O documento descreve:
1) A especulação financeira cresceu no final do Império devido à necessidade de pagar salários após a abolição;
2) O primeiro governo republicano emitiu moeda sem lastro, causando inflação;
3) Isso levou à crise financeira de 1893, com falência de empresas e pânico na bolsa.
1. 2
República Velha
1889 a 1930
1
Que república é essa?
Com a queda do império era preciso definir um modelo
de república para o Brasil. Sem muita força surgiu a
proposta de um governo nos moldes da república
jacobina francesa, outra ideia inspirava-se no
positivismo de Augusto Comte e a corrente mais forte
seguia o modelo Norte-americano.
A pátria de Pedro Bruno
Bandeira do Império
Primeira republicana
Republicana definitiva
2. República Velha
Projetos para a República
Os projetos positivista e estadunidense dividiram as atenções no início do novo
governo brasileiro, mas por fim podemos dizer que o primeiro se apropriou dos
símbolos enquanto o segundo foi a base de nossa república.
Positivismo
Corrente de pensamento atribuída ao filósofo francês Augusto Comte. Os
positivistas brasileiros acreditavam que a construção da nação passava por uma
organização dos órgãos governamentais.
Norte-americano
2
A estrutura da república Norte-americana inspirou o ministro
Rui Barbosa na confecção dos principais artigos da
Constituição republicana de 1891. Segue exemplos abaixo:
A República
Federativa: Estados autônomos e federação soberana
Bicameral: Duas câmaras legislativas
Presidencialista
Estado laico: Separado da religião
3. Governo provisório – 1889 a 1891
Marechal Deodoro da Fonseca
O ideal republicano cresceu muito entre os militares
sobretudo após a guerra do Paraguai, mas ficou
claro que a participação dos militares no início do
governo republicano tinha como principal finalidade
afastar o povo do novo governo.
Crise do Encilhamento: O Ministro da fazenda Rui
Barbosa causou um processo inflacionário quando
República Velha
República da Espada
Marechal Deodoro da Fonseca
3
Constituição 1891
Voto: aberto
Eleitores: Homens a partir de 21 anos, exceto analfabetos
Capital: Rio de Janeiro, prevendo a mudança para o interior do país.
Uma assembleia constituinte foi formada, mas os principais artigos da
Constituição foram redigidos pelo ministro Rui Barbosa.
Imprimiu muito dinheiro sem lastro de ouro. Com a desvalorização da moeda
muitas empresas quebraram causando desespero na bolsa de valores.
4. Marechal de ferro – 1891 a 1894
Marechal Floriano Peixoto
Vice de Deodoro da Fonseca, assumiu a presidência
após a primeira revolta da armada e reprimiu os
movimentos contra a república com violência, por
isso foi chamado de Marechal de ferro.
Marechal Floriano Peixoto
4
República da Espada
Marinheiros acusavam o exército de governar
sozinho, queriam a renúncia do Marechal Floriano
Peixoto e exigiam novas eleições. O levante foi
suprimido no Rio, mas ressurgiu em Florianópolis e
durou até 1894 quando foram derrotados.
Segunda Revolta da armada 1891 a 1894
O Marechal Deodoro tinha dificuldade de atender as várias reivindicações das
oligarquias, por isso fechou o Congresso e em represália os marinheiros se
revoltaram. A consequência dessa revolta foi a renúncia do Marechal.
Primeira Revolta da armada 1891
República Velha
5. Coronelismo
Voto de Cabresto
Clientelismo
Mandonismo / autoridade local, donos de terra
- Voto aberto
Eleitores eram levados pelo “cabresto” para votarem nos candidatos dos
coronéis.
Prática que faz do eleitor um cliente
que acaba devendo favores aos
políticos locais.
Oligarquia é um governo restrito a um pequeno grupo. No Brasil eles eram
formados por grandes proprietários de terras.
República Velha
República Oligárquica
5
Convênio de Taubaté
Ficou decidido que todo o excedente da
colheita de café seria comprado pelo
estado.
Voto de cabresto
6. Política do café com leite
Com o voto de cabresto e o clientelismo, as
eleições tornavam-se previsíveis, por isso,
políticos paulistas e mineiros conseguiam
manter uma política em que se alternavam na
presidência do Brasil.
Café
São Paulo
Terra roxa
Oeste paulista
Leite
Minas Gerais
Queijo minas
Doce de leite
República Velha
República Oligárquica
6
7. Política dos governadores
Política criada pelo Presidente Campos
Sales, nela os governadores mandavam
para o Distrito Federal (RJ) deputados
alinhados com os interesses do presidente,
que em troca, dava total liberdade aos
governadores.
República Velha
República Oligárquica
7
Em 1898 o presidente Campos Sales viajou para Inglaterra em busca de
empréstimos para combater a inflação gerada na crise do encilhamento. Os
banqueiros ingleses liberaram os empréstimos com garantias absurdas.
Funding Loan
8. Cangaço
Na falta de presença do Estado, jovens desempregados
vão praticar o chamado banditismo social.
Quando: desde o II Reinado até Getúlio Vargas
Onde: Sertão nordestino
Quem: cangaceiros, Lampião (o mais famoso)
A favor de: banditismo social
Contra: coronéis rivais ao contratante
Fim: completamente reprimido na década de 1940
República Velha
República Oligárquica
Questões rurais
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9. Revoltas Messiânicas
Na ausência da igreja surgiram
no interior do Brasil líderes
chamados messiânicos.
República Velha
República Oligárquica
Questões rurais
Quando: 1896-97
Onde: Sertão da Bahia
Quem: Antônio Conselheiro e miseráveis
A favor de: uma comunidade religiosa e
igualitária
Contra: autoridade republicana
Fim: vitória do exército republicano
Quando: 1912-16
Onde: divisa do Paraná com Santa Catarina
Quem: Beato João Maria (pioneiro), José
Maria (conflito), pequenos e médios
proprietários
A favor de: saída dos exploradores
Contra: ferrovia Brazil Railway (EUA) e o
governo brasileiro
Fim: vitória do exército republicano
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Contestado
Canudos
10. Bota abaixo 1902 a 1906
Pereira Passos foi o prefeito da cidade do Rio de Janeiro, que teve o apoio do
Presidente Rodrigues Alves para fazer da capital da república “a Paris dos
trópicos”. No alargamento e construções de vias, antigos cortiços foram colocados
abaixo e milhares de pessoas ficaram sem moradia.
República Velha
República Oligárquica
Questões urbanas
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Reforma Passos:
Avenida central- atual Rio Branco
Avenida beira-mar
Modernização do porto
Museu nacional de arte moderna
Biblioteca nacional
Teatro municipal
Pereira Passos
Avenida Central
Teatro Municipal
11. Revolta da Vacina 1904
República Velha
República Oligárquica
Questões urbanas
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O sanitarista Oswaldo Cruz foi chamado pelo então presidente Rodrigues Alves
para fazer uma reforma sanitarista na cidade do Rio de Janeiro. O povo cansado
com o autoritarismo do governo que já havia arbitrariamente derrubado os
cortiços não aceitou a obrigatoriedade da vacinação.
Bota abaixo + Vacinação obrigatória = Revolta da vacina
Quando: 1904
Onde: Rio de Janeiro
Quem: População urbana
Contra: Autoritarismo / imposição do governo.
Fim: Após uma semana de muita revolta a
vacinação deixou de ser obrigatória.
12. República Velha
República Oligárquica
Questões urbanas
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Quando: 1910
Onde: Rio de Janeiro
Quem: Líder João Cândido “Almirante negro”
A favor de: Melhores soldos
Contra: Castigos físicos- chibatadas
Fim: Foram presos e expulsos da marinha.
João Cândido
Revolta da Chibata
O espaço urbano também foi um terreno fértil para as revoltas durante a
República Velha. Já estudamos a primeira e a segunda revolta da armada, agora
vamos estudar outras questões que agitaram a cidade.
João Cândido era gaúcho, ingressou na marinha e teve oportunidade de
conhecer a Inglaterra quando o Brasil adquiriu os encouraçados São Paulo e
Minas Gerais, de volta ao Brasil numa revolta exigiu o fim dos maus tratos aos
marujos, mas acabou expulso da marinha, se tornou pescador e morreu em São
João de Meriti.
13. República Oligárquica
Questões urbanas
Quando: 1917
Onde: Rio, São Paulo e Rio Grande do Sul
Quem: 70 mil operários
A favor de: Melhores salários e condições
de trabalho
Fim: Algumas empresas atenderam as
reivindicações Greve geral
José Martinez
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A greve se tornou a maior do mundo depois que uma ação policial causou a morte
do operário espanhol José Martinez. Na República Velha as questões trabalhistas
eram casos de polícia.
A primeira guerra mundial ocasionou a diminuição das importações e
consequentemente inflacionou os preços dos produtos, tornando os salários cada
vez mais defasados.
Entre os imigrantes italianos e espanhóis vieram muitos anarquistas que
mobilizaram os operários e fundaram o anarcossindicalismo no Brasil.
Greve geral de 1917
República Velha
14. Semana de arte moderna de 1922
República Velha
República Oligárquica
Questões urbanas
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Os artistas brasileiros se inspiraram no cubismo e futurismo europeu e
apresentaram no Teatro Municipal de São Paulo um movimento artístico que
inaugurou o modernismo no Brasil, apesar da influência estrangeira os vários
artistas do movimento buscaram usar elementos da cultura brasileira em suas
obras.
Alguns artistas:
Abapuru
Tarsila do Amaral
Pintores:
Anita Malfatti
Tarsila do Amaral
Di Cavalcante
Escritores:
Mario de Andrade
Oswald de Andrade
Música:
Heithor Villa-Lobos
15. Em busca de uma maior participação na república surgiram várias revoltas
tenentistas pelo Brasil. São elas:
- Os 18 do Forte de Copacabana 1922
- Revolta paulista 1924
- Coluna gaúcha/ Prestes 1925 a 1927
República Velha
República Oligárquica
Questões urbanas
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No fim da república velha percebemos um crescente descontentamento daqueles
que queriam uma maior representatividade e pediam a reforma educacional, o fim
da república oligárquica, da política do café com leite, do voto de cabresto e das
fraudes eleitorais. Entre os descontentes estavam as classes médias, outras
oligarquias, a burguesia industrial e os oficiais de baixa patente.
Por uma nova república
Tenentismo
Marcha dos 18 do forte
16. 1. UERJ 2ªprova2001q73
Um dos documentos mais curiosos para a história da grande data de 15 de
novembro consiste, a nosso ver, no aspecto inalterável da rua do Ouvidor, nos
dias 15, 16 e 17, onde, a não ser a passagem das forças e a maior animação
das pessoas, dir-se-ia nada ter acontecido. Tão preparado estava o nosso país
para a República, tão geral foi o consenso do povo a essa reforma, tão
unânimes as adesões que ela obteve, que a rua do Ouvidor, onde toda a nossa
vida, todas as nossas perturbações se refletem com intensidade, não perdeu
absolutamente o seu caráter de ponto de reunião da moda.
(Adaptado de THOME, J.“Crônica do chic”. 1889. Apud PRIORE, M.D. et alli. Documentos
de História do Brasil: de Cabral aos anos 90. São Paulo: Scipione, 1997.)
“Em frase que se tornou famosa, Aristides Lobo, o propagandista da República,
manifestou seu desapontamento com a maneira pela qual foi proclamado o novo
regime. Segundo ele, o povo, que pelo ideário republicano deveria ter sido
protagonista dos acontecimentos, assistira a tudo bestializado, sem
compreender o que se passava, julgando ver talvez uma parada militar.”
(CARVALHO, J. M. Os bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi. São
Paulo: Companhia das Letras, 1987)
Questões UERJ
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17. Nos textos apresentados, encontram-se as opiniões de dois observadores do fim
do século XIX - José Thome e Aristides Lobo - a respeito da Proclamação da
República.
A divergência entre as posições dos autores sobre o evento refere-se ao seguinte
aspecto:
a) ideário republicano
b) reação da população
c) caráter elitista do movimento
d) caracterização política do regime
17
Questões UERJ
18. 2. UERJ 1ªprova2001q75
“A bandeira brasileira não exprime a política nem a história. É um símbolo da
natureza: floresta, ouro, céu, estrela e ordem. É o Brasil-jardim, o Brasil-paraíso
terrestre. O mesmo fenômeno pode ser observado no Hino Nacional, que canta
mares mais verdes, céus mais azuis, bosques como as flores e nossa vida de
'mais amores'. (...) O mito do país-paraíso nos persuade de que nossa
identidade e grandeza se acham predeterminadas no plano natural: somos
sensuais, alegres e não-violentos.”
(CHAUÍ, Marilena. Folha de São Paulo, 26/03/2000.)
A construção desse mito tem como pressuposto a seguinte posição ideológica:
a) sentimentos patrióticos estimulam a crítica popular
b) acontecimentos políticos independem das lutas sociais
c) momentos sangrentos impõem a afirmação nacionalista
d)fanatismos religiosos determinam a estrutura socioeconômica
18
Questões UERJ
19. 3. UERJ exame final2004q12
A febre especulativa começou ainda sob o Império (...). A libertação dos
escravos provocara o súbito aumento da necessidade de pagar salários e os
fazendeiros sentiam carência de dinheiro (...). [O] primeiro governo republicano,
(...) convicto de que a circulação monetária era insuficiente e, ademais, aberto a
idéias de industrialização, (...) estabeleceu um mecanismo de bancos privados
emissores, o que incitou ainda mais a especulação (...).
(GORENDER, Jacob. A burguesia brasileira. São Paulo: Brasiliense, 1986.)
O processo descrito acima ilustra a seguinte política econômica desenvolvida no
governo provisório de Deodoro da Fonseca, de 1889 a 1891:
a) creditismo
b) federalismo
c) naturalização
d) encilhamento
19
Questões UERJ
20. 4. UERJ 1998q38
(...) Estão em greve presentemente, nesta capital, cerca de 15 mil operários, e à
hora em que escrevemos, nada faz prever que esse número decresça tão cedo.
Ao contrário, há justificados receios de que o movimento aumente ainda, caso
não se encaminhem as desinteligências para um acordo satisfatório e eqüitativo.
(O Estado de São Paulo, 12/07/1917. Citado por TREVISAN, Leonardo. A República Velha.
São Paulo, Global, 1982.)
O movimento operário, durante as primeiras décadas do regime republicano no
Brasil, caracterizou-se pela existência de:
a) apoio de trabalhadores rurais, que participaram de várias greves organizadas
b) partidos de tendência anarquista, que foram responsáveis pela greve geral de
1917
c) reivindicações políticas, que foram atendidas por legislação implantada na
década de 20
d) lideranças de imigrantes europeus, que traziam a experiência de organização
de seus países de origem
20
Questões UERJ
21. 5. UERJ exame final2004q21
Estranho pensar que nesse tempo [início do século XX] a contenção da febre
amarela teve prioridade na ação do governo brasileiro, que pouco – ou nada –
investia contra a tuberculose, doença que mais matava (...).
A existência da febre amarela no Brasil assustava os imigrantes europeus (...).
Por outro lado, a tuberculose acometia um maior número de negros e mestiços.
(COSTA, A. M. da & SCHWARCZ, L.M. 1890-1914: no tempo das certezas. São Paulo:
Companhia das Letras, 2000.)
CEM ANOS DEPOIS, AS MESMAS DOENÇAS
Ainda temos problemas comuns do início do século [passado] (...). Se não
tivermos vontade política, não mudaremos essa situação nem a longo prazo (...).
Precisamos de políticas de saúde integradas a áreas como educação.
(MEDRONHO, Roberto. Jornal do Brasil, 30/09/2003.)
Os trechos acima, embora referindo-se a contextos temporais diferentes,
retratam o mesmo problema: a situação da saúde pública no Brasil.
21
Questões UERJ
22. Comparando a primeira e a última década do século XX, quanto a essa questão,
percebe-se que ambas se caracterizaram no Brasil por:
a)uso político das ações do governo com resultados momentâneos e pouco
eficazes
b)campanhas impopulares de vacinação com revoltas sociais e intenso debate na
imprensa
c)diminuição na oferta de serviços hospitalares e medicamentos com impacto
populacional
d)avanço de epidemias em descompasso com o desenvolvimento da medicina e
da higiene pública
Gabarito:1.b2.b3.d4.d5.a
FIM
Questões UERJ