produzem no meio deles são “f” (forte), le- tras que indicam a INTENSIDADE na música. 4. Criação sonora Vamos entregar folhas em branco e hidrocores para cada aluno e pedir que desenhem uma re- presentação gráfica de como imaginam um ou mais sons. O professor deve participar desse jo- go mostrando primeiramente sua própria criação sonora. Depois que todas as crianças tiverem ter- minado seus desenhos, cada um mostrará o seu e fará soar o que desenhou com a própria voz. Veja até onde vai a criatividade da turma! 5. Que som é esse? É hora de treinar mais nossa escuta e concentração. Para essa atividade, é preciso sele- cionar sons variados, que se- rão apresentados aos alunos: sons da natureza, da cidade, dos meios de transporte ou ainda de vozes ou instrumen- tos. Os sons devem ser reproduzidos durante a brin- cadeira, com o auxílio de um gravador ou do te- lefone celular, por exemplo. As crianças devem ficar de olhos fechados e procurar reconhecer ca- da som que for tocado. O exercício ficará mais di- vertido se imagens que representam os sons fo- rem embaralhadas entre os alunos para que as associem com o que ouvem. Podemos ainda pe- dir que eles falem sobre as qualidades de cada som, se são graves ou agudos, fortes ou suaves, etc. 6. Criando nossa própria melodia Que tal escutarmos com a turma uma música do CD “Brasil de Tuhu”? Sugerimos a bela melo- dia “Nesta Rua”. Depois de reproduzir a música, pedimos que as crianças comentem as impres- sões que tiverem sobre a canção. Para estimular a conversa, podemos fazer perguntas como: do que fala esta música? Quais são os instrumentos que a tocam? Como você se sente quando a escu- ta? Como é a rua onde cada um mora? Vocês gos- tariam de desenhá-la enquanto escutam a músi- ca mais uma vez? Depois de ouvir os comentários, podemos expli- car às crianças que as melodias são também for- mas de contar histórias. Convide cada uma a es- colher um assunto sobre o qual gostaria de falar e compor uma melodia para compartilhar com os demais. Os alunos também podem se dividir em grupos para fazer a composição. Alguns passos podem ajudar: • Desenhar pautas variadas, para que as crianças coloquem o nome de cada nota de acordo com a clave apresentada. • Fazer desenhos básicos de composição utilizan- do os conceitos abordados neste capítulo (altu- ra, duração, intensidade), permitindo que a tur- ma pratique a escrita musical no pentagrama.
  • 16. Brincando de MúsicaHORA DE ENSAIO! – Nº 2
  • 17. Brincando de Música SOL DÓ RÉ SI HORA DE ENSAIO! – Nº 2 HORA DE ENSAIO! – Nº 5 HORA DE ENSAIO! – Nº 3
  • 18. Brincando de MúsicaCAPÍTULO 2 BRINCANDO DE MELODIA 12 Ao final deste capítulo, esperamos que os alunos tenham se familiarizado com alguns aspectos da mú- sica, como: • Qualidades dos sons, como timbre, duração, intensidade, altura e dinâmica. • Leitura musical nas 3 diferentes claves, reconhecendo qual nota sugere cada clave (Sol, Fá e Dó). • Noções básicas de composição musical, a partir dos conceitos comentados acima. • Representação gráfica dos sons, percebendo suas qualidades indicadas na partitura. O que aprendemos? Vamos criar um instrumento de sopro para tocar nossa própria melodia? Você vai precisar de 2 pa- litos largos de picolé, 2 elásticos (desses amare- los que usamos em escritório), uma tripa de pa- pel do tamanho do palito de picolé e, cortados nessa mesma medida, 2 palitos de dente. Primei- ro, faça um sanduíche colocando a tripa de papel entre os dois palitos de picolé. Enrole os elásticos Faça você mesmo! nas duas extremidades, com os palitos de dente alojados um de cada lado. Tenha certeza de que um dos palitos vai prender o lado de cima do pa- pel e o outro vai prender o lado de baixo. Pron- to! Agora é só soprar e aspirar, imitando a forma de se tocar uma harmônica de verdade e se deli- ciar com os sons incríveis que podem soar a par- tir desse instrumento de brinquedo. Aproveite!
  • 19. Brincando de MúsicaCAPÍTULO 3 BRINCANDO DE HARMONIA Quando assistimos a um filme ou lemos um livro, há sempre uma trama que acontece em paralelo à história principal. Já reparou? Às vezes, são con- tados detalhes sobre um personagem que nem parece ser tão importante, mas que, aos poucos, vamos descobrindo que tem tudo a ver com o que vai acontecer na trama. Na música também é assim. A melodia é o perso- nagem central, mas outros sons fazem parte do enredo. Eles são responsáveis por tornar a his- tória mais completa, despertando em nós dife- rentes ideias e sensações. A maneira como esses sons são encadeados na música ganha o nome de harmonia e é sobre ela que vamos aprender mais neste capítulo. Já vimos que a melodia é uma forma de contar histórias por meio de sons que sobem e descem e que têm diferentes durações. Também vimos que a forma como o som é produzido depende do timbre do instrumento que o toca ou da voz que o canta. No nosso primeiro Guia, falamos da harmonia como uma forma de organizar essa ba- gunça dos sons: é ela que coloca ordem na va- riedade de alturas, durações e timbres, fazendo com que cada música tenha uma cara própria. Vamos ver melhor como isso funciona? A gente costuma pensar em “intervalo” como um espaço de tempo, mas, na música, esse nome re- Muitas histórias dentro de uma só presenta outra coisa: INTERVALO é a distância en- tre uma nota e outra. Toda música possui uma sé- rie de intervalos, sendo que alguns são maiores e outros menores. Por exemplo: entre o “Dó” e o “Mi” existe um intervalo de 3 notas (ou de 3ª); já entre o “Dó” e o “Si” o intervalo é de 7 notas (ou de 7ª). Quando uma música está sendo tocada ou canta- da, há conjuntos de notas que ouvimos ao mes- mo tempo. Esse é o elemento mais importante da harmonia, e se chama ACORDE. Os acordes são grupos de 3 ou mais notas que chegam até nós como se fossem um único som. Mas, na ver- dade, esse som é definido pelos INTERVALOS en- tre as diferentes notas que o compõem. Os acordes são a base da música, como um “chão” que permite que ela seja alegre e animada ou nostálgica e triste. Pode até parecer compli- cado, mas, praticando, vamos ver que é simples! Chegou a hora de perceber como a harmonia dá forma à música e como ela se relaciona com os outros aspectos que já conhecemos. Mãos à obra? No fim do capítulo, você encontra dicas so- bre como montar um ukulele para deixar a brin- cadeira ainda mais divertida! 13 DÓ RE 3ª 7ª MI FÁ LÁ SI DÓ SOL 1. Base da música Para praticar a escuta, vamos abrir o jogo Concerto (vagão 2) do aplicativo Tuhu Musical . Preste aten- ção na música de fundo, que serve de base para que cada um escolha o instrumento que vai tocar. Esse fundo musical é a harmonia, enquanto o que se constrói em cima desse “chão” é a melodia. Hora de ensaio!
  • 20. Brincando de MúsicaCAPÍTULO 3 BRINCANDO DE HARMONIA 14 HORA DE ENSAIO! O jogo Ensaio (vagão 1) do aplicativo também é uma boa forma de entender a harmonia: veja co- mo ela soa no início da música e observe que a melodia vai sendo definida pelas estrelinhas que caem sobre o teclado. 2. Salto entre notas Vamos construir uma escala musical usando co- mo referência o desenho do nosso primeiro Guia (página 16): podemos, por exemplo, fazer uma pauta gigante no chão com cordas, fitas ou cabos de vassoura. Assim, as notas serão marcadas co- mo “rastros” nessa pauta. Vamos usar a nota “Dó” como ponto de partida e começar a cantar para “visitar” as notas vizi- nhas. O percurso de uma nota a outra pode ser feito com movimentos corporais de baixo para ci- ma ou com as mãos. Após completar o percurso de baixo para cima e depois de cima para baixo, vamos brincar agora passeando a partir da nota “Dó” até a 3ª nota (“Mi”) e voltando, sempre can- tando. Faremos o mesmo saltando então para a 5ª nota (“Sol”) e, finalmente, tentando fazer o sal- to maior até a vizinha mais longe, o “Dó” agudo, a 8ª nota. Esses saltos estimulam a compreensão dos in- tervalos de 3ª maior, 5ª justa e 8ª. A brincadei- ra pode ficar mais divertida com a ajuda de um instrumento tocando as notas entre as quais as crianças devem saltar. 3. Jogo do acorde Vamos brincar de formar acordes ao reunir equi- pes de três crianças, que farão o papel de notas musicais! O jogo pode acontecer sobre a pauta gigante, no chão. Teremos as crianças “Dó”, as crianças “Mi” e as crianças “Sol” e as ajudaremos TUHU MUSICAL ESTÁ DISPONÍVEL GRATUITAMENTE NOS SISTEMAS ANDROID E IOS
  • 21. Brincando de MúsicaCAPÍTULO 3 BRINCANDO DE HARMONIA 15 HORA DE ENSAIO! a cantar cada nota na hora certa. Vamos cha- mando por equipes, sempre cantando, primeiro o “Dó”, depois o “Mi”, em seguida o “Sol”, para que cada um se posicione na pauta. Depois que en- contrarem seu local um em relação ao outro, pe- diremos que cantem suas notas simultaneamen- te para fazer ‘aparecer’ o acorde com suas vozes. 4. Torre dos sons Para essa atividade, precisaremos de quadradinhos de papel (cartolina, por exemplo) ou EVA de 3 di- ferentes cores, identificando cada uma delas com uma nota: “Dó”, “Mi”, “Sol” ou “Dó da 8ª acima” (“Dó” e sua oitava acima devem ser da mesma cor e mar- camos uma flecha no segundo para diferenciar o tom agudo). Com os papéis, podemos brincar de montar uma torre de sons à medida em que os ouvimos na au- la, cantados ou tocados por um instrumento. O pro- fessordeve,primeiro, mostrar comofazer enquanto canta os sons e os localiza na mesa ou no chão, dei- xando vazios os espaços entre cada nota. Por exem- plo: entre o “Dó” e o “Mi”, será deixado um espaço, que deveria ser ocupado pelo “Ré”; entre o “Mi” e o “Sol”, o espaço correspondente seria o do “Fá”; já entre “Sol” e o “Dó agudo”, o espaço é o restante das notas, sendo, portanto, um intervalo maior. Es- sa brincadeira ajuda a estabelecer uma relação vi- sual e espacial com o som dos intervalos. 5. Sensações Musicais Escute com as crianças as músicas “Nesta Rua” e “Que Lindos Olhos!”, faixas do nosso CD. Comen- tem em grupo o que imaginaram com cada uma dessas músicas e auxiliem as crianças quando descreverem as sensações que experimentaram com as diferentes harmonias. Qual das duas mú- sicas parece mais feliz? Qual a mais nostálgica? Pode-se ainda pedir aos alunos que façam um de- senho que represente cada música que ouviram. 6. Em busca da harmonia Se o professor souber tocar um instrumento har- mônico - como violão ou teclado -, podemos fa- cilmente perceber a harmonia. Cante uma melo- dia que seja bem conhecida por todas as crianças da turma e pergunte se alguém cantou ou escu- tou algo diferente do que está acostumado nessa música. Em seguida, peça para elas cantarem de novo a mesma melodia e faça um acompanha- mento harmônico simples. Converse sobre a sen- sação que tiveram ao escutar a melodia agora, acompanhada pela harmonia. O exercício pode ser complementado em outra sessão, com uma variação da tonalidade de menor a maior ou vice- -versa, trocando e experimentando com os alu- nos comentários sobre as sensações na escuta. SOLMIDÓ DÓ
  • 22. Brincando de MúsicaCAPÍTULO 3 BRINCANDO DE HARMONIA 16 Depois de percorrer esse conteúdo e as atividades propostas, esperamos que as crianças possam reco- nhecer: • A diferença entre melodia e harmonia. • O significado de intervalos e acordes. • Pequenos arranjos harmônicos, utilizando poucas notas. • Tonalidades maiores e menores, mesmo sem o aprofundamento desses conceitos. O que aprendemos? Praticar as tramas paralelas da música fica mui- to mais fácil quando temos um instrumento har- mônico nas mãos. Vamos então dar algumas dicas para você criar um ukulele e poder se aventurar nesse mundo de sons! Precisaremos de uma caixa e rolos de papelão, além de elásticos e tachinhas. Primeiro, faça um orifício redondo no centro da caixa, criando uma caixa acústica. Coloque as ta- chinhas dos dois lados da caixa para prender os elásticos, que funcionarão como as cordas do uku- lele. Você pode usar um rolinho de papelão como Faça você mesmo! cavalete para o instrumento, ou seja, aquela pe- ça onde ficam presas as cordas; para isso, faça pe- quenas fissuras por onde elas passarão. Para faci- litar o uso do ukulele, improvise um braço para o instrumento com um rolo de papelão mais gros- so (desses que vêm no papel alumínio ou no filme plástico para cozinha). Complete a brincadeira pintando seu ukulele ou personalizando com papéis coloridos. Cada um pode criar sua própria arte e fazer o instrumento de tamanhos e jeitos diferentes!
  • 23. Brincando de MúsicaCAPÍTULO 4 MAPA DO TESOURO 17 Nessa longa aventura pelo mundo do Ritmo, da Melodia e da Harmonia, nosso maior tesouro é po- der ouvir e praticar a música. Para levar essa mis- são cada vez mais longe, apresentamos aqui algu- mas ideias que fazem do CD “Brasil de Tuhu Vol. 1” um mapa e tanto! Com participações de grandes artistas da nossa música, o CD com o Quarteto Ra- damés Gnattali traz melodias alegres e ritmos bra- sileiros que nos convidam a dançar e perceber a diversidade dos sons. Chefes da equipe nessa aventura, os professores podem descobrir nas canções recursos que servi- rão como uma bússola para cada atividade. Mas, para isso, é preciso se abrir para a música com ou- vidos e imaginação de criança! Há faixas no CD que são perfeitas para trabalhar o ritmo e também aquelas que podem ilustrar co- mo a harmonia enriquece a melodia. Podemos até usar a letra de uma canção para criar um desenho ou uma história. Algumas músicas sugerem movi- mentos corporais, com contraste de matizes e ve- locidades, e outras ajudam a afinar a percepção do ouvido a partir da identificação dos instrumen- tos que estão tocando. Indicamos aqui alguns dos conteúdos musicais que podem ser explorados com as músicas do CD, mas sua imaginação é o limite! Vamos lá? QUE LINDOS OLHOS! É uma música tranquila e sua audição pode vir acompanhada de brincadeiras com texturas, te- cidos ou lenços cobrindo e descobrindo os olhos dos alunos, em uma atividade contemplativa. En- quanto ouvem a música, as crianças, divididas em duplas, podem olhar fixamente nos olhos umas das outras. O professor então dá um sinal sonoro com um instrumento e elas mudam o seu foco pa- ra outro colega. Quando terminar a atividade, po- demos sugerir que elas desenhem seus olhos ou os olhos de algum de seus amigos. ATCHÉ! No capítulo do Ritmo, indicamos essa música pa- ra trabalhar a percepção do conceito de pulso. Po- de ser interessante também escutá-la junto com a turma e incentivar as crianças a falarem sobre as características da música: ela é triste ou alegre? É assutadora? Conta uma história? Que história é essa? Podemos ainda cantá-la juntos, procurando descobrir e reproduzir o seu pulso com o corpo. SÔDADE Podemos usar esta música para apresentar para as crianças a sonoridade do saxofone e aproveitar para falar um pouco mais sobre a família dos ins- trumentos de sopros e metais. Também é uma op- ção interessante para mostrar uma outra caracte- rística que trabalhamos neste Guia: o timbre. VOCÊ DIZ QUE SABE TUDO Outra boa pedida para brincar e trabalhar o con- ceito do pulso. Podemos andar pela sala marcan- do as pulsações, percutir com palmas ou com o corpo ou ainda marcar o pulso com instrumentos. Podemos também “cantar” a letra só com gestos, usando sinais e movimentos corporais. Mapa do tesouro
  • 24. Brincando de MúsicaCAPÍTULO 4 MAPA DO TESOURO 18 SENHORA DONA SANCHA Brincando com os movimentos dessa música, é possível perceber variações de velocidade. Tam- bém podemos usá-la para entender a diferença entre melodia e harmonia, dividindo a turma em grupos que representem cada uma delas com mo- vimentos do corpo. SONHO DE UMA CRIANÇA É uma música interessante para abordar as mu- danças de velocidade e energia. Podemos fazer uma brincadeira pedindo que as crianças imagi- nem que estamos flutuando no ar. Na parte mais lenta da música, é como se estivéssemos num so- nho… só acordamos quando percebemos que a velocidade da música muda! Vamos deixar que as crianças inventem suas próprias histórias com a canção. SENHORA VIÚVA Esta música ajuda a fixar o que aprendemos nos capítulos 2 e 3 deste Guia. Podemos cantar sua le- tra juntos, para que as crianças possam entender melhor o papel da melodia e o da harmonia. Dizei senhora viúva Com quem quereis vos casar Ou é com o filho do conde, ou é com o seu general Não é com nenhum desses homens Que eles não são para mim Eu sou uma pobre viúva, triste, coitada de mim Ai de mim! Ai de mim! Morreu meu marido no meio das flores Acabou-se a alegria Acabaram-se os amores Coberta de luto, de luto fechado Semanas inteiras eu tenho chorado O CASTELO Podemos conversar ou desenhar sobre a história desta canção. Ela é ótima para apresentar a sono- ridade do acordeon e falar mais sobre este instru- mento e seu uso na música regional brasileira, so- bretudo a Nordestina. XÔ! PASSSARINHO Esta é um convite para dançar! Vamos tirar o pé do chão? Podemos também criar uma história ou uma letra para ela! A música apresenta dois am- bientes bem diferentes, um tranquilo e outro mais malicioso. Podemos fazer algumas perguntas su- gestivas como “essa música soa sempre igual?” ou “no que ela faz você pensar?”. A CANTIGA Nesta música, ritmo e harmonia brincam com uma melodia simples. Podemos separar a turma em três grupos e pedir que cada um deles identi- fique um desses conceitos. Incentive os alunos a comentarem sobre os trechos que mais gostam e dizerem o porquê. Quais são os instrumentos que contam essa melodia? Que instrumentos têm um papel mais coadjuvante nessa história? POMBINHA ROLINHA Essa é uma excelente pedida para brincar de mo- vimento, com gestos, e tocar instrumentos, en- quanto os passamos de um para outro. NESTA RUA Mais uma música ideal para distinguir os concei- tos de melodia e harmonia. Peça às crianças pa- ra falarem sobre as sensações que têm quando a escutam. Aproveite a letra para deixar que falem sobre onde vivem, sobre sua rua, e as incentive a desenhá-la. Com as crianças pequenas, podemos desenhar uma pauta gigante no chão com cordas coloridas, estabelecendo as “ruas” (espaços) para elas passearem, estimulando sua compreensão das linhas e dos espaços da pauta. http://brasildetuhu.com.br/downloads/ O DISCO ESTÁ À VENDA NA DISCOLE MÚSICA PELO VALOR SIMBÓLICO DE R$10. VOCÊ TAMBÉM PODE FAZER O DOWNLOAD DAS FAIXAS AQUI
  • 25. Brincando de MúsicaCAPÍTULO 5 SOBRE INCLUSÃO 19 As atividades deste Guia nos fazem aprender música brincando. Mas não é muito melhor quando todo mundo pode participar da brin- cadeira? Propomos a seguir algumas adapta- ções nos exercícios para que todas as crian- ças, inclusive as que têm alguma deficiência, Fica mais legal com todo mundo junto! PARA INCLUIR CRIANÇAS COM DIFICULDADES MOTORAS, VOCÊ PODE: • Realizar a atividade de forma que elas vivenciem o movimento livremente, lembrando que sua percepção do espaço é diferente da de outras crianças. Busque incentivar isso nos exercícios: 2 do capítulo “Brincando de Ritmo”; 1, 4, 5 e 6 do capítulo “Brincando de Melodia”; e 2 e 3 do capítulo “Brincando de Harmonia”. • Retirar possíveis obstáculos que possam dificultar o deslocamento pela sala de aula e substituir objetos em relevo por marcações no chão, feitas em adesivo ou giz. Essas são PARA ENVOLVER CRIANÇAS COM DIFICULDADES SENSORIAIS – VISUAL OU AUDITIVA – NAS ATIVIDADES, EXPERIMENTE ADEQUAÇÕES COMO: • Na hora de apresentar as atividades, além da explicação falada, utilize cartazes coloridos, exemplificando as ações ou partes do corpo com desenhos. Essa adaptação pode ser feita nos exercícios: 1, 2, 5, 6 e 7 do capítulo “Brincando de Ritmo”; 2, 3 e 6 do capítulo “Brincando de Melodia”; e 1, 2 e 3 do capítulo “Brincando de Harmonia”. • Proponha atividades que possibilitem deslocamento físico, pois aprimoram a possam se aventurar pelo mundo da música. Além de uma diversão, a música é também uma forma de desenvolver habilidades e per- ceber que cada um de nós tem um jeito espe- cial de aprender. Convide as crianças a desco- brirem isso juntas! percepção do espaço e ajudam quem tem alguma deficiência visual. Imagens em relevo também são úteis, já que permitem a leitura por meio do tato. Sugerimos experimentar isso nos exercícios: 1, 2, 3, 4 e 5 do capítulo “Brincando de Melodia”; e 4 e 6 do capítulo “Brincando de Harmonia”. • Incentive que os alunos ajudem uns aos outros para que possam conhecer mais da música juntos. Algumas atividades são ótimos estímulos para essa experiência, como os exercícios: 2, 5, 6 e 7 do capítulo “Brincando de Ritmo”; 1 e 6 do capítulo “Brincando de Melodia”; e 3 e 6 do capítulo “Brincando de Harmonia”. adaptações para os exercícios: 1, 2, 3 e 6 do capítulo “Brincando de Melodia”; e 2 e 3 do capítulo “Brincando de Harmonia”. • Utilizar imagens de objetos, de instrumentos musicais e até de sensações para ilustrar as atividades e facilitar a assimilação dos conceitos, como nos exercícios: 3 e 4 do capítulo “Brincando de Ritmo”; 3 e 4 do capítulo “Brincando de Melodia”; e 1, 2, 5 e 6 do capítulo “Brincando de Harmonia”.
  • 26. Brincando de MúsicaCAPÍTULO 5 SOBRE INCLUSÃO 20 PARA QUE AS CRIANÇAS COM DIFICULDADE INTELECTUAL TAMBÉM PARTICIPEM: • Aumente o estímulo visual com cartazes, desenhos e material de tamanho maior do que o de costume nos exercícios: 1 do capítulo “Brincando de Ritmo”; 3 e 4 do capítulo “Brincando de Melodia”; e 5 e 6 do capítulo “Brincando de Harmonia”. • Repita atividades já realizadas, especialmente as que se valem de silêncios, sons suaves e movimentos mais lentos. São formas de observar e respeitar o tempo individual de cada um, como nos exercícios: 2, 3 e 6 do capítulo “Brincando de Melodia”; e 5 do capítulo “Brincando de Harmonia”. • Incentive a criança a descobrir a musicalidade de seu próprio corpo. Bons exercícios para isso são: 1 e 3 do capítulo “Brincando de Ritmo”; 4 e 5 do capítulo “Brincando de Melodia”; e 5 e 6 do capítulo “Brincando de Harmonia”.
  • 27. Brincando de MúsicaFICHA TÉCNICA POR TRÁS DE TUDO 21 BALUARTE CULTURA Direção de Relacionamento Fabiana Costa Direção de Criação e Planejamento Paula Brandão Direção de Produção Paula Sued Gestão de Produção Mariana Rodrigues Coordenação de Produção Executiva Lívia Simas Coordenação de Produção Administrativa Jéssica Araújo Coordenação Pedagógica Carla Rincón MINISTÉRIO DA CULTURA E GOVERNO FEDERAL WILSON SONS FINEP Redator Leandro de Paula Revisora Márcia Kevorkian Ilustração Diogo Torres Projeto Gráfico Quadratta Projetos Gráficos Baluarte Cultura Carla Rincón Josiane Kevorkian Realização Mantenedor Copatrocínio Idealização