1) O documento analisa como o gênero textual crônica é abordado em uma coleção de livros didáticos destinada ao ensino fundamental.
2) A abordagem da crônica ocorre de forma contextualizada, unindo leitura, produção textual e gramática, contribuindo para o desenvolvimento discursivo dos alunos.
3) A coleção trabalha a crônica em todas as séries, com atividades de preparação para leitura, leitura, interpretação e produção textual, visando despertar o interesse dos
1. ABORDAGEM DO GÊNERO TEXTUAL: CRÔNICA NUMA COLEÇÃO DE LIVROS
DIDÁTICOS DESTINADA AO ENSINO FUNDAMENTAL
ANDREIA APARECIDA MEDEIROS MARTINS –UEPB andreiaevitoria@gmail.com -
MARIA ESTELA SOUTO DA SILVA – UEPB
Estellasouto4@gmail.com
ORIENTADORA: PROF. MA. CLARA REGINA RODRIGUES – UEPB
clararegina.r.s@gmail.com
Campina Grande
Abril de 2017
2. RESUMO:
O presente artigo buscou analisar como é abordado o gênero textual crônica na coleção de
livros didáticos: “Português: uma proposta para o letramento”, de Magda Soares, destinada
à alunos da 5ª à 8ª série do ensino fundamental, objetivando compreender como esta coleção
comporta o trabalho com a crônica e como é entendida a importância do trabalho com
gêneros textuais para o desenvolvimento da leitura e da produção de gêneros para o aluno. O
trabalho com gêneros textuais tem sido abordado frequentemente nos livros didáticos (LD).
Nessa coleção, a abordagem com a Crônica, ocorreu de maneira satisfatória, trabalhada de
modo contextualizado, unindo a leitura, a produção textual e a gramática, seguindo um
método diferente do tradicional, colaborando com o desenvolvimento discursivo do aluno.
PALAVRAS-CHAVE: gêneros textuais, crônica, livro didático
INTRODUÇÃO
Este artigo analisa como é abordado o gênero textual crônica em uma coleção de livros
didáticos (LD’s) voltados para o ensino fundamental. Visto que o trabalho com gêneros
textuais tem grande relevância, pelo fato de motivar e despertar no aluno o interesse pela
leitura e escrita e também por temos hoje em nosso país um baixo nível de leitura e produção
textual. Através do trabalho com a crônica, é possível despertar no aluno não só o interesse
por este gênero, mas também despertar a curiosidade do educando para outros gêneros
textuais, contribuindo assim, para seu desenvolvimento discursivo e incentivando o gosto pela
leitura e pela produção de gêneros textuais. A crônica é um gênero textual que está presente
em jornais, revistas, internet, livros didáticos, entre outros, de modo que o contato do aluno
com a crônica é facilitado.
O trabalho com livros didáticos exige uma dedicação a mais por parte do educador,
que deve levar em conta que é necessário conhecimento e preparação para exercer tal tarefa.
O livro didático é considerado hoje um forte instrumento de auxilio no desenvolvimento da
aprendizagem do aluno, afinal ele está presente no dia a dia do educando.
No entanto, cabe ao professor não limitar seu trabalho apenas no uso dos livros
didáticos, buscando outros conhecimentos e métodos para preencher as lacunas deixadas
pelos LD’s, e consequentemente aprimorar o seu trabalho enquanto docente, contribuindo
para a formação do aluno.
1. Definição de crônica
“A palavra crônica deriva do grego "chronos" e do latim “chronica” que significa
"tempo". Narração histórica, ou registro de fatos comuns, feitos por ordem cronológica.”
(FERREIRA, 2010). Nos jornais e revistas, a crônica é uma narração curta escrita pelo mesmo
autor e publicada em uma seção destinada a cultura. Geralmente, os autores narram fatos do
cotidiano, da realidade de cada um.
3. “Crônica – texto em geral curto, escrito de forma livre e pessoal, sobre temas,
fatos ou ideias da atualidade – sobre arte, politica, esporte, etc., ou
simplesmente sobre a vida cotidiana”. (MAGDA SOARES, 2002. p. 74)
A crônica é uma forma textual que relata situações que acontecem em nosso cotidiano.
Ela tanto pode relatar uma quanto mais situações. A crônica é um texto espontâneo.
“A crônica não é um gênero maior. Não se imagina uma literatura feita de
grandes cronistas, que lhe dessem o brilho universal dos grandes
romancistas, dramaturgos e poetas. Nem se pensaria em atribuir o Prêmio
Nobel a um cronista, por melhor que fosse. Portanto, parece que a crônica é
um gênero menor. Graças a Deus – seria o caso de dizer, porque sendo assim
ela fica perto de nós”. (CANDIDO, 1992. p. 13)
A abordagem do gênero textual crônica nos livros didáticos
Ao abordarmos textos completos, devemos considerar que o mesmo possui unidade
semântica e estrutural, ou seja, sentido completo; enquanto que em fragmentos de um texto
maior, a compreensão do mesmo se torna difícil por não possuir unidade semântica e
estrutural, exigindo do aluno conhecimentos prévios. Outra preocupação dessa coleção, foi
com a seleção dos textos. Foram escolhidos textos que representam diferentes variedades da
língua escrita, de modo que o aluno conheça e aprenda a interpretar cada uma delas.
“Nesta coleção, apesar de organizada de forma aparentemente seriada,
buscou-se uma unidade teórico-metodológica que fundamenta e orienta a
aprendizagem, criando condições para que o aluno desenvolva e aperfeiçoe, de
forma progressiva, continua e integrada, o uso da língua, ao longo de todo o
ensino fundamental, seja ele organizado em séries, ciclos ou períodos de
aprendizagem.” (MAGDA SOARES, 2002. p. 3)
Um dos objetivos dessa coleção foi a fuga da fragmentação. Eles propuseram o
trabalho com textos completos, porém curtos, de modo que as atividades fossem
desenvolvidas dentro do tempo imposto pelo currículo, cumprindo com a carga horária do
mesmo. Porém havia algumas exceções de textos mais longos, que exigiam tanto do aluno
quanto do professor, um esforço e dedicação maior, para poder compreende-los e analisá-los.
A coleção acredita no letramento como fundamento e finalidade do ensino de Português.
“Letramento é o estado ou condição de quem não só sabe ler e escrever, mas
faz uso competente da leitura e da escrita nas práticas sociais que envolvem
a língua escrita, conjugando-as adequadamente com as práticas sociais de
interação oral.” (MAGDA SOARES, 2002. p. 4)
A autora entende que o desenvolvimento e interação da língua entre os sujeitos
ocorrem por meio do trabalho continuo e da vivencia com leitura e escrita. A comunicação
entre os indivíduos se dá através de interação da língua, seja ela oral ou escrita.
“Todas as esferas da atividade humana, por mais variadas que sejam, estão
relacionadas com a utilização da língua. Não é de surpreender que o caráter e
os modos dessa utilização sejam tão variados como as próprias esferas da
atividade humana (...). O enunciado reflete as condições especificas e as
finalidades de cada uma dessas esferas, não só por seu conteúdo temático e
4. por seu estilo verbal, ou seja, pela seleção operada nos recursos a língua –
recursos lexicais, fraseológicos e gramaticais – mas também, e sobretudo,
por sua construção composicional.” (Bakhtin 1992 179.
Apud: Koch, 2014)
Na escola, através dos livros didáticos, os gêneros são entendidos como diferentes
meios para que os indivíduos possam se relacionar, levando-se em consideração que cada
gênero atua com um objetivo, direcionado a um público especifico.
“Gêneros textuais são os textos encontrados em nossa vida diária e que
apresenta, padrões sociocomunicativos caracterizados pela composição
funcional, objetivo enunciativo e estilo realizados na integração de forças
históricas, sociais e institucionais. Os gêneros contribuem para ordenar e
estabilizar as atividades comunicativas do dia a dia.” (MARCUSHI, 2002. p.
19)
Dentre todos os gêneros abordados nesta coleção, optamos por analisar o gênero
textual: crônica, que é abordado em todas as unidades dos quatro livros que compõe a coleção
do ensino fundamental II. A abordagem desse gênero nos livros didáticos da coleção
Português: uma proposta para o letramento se inicia num primeiro momento com o tópico:
preparação para a leitura, que se dá através da apresentação geral do tema que será discutido
por meio de imagens, biografias de autores de crônicas, trechos retirados de crônicas, etc. No
segundo momento, o tópico leitura silenciosa apresenta o texto a ser lido e analisado,
geralmente o LD sugere que essa leitura seja silenciosa. No terceiro momento é composto
pelo tópico interpretação escrito ou Interpretação oral que trazem atividade de análise e
compreensão textual, composta de questões diversas. O quarto momento varia de acordo com
as unidades e com os gêneros textuais. Nas unidades que analisamos essa quarta parte, se
apresentou em tópicos diferentes, variando em cada unidade: reflexão sobre a língua, que
objetiva levar o aluno a refletir sobre estruturas linguísticas do texto; vocabulário que
pretende levar o aluno a familiarizar-se com palavras de origem desconhecidas até então pelos
alunos, de modo que o aluno desenvolva suas habilidades de leitura de verbetes; produção de
texto que pretende incentivar o aluno a produzir gêneros textuais, nesse caso a crônica.
Começamos a análise no livro destinado a 5ª série, que se divide em 4 unidades que
possuem um título cada. Nesse livro, a crônica foi abordada apenas duas vezes, na segunda
unidade que recebe como título: “E a família, como ela é?”. O livro numera todos os seus
textos, apresentando a qual gênero cada pertence. O livro didático apresenta no tópico:
preparação para a leitura, duas imagens: a primeira intitulada “O triste sono sem Mãe” e a
segunda intitulada “Dia sem mãe”. Ambas foram retiradas de um jornal. Pode-se dizer que as
imagens são aparentemente iguais, só que apresentadas de ângulos diferentes, que é uma das
características das imagens, que o professor deve esperar ser identificada pelo aluno. Após a
apresentação das imagens acompanhadas de pequenos trechos, o livro sugere uma atividade
de cinco questões de análise e compreensão das imagens. Em seguida, no tópico: Leitura
silenciosa, o LD sugere que seja feita uma observação entre a forma como o texto (crônica)
foi apresentado na imagem do jornal e na página seguinte, esclarecendo as diferentes
estruturas em que o texto foi apresentado. Logo em seguida é apresentada a crônica:” O triste
sono sem mãe”. Trata-se de um texto curto, de linguagem formal e de fácil compreensão,
dividido em cinco parágrafos pequenos, ocupando apenas uma página do livro. O livro
didático sugere ao professor que após a leitura do texto, discuta com os alunos e esclareça
dúvidas.
Na sequência, no tópico: interpretação escrita o LD traz uma atividade composta por
oito questões de análise e compreensão textual de nível adequado para seu público. O livro
5. finaliza sua abordagem com esse gênero textual, com o tópico: reflexão sobre a língua, no
qual são utilizados trechos da crônica a fim de que o aluno reflita sobre as estruturas
linguísticas de algumas palavras. Nesse livro, o trabalho realizado com a crônica foi
adequado, considerando que seu público alvo, esteja iniciando seu contato com a
diversificação dos gêneros textuais.
No livro didático destinado a 6ª série, o gênero textual crônica é abordado em todas
as quatro unidades do livro, porém, não obedecendo a mesma sequência de tópicos como no
livro da 5ª série. Na primeira unidade, nomeada “Adolescente, eu?”, em preparação para a
leitura, é feita uma breve apresentação do autor Luís Fernando Verissimo por meio de uma
foto do autor com poucas informações sobre ele, seguida da foto da capa do livro “Comédias
para se Ler na Escola” de Fernando Verissimo, livro que contém a crônica que será
trabalhada com os alunos. O LD sugere que a partir da apresentação do autor e da capa
ilustrada do livro de crônicas, o professor reflita e discuta com os alunos sobre ilustração da
capa do livro e do autor, a fim de que o aluno relacione a imagem e idade do autor com o
título do livro. Partindo para leitura silenciosa, é apresenta a crônica “História estranha” de
Luís Fernando Verissimo, um texto considerado curto com apenas dois parágrafos, que está
totalmente adequado para um aluno da 6ª série por não conter conteúdo extenso e possuir uma
linguagem de fácil entendimento. Após o texto, surge interpretação escrita que é uma
atividade composta por oito questões que exige do aluno; compreensão sobre o texto e
conhecimentos extratextuais, além de trabalhar a gramatica nas questões de um modo bem
contextualizado. Nessa unidade do LD, a abordagem com a crônica é finalizada no tópico
produção textual, que propõe que o aluno produza um texto com o mesmo tema da crônica
“História estranha”:
“O objetivo é levar o aluno, pela reflexão que a escrita exige, a ultrapassar os
limites de sua experiência atual de adolescente, e situar-se temporalmente
em sua história de vida presente e futura, imaginando-se adulto e vendo o
adolescente que é hoje, na perspectiva desse adulto que virá a ser”.
(MAGDA SOARES, 2002. p. 58)
Nesse mesmo tópico o LD propõe que os textos produzidos pelos alunos sejam
apresentados em sala de aula, analisados e comparados entre si, e em seguida sejam
organizados com o auxílio do professor sob a forma de um livro para que seja exposto. Com
essa proposta do LD, estimula a escrita e o desenvolvimento da fala do educando,
colaborando também para sua formação em quanto leitor.
O livro didático destinado a 7ª série aborda o gênero crônico, na primeira unidade
com o título “Nós somos assim?”. Na preparação para a leitura, são apresentadas duas
imagens com o tema adolescentes, seguida de duas pequenas questões que o LD sugere que
sejam discutidos pelo em sala de aula pelo professor e os alunos. Consideramos esse aspecto
bastante positivo, pois leva em conta. Na sequência, em leitura silenciosa, é apresentada a
crônica "os comícios dos adolescentes" de Moacyr Scliar. Um texto composto de três
parágrafos e de linguagem simples. Em seguida, na atividade oral é proposta uma atividade
de cinco questões para ser discutida oralmente na aula. Nesse contexto, considerando a
crônica e a partir dela, é trabalhada a questão gramatical, tratando-se de uma atividade que
leva o aluno a pensar e discutir com base no que ele entendeu, partindo de uma perspectiva
interacionista quanto ao ensino de gêneros textuais.
"A adoção da visão interacionista implica que o professor entende a aula
com um espaço no qual a voz do aluno deve ser ouvida para que ele possa
constituir-se como sujeito de sua aprendizagem. Isso conduz o aluno à
6. formação de uma consciência crítica, que o professor precisa fomentar."
(OLIVEIRA, 2010, p. 29)
Levando em consideração tal afirmação, ao dá voz ao aluno, contribui para que ele
construa seu próprio conhecimento. Nesse âmbito, o exercício oral proposto pelo livro
didático leva o aluno a desenvolver a competência discursiva. O gênero crônico é encerrada
no tópico produção de textual, em que o LD pede que o aluno escreva as reflexões que a
crônica despertou nele e faça anotações, respondendo a algumas questões que essa atividade
sugere. Essa produção textual é com base no que a crônica despertou no aluno e não uma
produção baseada na estrutura de uma crônica.
Apesar de não ter sido cobrada do aluno a produção de uma crônica, o fato da
manifestação da opinião do aluno com relação ao texto, discordância ou não, justificativas e
argumentos, contribui de maneira muito positiva para o desenvolvimento discursivo e de
compreensão do aluno. Mesmo sendo um capítulo curto, o gênero crônica é bem trabalhado,
baseado numa perspectiva sociointeracionista, fazendo com que o aluno reflita
constantemente, desenvolvendo sua competência comunicativa oral, sendo que a escrita é
pouco trabalhada, cabe ao professor preenche tal lacuna.
O LD destinado à 8ª série segue a mesma estrutura dos anteriores. Na terceira unidade
“Diferente, mas iguais” em preparação para a leitura, é apresentada uma breve biografia de
um grande cronista: "Walcyr Carrasco", contendo uma foto mesmo e mostrando também fotos
de alguns famosos, entre eles “os Beatles” e “Janis Joplin. Seguindo com o tópico leitura
silenciosa, é apresenta a crônica "A morcega" de Walcyr Carrasco, que tem como tema a
adolescência, tema em comum com o público alvo do LD. O texto pode ser considerado um
pouco extenso em comparação aos que analisamos nos livros anteriores, porém devemos
considerar também seu público alvo. Na sequência, em interpretação escrita, é proposta uma
atividade composta por doze questões de interpretação e compreensão textual, em que
observa-se um fato que o diferencia dos demais LDS; é que na atividade escrita ele não pede
pra transcrever ou copiar, mas sim recordar e fazer com que o aluno reflita antes de escrever
sua resposta.
"É sabido que cada língua apresenta uma variedade de formas de expressão,
abrindo-se, desta maneira, para o falante um amplo espaço de formulação,
isto é, a possibilidade entre um leque de opções possíveis." (KOCH, 2014, p.
93).
Para o que afirma Koch ocorrer, é necessário o trabalho com o gênero textual,
justamente para desenvolver a competência comunicativa do discente que não só aumentará
seu léxico, mas principalmente saberá expressar-se em determinada situação de interação, o
que pode ser originado por meio de discussões sobre o assunto na sala de aula.
E por último em produção textual, o livro propõe ao aluno produza uma crônica,
considerando sua experiência pessoal e a de seus amigos e reflita sobre questões indicadas no
LD.
“O objetivo é levar o aluno a perceber que, aténs de escrever, é necessário
pensar sobre o tema, registrando ideias numa primeira versão do texto;
retoma-se assim, a função da escrita privilegiada na atividade anterior de
Produção de texto.” (MAGDA SOARES, 2002. p.24)
7. Considerações finais
O trabalho com gênero textual: crônica, esteve presente nas quatro edições da coleção
de livros didáticos destinados ao ensino fundamental. A forma como a abordagem desse
gênero foi conduzida, foi satisfatória em algumas das unidades analisadas quando considerado
seu público alvo. Tomando a análise de atividades de análise e interpretação textual, propostas
nessa unidade dos LD’s constataram que se trata de questões que estimulam e auxiliam no
desenvolvimento discursivo e na capacidade de compreensão do aluno. Podemos considerar
que são de fato, questões reflexivas, que estimulam a reflexão e o pensamento do aluno, não
apenas nos aspectos de compreensão e interpretação, como também nos aspectos linguísticos.
Porém, em algumas unidades, a abordagem com a crônica não foi satisfatória,
deixando lacunas. Quando os livros sugerem a produção textual de uma crônica, em nenhum
momento, o LD apresenta ao aluno, orientações, estruturas ou elementos de uma crônica.
Nessas mesmas unidades ocorreu também, a apresentação de atividades com questões
objetivas, que não levam o aluno a refletir e pensar em uma resposta mais elaborada e
articulada de fato. Nesse momento, cabe ao professor tentar preencher essa lacuna, buscando
outros métodos e conhecimentos para introduzir em sua aula.
Portanto a coleção Português: uma proposta para o letramento aborda o trabalho com
gêneros textuais, fugindo dos meios tradicionais, unindo de modo geral o trabalho com a
leitura, produção textual e com a gramática, o que é muito positivo, sendo um diferencial dos
demais livros didáticos que costumamos trabalhar, colaborando assim para o desenvolvimento
do educando e visando um novo método de ensino. Sua abordagem com o gênero textual:
crônica, acontece de modo positivo, ressaltando que o professor não restrinja sua aula apenas
no uso do livro didático, porque mesmo ele tendo pontos positivos e relevantes, dificilmente
ele será suficiente para suprir a deficiência do ensino.
8. Referências bibliográficas
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ensino. 1°ed- Curitiba: Appris, 2015.
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Campinas: Ed. Unicamp; Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa, 1992. p. 13 - 22
FERREIRA, A. B. H. CRÔNICA_____ In: Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. – ed. 5.
– Curitiba: Positivo, 2010. p. 616
KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça. O texto e a construção dos sentidos. ed, 3° - São Paulo:
contexto, 2014.
_____. As tramas do texto. ed. 2. – São Paulo: Contexto, 2014.
MARCUSCHI, L. A. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo:
Parábola, 2002.
OLIVEIRA, Luciano Amaral, 1964 - Coisas que todo professor de português precisa saber: A
teoria na prática/ Luciano Amaral Oliveira - SP: Parábola Editorial,2010.
SOARES, Magda. Português: uma proposta para o letramento. – 1. ed. Obra em 4 v. para
alunos de 5ª a 8ª séries – São Paulo: Moderna, 2002.