O documento discute o cuidado de pacientes oncológicos cirúrgicos de cabeça e pescoço, cobrindo:
1) Os tumores mais comuns nessa região e sua histologia;
2) Fatores de risco para câncer de cabeça e pescoço;
3) Desnutrição e complicações relacionadas ao tratamento.
2. Tumores de maior incidência em Cabeça
e Pescoço
• Lábio e cavidade oral
• Faringe
• Laringe
• Cavidade nasal e seios paranasais
• Trato aerodigestivo superior
• Glândulas salivares maiores
• Glândula tireóide
Parise, O; Kowalski, LP; Lehn,C. 2008
3. Histologia mais comum
• Lábio e cavidade oral- CEC
• Faringe- CEC (nasofaringe- CARCINOMA INDIFERENCIADO)
• Laringe- CEC
• Cavidade nasal e seios paranasais- CEC
• Glândulas salivares maiores- CA MUCOEPIDERMÓIDE
• Glândulas salivares menores: CA ADENÓIDE CÍSTICO
• Glândula tireóide - CA PAPILÍFERO
• Glândula paratireóide- CARCINOMA
Parise, O; Kowalski, LP; Lehn,C. 2008
4. Fatores de risco para câncer de cabeça e
pescoço
Extrínsecos
• Meio ambiente
• Trabalho (carcinógenos)
• Hábitos (tabaco, álcool, dieta
pobre em carotenóides e rica
em gordura animal)
• Vírus (boca, orofaringe,
laringe)*
• Má higiene oral
• Refluxo gastro-esofágico
Alterações genéticas e
moleculares
• Ph em LMC
• CEC- 5ª neoplasia + comum no mundo,
90% acometem etilistas e tabagistas
• Uso regional de Betel (Índia, Sudeste
asiático)
• HPV
• Mutações p53
• Futuro: identificar aspectos biomoleculares
dos tumores para predizer seu
comportamento e tratá-los exclusivamente;
• Síndromes *, acúmulo de aberrações
genéticas
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5. Desnutrição e Câncer
• Alta prevalência em pacientes oncológicos
• 48 e 66% apresentam desnutrição na 1ª internação
hospitalar
• Anorexia (fatores anoréticos, citocinas)
• Anormalidades no metabolismode CH, P e G
• Dor e/ou obstrução do TGI
• Agressão terapêutica
• ↑ gasto energético devido ao tumor
Parise, O; Kowalski, LP; Lehn,C. 2008
6. Complicações e desnutrição
Quimioterapia
• Metabolismo
• Indução a náuseas,
vômitos, diarréia
• Alterações da
sensação gustativa
• Anorexia
• Aversão a
alimentos
Radioterapia
• Inflamação
• Dor
• ↓ salivação
• Cáries
• Alt percepção
gustativa
• Estomatite
• Infecções orais
• Trismo
• Disfagia
• Odinofagia
• Perda da distinção
entre amargos e doces
Cirurgia:
•Infecção
• deiscência de suturas
• NPT pré-operatória?
Parise, O; Kowalski, LP; Lehn,C. 2008
7. Acompanhamento e Tratamento
Adjuvante
Princípio do tratamento cirúrgico:
Preparo pré-op, planejamento cirúrgico e pós
operatório cuidadoso aumento da sobrevida
com qualidade de vida
Parise, O; Kowalski, LP; Lehn,C. 2008
8. Sobrinho, A . 2001; Kowalski, LP. 2003
Parise, O; Kowalski, LP; Lehn,C. 2008
Acompanhamento e Tratamento Adjuvante
Pós operatório
aumento da sobrevida
com qualidade de vida
O Princípio do tratamento
cirúrgico em CP
Pré-operatório
Preparo e planejamento
cirúrgico
9. Sobrinho, A . 2001; Kowalski, LP. 2003
Parise, O; Kowalski, LP; Lehn,C. 2008
Acompanhamento e Tratamento Adjuvante
Carcinomas de VADS- disseminação linfática
Necessita equipe interdisciplinar:
Radioterapeuta, oncologista
clínico; dentista, enfermeiro,
nutricionista, fonoaudiólogo,
psicólogo, assistente social
Melhores resultados de
sobrevida, permite análise
patológica e estadiamento,
margens, prognóstico
Tratamento cirúrgico e locorregional
10. Sobrinho, A . 2001; Kowalski, LP. 2003
Parise, O; Kowalski, LP; Lehn,C. 2008
Acompanhamento e Tratamento Adjuvante
o Margens livres de doença: de histológicas (hoje) para moleculares
recidivas ou tu residual?
o Cirurgia centrípeta: pescoço-> tu primário; ressecção completa,
margem exígua; ressecção em monobloco (tu e LND); ECR clássico:
preserva estruturas não linfáticas: m. ECM, VJI, n. acessório;
esvaziamentos seletivos para cada etiologia; protocolos de
preservação de órgãos (quimiorradioterapia)
Carcinomas de VADS - disseminação linfática
11. Sobrinho, A . 2001; Kowalski, LP. 2003
Parise, O; Kowalski, LP; Lehn,C. 2008
Acompanhamento e Tratamento Adjuvante
Tipos de Cirurgias:
o Curativa – podem ser:
- Em monobloco- ressecção do tumor e cadeia ganglionar
- Em dibloco- distância entre lesão e cadeia linfática
o Paliativa
o Preventiva
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Parise, O; Kowalski, LP; Lehn,C. 2008
Acompanhamento e Tratamento Adjuvante
Reconstrução
o Imediata sempre que possível
o O mais simples possível
o Permitem estender a radicalidade da cx e tornar operáveis tu
craniofaciais, cavidade oral e faringe
o Retalhos locais: de avanço, rotação, ilhados, rombóides
o Retalhos regionais: fascio-cutâneos e miocutâneos, retalhos livres
mio-cutâneos (pedículo vascular)
o Permitem além de reconsntrução, , trânsito faringo-esofágico e
diminuição das taxas de fístulas, deiscências, perda parcial de
retalho, estenose
13. Indicações de traqueostomia
• Obstrução de VADS por tumor
• Entubação difícil (trismo, fibrose actínica cervical)
• Entubação atrapalha procedimento cirúrgico
• Edema de VAS (cx de boca, faringe, orofaringe,
laringe, mandíbula)
• Previsão de broncoaspiração (cx orofaringe, laringe)
• Paralisia de CV
Sobrinho, A . 2001; Kowalski, LP. 2003
Parise, O; Kowalski, LP; Lehn,C. 2008
14. Cuidados pré-operatórios
• Suspensão do tabaco em 4-5 semanas antes da cx
• Dentista
Exodontias prévias ou durante a cx para remoção de focos
infeciosos, confecção de próteses obturadoras
• Avaliação nutricional e fonoterápica
suporte nutricionale reabilitação
• Orientação de enfermagem
• Tricotomia em SO
• Abtibioticoprofilaxia
Sobrinho, A . 2001; Kowalski, LP. 2003
Parise, O; Kowalski, LP; Lehn,C. 2008
15. Cuidados pós-operatórios
Foco na
Cicatrização:
Início de RXD
adjuvante indicada em
até 6 semanas
Acompanhamento
clínico
Fisioterapia
Mobilização de
secreção
Deambulação precoce
Enfermagem
Controle de dor,
cuidados com estoma,
SNE, FO e retalhos)
Fonoaudiologia
(treino de deglutição,
monitoramento da
aspiração, indicação
da troca da cânula)
Nutrição
Apoio nutricional,
hidratação,
alimentação via SNE
Tratamento
adjuvante e
Reabilitação
16. Assistência de Enfermagem nos Estomas
Respiratórios
Um olhar sobre o paciente traqueostomizado
• Comunicação prejudicada
• Queda de autoestima , distúrbio de autoimagem
• Medo da hostilização
• Insegurança respiratória (aumento de secreção, dependência,
queda na qualidade do sono, limitação na higiene física)
• tendência ao isolamento, diminuição brusca de convivência,
limitação de deslocamentos
• Resistência à decanulação após períodos prolongados de uso
• Prejuízo da atividade sexual, exercícios físicos
17. Assistência de Enfermagem nos
Estomas Respiratórios
Ganho
de bem
estar
Apoio
familiar
Orientaçã
o precisa
15% dos carcinomas da laringe têm DNA de HPV, estes são distintos e podem estar associados à sobrevida
ANEMIA DE FALCONI, SD DE Li fraumenii, sd de bloom, xeroderma pigmentoso