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A REFORMA PROTESTANTE E A
CONTRARREFORMA
A REFORMA RELIGIOSA
 A Reforma religiosa foi o movimento que, dividindo
os cristãos do Ocidente no século XVI, originou
diversas novas Igrejas chamadas protestantes, as
quais não mais seguiriam o comando e a
orientação do papa de Roma.
 Quebrando a unidade religiosa cristã, a Reforma
protestante estabeleceu o fim da quase milenar
supremacia eclesiástica na Europa.
AS ORIGENS DO MOVIMENTO REFORMISTA
 Espírito humanista: compreensão do ser humano e
do mundo (livre interpretação da Bíblia).
 A Igreja era a maior proprietária de terras em toda
a Europa: controlava, por exemplo, perto de 1/3 das
terras francesas e mais de 40% das terras férteis
alemãs.
 O papa era visto como um estrangeiro que
arrecadava os impostos cobrados nos feudos da
Igreja, além de diversos outros tributos extraídos de
todos os cristãos, para enviá-los a Roma, dificultando
as finanças nacionais.
 Os reis, fortalecidos com o desenvolvimento dos
Estados nacionais, opunham-se as interferências do
papa..
 O desregramento moral predominava na
hierarquia eclesiástica, como a prática constante de
venda de cargos eclesiásticos, levando sacerdotes,
bispos, arcebispos e até papas a exercerem seus
cargos pela ambição do título e da posição,
estimulando o mau comportamento dos clérigos e o
descrédito entre os fiéis.
 A venda de indulgências, por parte das
autoridades da Igreja, comercializando o perdão a
pecados cometidos, com promessas de redução das
penas do purgatório.
 A venda de "relíquias sagradas“ (simonia), como
milhares de "lascas da cruz de Cristo" ou "ossos do
burrico de São José".
 Essa comercialização desregrada transformou-se no
estopim do movimento protestante.
Venda de indulgências
John Tetzel
OS PRECURSORES DA REFORMA
 John Wyclif, professor da Universidade de Oxford,
condenava a venda de indulgências e defendia a
formação de uma igreja nacional.
 Essas propostas foram retomadas pelo professor da
Universidade de Praga, John Huss, que pregava pela
obediência às Escrituras e denunciava a corrupção e o
luxo do clero.
 Tanto Wyclif quanto Huss foram perseguidos e
excomungados pela Igreja de Roma.
 Suas ideias, porém, foram assimiladas por muitos
cristãos que passaram a contestar enfaticamente a
autoridade do papa.
O REFORMISMO DE LUTERO NA ALEMANHA
 Em 1517, na Alemanha, o monge e professor da
Universidade de Wittenberg, Martinho Lutero,
rebelou-se contra o vendedor de indulgências John
Tetzel, dominicano a serviço do papa Leão X, que
recolhia recursos para a construção da basílica de
São Pedro.
 Lutero, revoltado com a desmoralização da Igreja,
fixou na porta de sua igreja as 95 teses, em que
criticava ferozmente a Igreja papal.
 Em 1520, Leão X ordenou a sua retratação, sob
pena de ser considerado um herege. Lutero
queimou em praça pública a ordem papal, sendo
excomungado em 1521.
Lutero afixando as 95 teses na Catedral de
Witemberg
 As ideias luteranas espalharam-se rapidamente por
toda a Alemanha, onde encontraram condições
particularmente favoráveis para a sua difusão.
 Nobres e camponeses apoiaram Lutero; os nobres,
ambicionando apoderarem-se das terras da Igreja
para ampliar seus poderes apoiados com a
decadência feudal; os camponeses, desejando
escapar da situação de miséria em que viviam.
 Parte destes camponeses, conhecidos por
anabatistas e comandados por um seguidor de
Lutero, chamado Thomas Múntzer, reivindicava a
divisão das terras da Igreja entre os mais pobres.
 Lutero acusou-os de radicais e apoiou violenta
repressão da nobreza sobre eles, resultando na
morte de mais de 100 mil camponeses.
 O imperador alemão, Carlos V, inquieto com a
evolução reformista, apoiou o papa, pois julgava o
luteranismo um fortalecedor dos nobres.
 Depois de muitos confrontos entre as tropas
imperiais e os luteranos alemães liderados pela
nobreza, Carlos V convocou uma Dieta
(assembleia), realizada em Spira (1529).
 Nela, o imperador tentou fazer valer sua autoridade
e determinou a submissão dos luteranos.
 Os partidários de Lutero, contudo, protestaram
contra a decisão imperial, passando, a partir de
então, a ser chamados de protestantes.
 1555: os príncipes alemães ganharam o direito de
escolher a religião que desejavam em suas terras,
confirmando o triunfo do luteranismo na Alemanha.
 Essa decisão foi alcançada graças a um acordo
assinado entre o imperador católico e os nobres
protestantes, o que foi chamado de Paz de
Augsburgo.
Doutrina Protestante
 A doutrina tinha por base a teologia agostiniana,
defendendo a fé como única fonte de salvação.
 Para os luteranos, a Bíblia era a autêntica base da
religião e, portanto, o culto devia reduzir-se à leitura e ao
comentário das Sagradas Escrituras.
 Reconhecendo apenas dois sacramentos: batismo e
comunhão.
 Não aceitavam o culto da Virgem e dos santos e
negavam a existência do purgatório.
 Nos cultos religiosos adotaram a língua nacional no lugar
do latim, e os ministros religiosos deveriam integrar-se o
mais possível na comunidade dos fiéis.
 Aboliu o celibato clerical, isto é os sacerdotes podem se
casar.
 Aboliu a hierarquia clerical.
O CALVINISMO
João Calvino
O CALVINISMO
 Inspirado no luteranismo alemão, o francês João
Calvino publicou, em 1536, uma obra chamada
Instituição Cristã, na qual se acham apresentados os
pontos centrais do que, mais tarde, viria a constituir-se
na doutrina calvinista.
 Suas pregações obtiveram rápido sucesso em Genebra,
Suíça, onde conquistou a posição de chefe político e
religioso.
 O culto e as práticas religiosas estabelecidos pelos
calvinistas eram simples, resumindo-se apenas no
comentário da Bíblia, preces e cantos.
 Também não se admitiam imagens e só se aceitavam os
sacramentos da eucaristia e do batismo.
 Contrário a teoria do preço justo.
 Defendendo a predestinação, Calvino via no sucesso
econômico a indicação divina dos escolhidos para a
salvação eterna.
 Para ele, a miséria era a fonte de todos os males e
pecados. Reconhecendo e exaltando o lucro e o trabalho,
passou a ser considerado o pregador espiritual do ideal
burguês.
 A doutrina calvinista, adequada as expectativas
capitalistas, conseguiu rápida assimilação pelo segmento
burguês em toda a Europa.
 As pregações de João Calvino encontraram seguidores
em vários países.
HENRIQUE VIII
Catarina de Aragão
Ana Bolena
HENRIQUE VIII E O ANGLICANISMO
 O líder da Reforma protestante na Inglaterra foi o
próprio rei, Henrique VIII.
 Desejando apoderar-se das terras da Igreja
inglesa, retirando, assim, a base de seu poder
temporal, o monarca inglês rompeu com o papa.
 O pretexto usado para isso foi o fato de o rei precisar
casar-se novamente, pois, do casamento com
Catarina de Aragão, não tivera filhos para sucedê-lo
no trono.
 Isso não podia ser autorizado pela Igreja, que
defendia a indissolubilidade do sacramento do
matrimônio.
 Diante de tal situação, Henrique VIII proclamou-se,
por meio do Ato de Supremacia, de 1534, chefe da
Igreja inglesa, suprimindo os mosteiros católicos e
confiscando os bens eclesiásticos, que foram
incorporados ao Estado.
 Muito parecida com a Igreja católica em sua
estrutura eclesiástica e no cerimonial, a Igreja
inglesa, chamada anglicana, só se consolidaria
durante o reinado de Elizabeth I.
 Em 1563 organizou-se a Lei dos 39 artigos, a
verdadeira carta do anglicanismo, incorporando
muitos princípios da doutrina calvinista.
A CONTRARREFORMA OU A REFORMA
CATÓLICA
 A expansão do protestantismo abalou seriamente a
tradicional hegemonia religiosa de Roma sobre o
continente europeu.
 Para conter a difusão das ideias protestantes surgiu
um movimento denominado Contrarreforma, que ao
mesmo tempo buscava fortalecer a Igreja papal e
moralizá-la, adotando medidas que compuseram a
Reforma católica.
 O catolicismo foi obrigado a adequar-se aos novos
valores, decorrentes do desenvolvimento do
capitalismo comercial, dentre os quais citamos:
CONTRARREFORMA
 Criação da Companhia de Jesus, idealizada pelo
espanhol Ignácio de Loyola, onde os jesuítas
seguiam disciplina militar, constituindo um grupo
bem formado e disciplinado, cuja missão principal
era combater infiéis e protestantes.
 A importância que esses religiosos atribuíram à
educação fez com que monopolizassem as
instituições de ensino de diversas regiões, visando
primordialmente difundir a ideologia católica
romana.
 O Concílio de Trento (1545-1563), convocado pelo
papa Paulo III, no qual se discutiram os problemas
do cristianismo e se definiu a atuação da Igreja
diante da expansão protestante, também fez parte
do movimento contrarreformista e de Reforma
católica.
 Reorganização do Tribunal do Santo Ofício: que
consistia em vigiar e normatizar a fé e a vida dos
fiéis.
 A perseguição inquisitorial a todos os que, de
acordo com seus critérios, pusessem em risco a fé
em Cristo assumiu muitas vezes um caráter de
tortura e morte de milhares de pessoas.
 Publicação do catecismo: resumo da doutrina
católica, usada para orientar os fiéis, principalmente
crianças e jovens, nas escolas de evangelização.
 A elaboração do Índex (relação de livros proibidos
aos católicos), a igreja católica buscava impedir a
difusão das idéias protestantes e das vozes
discordantes do seu ideário religioso.
 Dele constavam as bíblias luterana, calvinista e
anglicana e diversas obras de intelectuais da época,
como Galileu Galilei, Giordano Bruno, Isaac Newton,
etc.
 A censura estabelecida com o Índex ao longo do
tempo revelou-se um sério entrave ao progresso
cultural e científico da Idade Moderna.
EXPANSÃO: A EUROPA SE DIVIDE
 A reforma se expandiu rapidamente pela Europa.
 Na Escócia eram chamados de presbiterianos, na
Inglaterra de puritanos, e na França, de huguenotes.
 Alguns países entraram em guerra civil entre católicos e
protestantes, por exemplo, na França, na noite de 24 de
agosto de 1572, na noite de São Bartolomeu, católicos
massacraram milhares de huguenotes. O episódio
passou a se chamar “Massacre de São Bartolomeu”.
 O terrível episódio desencadeou uma onda de guerras
religiosas na França que provocou a morte de milhares
de pessoas.
 O conflito só terminou com a promulgação do Edito de
Nantes, em 1598, que concedeu liberdade de culto no
país.
Massacre de São Bartolomeu, de François Dubois
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Reforma protestante

  • 1. A REFORMA PROTESTANTE E A CONTRARREFORMA
  • 2. A REFORMA RELIGIOSA  A Reforma religiosa foi o movimento que, dividindo os cristãos do Ocidente no século XVI, originou diversas novas Igrejas chamadas protestantes, as quais não mais seguiriam o comando e a orientação do papa de Roma.  Quebrando a unidade religiosa cristã, a Reforma protestante estabeleceu o fim da quase milenar supremacia eclesiástica na Europa.
  • 3. AS ORIGENS DO MOVIMENTO REFORMISTA  Espírito humanista: compreensão do ser humano e do mundo (livre interpretação da Bíblia).  A Igreja era a maior proprietária de terras em toda a Europa: controlava, por exemplo, perto de 1/3 das terras francesas e mais de 40% das terras férteis alemãs.  O papa era visto como um estrangeiro que arrecadava os impostos cobrados nos feudos da Igreja, além de diversos outros tributos extraídos de todos os cristãos, para enviá-los a Roma, dificultando as finanças nacionais.  Os reis, fortalecidos com o desenvolvimento dos Estados nacionais, opunham-se as interferências do papa..
  • 4.  O desregramento moral predominava na hierarquia eclesiástica, como a prática constante de venda de cargos eclesiásticos, levando sacerdotes, bispos, arcebispos e até papas a exercerem seus cargos pela ambição do título e da posição, estimulando o mau comportamento dos clérigos e o descrédito entre os fiéis.  A venda de indulgências, por parte das autoridades da Igreja, comercializando o perdão a pecados cometidos, com promessas de redução das penas do purgatório.  A venda de "relíquias sagradas“ (simonia), como milhares de "lascas da cruz de Cristo" ou "ossos do burrico de São José".  Essa comercialização desregrada transformou-se no estopim do movimento protestante.
  • 6. OS PRECURSORES DA REFORMA  John Wyclif, professor da Universidade de Oxford, condenava a venda de indulgências e defendia a formação de uma igreja nacional.  Essas propostas foram retomadas pelo professor da Universidade de Praga, John Huss, que pregava pela obediência às Escrituras e denunciava a corrupção e o luxo do clero.  Tanto Wyclif quanto Huss foram perseguidos e excomungados pela Igreja de Roma.  Suas ideias, porém, foram assimiladas por muitos cristãos que passaram a contestar enfaticamente a autoridade do papa.
  • 7. O REFORMISMO DE LUTERO NA ALEMANHA  Em 1517, na Alemanha, o monge e professor da Universidade de Wittenberg, Martinho Lutero, rebelou-se contra o vendedor de indulgências John Tetzel, dominicano a serviço do papa Leão X, que recolhia recursos para a construção da basílica de São Pedro.  Lutero, revoltado com a desmoralização da Igreja, fixou na porta de sua igreja as 95 teses, em que criticava ferozmente a Igreja papal.  Em 1520, Leão X ordenou a sua retratação, sob pena de ser considerado um herege. Lutero queimou em praça pública a ordem papal, sendo excomungado em 1521.
  • 8. Lutero afixando as 95 teses na Catedral de Witemberg
  • 9.  As ideias luteranas espalharam-se rapidamente por toda a Alemanha, onde encontraram condições particularmente favoráveis para a sua difusão.  Nobres e camponeses apoiaram Lutero; os nobres, ambicionando apoderarem-se das terras da Igreja para ampliar seus poderes apoiados com a decadência feudal; os camponeses, desejando escapar da situação de miséria em que viviam.  Parte destes camponeses, conhecidos por anabatistas e comandados por um seguidor de Lutero, chamado Thomas Múntzer, reivindicava a divisão das terras da Igreja entre os mais pobres.  Lutero acusou-os de radicais e apoiou violenta repressão da nobreza sobre eles, resultando na morte de mais de 100 mil camponeses.
  • 10.  O imperador alemão, Carlos V, inquieto com a evolução reformista, apoiou o papa, pois julgava o luteranismo um fortalecedor dos nobres.  Depois de muitos confrontos entre as tropas imperiais e os luteranos alemães liderados pela nobreza, Carlos V convocou uma Dieta (assembleia), realizada em Spira (1529).  Nela, o imperador tentou fazer valer sua autoridade e determinou a submissão dos luteranos.  Os partidários de Lutero, contudo, protestaram contra a decisão imperial, passando, a partir de então, a ser chamados de protestantes.
  • 11.  1555: os príncipes alemães ganharam o direito de escolher a religião que desejavam em suas terras, confirmando o triunfo do luteranismo na Alemanha.  Essa decisão foi alcançada graças a um acordo assinado entre o imperador católico e os nobres protestantes, o que foi chamado de Paz de Augsburgo.
  • 12. Doutrina Protestante  A doutrina tinha por base a teologia agostiniana, defendendo a fé como única fonte de salvação.  Para os luteranos, a Bíblia era a autêntica base da religião e, portanto, o culto devia reduzir-se à leitura e ao comentário das Sagradas Escrituras.  Reconhecendo apenas dois sacramentos: batismo e comunhão.  Não aceitavam o culto da Virgem e dos santos e negavam a existência do purgatório.  Nos cultos religiosos adotaram a língua nacional no lugar do latim, e os ministros religiosos deveriam integrar-se o mais possível na comunidade dos fiéis.  Aboliu o celibato clerical, isto é os sacerdotes podem se casar.  Aboliu a hierarquia clerical.
  • 14. O CALVINISMO  Inspirado no luteranismo alemão, o francês João Calvino publicou, em 1536, uma obra chamada Instituição Cristã, na qual se acham apresentados os pontos centrais do que, mais tarde, viria a constituir-se na doutrina calvinista.  Suas pregações obtiveram rápido sucesso em Genebra, Suíça, onde conquistou a posição de chefe político e religioso.  O culto e as práticas religiosas estabelecidos pelos calvinistas eram simples, resumindo-se apenas no comentário da Bíblia, preces e cantos.
  • 15.  Também não se admitiam imagens e só se aceitavam os sacramentos da eucaristia e do batismo.  Contrário a teoria do preço justo.  Defendendo a predestinação, Calvino via no sucesso econômico a indicação divina dos escolhidos para a salvação eterna.  Para ele, a miséria era a fonte de todos os males e pecados. Reconhecendo e exaltando o lucro e o trabalho, passou a ser considerado o pregador espiritual do ideal burguês.  A doutrina calvinista, adequada as expectativas capitalistas, conseguiu rápida assimilação pelo segmento burguês em toda a Europa.  As pregações de João Calvino encontraram seguidores em vários países.
  • 16. HENRIQUE VIII Catarina de Aragão Ana Bolena
  • 17. HENRIQUE VIII E O ANGLICANISMO  O líder da Reforma protestante na Inglaterra foi o próprio rei, Henrique VIII.  Desejando apoderar-se das terras da Igreja inglesa, retirando, assim, a base de seu poder temporal, o monarca inglês rompeu com o papa.  O pretexto usado para isso foi o fato de o rei precisar casar-se novamente, pois, do casamento com Catarina de Aragão, não tivera filhos para sucedê-lo no trono.  Isso não podia ser autorizado pela Igreja, que defendia a indissolubilidade do sacramento do matrimônio.
  • 18.  Diante de tal situação, Henrique VIII proclamou-se, por meio do Ato de Supremacia, de 1534, chefe da Igreja inglesa, suprimindo os mosteiros católicos e confiscando os bens eclesiásticos, que foram incorporados ao Estado.  Muito parecida com a Igreja católica em sua estrutura eclesiástica e no cerimonial, a Igreja inglesa, chamada anglicana, só se consolidaria durante o reinado de Elizabeth I.  Em 1563 organizou-se a Lei dos 39 artigos, a verdadeira carta do anglicanismo, incorporando muitos princípios da doutrina calvinista.
  • 19.
  • 20. A CONTRARREFORMA OU A REFORMA CATÓLICA  A expansão do protestantismo abalou seriamente a tradicional hegemonia religiosa de Roma sobre o continente europeu.  Para conter a difusão das ideias protestantes surgiu um movimento denominado Contrarreforma, que ao mesmo tempo buscava fortalecer a Igreja papal e moralizá-la, adotando medidas que compuseram a Reforma católica.  O catolicismo foi obrigado a adequar-se aos novos valores, decorrentes do desenvolvimento do capitalismo comercial, dentre os quais citamos:
  • 21. CONTRARREFORMA  Criação da Companhia de Jesus, idealizada pelo espanhol Ignácio de Loyola, onde os jesuítas seguiam disciplina militar, constituindo um grupo bem formado e disciplinado, cuja missão principal era combater infiéis e protestantes.  A importância que esses religiosos atribuíram à educação fez com que monopolizassem as instituições de ensino de diversas regiões, visando primordialmente difundir a ideologia católica romana.
  • 22.  O Concílio de Trento (1545-1563), convocado pelo papa Paulo III, no qual se discutiram os problemas do cristianismo e se definiu a atuação da Igreja diante da expansão protestante, também fez parte do movimento contrarreformista e de Reforma católica.  Reorganização do Tribunal do Santo Ofício: que consistia em vigiar e normatizar a fé e a vida dos fiéis.  A perseguição inquisitorial a todos os que, de acordo com seus critérios, pusessem em risco a fé em Cristo assumiu muitas vezes um caráter de tortura e morte de milhares de pessoas.  Publicação do catecismo: resumo da doutrina católica, usada para orientar os fiéis, principalmente crianças e jovens, nas escolas de evangelização.
  • 23.  A elaboração do Índex (relação de livros proibidos aos católicos), a igreja católica buscava impedir a difusão das idéias protestantes e das vozes discordantes do seu ideário religioso.  Dele constavam as bíblias luterana, calvinista e anglicana e diversas obras de intelectuais da época, como Galileu Galilei, Giordano Bruno, Isaac Newton, etc.  A censura estabelecida com o Índex ao longo do tempo revelou-se um sério entrave ao progresso cultural e científico da Idade Moderna.
  • 24. EXPANSÃO: A EUROPA SE DIVIDE  A reforma se expandiu rapidamente pela Europa.  Na Escócia eram chamados de presbiterianos, na Inglaterra de puritanos, e na França, de huguenotes.  Alguns países entraram em guerra civil entre católicos e protestantes, por exemplo, na França, na noite de 24 de agosto de 1572, na noite de São Bartolomeu, católicos massacraram milhares de huguenotes. O episódio passou a se chamar “Massacre de São Bartolomeu”.  O terrível episódio desencadeou uma onda de guerras religiosas na França que provocou a morte de milhares de pessoas.  O conflito só terminou com a promulgação do Edito de Nantes, em 1598, que concedeu liberdade de culto no país.
  • 25. Massacre de São Bartolomeu, de François Dubois
  • 26. SUGESTÕES DE FILMES  Lutero  Henrique VIII  The Tudors (série)
  • 27. PROF. ALEXANDRE (XANDÃO) VÊ SE ESTUDA, MEU!!