O documento discute a escrita alfabética e o processo de alfabetização de crianças. Ele explica que a escrita alfabética é um sistema notacional, não um código, e lista 10 propriedades desse sistema. Também descreve as etapas pelo qual as crianças passam para se apropriarem da escrita alfabética, desde o nível pré-silábico até o nível alfabético.
1. UNIDADE 03 – TEXTO 01:
A ESCRITA ALFABÉTICA: POR QUE ELA É
UM SISTEMA NOTACIONAL E NÃO UM
CÓDIGO? COMO AS CRIANÇAS DELA SE
APROPRIAM?
PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA/MAIS PAIC
GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ.
2. Afinal, o que é LETRAMENTO e ALFABETIZAÇÃO?
Conjunto de prática de
leitura e produção de
gêneros que circulam na
sociedade.
LETRAMENTO
É necessário ensinar o SEA, permitindo
que os aprendizes vivam práticas de
leitura e de produção de textos, nas
quais vão incorporando aqueles
conhecimentos sobre a língua escrita.
ALFABETIZAÇÃO
3. TRAVALÍNGUA
PAULO PREREIRA PINTO
PEIXOTO
POBRE PINTOR PORTUGUÊS
PINTA PERFEITAMENTE
PORTAS, PAREDES E PIAS.
PAULO PREREIRA PINTO
PEIXOTO
POBRE PINTOR PORTUGUÊS
PINTA PERFEITAMENTE
PORTAS, PAREDES E PIAS.
PAULO PREREIRA PINTO
PEIXOTO
POBRE PINTOR PORTUGUÊS
PINTA PERFEITAMENTE
PORTAS, PAREDES E PIAS.
PAULO PREREIRA PINTO
PEIXOTO
POBRE PINTOR PORTUGUÊS
PINTA PERFEITAMENTE
PORTAS, PAREDES E PIAS.
4. COMO TEM SIDO A ABORDAGEM COM O GÊNERO
TEXTUAL?
MATERIAL DE APOIO (MATERIAL
ESTRUTURADO)
2º ANO 1ª ETAPA 2º MÊS 1ª SEMANA 2º DIA
PÁG. 47 - TRAVALÍGUA
UM PAPO DE PATO,
UM PRATO DE PRATA.
PAULO PREREIRA PINTO
PEIXOTO
POBRE PINTOR PORTUGUÊS
PINTA PERFEITAMENTE
PORTAS, PAREDES E PIAS.
5. ALFABETIZAR LETRANDO
Um sistema notacional, conceito
bem diferente de “código”. O QUE AS LETRAS
NOTAM?
O sistema notacional possui propriedades que
o aprendiz precisa compreender.
Precisamos recriar as metodologias de
alfabetização, garantindo um ensino
sistemático que, através de atividades
reflexivas, desafiem o aprendiz a compreender
como a escrita alfabética funciona, para poder
dominar suas convenções letra-som. .
6. Para compreender os aspectos conceituais da escrita alfabética
Leal e Morais (2010) e Morais
(2012) elaboraram uma lista das
propriedades do SEA.
Como alfabetizadores, se
conhecermos tais propriedades,
podemos criar situações e tarefas
desafiadoras, que ajudem a
criança a dominar cada um das
10 listadas.
8. 1. ESCREVE-SE COM LETRAS QUE NÃO PODEM SER
INVENTADAS, QUE TÊM UM REPERTÓRIO FINITO
E QUE SÃO DIFERENTES DE NÚMEROS E DE
OUTROS SÍMBOLOS.
• A escrita da palavra bola não pode ser inventada ou
escrita com números e outros símbolos.
BOLA %$#@
9. • A letra P será sempre “P”, e se mudar o sentido e a
direção de sua grafia não será mais a letra “P”.
pato qato
2. AS LETRAS TÊM FORMATOS FIXOS E PEQUENAS
VARIAÇÕES PRODUZEM MUDANÇAS NA SUA
IDENTIDADE (p, q, b, d), EMBORA UMA MESMA
LETRA ASSUMA FORMATOS VARIADOS (P, p, P,
p).
10. 3. A ORDEM DAS LETRAS NO INTERIOR DA
PALAVRA NÃO PODE SER MUDADA.
4. UMA LETRA PODE SE REPETIR NO INTERIOR DE
UMA PALAVRA E EM DIFERENTES PALAVRAS, AO
MESMO TEMPO EM QUE DISTINTAS PALAVRAS
COMPARTILHAM AS MESMAS LETRAS.
Ex.: ELEFANTE ELEGANTE
É POSSÍVEL LER?
Ex.: GATO
AGTO
ATOG
GAOT
11. 8. AS LETRAS TÊM VALORES SONOROS FIXOS,
APESAR DE MUITAS TEREM MAIS DE UM VALOR
SONORO E CERTOS SONS PODEREM SER
NOTADOS COM MAIS DE UMA LETRA.
7. AS LETRAS NOTAM SEGMENTOS SONOROS
MENORES QUE AS SÍLABAS ORAIS QUE
PRONUNCIAMOS.
EX.: AFTA – A-FI-TA
EX.: PATO – TAPETE – CAPA – PIPOCA
XAROPE – TÓXICO – EXEMPLO – EXCLUIR
12. 9. ALÉM DE LETRAS, NA ESCRITA DE PALAVRAS,
USAM-SE, TAMBÉM, ALGUMAS MARCAS
(ACENTOS) QUE PODEM MODIFICAR A
TONICIDADE OU O SOM DAS LETRAS OU
SÍLABAS EM QUE APARECEM.
EX.: SÁBIA – SABIA – SABIÁ
DÚVIDA – DUVIDA
SECRETÁRIA – SECRETARIA
13. 5. NEM TODAS AS LETRAS PODEM OCUPAR CERTAS
POSIÇÕES NO INTERIOR DAS PALAVRAS E NEM
TODAS AS LETRAS PODEM VIR JUNTAS DE
QUAISQUER OUTRAS.
6. AS LETRAS NOTAM OU SUBSTITUEM A PAUTA
SONORA DAS PALAVRAS QUE PRONUNCIAMOS E
NUNCA LEVAM EM CONTA AS CARACTERÍSTICAS
FÍSICAS OU FUNCIONAIS DOS REFERENTES QUE
SUBSTITUEM.
EX.: TAMPA - TANPA
CARROÇA - CARROSA
EX.: BORBOLETA
TREM
14. 10. AS SÍLABAS PODEM VARIAR QUANTO ÀS
COMBINAÇÕES ENTRE CONSOANTES E VOGAIS
(CV, CCV, CVV, CVC, V, VC, VCC, CCVCC...), MAS A
ESTRUTURA PREDOMINANTE NA LÍNGUA
PORTUGUESA É A SÍLABA CV (CONSOANTE –
VOGAL), E TODAS AS SÍLABAS DA LÍNGUA
PORTUGUESA CONTÊM, AO MENOS, UMA VOGAL.
EX.: PATO
TRABALHO
ÁGUA
TORTA
ELEFANTE
IRMÃO
TRANSFORMAÇÃO
16. FORMAÇÃO PARA OS GESTORES DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO - 2016
1) NÍVEL PRÉ-SILÁBICO
A criança:
não estabelece vínculo entre fala e
escrita;
PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA
Ferreiro e Teberosky
17. FORMAÇÃO PARA OS GESTORES DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO - 2016
demonstra intenção de escrever, através de traçado linear, com formas
diferentes;
usa letras do próprio nome ou letras e números na mesma palavra;
apresenta realismo nominal;
18. FORMAÇÃO PARA OS GESTORES DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO - 2016
tem leitura global, individual e
instável do que escreve: só ela sabe
o que quis escrever;
utiliza no mínimo duas ou três
letras para escrever palavras;
19. FORMAÇÃO PARA OS GESTORES DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO - 2016
não diferencia desenho de escrita;
20. FORMAÇÃO PARA OS GESTORES DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO - 2016
2) NÍVEL SILÁBICO
A criança já supõe que a escrita representa a
fala.
Divide-se em dois níveis:
SILÁBICO SEM VALOR SONORO
CONVENCIONAL
A criança representa cada sílaba por
uma letra qualquer.
21. FORMAÇÃO PARA OS GESTORES DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO - 2016
SILÁBICO COM VALOR
SONORO CONVENCIONAL
A criança representa cada sílaba
por uma vogal ou consoante que
expressa o seu som
correspondente.
23. FORMAÇÃO PARA OS GESTORES DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO - 2016
3) NÍVEL SILÁBICO-ALFABÉTICO
A criança:
inicia a superação da hipótese silábica;
compreende que a escrita representa o som
da fala;
passa a fazer uma leitura termo a termo (não
global);
consegue combinar vogais e consoantes numa
mesma palavra, numa tentativa de combinar
sons, sem tornar, ainda, sua escrita socializável.
24. FORMAÇÃO PARA OS GESTORES DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO - 2016
4) NÍVEL ALFABÉTICO
A criança:
compreende que a escrita tem função social;
compreende o modo de construção do código
da escrita;
omite letras quando mistura as hipóteses
alfabética e silábica;
25. FORMAÇÃO PARA OS GESTORES DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO - 2016
escreve ainda foneticamente
(como se pronuncia), registrando
os sons da fala, sem considerar as
normas ortográficas da escrita
padrão e da segmentação das
palavras na frase.
26. FORMAÇÃO PARA OS GESTORES DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO - 2016
faz leitura com ou sem imagem;
separa as palavras quando escreve frases;
inicia preocupação com as questões ortográficas;
27. FORMAÇÃO PARA OS GESTORES DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO - 2016
Qual é o nível?
PRÉ-SILÁBICO
ALFABÉTICO
SILÁBICO-ALFABÉTICO
SILÁBICO
(sem valor sonoro ou com valor sonoro)