Este documento apresenta um resumo de conteúdos sugeridos para educação musical no 7o ano do ensino fundamental, incluindo técnicas de canto, flauta doce e instrumentos, além de repertório, elementos da música, notação, história e atividades. Os tópicos a serem abordados são: som e parâmetros musicais, notação, história da música barroca, danças brasileiras e hinos nacionais.
2. 2 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
Introdução
sta apostila é fundamentada com base no Plano Político Pedagógico para
Educação Musical elaborado pelo Colegiado do Departamento de
Educação Musical do Colégio Pedro II. Nela estão organizados diversos
conteúdos sugeridos para a 7ª Ano do Ensino Fundamental, com o objetivo de orientar
as atividades de ensino e aprendizagem.
Assim, sugerimos uma revisa dos conteúdos das séries anteriores, além de leitura
musical e prática instrumental:
Técnicas básicas de canto: respiração, afinação e emissão.
Técnicas básicas da flauta doce soprano: sopro, respiração, digitação e postura.
Técnicas básicas de instrumentos disponíveis e a critério do professor (sons corporais,
por exemplo). Repertório sugerido para o 7º ano (ou a critério do professor):
O Pastorzinho (Suzigan & Mota. Método de Iniciação Musical para Jovens e
Crianças. São Paulo: G4, 2001)
A Rã (Suzigan & Mota)
Lua de São Jorge (Suzigan & Mota)
Anunciação (arranjo do portal: www.portaledumusicalcp2.mus.br)
Medley Cirandas (Ciranda da Lia / Cirandeiro) (arranjo do portal)
Medley Maracatu Misterioso / O Meu Boi Morreu (arranjo do portal)
Conteúdo programático para o 7º ano:
1. Elementos da música
O Som e seus parâmetros
O Silêncio
O que é música?
2. Notação Musical
Como se escrever música?
Escalas Naturais
3. A Notação Musical no Ocidente: uma História
CLAVE: o que é e para que serve?
Duração – quadro das durações e suas pausas
Pulso e compassos – tipos de compassos
Alguns sinais gráficos utilizados para facilitar a escrita musical
Sinais de repetição
Sinais de intensidade
Tipos de andamentos e sinais de andamento
4. Estrutura e forma em música
Forma binária/ternária/rondó
Textura em música
5. Saúde auditiva e saúde vocal
E
3. 3 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
6. Vozes humanas
Classificação das vozes humanas
Tessitura
Muda vocal
Conjuntos vocais
7. Instrumentos musicais
Classificação
Conjuntos instrumentais
8. História da Música Ocidental: a música Barroca
9. Danças e ritmos tradicionais brasileiros
10. Danças dramáticas
11. Créditos, fontes e bibliografia
12. Atividades de fixação
13. Hinos (Hino Nacional Brasileiro, Hino da Independência do Brasil e Hino dos
Alunos do Colégio Pedro II)
4. 4 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
O SOM E SEUS PARÂMETROS
Você já percebeu como o mundo está cheio de sons?
Mas você já parou para pensar o que é o SOM?
Pois bem, som é tudo o que nossos ouvidos podem ouvir, sejam barulhos,
pessoas falando ou mesmo música! Os sons que nos cercam são expressões da vida, da
energia e do universo em vibração e movimento.
Experimente fechar os olhos e ficar atento aos sons que nos cercam.
E então, percebeu como o silêncio é algo quase impossível?
Os cientistas nos ensinam que o som é o resultado das vibrações das coisas.
Tudo o que existe na natureza pode vibrar. Essas vibrações se propagam pelo ar ou por
qualquer outro meio de condução, chegam aos nossos ouvidos e são transmitidas ao
cérebro para que possam ser identificadas.
A vibração regular desses objetos produz sons com altura definida, em que
você percebe como uma “nota musical”. Esses sons são chamados de sons musicais.
Por exemplo, os sons produzidos pela flauta doce ou outros instrumentos musicais.
Já a vibração irregular produz sons sem altura definida, em que você não
consegue distinguir a “nota musical”. Alguns desses sons são popularmente chamados
de “barulhos” ou “ruídos”. Por exemplo: o som de um avião ou de um liquidificador.
Alguns instrumentos de percussão, como os tambores, também não possuem altura
definida.
5. 5 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
As principais características ou parâmetros dos sons
INTENSIDADE – É a propriedade que nos permite distinguir sons fortes e sons fracos. É
o grau de volume sonoro. A intensidade do som depende da força empregada para
produzir as vibrações.
FORTE ou piano
Alguém gritando em um megafone e o canto de um pequeno pássaro são exemplos de sons fortes e fracos
DURAÇÃO – É a propriedade que nos permite distinguir sons longos e sons curtos. Na
música o som vai ter sua duração definida de acordo com o tempo de emissão das
vibrações.
LOOOOOOOOOOOOOONGO ou CURTO
ALTURA – É a propriedade do som que nos permite distinguir sons graves (som mais
“grossos”), médios e agudos (sons mais “finos”). A velocidade da vibração dos objetos
é que vai definir sua altura. As vibrações lentas produzem sons graves e as vibrações
rápidas produzem sons agudos.
Agudo, Médio ou Grave
Curiosidade: a altura dos sons depende também do tamanho dos corpos que vibram.
Uma corda fina e curta produz sons mais agudos que os de uma corda longa e grossa.
Assim como uma flauta pequenina de tubo bem fino também produz sons mais agudos
do que um instrumento de sopro com um tubo longo e grosso como a TUBA!
6. 6 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
Menina ao flautim e uma Tuba
TIMBRE – É a propriedade do som que nos permite reconhecer sua origem. O timbre
diferencia, “personaliza” o som. Por meio do timbre identificamos “o que” está
produzindo o som. Por exemplo: quando ouvimos uma pessoa falar, um celular
tocando ou mesmo um gatinho miando podemos saber qual fonte sonora produziu o
som por causa do timbre.
O Silêncio
Entendemos por silêncio a ausência de som, mas, na verdade, a ele
correspondem os sons que já não somos capazes de ouvir. Tudo vibra, em permanente
movimento, mas nem toda vibração transforma‐se em som para os nossos ouvidos!
Existem sons que são tão graves ou tão agudos que o ouvido humano não
consegue perceber. Alguns animais possuem a capacidade de emitir e até mesmo
escutar esses sons! O elefante, por exemplo, emite infra‐sons (sons muito graves), que
podem ser detectados a uma distância de 2 km! Já o cachorro e o gato conseguem
ouvir ultra‐sons (sons muito agudos).
O silêncio é algo complexo de experimentar: se ficarmos em silêncio, em sala
de aula, ainda assim ouviremos algum som.
Psiu! Vamos experimentar?
7. 7 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
O elefante emite e ouve sons muito graves que nós não conseguimos ouvir!
Curiosidade: um compositor norte‐americano chamado John Cage (1912‐1992)
realizou uma experiência muito interessante: ele queria vivenciar a sensação de
plenitude silenciosa e, em busca do “silêncio total”, entrou uma câmara anecóica, ou
seja, uma cabine totalmente à prova de sons. Após alguns segundos, Cage concluiu
que o silêncio absoluto não existe, pois mesmo no interior da câmara anecóica ele
ouvia dois sons: um agudo, produzido por seu sistema nervoso, e outro grave, gerado
pela circulação do sangue nas veias! Incrível!
Homem dentro de uma câmara anecóica
8. 8 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
O que é Música?
A música (palavra derivada do idioma grego e cujo significado é “a arte das
musas”) pode ser definida como uma sucessão de sons e silêncios organizados com
equilíbrio e proporção ao longo do tempo.
A música é uma criação essencialmente humana. É uma prática cultural
presente em todo e qualquer grupo humano. Não se conhece nenhuma civilização ou
grupo social que não tenha produzido ou possua manifestações musicais próprias.
Embora nem sempre seja feita com esse objetivo, a música pode ser considerada uma
forma de arte: A ARTE DOS SONS!
Cada grupo humano define música de uma maneira muito própria:
Um grupo de músicos tradicionais chineses
A música é uma linguagem que pode ser definida e interpretada de várias
maneiras, em sintonia com o modo de pensar e com os valores de cada época ou
cultura em que foi produzida. Muitos instrumentos musicais utilizados hoje, por
exemplo, sequer existiam há tempos atrás. Na música contemporânea, por exemplo, é
comum utilizarmos “ruídos”, sons considerados “não musicais”, fato inadmissível na
Idade Média!
Instrumento de épocas diferentes: o antigo alaúde e as guitarras elétricas modernas
9. 9 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
NOTAÇÃO MUSICAL TRADICIONAL:
Como se escrever música?
A música é uma linguagem sonora como a fala. Assim como representamos a
fala por meio de símbolos do alfabeto, podemos representar graficamente a música
por meio de uma notação musical.
Os sistemas de notação musical existem há milhares de anos. Cientistas já
encontraram muitas evidências de um tipo de escrita musical praticada no Egito e na
Mesopotâmia por volta de 3.000 anos antes de Cristo!
Sabe‐se que outros povos também desenvolveram sistemas de notação musical
em épocas mais recentes, como é o caso da civilização grega.
Fragmento de antigo papiro grego com notação musical
Existem vários sistemas de leitura e escrita que são utilizados para representar
graficamente uma obra musical. A escrita permitiu que as músicas compostas antes do
aparecimento dos meios de comunicação modernos pudessem ser preservadas e
recriadas novamente. A escrita musical permite que um intérprete toque uma música
tal qual o compositor a prescreveu.
O sistema de notação ocidental moderno é o sistema gráfico que utiliza
símbolos escritos sobre uma pauta de 5 linhas paralelas e eqüidistantes e que formam
entre si quatro espaços. A pauta musical também é chamada de PENTAGRAMA. Veja:
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Contam‐se as linhas e os espaços da pauta de baixo para cima. A nota que está
num espaço não deve passar para a linha de cima nem para a de baixo. A nota que está
numa linha ocupa a metade do espaço superior e a metade do espaço inferior.
10. 10 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
O elemento básico de qualquer sistema de notação musical é a NOTA, que
representa um único som e suas características básicas: DURAÇÃO e ALTURA. Veja:
Os sistemas de notação também permitem representar diversas outras
características, tais como variações de intensidade, expressão ou técnicas de execução
instrumental.
Para representar a linguagem falada você usa as letras do alfabeto. Já para
representar os sons musicais você usa as NOTAS MUSICAIS. O nosso sistema musical
tem 7 (sete) notas.
Elas formam a seguinte sequência:
DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ ‐ SI
Essa sequência organizada de notas é chamada de ESCALA. As escalas usadas
no ocidente se organizam do som mais grave para o mais agudo e se repetem a cada
ciclo de 7 notas:
As notas musicais no teclado do piano
11. 11 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
Vamos aprender os nomes das notas musicais cantando?
Minha Canção
Do espetáculo “Os Saltimbancos”
Enriquez ‐ Bardotti ‐ Chico Buarque
Dorme a cidade
Resta um coração
Misterioso
Faz uma canção
Soletra um verso
Lá na melodia
Singelamente
Dolorosamente
Doce a música
Silenciosa
Larga o meu peito
Solta‐se no espaço
Faz‐se certeza
Minha canção
Réstia de luz onde
Dorme o meu irmão
Para ouvir a música vá até:
http://app.uol.com.br/radiouol/player/frameset.php?opcao=umcd&nome
playlist=004081‐2<@>Os_Saltimbancos
Agora vamos cantar a música do filme “A Noviça Rebelde”?
Dó é pena de alguém
Ré, que anda para traz
Mi, pronome que nem sei
Fá, é fácil decorar
Sol, é o nosso astro‐rei
Lá, tão longe que nem sei
Si, de sim e de sinal
E afinal, voltei ao Dó
DÓ, SI, LÁ, SOL, FÁ, MI, RÉ, DÓ
SUGESTÃO:
Assista ao filme e ouça a trilha sonora.
Sinopse:
No final da década de 30, na Áustria, quando o pesadelo nazista estava prestes a se
instaurar no país, Maria, uma jovem noviça (Julie Andrews), vive em um convento e
não consegue seguir as rígidas normas de conduta das religiosas. Por causa disso, é
enviada pela Madre Superiora para trabalhar como governanta na casa do capitão Von
Trapp (Christopher Plummer). Maria fica encarregada de cuidar dos sete filhos do
capitão viúvo, que os educa como se fizessem parte de um regimento militar. A
12. 12 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
chegada de Maria modifica drasticamente o padrão da família, trazendo alegria
novamente ao lar da família Von Trapp e conquistando o carinho e o respeito das
crianças. Mas ela termina se apaixonando pelo capitão, que está comprometido com
uma rica baronesa.
Informações Técnicas
Título no Brasil: A Noviça Rebelde
Título Original: The Sound of Music
País de Origem: EUA
Gênero: Musical
Tempo de Duração: 172 minutos
Ano de Lançamento: 1965
Site Oficial: http://www.foxhome.com/soundofmusic
Estúdio/Distrib.: 20th Century Fox
Direção: Robert Wise
A Notação Musical no Ocidente: uma História
O sistema de notação musical moderno teve suas origens nos NEUMAS (do
latim: sinal), pequenos símbolos que representavam as notas musicais em peças vocais
do chamado “Canto Gregoriano”, por volta do século VIII (cerca do ano 700 depois de
Cristo).
Inicialmente, esses neumas eram posicionados sobre as sílabas do texto e
serviam como um lembrete da forma de execução para os que já conheciam a música.
Veja:
Para resolver este problema as notas passaram a ser escritas em relação a uma
linha horizontal. Isto permitia representar as alturas. Este sistema evoluiu até uma
pauta de quatro linhas.
13. 13 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
O monge católico GUIDO D’AREZZO
Um desenho antigo retratando o monge Guido d´Arezzo
Grande parte do desenvolvimento da notação musical deriva do trabalho do
monge católico italiano Guido d’Arezzo, que viveu no século X d.C. Ele criou os nomes
pelos quais as notas são conhecidas atualmente (Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si). Esses
nomes foram tirados de um hino chamado Hino a S. João Batista. Segundo Kurt Pahlen
(em Nova História Universal da Música), o hino latino era usado naquela época pelos
meninos cantores para abrir seu canto, pedindo a S. João que lhes concedesse belas
vozes. Nesta época o chamado sistema tonal ainda estava sendo desenvolvido. Guido
d’Arezzo adotou uma pauta musical de quatro linhas. Depois do século XII foi adotado
o pentagrama, isto é, a pauta de cinco linhas que ainda é o padrão hoje em dia.
Hino a São João Batista
Ut queant laxis,
Resonare fibris,
Mira gestorum,
Famuli tuorum,
Solve polluti,
Labii reatum
Sante Iohannes
Tradução aproximada:
“Para que os vossos servos possam cantar livremente as maravilhas dos
vossos feitos, tirai toda mácula do pecado dos seus lábios impuros.
Oh, São João!”
14. 14 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
Mais tarde, a palavra Ut foi substituída pela sílaba Dó, porque ela era difícil de
ser falada. O Si foi formado da união da primeira letra de Sancte e da primeira de
Iohannes.
CLAVE: o que é e para que serve?
A notação musical é relativa e por isso, para escrevermos as notas na pauta
precisamos usar CLAVES, espécie de chaves auxiliares.
A clave indica a posição de uma das notas. Assim, todas as demais são lidas em
referência a essa nota. Cada tipo de clave define uma nota diferente de referência.
Dessa maneira, a "chave" usada para decifrar a pauta é a clave, pois é ela que vai dizer
como as notas devem ser lidas. Se na 2ª linha tivermos um sol, no espaço seguinte
teremos um lá e na 3ª linha um si.
As notas são nomeadas sucessivamente de acordo com a ordem das notas da
escala. Atualmente usam‐se três tipos de clave: de Sol, de Fá e de Dó. A clave de sol é
própria para grafarmos as notas mais agudas, evitando o uso de linhas suplementares.
A clave de fá é indicada para as notas mais graves. A clave de dó é mais usada para os
sons médios. Veja:
A clave de sol indica que a nota sol deve ser escrita na segunda linha da pauta.
A partir da nota sol podemos definir a posição de todas as outras notas:
15. 15 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
DURAÇÃO
Além da indicação das alturas, necessitamos indicar também o tempo de
emissão de cada nota, ou seja, quanto tempo ela vai durar. Para representar
graficamente a duração do tempo dos sons (notas) na música usamos sinais chamados
FIGURAS DE DURAÇÃO. Elas nos indicam quanto tempo devemos emitir determinado
som.
Além da duração da emissão das alturas também precisamos representar
graficamente a duração do silêncio na música. Para isso usamos sinais chamados de
PAUSAS. Esses sinais têm o mesmo valor das suas respectivas figuras. Para cada figura
de duração temos uma pausa correspondente. Veja o quadro abaixo:
Quadro de durações e suas pausas
As figuras não possuem um valor (tempo) fixo. Elas são proporcionais entre si.
A figura de maior duração é a semibreve.
16. 16 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
Pulso e compasso
A música possui um importante elemento: o pulso ou a pulsação. Uma pulsação
regular pode ter acentuações que se repetem de maneira regular. Veja a seguir:
Acentos que se repetem a cada dois pulsos regulares:
1______2______1______2______1______2______1______2
Acentos que se repetem a cada três pulsos regulares:
1______2______3______1______2______3______1______2______3
Acentos que se repetem a cada quatro pulsos regulares:
1______2______3______4_______1______2______3______4
Compasso é uma fórmula expressa em fração que determina a regularidade do pulso.
Existem várias fórmulas de compasso como as que seguem:
Compassos simples (frações de compasso)
Binário
Ternário
Quaternário
17. 17 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
Compasso simples é aquele em que cada unidade de tempo corresponde à
duração determinada pelo denominador da fórmula de compasso. Por exemplo: um
compasso 2/4 possui dois pulsos com duração de 1/4 (uma semínima) cada. Os tipos
mais comuns de compassos simples possuem o 4 no denominador (2/4, 3/4 ou 4/4).
OBS: Veja o quadro da página 13. Observe as correspondências entre as figuras de
duração e os números que a representam nos denominadores das frações de
compasso.
Barras de compasso
Barra ou travessão são nomes usados paras as linhas verticais que utilizamos
para separar os compassos e facilitar a leitura das notas (duração e altura). As barras
mais usadas são:
Barra simples: Separa cada compasso completo.
Barra dupla: Usada para indicar o fim de um trecho musical ou final da música.
Neste caso a segunda linha é mais grossa. Veja:
Alguns sinais gráficos utilizados para facilitar a escrita musical:
Ligadura: É uma linha curva que une duas ou mais notas, somando os seus valores.
Usamos ligaduras somente em figuras de duração e jamais em pausas. Veja:
18. 18 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
Ponto de aumento: É um ponto colocado à direita da figura positiva ou negativa e
que aumenta seu valor em sua metade. Veja:
Linhas suplementares
Ampliam o pentagrama ou a pauta musical. São linhas colocadas acima ou
abaixo do pentagrama para indicar notas mais agudas ou mais graves. Veja:
Sinais de repetição
Para facilitar a escrita e a leitura musical, podemos utilizar sinais que indiquem
repetição, ao invés de reescrever trechos inteiros que devem ser repetidos.
Sinais de repetição mais comuns
Da Capo ‐ Voltar ao início da música. Abreviatura: D.C.
Da Capo ao Fim ‐ Voltar ao início e ir até a palavra Fine (Fim) ou à barra dupla.
Abreviatura: D.C. al Fine ou D. C. ao Fim
Do Sinal (segno) ao Fim ‐ Voltar ao sinal e ir até a palavra Fine (Fim) ou à barra dupla.
Abreviatura: Do % AL Fine ou Do % ao Fim
19. 19 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
Ao Segno (sinal) – retornar ao sinal. Abreviatura: Al %
Ritornello ‐ Repetir o trecho marcado com a barra dupla com dois pontos.
Ritornello com casa 1, 2, 3 etc... – Repetir o trecho, respeitando o compasso que deve
ser tocado na segunda, na terceira, etc, repetições.
Sinais de intensidade
São sinais que indicam a força com que cada nota deve ser cantada ou tocada. Os
sinais de intensidade mais comuns são:
pp = pianíssimo, tocar muito leve, com pouquíssima intensidade
p = piano, tocar bem leve, com pouca intensidade
mp = mezzo‐piano ou meio‐piano, tocar leve, com moderada intensidade
mf = mezzo‐forte ou meio‐forte, tocar com força moderada
f = forte, tocar com força
ff = fortíssimo, tocar com muita força
sfz = sforzando, intensificar subitamente a força com que se toca
determinadas notas
Crescendo (cresc.) e decrescendo (decresc.)– usa‐se quando se quer um
aumento gradativo da intensidade.
Veja o trecho musical:
20. 20 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
Andamento e sinais de andamento
Os andamentos são as velocidades com que as músicas devem ser tocadas. Por
tradição em italiano, as indicações de andamento são colocadas geralmente no início
das partituras musicais, indicando a velocidade com que a música deve ser
interpretada.
Tipos de Andamento
Lentos
Lento, Largo, Adágio
Moderados
Moderato, Andante, Andantino
Rápidos
Allegro, Vivo, Presto
Sinais de andamento: São indicações colocadas na partitura com o intuito de acelerar
ou retardar a execução do trecho musical. Veja:
Acellerando – deve‐se acelerar o andamento. A sua abreviatura é Acell.
Rallentando – deve‐se retardar o andamento. A sua abreviatura é Rall.
21. 21 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
Estrutura e Forma
Reconhecendo as partes da música e sua textura
Toda vez que ouvimos, tocamos ou cantamos uma música, percebemos que ela
possui partes que se repetem ou partes que se contrastam.
As cantigas de roda costumam ter uma ou duas partes, com melodias simples e
repetitivas, muitas vezes. Cante e perceba:
A Canoa Virou
A canoa virou
Por deixá‐la virar
Foi por causa da "Fulana"
Que não soube remar
Se eu fosse um peixinho
E soubesse nadar
Tirava a "Fulana"
Do fundo do mar
Nesta canção de roda a melodia se repete várias vezes. Você consegue se
lembrar de outras canções desse tipo?
Escravos de Jó
Escravos de Jó jogavam caxangá
Tira, bota deixa o Zambelê ficar
Guerreiros com guerreiros fazem zigue zigue zá!
Então, vamos ouvir algumas música e perceber as suas partes? Se elas são
parecidas ou diferentes? Quantas vezes se repetem? Quantos instrumentos estão
tocando? Existem muitos sons soando ao mesmo tempo? Procure separar em partes
as canções do repertório trabalhado!
Outras formas: músicas com mais de uma parte
Forma Binária (A B)
Quando ao invés de repetir a melodia (a mesma idéia musical), resolvemos criar
uma parte contrastante, a música passa a ter duas partes e então chamamos essa
estrutura de Forma Binária.
Melodia A
Melodia A
se repete
22. 22 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
A forma binária pode ser abreviada pelas letras A (primeira parte) e B (parte
contrastante). Então temos uma forma:
A B
Exemplo musical: Mamãe eu quero
Mamãe eu quero
Mamãe eu quero
Mamãe eu quero mamar
Dá a chupeta
Dá a chupeta
Dá a chupeta pro neném não chorar
Dorme filhinho do meu coração
Pega a mamadeira e entra no cordão
Eu tenho uma irmã que se chama Ana
De tanto piscar o olho
Já ficou sem a pestana
Forma Ternária (A B A)
A forma chamada de ternária é uma extensão da forma binária. Também possui
uma parte inicial A (exposição) e uma parte contrastante, a parte B. A diferença é que
a música termina com um retorno à parte A.
Assim representamos a forma ternária da seguinte maneira:
A B A
Um bom exemplo de forma ternária é o “Samba de uma nota só” de Tom
Jobim. Procure ouvir essa canção e perceba as suas partes!
O que é uma textura monofônica e textura homofônica?
Chamamos de textura à maneira como os sons são organizados numa música.
Quando ouvimos só uma pessoa cantando ou um único instrumento soando, dizemos
que a música possui uma textura monofônica.
Quando ouvimos uma ou mais pessoas cantando uma melodia acompanhada
ao violão, por exemplo, formando um bloco sonoro único, dizemos que esta música
possui uma textura homofônica. No Período Barroco (séc. XVII a meados do XVIII) a
homofonia foi intensamente utilizada.
Pergunte ao seu professor ou professora quais músicas possuem essas
características!
Parte A
Parte B
23. 23 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
Textura Polifônica
Chamamos de polifonia quando uma melodia é acompanhada de uma ou mais
melodias simultâneas. O auge do estilo polifônico se deu no Período Renascentista
(meados do séc. XIV ao fim do XVI). Procure ouvir músicas desse período. Os estilos
polifônicos mais conhecidos são o cânone e a fuga. Uma música muito conhecida é a
canção “Frère Jacques”, um cânone.
24. 24 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
Saúde auditiva
Devemos zelar pela nossa saúde auditiva e vocal, adotando atitudes saudáveis
como:
‐ Não ficar exposto a barulhos ou ruídos excessivos.
‐ Usar protetor auditivo quando o barulho for inevitável.
‐ Reduzir o tempo que você fica exposto a barulhos.
Alguns barulhos podem comprometer a nossa audição. Os sons de uma turbina de
avião ou de uma britadeira são sons que passam dos 100 decibéis. Esses sons acima de
90 decibéis causam até surdez!
Veja:
Silêncio total – 0 dC
Sussurro – 15 dC
Conversa normal – 60 dC
Buzina de automóvel – 110 dC
Rojão – 140 dC
Bomba – acima de 150 dC
Decibel é uma unidade de medida usada para medir a intensidade dos sons.
Alguns operários ou controladores de pista de aeroportos devem usar protetores para
protegerem seus ouvidos dos barulhos excessivos
25. 25 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
Saúde vocal
Existem técnicas que preservam a saúde vocal. Ao cantar ou falar devemos
cuidar para que não causemos danos ao nosso aparelho fonador.
As cordas vocais:
São membranas localizadas na nossa laringe, que produzem sons ao serem vibradas
pelo ar que vem dos pulmões. A altura dos sons (mais agudos ou mais graves) depende
da tensão provocada ou do tamanho da corda vocal. Na nossa boca existem vários
órgãos articuladores dos sons, que os convertem em vogais ou consoantes: língua,
mandíbulas, lábios, céu da boca e dentes.
Aparelho fonador
Cuidados com a voz:
‐ Evite gritar, tanto para falar como para cantar
‐ Beba bastante água sempre
‐ Evite ambientes muito secos (ar condicionado excessivo)
‐ Não falar muito tempo ao telefone
‐ Antes de cantar procure relaxar a cavidade da boca e mesmo o corpo
‐ Ao cantar mantenha a postura ereta e relaxada
26. 26 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
Não grite! Isso faz mal a sua voz!
Vozes Humanas
Cada pessoa possui uma voz única e especial. É como se fosse uma impressão
digital. É claro que existem vozes parecidas. Algumas pessoas cantam num registro
sonoro mais agudo, outras num registro mais grave. São muitos os fatores que dão as
características para a voz de cada ser humano. A voz de uma criança, por exemplo, é
uma voz mais aguda. Existem mulheres que falam muito “fino”, mas isso não é regra.
Vamos entender como funciona a nossa voz?
Ídolos de diferentes gerações, a cantora Ivete Sangalo e o cantor Roberto Carlos
encantam seus fãs pelo timbre único que possuem
Como funciona a voz humana?
Na página 21 desta apostila podemos observar o desenho de nosso aparelho
fonador e a explicação sobre o que são e como funcionam as “cordas vocais”.
Os sons que produzimos se originam pela vibração de duas “cordas vocais”,
localizadas em nossa laringe. Quando o ar que vem de nossos pulmões passa por elas,
produzem essa vibração.
Para que o som produzido seja agudo, é necessário que esta corda vocal seja
curta e fina. Outro fator que deixa os sons agudos é a tensão da corda vocal. Quanto
mais tensa ela estiver, mais agudo será o som produzido. Quanto mais relaxada ela
estiver, mais grave será o som produzido.
27. 27 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
A voz de uma criança é mais aguda do que a de um adulto
Por isso, a afinação depende da técnica de ajustar a tensão certa para emitir
cada nota musical. Você pode experimentar cantando uma música. Colocando a mão
na garganta, procure perceber como nas notas mais agudas você é obrigado a
aumentar a tensão, enrijecendo sua garganta e consequentemente sua corda vocal!
Cantores de ópera possuem suas vozes muito trabalhadas
para garantir um bom desempenho
Os sons produzidos pelas cordas vocais se transformam em vogais ou
consoantes, conforme os movimentos dos órgãos articuladores como a língua, os
lábios, a mandíbula, o céu da boca e os dentes. Você já percebeu como é difícil para
uma pessoa desdentada dizer as palavras de forma correta?
Além disso, as cavidades da boca, do nariz e da cabeça servem para amplificar o
som produzido.
28. 28 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
Os índios botocudos, por exemplo, articulam as palavras de forma muito
especial, justamente porque é costume colocar nos lábios objetos que
dificultam o abrir e fechar dos lábios.
Obs: O termo botocudos é a denominação dada pelos portugueses aos indígenas
pertencentes a grupos de diversas filiações linguísticas e regiões geográficas, uma vez
que a maior parte usava botoques labiais e auriculares (na orelha).
Classificação das vozes humanas
Vozes infantis e vozes femininas adultas
A vozes das crianças e as vozes das mulheres são mais agudas em geral. Antes
da muda vocal a voz da criança não possui características tão definidas. Por isso, para
classificar a voz de uma criança é necessário acompanhar o seu crescimento.
As vozes femininas são classificadas da seguinte forma,
• SOPRANO – Palavra italiana que significa superior. É o nome dado para a voz
mais aguda das crianças e das mulheres.
• MEZZO‐SOPRANO – O mesmo que meio‐soprano. Como diz o nome, é uma voz
intermediária entre a soprano e a contralto.
• CONTRALTO – É a voz mais grave entre crianças e mulheres.
29. 29 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
Diferentes estilos, timbres e extensões vocais: Maria Callas foi uma das grandes sopranos
eruditas e Cássia Eller uma das grandes cantoras populares em registro de contralto
As vozes masculinas são classificadas da seguinte forma,
• TENOR – é a voz mais aguda entre os homens.
• BARÍTONO – é a voz intermediária entre o tenor e o baixo.
• BAIXO – é a voz mais grave entre os homens. Uma voz rara.
Os 3 tenores mais populares dos últimos tempos: Plácido Domingo,
José Carreras e o já falecido Luciano Pavarotti
Tessitura
A tessitura é a extensão entre a nota mais aguda e mais grave que uma voz é capaz de
emitir. Na ilustração a seguir podemos visualizar num teclado de piano o conjunto de sons
típico de cada voz.
30. 30 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
MUDA VOCAL:
Durante a puberdade (que ocorre geralmente entre os 12 e 15 anos), a laringe
do menino aumenta suas dimensões, levando a tessitura vocal dos rapazes a ficar mais
grave. Esse fenômeno é denominado muda vocal.
As meninas também apresentam muda vocal, mas é bem menos significativa que
a dos meninos.
Em certas ocasiões a muda vocal não se completa com o crescimento do menino,
gerando a voz aguda infantilizada ou de falsete.
Curiosidade:
Castrato (plural castrati) é um cantor masculino cuja extensão vocal corresponde
em pleno à das vozes femininas, seja de (soprano, mezzo‐soprano, ou contralto). Esta
faculdade numa voz masculina só é verificável na sequência de uma operação de corte
dos canais provenientes dos testículos, ou então por um problema endocrinológico que
impeça a maturidade sexual. Consequentemente, a chamada "mudança de voz" não
ocorre. Essa prática não é mais comum como foi há séculos atrás.
A castração antes da puberdade (ou na sua fase inicial) impedia a libertação para
a corrente sanguínea dos hormônios sexuais produzidos pelos testículos, as quais
provocariam o crescimento normal da laringe masculina (para o dobro do comprimento)
entre outras características sexuais secundárias, como o crescimento da barba.
A prática de castração de jovens cantores (ou castratismo) teve início no século
XVI, tendo surgido devido à necessidade de vozes agudas nos coros das igrejas da
Europa Ocidental, já que a Igreja Católica Romana não aceitava mulheres no coro das
igrejas. Muitos rapazes que eram alvo da castração eram crianças órfãs ou
abandonadas. Algumas famílias pobres, incapazes de criar a sua prole numerosa,
entregavam um filho para ser castrado.
O mais famoso castrato do século XVIII terá sido Carlo Broschi, conhecido por
Farinelli, tendo sido realizado um filme sobre a sua vida, Farinelli il Castrato.
O filme "Farinelli", de Gérard Corbiau
(1994) focaliza a vida do mítico cantor
italiano Carlo Broschi (1705‐1782), que
iniciou sua carreira ao lado do irmão, o
pianista Ricardo Broschi.
31. 31 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
Conjuntos Vocais
Podemos cantar sozinhos ou junto com outras pessoas. Há uma classificação
para os grupos vocais. Por exemplo:
Grupo de 2 vozes: Duo vocal
Grupo de 3 vozes: Trio vocal
Grupo de 4 vozes: Quarteto vocal
Grupo de 5 vozes: Quinteto vocal
Grupo de 6 vozes: Sexteto vocal
Grupo de 7 vozes: Septeto vocal
Grupo de 8 vozes: Octeto vocal
Grupo de 9 vozes: Noneto vocal
Mais de 10 vozes: Coral ou Coro
Quando um grupo ou pessoa canta sem acompanhamento dizemos que está
cantando “à capela”. Esta expressão caracteriza o canto sem acompanhamento de
banda, orquestra ou instrumento harmônico qualquer.
Grupo vocal Calíope, caracterizado por ser um coro especializado em música erudita e
o Coral Brasileirinho, de vozes infantis
http://www.movimento.com/images/pessoas/238.jpg
http://www.brasilcultura.com.br/imagens/001aaaaacoralbrasileirinho2206.jpg
O Quarteto em Cy, os Golden Boys qe foi quarteto e hoje é um Trio e a dupla ou Duo
formado pelos irmãos Sandy e Júnior (recentemente desfeita em função da carreira
solo dos dois jovens)
http://userserve‐ak.last.fm/serve/252/3115363.jpg
http://www.revistafator.com.br/imagens/fotos/golden_boys
http://www.imotion.com.br/imagens/data/media/67/8265sandy.jpg
32. 32 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
Instrumentos Musicais
O homem primitivo começou a construir instrumentos musicais para tentar
imitar os sons da natureza. Os primeiros instrumentos de que se têm notícia são
aqueles feitos de ossos de animais, de arco e corda e os tambores, com peles de
animais abatidos.
Além da classificação acima, os instrumentos musicais são também classificados
em “famílias”. A classificação geral das famílias de instrumentos musicais é:
• FAMÍLIA DOS METAIS
• FAMÍLIA DAS MADEIRAS
• FAMÍLIA DA PERCUSSÃO
• FAMÍLIA DAS CORDAS
Classificação dos instrumentos musicais
Os instrumentos musicais são classificados conforme o material de que
são confeccionados e a forma como o som é produzido.
Aerofones são os instrumentos que produzem som por meio do ar, como
flautas e trompetes, por exemplo.
Cordofones são os instrumentos que produzem som pela vibração de
cordas, tais como o violão, o violino e a harpa.
Membranofones são os instrumentos que produzem som por meio da
vibração de membranas, como é o caso dos tambores em geral.
Idiofones são instrumentos que produzem som através da vibração de seu
próprio corpo, como é o caso das claves e sinos.
33. 33 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
Família dos Metais:
Família das madeiras:
34. 34 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
Família da percussão:
Família das cordas:
35. 35 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
Conjuntos instrumentais
A Orquestra
A Orquestra Sinfônica é formada por vários instrumentos das famílias de
metais, madeiras, cordas e percussão. Cada músico desempenha a sua função para
que o conjunto seja harmonioso. Veja abaixo como se dispõem os instrumentos da
orquestra.
http://instrumentos.aulasdemusica.com/imagens/orquestra_2_big.jpg
36. 36 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
Outros conjuntos:
Regional de choro
O chamado “Regional de choro” inclui uma série de instrumentos como o violão de 7
cordas, o violão de 6 cordas, o cavaquinho, o bandolim, o saxofone, a flauta e o
clarinete, além da percussão (pandeiro).
Banda de rock
O Led Zeppelin foi uma das grandes bandas de rock de todos os tempos
As bandas de rock não podem deixar de ter as guitarras elétricas (de base e
solo), o baixo elétrico, a bateria, e eventualmente teclados, além dos vocais. Além de
todos esses instrumentos outros podem compor as bandas de rock os violões acústicos
de aço.
Bandas militares e civis
São os conjuntos sinfônicos civis ou das corporações militares (Corpo de
Fuzileiros Navais, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, entre outras). As bandas civis
costumam ter sede e estatuto e costumam participar ativamente da vida cultural das
cidades onde funcionam, principalmente no interior do país, onde cumprem papel
sócio‐cultural de grande destaque. A banda sinfônica costuma ter quase todos os
instrumentos de uma orquestra sinfônica.
37. 37 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
Conjuntos de câmara
Chamamos "Música de Câmara" a qualquer formação instrumental que se
limite a poucos executantes. O termo vem da palavra “Câmara” ou “Câmera” que é o
mesmo que “sala” ou qualquer aposento de uma casa. É, portanto, um conjunto
musical destinado a pequenos espaços, e por isso, a música escrita para pequenas
formações. O conjunto de câmara mais famoso na música clássica é o “quarteto de
cordas”:
Quarteto de cordas:
O quarteto de cordas é formado por 2 violinos, uma viola e um violoncelo. O
contrabaixo não faz parte desse conjunto de câmara clássico, para o qual já
foram compostas inúmeras obras, principalmente compositores como Haydn,
Mozart, Beethoven, Schubert, Schumann, Mendelssohn, Brahms, Dvorak,
Tchaikovsky e Philip Glass.
38. 38 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
HISTÓRIA DA MÚSICA OCIDENTAL
A Música Barroca
A palavra barroco vem da língua portuguesa e significa "pérola irregular". Foi
adotada internacionalmente para caracterizar o estilo ornamentado e pomposo que
prevaleceu nas Artes Plásticas, na Arquitetura e na Literatura dos séculos XVII a XVIII.
A música barroca é toda música ocidental correlacionada com a época cultural
homônima na Europa, que vai desde o surgimento da ópera moderna de Claudio
Monteverdi no século XVII, até à morte de Johann Sebastian Bach, em 1750.
No Brasil o estilo barroco foi mais
representativo nas artes plásticas, em
Minas Gerais, no século XVIII. Na pintura,
destacou‐se Manuel da Costa Ataíde.
Ataíde criou seu próprio estilo, utilizando‐
se de cores vivas, tropicais. Pintou em
suas obras figuras cordiais, mas um tanto
irreverentes. Sua obra de maior destaque
está no teto da nave da Igreja de São
Francisco de Assis, em Ouro Preto. Obra
realizada entre 1800 e 1809, esta pintura
representa uma Assunção de Nossa
Senhora, em que anjinhos mulatos
substituem os rosados querubins dos
modelos tradicionais europeus. A Virgem
Maria, também mulata, exibe os traços da
mulher que era companheira do pintor.
Perceba o estilo ornamentado, cheio de
detalhes desta pintura.
Fonte de pesquisa:
http://www.historiamais.com/barrocoII.htm
Curiosidade:
O termo barroco, até o século XIX, era um termo depreciativo, que os
compositores clássicos usavam para criticar o estilo pomposo dos compositores
do período anterior a 1750. No século XIX, os historiadores da Arte recuperaram
a palavra barroco, dando‐lhe um significado mais conceituado, de algo
ornamentado, cheio de sutilezas.
39. 39 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
Características gerais da Música Barroca
Trata‐se de uma das épocas musicais de maior extensão, fecunda,
revolucionária e importante da música ocidental, e provavelmente também a mais
influente. As características mais importantes são o uso do baixo contínuo, do
contraponto e da harmonia tonal, em oposição aos modos gregorianos até então
vigentes. Na realidade, trata‐se do aproveitamento de dois modos: o modo jônico
(modo “maior”) e o modo eólio (modo “menor”). Foi o apogeu da música instrumental
em contraste com a hegemonia da música vocal, que prevalecera em períodos
anteriores.
Durante o período barroco, os compositores e intérpretes abusaram das
ornamentações musicais, fato jamais repetido em outros períodos anteriores e
posteriores da história da música ocidental. Além disso, fizeram mudanças
indispensáveis na notação musical, desenvolveram novas técnicas instrumentais e
novos instrumentos também. No Barroco, as músicas ficaram mais longas, ganharam
variedade e complexidade de performance instrumental. Novas formas musicais
surgiram, tais como a ópera barroca, o oratório, a cantata, a suíte e a fuga.
As formas barrocas
• Ópera barroca
A ópera é um gênero artístico que consiste num drama encenado com música.
O drama é apresentado utilizando os elementos típicos do teatro, tais como
cenografia, vestuários e atuação. No entanto, a letra da ópera (conhecida
como libreto) é totalmente cantada em lugar de ser falada. O primeiro grande
compositor de ópera barroca foi Claudio Monteverdi, com a obra prima Orfeu,
de 1607. Monteverdi vivia em Veneza e fez desta cidade o centro da ópera no
início do século XVII. Foi lá que em 1637 foi inaugurada a primeira casa de
espetáculos dedicados à ópera, o Teatro San Cassiano.
• Oratório
O oratório é um gênero de composição musical cantada de conteúdo narrativo.
Semelhante à ópera quanto à estrutura (árias, coros, recitativos, etc.), difere‐se
desta por não ser destinado à encenação. Em geral, os oratórios têm temática
religiosa, mas existem alguns de temática profana. Este gênero foi explorado
com mais intensidade no período Barroco, especialmente por Georg Friedrich
Haendel, autor do oratório O Messias, muito popularizado pela famoso trecho
do “Aleluia” e por Johann Sebastian Bach, com suas paixões, cuja mais famosa
é a Paixão Segundo São Mateus.
• Cantata
Cantata é um tipo de composição vocal, para uma ou mais vozes, com
acompanhamento instrumental, às vezes também com coro, de inspiração
religiosa ou profana, contendo normalmente mais de um movimento e cujo
texto, em vez de ser historiado, descrevendo um fato dramático qualquer, é
lírico, descrevendo uma situação psicológica. Uma das mais famosas cantatas
barrocas é Jesus, alegria dos homens, de J. S. Bach.
40. 40 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
• Suíte barroca
Suíte é como se chama o conjunto de movimentos instrumentais dispostos com
algum elemento de unidade para serem tocados sem interrupções.
As peças pertencentes à “suíte barroca" eram sempre da mesma tonalidade e
todas em forma binária, isto é, têm uma seção A e uma seção B. As principais
danças eram:
Allemande: originalmente uma dança alemã em compasso binário moderado,
passa por modificações pelos autores franceses e se transforma numa dança
em quaternário com o primeiro tempo curto e fraco.
Courante: a italiana era em 3/4 ou 3/8 rápido, enquanto a francesa era em 3/2
moderado.
Sarabanda: dança latino‐americana e espanhola, adotada na Itália e
modificada na França, com andamento mais lento e em 3/2.
Giga: dança inglesa, com duas variantes, a francesa e a italiana. Tem um
andamento de moderado a rápido e é em binário composto (6/8, 6/4), ou ainda
ternário (3/4) ou quaternário composto (12/8), como é o caso da vertente
italiana.
• Fuga
Em música, uma fuga é um estilo de composição contrapontista, polifônica e
imitativa, de um tema principal, com sua origem na música barroca. Na
composição musical o tema é repetido por outras vozes que entram
sucessivamente e continuam de maneira entrelaçada. Johann Sebastian Bach
(1685‐1750) é geralmente considerado o maior compositor de fugas. Ele
freqüentava concursos em que recebia um tema com o qual deveria improvisar
espontaneamente uma fuga ao órgão ou ao cravo.
Principais compositores do Barroco
C. Monteverdi
Claudio Monteverdi foi um dos primeiros compositores de ópera, gênero que
floresceu muito no período barroco. Foi Monteverdi que modernizou a ópera,
utilizando uma orquestra maior. Sua famosa ópera Orfeu foi encenada pela primeira
vez em 1607.
41. 41 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
J. Pachelbel
Johann Pachelbel (1653‐1706), músico alemão, foi organista, professor e
compositor. Compôs um grande acervo de música sacra e secular. Suas contribuições
para o desenvolvimento do prelúdio coral e fuga o colocam entre os mais importantes
compositores da época barroca. Sua obra mais popular é o Cânone em Ré, muito
tocado ainda hoje nas trilhas de novela e cinema.
Antônio Vivaldi
O músico e compositor italiano Antonio Vivaldi, cujo apelido era “O Padre
Ruivo”, viveu em Veneza e tornou‐se uma das grandes expressões da música barroca.
Além de ter se notabilizado como um grande violinista, Vivaldi compôs mais de 600
concertos, além de óperas e música sacra. Uma das composições mais famosas de sua
autoria é As 4 Estações.
J. P. Rameau
Um dos grandes compositores do barroco, Jean‐Phillipe Rameau, era francês e
além de grande organista foi o autor do primeiro Tratado de Harmonia, obra que
influenciou fortemente os músicos nos séculos seguintes.
42. 42 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
J. S. Bach
Johann Sebastian Bach foi um dos maiores músicos e compositoras de todos os
tempos. Nasceu em 1675 e faleceu em 1750, data que nos livros de história costuma
marcar o final do período barroco. Seguiu e manteve a tradição de sua família, que era
toda de músicos. Foi um dos grandes organistas da história, tornando‐se Mestre de
Capela nas cortes de Weimar e de Cothen, na Alemanha. Naquele tempo esse era o
posto máximo alcançado por um músico e compositor. Como compositor da corte,
compôs muita música para os cultos da igreja e para as festas e solenidades oficiais da
monarquia para a qual trabalhava.
Bach casou‐se duas vezes e teve ao todo 20 filhos, muitos dos quais se
tornaram músicos respeitados também. Escreveu muitas obras entre concertos, fugas,
suítes para alaúde e cantatas. Entre as obras mais famosas de Bach podemos citar:
• Jesus Alegria dos Homens
• Concertos de Brandenburgo
Além da obra didática “O Cravo bem Temperado”.
G. F. Haendel
Outro grande compositor do período barroco, Georg Frederic Haendel nasceu
na Alemanha, mas notabilizou‐se como Mestre de Capela na corte da Inglaterra.
Escreveu muitas óperas e oratórios, gêneros muito presentes no período barroco. Sua
obra mais conhecida é o oratório O Messias, cujo magnífico trecho intitulado “Aleluia”
popularizou‐se de forma avassaladora, seja em concertos e até mesmo em música de
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43. 43 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
Danças e ritmos tradicionais brasileiros
Jongo
Jongo é uma manifestação cultural essencialmente rural diretamente associada
à cultura africana no Brasil e que influiu poderosamente na formação do Samba
carioca, em especial, e da cultura popular brasileira como um todo.
Faz parte das chamadas “danças de umbigada”, termo criado por estudiosos de
nossa música e cultura popular (entre eles, Mário de Andrade, Renato de Almeida e J.
Ramos Tinhorão).
O Jongo foi trazido para o Brasil por negros escravos de origem bantu,
seqüestrados nos antigos reinos de Ndongo e do Kongo, atual região da República de
Angola.
No jongo, os pares dançam dentro da roda ao som dos atabaques e “pontos”
Composto por música e dança características, animadas por poetas que se
desafiam por meio de versos improvisados na hora, em com cantigas ou pontos
enigmáticos ('amarrados').
Uma característica essencial da linguagem do Jongo é a utilização de enigmas,
que possuem uma função mágica, que têm a intenção de causar fenômenos
paranormais. Esse caráter espiritual do jongo pode ser percebido em vários aspectos
da manifestação: o fato dos instrumentos (a pele dos tambores) serem afinados com
fogo; o fato dos tambores serem considerados como ancestrais da comunidade
(pessoas que já morreram); a dança em círculos com um casal ao centro, que remete à
fertilidade; sem esquecer, é claro, as ricas metáforas utilizadas pelos jongueiros para
compor seus "pontos" e cujo sentido é inacessível para os não‐iniciados.
Os instrumentos do jongo:
Na prática do jongo, alguns instrumentos são essenciais. Entre eles estão,
44. 44 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
Os tambores ou atabaques:
• São eles que “falam”, são as vozes dos ancestrais. Têm tamanhos diferentes. O
maior de todos é comumente chamado de CAXAMBU. O de tamanho menor
chama‐se CANDONGUEIRO.
Outros instrumentos: além dos atabaques, no jongo utilizam‐se também chocalhos,
entre eles o GUAIÁ, que tem função de marcar a mudança de um “ponto”. Outro
instrumento presente no jongo é a CUÍCA ou PUÍTA.
O Jongo no Rio de Janeiro:
Na cidade do Rio de Janeiro, a região compreendida pelos bairros de Madureira
e Oswaldo Cruz, nos anos posteriores à abolição da escravatura, centralizou durante
muito tempo a prática do jongo, atraindo um grande número de migrantes ex‐
escravos, oriundos das fazendas de café do Vale do Paraíba.
Representantes do Jongo da Serrinha, com Vó Maria ao centro
45. 45 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
Entre os precursores da implantação do Jongo nesta área se destacaram a ex‐
escrava Maria Teresa dos Santos (Vó Tereza) e seus parentes, além de diversos
vizinhos da comunidade, entre os quais Mano Elói (Eloy Anthero Dias), Sebastião
Mulequinho e Tia Eulália, todos fundadores da Escola de Samba Império Serrano,
sediada no Morro da Serrinha, em Madureira. Vó Maria, filha de Vó Tereza, e seu filho
Darcy também ficaram muito conhecidos como criadores de “pontos”.
Ciranda
A Ciranda é um tipo de dança e música de Pernambuco. Sua prática
é muito presente na Ilha de Itamaracá. É dança de roda, muito praticada
nas praias ou praças, onde os integrantes dançam ao som de um ritmo
lento, compassado e repetido. Aquele que inicia a ciranda é chamado de
Mestre e os que dançam cirandeiros.
Na ciranda são utilizados basicamente instrumentos de percussão: o
bumbo ou tambor, o tarol ou caixa de guerra e o ganzá (chocalho). No
entanto, eventualmente utilizam‐se instrumentos harmônicos como a
sanfona.
Pintura representando uma roda de ciranda (Aracy)
A dança:
Na marcação do bumbo, os cirandeiros pisam forte com o pé
esquerdo à frente. Num andamento para a direita na roda de ciranda, os
dançarinos dão dois passos para trás e dois passos para a frente, sempre
marcando o compasso com o pé esquerdo à frente. Os passos podem ser
simples ou coreografados. Podem dançar homens, mulheres e crianças,
sempre de mãos dadas. As mãos se levantam de vez em quando ao
mesmo tempo em que os cirandeiros entoam um (Hei!).
46. 46 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
Cateretê
O cateretê é uma típica dança rural brasileira. Com nome de origem
tupi, a dança também apresenta características africanas. Dança‐se em
duas filas, uma de homens e outra de mulheres, que evolucionam uns
diante dos outros ao som de palmas e bate‐pés. Os instrumentos usados
são as violas. São os violeiros que cantam no intervalo da dança e dirigem
as evoluções do bailado.
Uma das mais famosas mestres de ciranda é Lia de Itamaracá:
Cirandeira de Itamaracá, ilha perto de Recife, Maria Madalena Correia do
Nascimento ficou conhecida como Lia de Itamaracá desde os anos 60, quando a
compositora e cantora Teca Calazans registrou a quadra "Esta ciranda quem me
deu foi Lia/ que mora na ilha de Itamaracá".
Lia canta e compõe desde a infância, e em 1977 gravou seu primeiro disco,
o LP "A Rainha da Ciranda". Mas não enveredou pela vida artística e continuou
trabalhando como merendeira em uma escola de sua cidade. Na década de 90 foi
redescoberta pelo produtor Beto Hees, que a levou para participar do festival Abril
Pro Rock em 1998, com grande êxito. Com repertório que inclui coco de raiz e loas
de maracatu, além, é claro, de cirandas, acompanhadas por percussões (ganzá,
surdo, tarol, congas) e saxofone, gravou o segundo álbum em 2000, o CD "Eu Sou
Lia", lançado inicialmente pela Ciranda Records e depois pela Rob Digital. Por
ocasião do lançamento, apresentou‐se em outras capitais e ministrou workshops.
47. 47 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
Frevo
O Frevo é um ritmo pernambucano derivado da marcha, do maxixe
e da capoeira. Surgiu em Recife no final do século XIX. Muito executado
durante o carnaval, eram comuns conflitos entre blocos de frevos, em que
capoeiristas saíam à frente dos seus blocos para intimidar blocos rivais e
proteger seu estandarte. Da junção da capoeira (espécie de luta marcial
brasileira) com o ritmo do frevo nasceu o passo, a dança do frevo.
Acredita‐se que as sombrinhas coloridas hoje tão comuns nas mãos dos
passistas de frevo sejam uma estilização das armas utilizadas pelos
capoeiristas de outrora.
A beleza das coreografias do frevo encanta a todos
A palavra frevo vem de ferver, por corruptela, frever, que passou a
designar: efervescência, agitação, confusão ou rebuliço.
Os instrumentos mais usados no frevo são os típicos de orquestra
de metais (trombones, trompetes, tubas, flautas, entre outros) e de
percussão, mas podem‐se utilizar outros instrumentos, principalmente
nos grupos mais contemporâneos de frevo com guitarras, teclados, etc.
Tipos de frevo:
Frevo de rua é frevo tocado por orquestra instrumental, sem cantores.
Frevo canção é um estilo de canção com uma introdução orquestral
típica dos frevos de rua. São vários os seus intérpretes. Entre os
compositores de frevo‐canção destacam‐se Capiba e Alceu Valença.
Frevo de bloco é um frevo executado por orquestra de pau e cordas. É
chamado pelos compositores mais tradicionais de "marcha‐de‐bloco".
O Frevo‐de‐Bloco é o típico estilo das agremiações tradicionalmente
denominadas “Blocos Carnavalescos Mistos”, com efetiva participação da
mulher, principalmente as mulheres da classe média, na folia de rua do
Recife. Existem blocos muito famosos como o Galo da Madrugada.
48. 48 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
Samba
O samba é um gênero musical e um tipo de dança de origem
africana recriada no Brasil por descendentes de escravos, no início do
século XX. Considerado uma das principais manifestações culturais
populares brasileiras, a partir dos anos 1930 o samba se transformou em
símbolo de identidade nacional.
No Rio de Janeiro, o samba nasceu sob a influência dos
descendentes de escravos, muitos vindos da Bahia, instalados na Praça
Onze e outros das regiões de fazendas do Vale do Paraíba, depois da
abolição da escravatura no Brasil. Muitos ex‐escravos migraram para o Rio
de Janeiro em busca de trabalho e se instalaram na região dos bairros de
Madureira e Oswaldo Cruz. Ligado à vida nos morros, das favelas cariocas,
o samba falam da vida urbana, dos trabalhadores e das dificuldades da
vida diária.
Principais tipos de samba:
Samba‐enredo
Surgiu no Rio de Janeiro durante a década de 1930. Como o nome diz, o
samba deve contar o enredo que a escola de samba escolheu para o
desfile. Geralmente aborda temas sociais, históricos e culturais.
As baterias das Escolas de samba são a maior atração dos desfiles
Samba de partido alto
É o chamado samba de terreiro, com letras improvisadas, que canta a
realidade dos morros e das regiões mais carentes. É o estilo de grandes
mestres do samba. Os compositores cariocas de partido alto mais
conhecidos são: Almir Guineto, Dona Ivone Lara, Martinho da Vila e Zeca
Pagodinho.
49. 49 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
Pagode
Nasceu na cidade do Rio de Janeiro, na década de 1970. Conquistou as
rádios e pistas de dança na década seguinte. Tem um ritmo repetitivo e
utiliza instrumentos de percussão e sons eletrônicos. Espalhou‐se
rapidamente pelo Brasil, graças às letras simples e românticas. Os
principais grupos são: Fundo de Quintal, Negritude Jr., Só Pra Contrariar,
Raça Negra, Katinguelê, Patrulha do Samba, Pique Novo, Travessos, Art
Popular.
Samba‐canção
Surge na década de 1920, com ritmos lentos e letras sentimentais e
românticas. Até a década de 1950 teve grandes compositores como
Dorival Caymmi e Tom Jobim e intérpretes como Ângela Maria, Dolores
Duran, Maysa, Nelson Gonçalves, entre outros.
Samba‐exaltação
Com letras patrióticas e ressaltando as maravilhas do Brasil, com
acompanhamento de orquestra. Exemplo: Aquarela do Brasil, de Ary
Barroso gravada em 1939 por Francisco Alves.
Moreira da Silva, o lendário Kid Moringueira
Samba de breque
Este estilo tem momentos de paradas rápidas, onde o cantor pode incluir
comentários de caráter crítico ou humorístico. Um dos mestres deste
estilo foi Moreira da Silva, o “Kid Moringueira”.
50. 50 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
Danças dramáticas brasileiras
É uma designação proposta por musicólogos como Mário de Andrade para as
danças que envolvem enredo e encenação. Algumas danças dramáticas fazem parte
dos costumes do povo brasileiro, entre elas destacam‐se:
O “Bumba meu boi”
O bumba‐meu‐boi é uma dança dramática brasileira, que ocorre
principalmente na região Nordeste. A dança surgiu no século XVIII (dezoito) como
forma de crítica à situação social dos negros e índios. O bumba‐meu‐boi combina
elementos de comédia, drama, sátira e tragédia, tentando demonstrar a fragilidade do
homem, a força bruta de um boi, tendo como tema de fundo a “ressurreição”.
O bumba‐meu‐boi une elementos das culturas européia, africana e indígena.
Enredo e personagens: O enredo gira em torno da história de um rico
fazendeiro que possui um boi muito bonito, que sabe dançar. “Pai Chico”, um
trabalhador da fazenda, rouba o boi para satisfazer sua mulher “Catirina”, que está
grávida e sente uma forte vontade de comer a língua do boi. O fazendeiro manda seus
empregados procurarem o boi e quando o encontra, ele está morto. Os pajés são
chamados para ressuscitarem o boi. Depois de rezarem o boi renasce e todos celebram
a saúde do boi com grande festa.
O Boi de Parintins:
A cidade de Parintins no Amazonas, norte do Brasil, tem uma forte tradição
com a encenação do Bumba meu boi. Lá existem duas agremiações: a do Boi
Garantido (que defende a cor vermelha) e a do Boi Caprichoso (que defende a cor
azul), que se “duelam” no grande festival. Hoje em dia esta festa atrai uma quantidade
enorme de turistas, que vão apreciar a encenação dos dois “Bois” no “Bumbódromo”
51. 51 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
da cidade, uma espécie de “sambódromo” para o Bumba‐meu‐boi. As alegorias são
ricas como nos desfiles das escolas de samba.
Imagens do festival de Parintins
O bumba‐meu‐boi possui diversas denominações em todo o Brasil. No
Maranhão, Rio Grande do Norte e Alagoas a dança é chamada de bumba‐meu‐boi, no
Pará e Amazonas, boi‐bumbá, em Pernambuco, boi‐calemba, na Bahia, boi‐janeiro, no
sul, boi‐de‐mamão, etc.
Maracatu
Maracatu é uma dança dramática brasileira muito praticada,
principalmente em Pernambuco. É formada por uma percussão que
acompanha um cortejo real. Como a maioria das manifestações populares
do Brasil, é uma mistura das culturas indígena, africana e européia. Surgiu
em meados do século XVIII. Sua encenação traz diversas características da
cultura dos afro‐descendentes.
Rainha e Rei de um Maracatu pernambucano
52. 52 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
Os Maracatus mais antigos do Carnaval do Recife, também conhecidos como
Maracatu de Baque Virado ou Maracatu Nação, nasceram da tradição da Coroação
dos Reis do Congo, uma encenação criada pelos escravos e permitida pelos
portugueses no Brasil.
Os grandes tambores do maracatu são chamados de alfaias
Os personagens dos Maracatus:
Do cortejo do Maracatu Nação participam entre 30 e 50 figuras. Entre elas
estão o Porta‐estandarte, trajado à Luís XV (como nos clubes de frevo), que conduz o
estandarte. Atrás, vêm as Damas do Paço, no máximo duas, e que carregam as
Calungas, que são bonecas que simbolizam uma rainha morta.
Calunga na mão de uma dama do passo
Depois das Damas do Paço segue a corte: Duque e Duquesa, Príncipe e
Princesa, um Embaixador (nos Maracatus mais pobres o Porta‐estandarte vale como
Embaixador).
A corte abre alas para o Rei e a Rainha, que trazem coroas douradas e vestem
mantos de veludo bordados e enfeitados com arminho. Nas mãos trazem pequenas
espadas e cetros reais.
Alguns Maracatus incluem nesse trecho do cortejo também meninos lanceiros
e a figura do Caboclo de Pena, que representa o indígena brasileiro e tem coreografia
complicadíssima.
53. 53 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
Pastoril
A encenação do Pastoril integra o ciclo das festas natalinas do Nordeste,
particularmente, em Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas. O pastoril é
um dos quatro principais espetáculos populares nordestinos, denominados de danças
dramáticas por Mário de Andrade. O povo participa ativamente dos pastoris. O auto,
ou enredo contado, do pastoril é todo relacionado com o Natal:
Pastoril
Composição: Ednardo
Venho da maravilha
Do mel da Jandaíra
Cheiro à flor de mangueira
Venho da maraponga
Pitanga milonga
Me língua de sol e de
dengue
Pra mim do final dessa praia
Sacode a barra da saia
Sacode a barra da saia
Que eu te vejo por inteira
Que eu te vejo por inteira
Desde o regaço do norte
À corredeira do sul
Teu riso é uma bandeira
Escorre como um riacho
Acho claro eu e tu
Papel seda flor do mato e
cetim
Pra te cantar pastorinha
Te trago dentro da minha
Chuva de luz no dourado
Fina areia prateada
Na asa da borboleta
Meu anjo solto no espaço
Espanta o mal e afasta
E deixa brilhar estrelas
Em constelações de luz
Em canções cheias de luz
No céu das nossas cabeça
O “AUTO” DO PASTORIL
O “auto” conta a história das pastoras a caminho de Belém, onde nasceu
Jesus. Lusbel lança mão de muitas artimanhas para desviá‐las do caminho e só
não consegue o seu intento graças às interferências de São Gabriel. Frustrado,
Satanás convence Herodes a promover a degola dos inocentes, mas este é
castigado porque os soldados matam o seu filho. Herodes se arrepende e é
salvo, enquanto o Demônio é mais uma vez derrotado.
O auto é todo escrito em versos e musicado, com um prólogo, dois atos e
um epílogo. A comicidade, uma das características mais fortes dos espetáculos
populares do Nordeste, aos poucos também foi aparecendo no Pastoril. As
pastorinhas se dividem em dois cordões, o azul e o encarnado.
Os principais personagens do pastoril são: a Mestra, a Contra‐mestra, a
Diana, a Borboleta, as Pastorinhas, o Pastor. Os trajes: saias, blusas, faixas,
aventais, chapéu de palhinha, nas cores azul e encarnado. Levam um pandeiro
feito de lata, com cabo e sem tampa, ornado de fita com a cor do cordão a que
pertence. Acompanhamento: conjunto de percussão e sopro.
54. 54 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
Créditos, fontes e bibliografia
Elaboração e edição da apostila:
Profª Mônica Leme (edição final)
Profª Milena Tibúrcio (pesquisa e textos)
Profª Isabel Cristina Borges de Medeiros (pesquisa, textos e exercícios)
Carolina Couto (Ilustrações da capa)
Bibliografia:
BENNETT, Roy. Forma e Estrutura na Música. Rio de Janeiro: Zahar Ed., 1986.
BENNETT, Roy. Como Ler uma partitura. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1990.
BENNETT, Roy. Elementos básicos da música. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998.
GROUT, D. J & PALISCA, C. V. História da Música Ocidental. Lisboa: Gradiva, 2001.
MASSIN, Brigitte e Jean. História da Música Ocidental. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
1998.
PAHLEN, Kurt. Nova História Universal da Música. Rio de Janeiro: Melhoramentos,
1991.
SCHAFER, Murray R. O Ouvido Pensante. São Paulo: UNESP, 2003.
SCLIAR, Esther. Elementos de Teoria Musical. São Paulo: Novas Metas, 1985.
SUZIGAN, Maria Lucia Cruz & MOTA, Fernando. Método de Iniciação Musical para
Jovens e Crianças. São Paulo: G4, 2001.
SWANWICK, Keith. Ensinando música musicalmente. Rio de Janeiro: Editora Moderna,
2003.
WISNIK, José Miguel. O Som e o Sentido. São Paulo: Cia da Letras, 1999.
Enciclopédias e Dicionários:
500 Anos da Música Popular Brasileira – com CD homônimo – Edição do Museu da
Imagem e do Som (MIS‐RJ), 2001.
Dicionário GROVE de Música ‐ Edição concisa. Rio de Janeiro: J. Zahar.
Fontes na internet:
www.pt.wikipedia.org
http://www.suapesquisa.com/samba/
http://instrumentos.aulasdemusica.com/
http://www.brasilescola.com/folclore/bumbameuboi.htm
Imagens na internet:
Crianças de olhos fechados
http://cms.ich.ucl.ac.uk/website/imagebank/
Homem gritando
http://wyrebc.gov.uk/page.aspx?ImgID=1512
Passarinho cantando
55. 55 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
http://www.wacathedral.org/Photos/bird%20singing.jpg
Tuba
http://school.discoveryeducation.com/clipart/images/tuba.gif
Flautim
http://www.xtec.es/trobada/musica/imatges/flauti.gif
Câmara anecóica
http://blog.educastur.es/practicainstrumental/files/2008/03/anecoica‐1.jpg
Músicos chineses
http://pro.corbis.com/images/AABN001276.jpg?size=67&uid=%7BAB8B4BDF‐549D‐4E0E‐A01D‐
4914812862E2%7D
Alaúde
http://www.overmundo.com.br/_agenda/img/1205853804_alaude.jpg
Guitarra
http://www.aleac.ac.gov.br/aleac/edvaldomagalhaes/images/stories/guitarra‐papel.jpg
Guido D´Arezzo
http://www.cpmusical.com.br/biografias/fotos/CP94.jpg
Abafador de ruídos
http://www.solucaoepi.com.br/imgProdutos/97_G_Abafador‐de‐ruidos‐exc.jpg
Aparelho fonador
http://i93.photobucket.com/albums/l68/Atsiluap/Variado/fonador.gif
Teclado do piano com notas
http://walmirsilva.files.wordpress.com/2008/04/escala_teclado_musical.jpg
Simpsons gritando
http://www.meupapeldeparedegratis.com.br/cartoons/pages/screaming‐simpsons.asp
O cantor Roberto Carlos
http://www.depositonaweb.com.br/wp‐content/uploads/roberto_carlos.jpg
A cantora Ivete Sangallo
http://www.fashionbubbles.com/wp‐content/uploads/2009/01/ivete‐sangalo‐look‐branco.jpg
Crianças cantando
http://www.sec.pb.gov.br/sec2007/images/stories/criancas‐cantando‐enquanto‐tocando‐musical‐
instrumento‐‐ispc054012.jpg
Índios botocudos
http://4.bp.blogspot.com/_y2KqGNl‐M18/SC2feZILu6I/AAAAAAAAABo/iX‐
ZGFDpTXo/s320/botocudos.jpg
Cantores de ópera
http://www.rosalindplowright.com/AllStarsGallery/Maddelna_Andrea_Chenier_ROH_1984_with_Jose_
Carreras.jpg
Coro jovem
http://z.about.com/d/webclipart/1/0/p/z/2/sing12.gif
Garoto cantando
http://thumbs.dreamstime.com/thumb_179/1188378647htf8w0.jpg
Farinelli, o castrati
http://mediatheque.ircam.fr/sites/voix/images/oeuvres/farinelli1.jpg
Maria Callas
http://www.warnerclassicsandjazz.com/assets/artist/images/825646%209814‐
4%201_callas_rgb_72dpi_wtih‐spine_low‐res_crop.jpg
Cassia Eller
http://4.bp.blogspot.com/_‐
XPnDCUY4S8/SG5ykz9wNvI/AAAAAAAAAgI/erToeMWUj6M/s320/CassiaEller.jpg
Os 3 tenores
http://www.estadao.com.br/fotos/pavarotti9.jpg
Barroco mineiro: pintura de Ataíde
http://www.historiamais.com/ataide.jpg
J. S. Bach
http://pt.wikipedia.org/wiki/Johann_Sebastian_Bach
Jongo da serrinha
http://www.jornaldosamba.blogger.com.br/jongo_da_serrinha.jpg
56. 56 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
Dançando o jongo
http://www2.petrobras.com.br/cultura/images/espacovirtual/galerias/encontro_de_jongueiros_10.jpg
Ciranda (pintura de Aracy)
http://s3.amazonaws.com/rede_prod/assests/0047/2791/Aracy_ciranda_de_roda_30X40_thumb.jpg
Lia de Itamaracá
http://www.estadao.com.br/fotos/lia2.jpg
Cateretê
http://www.salesianost.com.br/ens_fund/7ano/diversidades_brasil/7f/sudeste2/02051.jpg
Frevo
http://www.ufrpe.br/arquivos/upload/frevo3.JPG
Bateria
http://g1.globo.com/Carnaval2008/foto/0,,12124450‐EX,00.jpg
Haendel
http://www.mucd.de/Bilder/haendel2.jpg
Monteverdi
http://www.iicchicago.esteri.it/IIC_Chicago/webform/..%5C..%5CIICManager%5CUpload%5CIMG%5C%5
CChicago%5Cmonteverdi_1.jpg
Pachelbel
http://www.ofletters.com/composers/pachelbel.jpg
Rameau
http://www.circolodellamusicaimola.eu/2007_2008/3_marzo/Jean‐Philippe_Rameau.jpg
Inatrumentos primitivos
www.canalkids.com.br/arte/danca/baila.htm
Regional de choro
http://www.agemaduomi.com.br/_casadasmaquinas/_historia‐do‐choro.jpg
Led Zeppelin
http://www.rocumentaries.com/pics/led‐zeppelin‐1972‐20060902‐03.jpg
Quarteto de cordas
http://zerohora.clicrbs.com.br/rbs/image/3978376.jpg
Bumba meu boi
http://www.badaueonline.com.br/dados/imagens/bumba%20boi.jpg
Rei e rainha do maracatu
http://www.krulik.com.br/cite/images/01_Rainha_Maracatu.jpg
Alfaias
http://www.imageandnarrative.be/worldmusica/images/bart02.jpg
Calunga
http://iconacional.blogspot.com/2008/08/blog‐post.html
Pastoril
http://www.pirenopolis.com.br/fotos/pastorinhas
57. 57 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO: ELEMENTOS DA MÚSICA
I. Leia a partitura musical Ciranda da Lia e faça os itens a seguir (ver no portal):
1. O tipo de compasso é ...............................................
2. A figura de ritmo de maior duração nesta música chama‐se .......................................
3. Discrimine o(s) compasso(s) em que esta figura mais longa aparece:
..........................................
4. As demais figuras de ritmo são:
Nome:...................................... Desenho: Valor:....................
Nome: ..................................... Desenho: Valor: ..................
5. No compasso de nº ___ há uma pausa de ...................................., que vale ...........
tempo(s).
6. Há sinal de repetição? Qual?......................................................................
7. Em que compassos aparecem ligaduras?
....................................................................................................................
8. As três notas iniciais são ............., .............. e .............
9. A música termina com a nota ...........
II. Preencha a tabela abaixo, identificando o nome da figura, o desenho, a pausa e o número
que a representa:
Nome da figura Desenho da figura Pausa da figura Número da figura
Semibreve
4
Colcheia
16
III. Complete somente onde precisar com figuras de ritmo ou pausas:
58. 58 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO:
ELEMENTOS DA MÚSICA
Maracatu misterioso / O meu boi morreu (ver no portal)
EXERCÍCIO:
1) A partitura está em compasso ................................................
2) O sinal de repetição chama‐se ............................................................ e indica que se
deve repetir entre os compassos de nº ___ e ____.
3) Em toda a música há somente pausas de ...........................................Cada uma vale
............. de tempo. Elas estão nos compassos .........., .......... e ...........
4) Os nomes das notas do 3º compasso são: .........., ......., ......., ......., .......... e ...........
5) Há notas duplicadas em 8ªs. nos compassos .......... e .............
6) Os nomes das notas do 10º compasso são : ......., ......, ......, ......., ......., ......, ...... e .........
7) Desenhe a figura de ritmo de maior duração nesta música: .......................................
8) Desenhe a figura de ritmo de menor duração nesta música: ..........................................
EXERCÍCIO – Elementos da música:
a) Dar nome às notas:
b) Desenhar a escala de dó ascendente e descendente em semibreves:
b) Dividir com barras os compassos abaixo:
59. 59 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO:
A VOZ E OS CONJUNTOS VOCAIS
1. Marque as atitudes corretas para ser um bom cantor:
( ) Pronunciar claramente as sílabas e as palavras.
( ) Estar sempre de boa aparência.
( ) Usar uma expressão que permita ao ouvinte captar o sentido do que está transmitindo.
( ) Confiar na intuição, desprezando o preparo vocal.
( ) Manter‐se relaxado, sem levantar os ombros.
( ) Fazer exercícios para aumentar sua capacidade pulmonar.
2. O que é o aparelho fonador?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
3. O que é tessitura?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
4. A “muda vocal” ocorre em que fase de idade?
_________________________________________________________________
5. Por que a “muda de voz” é mais evidente no sexo masculino do que no feminino?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
6. No Brasil, comumente classificamos as vozes infantis em ______________________________ e
__________________________________.
7. Complete o quadro das vozes femininas:
Voz aguda
Voz média
Voz grave
8. Complete o quadro das vozes masculinas:
Voz aguda
Voz média
Voz grave
9. O que são conjuntos mistos?
_________________________________________________________________
10. Dê um exemplo de pequeno conjunto vocal e outro de grande número de pessoas:
____________________________
____________________________
60. 60 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO:
LINHAS SUPLEMENTARES
Há notas que ficam acima ou abaixo do pentagrama porque a maior parte dos instrumentos
musicais e das vozes pode alcançar mais notas do que apenas aquelas que ficam nas cinco linhas e
quatro espaços. Estas outras notas se escrevem acima ou abaixo do pentagrama sobre umas linhas
pequenas, às quais denominamos:
• Linhas suplementares superiores
• Linhas suplementares inferiores
As sete notas musicais se repetem em seqüência ascendente desde a região sonora gravíssima
à agudíssima, assim como em seqüência descendente, isto é, da agudíssima para a gravíssima. Um dos
modos de facilitar a identificação de qual “dó” deseja‐se que você toque ou escreva na pauta musical é
através da numeração da escala (série de notas). É muito fácil!
Coloque os nomes nas notas:
Escreva no pentagrama as notas:
sol3 ré3 dó3 dó4 si3 ré4 sol4 lá4 mi4
Seqüência 3 = compreende o dó central (médio) até ao si.
Seqüência 4 = compreende o dó no 3º espaço até ao si suplementar superior
61. 61 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO:
ELEMENTOS DA MÚSICA
De acordo com partitura musical abaixo, coloque V quando verdadeiro ou F quando
falso às afirmações que se seguem:
Ó ABRE ALAS
(marcha de carnaval)
Chiquinha Gonzaga
a) ( ) A figura rítmica de maior duração é a mínima.
b) ( ) Andante indica tocar a música em andamento moderado.
c) ( ) A música tem, no total, 11 compassos.
d) ( ) A nota lá3 em colcheia do 6º compasso está ligada a uma nota de igual
duração e altura.
e) ( ) A nota mais aguda que aparece é um mi4.
f) ( ) A nota ré4 aparece seis vezes na partitura.
g) ( ) Na música há seis tipos de pausas.
h) ( ) O final da música é no compasso 9.
i) ( ) O sinal de intensidade diz que a música deverá ser tocada suavemente.
j) ( ) D.S. al Fine indica repetição da música a partir do sinal até a palavra Fine.
62. 62 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO:
CONJUNTOS MUSICAIS
Correlacione as duas colunas:
A‐ Pequeno conjunto
instrumental
( ) Orquestra Sinfônica
B‐ Pequeno conjunto vocal ( ) Duo de vozes masculinas
C‐ Grande conjunto
instrumental
( ) Coro do Teatro Municipal do Rio de
Janeiro
D‐ Grande conjunto vocal ( ) Quarteto de Cordas
Responda:
a) O que é uma Banda de Música militar ou civil? Cite nomes de três instrumentos
característicos.
............................................................................................................................................
............................................................................................................................................
............................................................................................................................................
............................................................................................................................................
b) O que é um regional de choro? Cite nomes de três instrumentos característicos.
............................................................................................................................................
............................................................................................................................................
............................................................................................................................................
............................................................................................................................................
63. 63 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO:
CONJUNTOS INSTRUMENTAIS
A Orquestra Sinfônica é formada por vários instrumentos das famílias de
metais, madeiras, cordas e percussão. Cada músico desempenha a sua função para
que o conjunto seja harmonioso. Dê o nome às famílias de instrumentos conforme o
desenho abaixo:
Classificação dos instrumentos musicais:
Os instrumentos musicais são classificados conforme o material de que são
confeccionados e a forma como o som é produzido. Complete com a classificação
correta:
________________________são os instrumentos que produzem som por meio
do ar, como flautas e trompetes, por exemplo.
_____________________________ são os instrumentos que produzem som
pela vibração de cordas, tais como o violão, o violino e a harpa.
_____________________________________ são os instrumentos que
produzem som por meio da vibração de membranas, como é o caso dos
tambores em geral.
_____________________________ são instrumentos que produzem som
através da vibração de seu próprio corpo, como é o caso das claves e sinos.