A obra rara Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida, publicada em 1941, é uma edição especial , com tiragem reduzida e ricamente ilustrada por Francisco Acquarone.
2. A Biblioteca Central da UCS
dispõe em seu acervo de obras
raras a edição especial de
"Memórias de um sargento de
milícias" de 1941, e deste volume,
o primeiro da Biblioteca de
Literatura Brasileira, foram tirados
200 exemplares em papel vergé,
numerados de 1 a 200 e, 2.200
exemplares em papel buffon,
numerados de 201 a 2.400. O
exemplar de número 158, acha-se
pomposamente ilustrado por
Francisco Acquarone (1898-1954)
3. Acquarone foi pintor,
caricaturista, ilustrador, professor,
escritor e crítico que frequentou a
Escola Nacional de Belas Artes.
Como jornalista trabalhou
ilustrando o periódico Dom
Quixote em 1918 e também
colaborou com o jornal A Noite e
Dom Casmurro. Seu
reconhecimento dá-se a partir de
seu desempenho como
historiador da arte quando
publica obras relacionadas a
História da Arte no Brasil.
4. Romancista e cronista carioca, o autor Manuel Antônio de Almeida
(1831-1861), viveu apenas trinta anos e nesse período foi um
impulsionador das Letras brasileiras. Sua produção prestigiada foi
"Memórias de um sargento de milícias", publicada em forma de folhetins
entre os anos de 1852 e 1853 no Correio Mercantil, um periódico do Rio
de Janeiro.
5. O gênero picaresco surgiu a
Almeida, através das memórias
contadas por um colega de
jornal, um antigo sargento
comandado pelo Major que
deu inspiração ao
protagonista homônimo do
livro, Leonardinho, um
característico malandro
brasileiro que, abandonado
pelos pais portugueses, foi
criado pelo compadre
barbeiro, que almeja vê-lo
formado em Direito ou
exercendo a função de padre.
6. Porém, dado a malandragem, o
menino travesso não se
empenha em uma ocupação
que lhe garanta algum sustento,
e ainda assim, no final do
romance, Leonardinho se casa
e com as heranças recebidas
por intermédio do enlace
matrimonial, acaba "dando-se
bem na vida" sem esforçar-se.
7.
8. A obra em seu estilo é inovadora em sua época, pois há um rompimento
com o modelo aristocrático até então retratado, mostrando a
simplicidade do ambiente e da linguagem da sociedade brasileira,
diferindo em partes do romance pícaro original.
9. Neste sentido, Manoel Antonio de
Almeida, é considerado por
alguns analistas como um escritor
de transição do Romantismo para
o Realismo, trazendo ao enredo
temas até então não abordados
pelos romancistas. Sua morte
prematura ocorre durante uma
viagem de campanha política,
quando almejava uma cadeira de
deputado provincial,
naufragando no vapor Hermes
próximo a Macaé no Rio de
Janeiro.
10. REBÊLO, Marques. Bibliografia de Manuel Antônio de Almeiiiiiida. Rio
de Janeiro: Instituto Nacional do Livro, 1951.
https://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/memorias-de-um-
sargento-de-milicias-analise-da-obra-de-manuel-antonio-de-almeida/
https://www.bbm.usp.br/node/100
http://www.academia.org.br/academicos/manuel-antonio-de-
almeida/biografia
http://www.portalsaofrancisco.com.br/biografias/manuel-antonio-de-
almeida
http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa713/francisco-
acquarone
Bibliografia de Manuel Antônio de Almeida
Fontes e links
11. Texto elaborado por:
Editoração:
Revisão e Colaboração:
ALMEIDA, Manuel Antônio de; ACQUARONE, Francisco.
.
. São Paulo: Livraria Martins, 1941.
Elisiane da Silva Soares
Clara Leidens da Silva
Ana Guimarães Pereira
Paula Fernanda Fedatto Leal
Memórias de um
sargento de milícias.