2. Tem-se ignorado sistematicamente o eixo de desenvolvimento pessoal,
confundindo “formar” e “formar-se”, não se compreendendo que as lógicas
profissionais nem sempre correspondem às lógicas do processos formativos.
Por norma não se valoriza a lógica da formação com a lógica dos projectos que
singularizam e identificam cada empresa
3. Este duplo “esquecimento” inviabiliza que a
formação se apresente, numa grande maioria
das vezes, como um eixo de referência ao
, numa dupla perspectiva do
e
4. Formador é a pessoa.
E uma parte
importante da pessoa
é o formador (Nias,
1991)
5. Desta forma, torna-se premente (re)encontrar
espaços de interacção entre as dimensões pessoais
e profissionais, permitindo aos formadores
apropriarem-se dos seus processos de formação e
darem-lhe um sentido no quadro das suas próprias
histórias de vida
8. Devolver à experiência o lugar que merece na aprendizagem dos
conhecimentos necessários à existência (pessoal, social e profissional) passa
pela constatação de que o sujeito constrói o seu saber activamente ao longo
do seu percurso de vida. Ninguém se contenta em receber o saber, como se
ele fosse trazido do exterior pelos que detêm os seus segredos formais. A
noção de experiência mobiliza uma pedagogia interactiva e dialógica
(Dominicé, 1990)
9. Formação e identidade profissional
O FORMADOR como um PROFISSIONAL
“Considera-se o formador como um profissional, no sentido
de que a «profissão» se distingue qualitativamente de ofício,
ocupação ou emprego, o que pressupõe uma elevada
preparação, competência e especialização daqueles que a
praticam. Por outro lado, falar de professores (formadores)
como profissionais seria reconhecer-lhes um certo prestígio
e privilégios sociais relativamente a outros profissionais,
bem como uma certa autoridade e a posse de meios de
controlo sobre a profissão e as suas condições de exercício.”
(Amiguinho, A. 1992)
10. “Mais do que uma profissão desprestigiada aos «olhos dos
outros», a profissão tornou-se difícil de viver do seu interior.
A ausência de um projecto colectivo, mobilizador do
conjunto da classe docente (formadora), dificultou a
afirmação social dos professores (formadores), dando azo a
uma atitude defensiva mais própria de funcionários do que
de profissionais autónomos.” (Nóvoa, A. 1991 )
11. “O professor (formador) não pode ser concebido como um
simples técnico que aplica rotinas pré-estabelecidas a
problemas estandardizados, como melhor modo de
orientar racionalmente a sua prática. A intervenção do
professor (formador), à semelhança do que ocorre com
qualquer outra prática social é, para Elliot, um autêntico
processo de investigação” (Gómez, P. 1990)
12. “O conhecimento profissional dos professores
(formadores) deve tornar-se num complexo e
prolongado conhecimento na acção (saber-fazer)
e de reflexão na e sobre a acção (saber pensar e
investigar) ” (Schon, D. 1990)
13. A reflexão sobre a acção é uma componente essencial sobre o processo
de aprendizagem permanente em que consiste a formação profissional
. Nesse processo são postas à consideração individual ou colectiva as
características da situação problemática, mas também os
procedimentos utilizados na fase de diagnóstico e de definição do
problema, a determinação das metas, a escolha dos meios e,o que na
minha opinião é o mais importante, os esquemas de pensamento, as
teorias implícitas, as convicções e as formas de representar a realidade
utilizadas pelo profissional quando enfrenta situações problemáticas,
incertas ou conflituosas (inNóvoa, 1992)