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Formação e Instrumentalização de Professores de Libras
A Escrita da Pessoa Surda: uma breve análise intralinguística
Professor: Adilsomar Leite
Apresentação
Nesta apresentação farei uma breve explanação
sobre divergências na gramática de primeira língua
(L1) e de segunda (L2) na escrita da pessoa surda.
Imagens encontradas nos resultados de pesquisa do Google
A Língua Portuguesa
Primeiramente, é preciso entender que a escrita da
língua portuguesa é a segunda língua para a
comunidade surda. Acontece que nem sempre o surdo
é inserido em uma escola de educaç ão bilíngue, o que
contribui para (L1) interferir em (L2).
Imagens encontradas nos resultados de pesquisa do Google
As Produções dos Surdos
As produções abaixo foram disponibilizadas pelo professor Fabiano da
Rocha. Como ficaria muito extenso tratar de todas as peculiaridades
intralinguísticas , neste momento, tratarei brevemente dos tempos e
flexão verbal, mas apenas na primeira produção.
Imagem encontrada nos resultados de pesquisa do Google
As Produções
Texto I:
"Hoje Eu trabalhar manhã Varrer casa, lavar quintal, Ajudar Mãe dona de casa.
Trabalhar muito manhãtarde e noite. Só sexta feira, sábado e domingo.“
Texto II:
"Eu acho que estudo de ideias qual essa administraç ão de trabalho é mercado de
conversa de precisa de muito falso ou cuidado de trabalho de confusão de grupos de
habilidades ou de possibilidade de filosofia de moral de importância de fazer
administrar?"
As Produções
Texto III:
"É certo um exemplo as 16:30 encontrarána igreja vão junto e ai depois saída
16:50 meio".
Texto IV:
"Boa noite ! Tão lindíssima é sou sinistra"
"Então, desafio quem é Debora Regina escolhe me aí fala foto hein kk UI
uoooouuu"
"Olha só simples de quem pessoal? Vamos nessa desafio".
As Produções
Texto V:
"Sempre tão lindos. Eu ia fala uma coisa Nossa gente Brincar, novidade,
relaç ão e tudo. Então, parabéns pra nó s forç ado. Os surdos lutam tem direito
claro que sim. Creio que sim sempre. Eles esta estudam continuar dara
forç ado até formatura por isso igual pra mim dar pra vocês pensa bem nisso.
Te amamos para vocês na sempre ..."
A Primeira Produção
Texto I:
"Hoje Eu trabalhar manhã Varrer casa, lavar quintal, Ajudar Mãe dona de
casa. Trabalhar muito manhãtarde e noite. Só sexta feira, sábado e domingo.”
A flexão verbal pode ser caracterizada como presente ou ausente em uma
produç ão escrita. Na interlíngua do surdo, no exemplo acima, é possível
notar que há ausência da flexão verbal. Isto deixa evidente a interferência
linguística na produç ão da pessoa surda.
Reescrevendo o Trecho Abaixo
Texto I:
-"Hoje Eu trabalhar manhãVarrer casa, lavar quintal (...)”.
- Hoje eu trabalhei, amanhãvarrerei a casa e na quinta lavarei (...)”.
Note-se que a flexão verbal na língua de sinais, no trecho acima, é marcada
pelo adverbio de tempo, algo que deixa claro a interferência da língua
materna na língua-algo. A preferência por essa construç ão reforç a a hipó tese
de que ela estáassociada a estágios iniciais da escrita da língua portuguesa ,
a comportamento de aprendizes com menos tempo de exposiç ão ao
português ou idade avanç ada para o aprendizado de L2.
Hipótese da Conservação
Chan-Vianna ( 2008), ao fazer referência aos estudos de Schwartz
(1998) e Craats et al (2000), retrata que nos estágios iniciais do
aprendizado de L2, o aprendiz se guia pela gramática de L1 para
desenvolver a língua-algo, e, posteriormente, a Gramática Universal
(GU) dá possibilidade ao aprendiz para fazer comparação do seu
output e o input da L2, fazendo uma reestruturação da gramática
inicial, caso ele precise.
As ideias supracitadas reforç am mais ainda que o fragmento “Hoje Eu
trabalhar manhã Varrer casa, lavar quintal (...)” é fruto do fenô meno
denominado de interlíngua. No pró ximo slide, para fechar esta questão, trago
brevemente três tempos verbais aplicados ao verbo “Trabalhar” em ambas as
línguas aqui citadas.
Tempos Verbais
Quando se deseja especificar as noç ões temporais, acrescentam-se sinais
que informam o tempo presente, passado ou futuro, dentro da sintaxe da
LIBRAS.
-- "Hoje Eu trabalhar manhãVarrer casa, lavar quintal (...)”.
O verbo “trabalhar “,da oraç ão acima , pode ser classificado da seguinte
forma:
a)Eu Trabalhar (passado)
b)Eu Trabalhar ( hoje)
c)Eu Trabalhar (futuro)
a)Eu Trabalhei
b)Eu Trabalho
c)Eu Trabalharei
Voltando aos Textos e Fazendo uma Reflexão
No início desta apresentaç ão foi mostrado cinco textos
escrito por pessoas surdas. Embora tenha sido
discutido apenas um deles, é interessante notar que a
questão da interlíngua é claramente observada em
todos eles. Além disso, é importante refletir, a partir do
conceito de interlíngua, o tipo de educaç ão que as
pessoas surdas têm tido nos quarto muros da escola.
Imagem encontrada nos resultados de pesquisa do Google.
Interlíngua e Educação Bilingue
Observando as produç ões textuais dos surdos, podemos salientar que uma
educaç ão bilíngue mais efetiva poderia ajudar a minimizaç ão da interferência
de uma língua na outra. Acontece que em muitas escolas o professor não
utiliza a língua de sinais ou material adequado para o aprendizado do
português como segunda língua. É interessante que no ambiente da sala de
aula o aluno faç a uso da interlíngua na reflexão sobre as duas línguas, mas o
professor precisa ficar incumbido de mediar o processo para que o aluno
seja conduzido a diminuir gradativamente este uso ”. (ALVES et al., 2010)
Desta forma, acreditamos que a interlíngua é um processo natural no
aprendizado de qualquer língua, mas que ela não se torne uma constante na
vida da pessoa surda. Ou seja, que os alunos surdos possam ter uma
educaç ão bilíngue que os ajude a evoluir na escrita da língua portuguesa dia
apó s dia.
Imagem encontra nos resultados de pesquisa do Google.
Referências
ALVES, C. B.; FERREIRA, J. de P.; DAMÁZIO, M. M. A Educaç ão Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar: abordagem
bilíngue na escolarizaç ão de pessoas com surdez. Brasília: Ministério de Educaç ão, Secretaria de Educaç ão Especial; [Fortaleza]:
Universidade Federal do Ceará, 2010.
CHAN-VIANA, A. Português (L2) e Libras (L1) Desenvolvimento de Estruturas de Posse na Interlíngua. In QUADROS, R.
M. (ed.). Sign Languages: spinning and unraveling the past, present and future. TISLR9 Theoretical Issues in Sign
Language Research Conference Florianopolis, Brazil, December 2006. (2008) Editora Arara Azul. Petró polis/RJ. Brazil.
Disponível em: <http://www.editora-arara-azul. com.br/EstudosSurdos.php>

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Educação bilíngue para surdos

  • 1. Formação e Instrumentalização de Professores de Libras A Escrita da Pessoa Surda: uma breve análise intralinguística Professor: Adilsomar Leite
  • 2. Apresentação Nesta apresentação farei uma breve explanação sobre divergências na gramática de primeira língua (L1) e de segunda (L2) na escrita da pessoa surda. Imagens encontradas nos resultados de pesquisa do Google
  • 3. A Língua Portuguesa Primeiramente, é preciso entender que a escrita da língua portuguesa é a segunda língua para a comunidade surda. Acontece que nem sempre o surdo é inserido em uma escola de educaç ão bilíngue, o que contribui para (L1) interferir em (L2). Imagens encontradas nos resultados de pesquisa do Google
  • 4. As Produções dos Surdos As produções abaixo foram disponibilizadas pelo professor Fabiano da Rocha. Como ficaria muito extenso tratar de todas as peculiaridades intralinguísticas , neste momento, tratarei brevemente dos tempos e flexão verbal, mas apenas na primeira produção. Imagem encontrada nos resultados de pesquisa do Google
  • 5. As Produções Texto I: "Hoje Eu trabalhar manhã Varrer casa, lavar quintal, Ajudar Mãe dona de casa. Trabalhar muito manhãtarde e noite. Só sexta feira, sábado e domingo.“ Texto II: "Eu acho que estudo de ideias qual essa administraç ão de trabalho é mercado de conversa de precisa de muito falso ou cuidado de trabalho de confusão de grupos de habilidades ou de possibilidade de filosofia de moral de importância de fazer administrar?"
  • 6. As Produções Texto III: "É certo um exemplo as 16:30 encontrarána igreja vão junto e ai depois saída 16:50 meio". Texto IV: "Boa noite ! Tão lindíssima é sou sinistra" "Então, desafio quem é Debora Regina escolhe me aí fala foto hein kk UI uoooouuu" "Olha só simples de quem pessoal? Vamos nessa desafio".
  • 7. As Produções Texto V: "Sempre tão lindos. Eu ia fala uma coisa Nossa gente Brincar, novidade, relaç ão e tudo. Então, parabéns pra nó s forç ado. Os surdos lutam tem direito claro que sim. Creio que sim sempre. Eles esta estudam continuar dara forç ado até formatura por isso igual pra mim dar pra vocês pensa bem nisso. Te amamos para vocês na sempre ..."
  • 8. A Primeira Produção Texto I: "Hoje Eu trabalhar manhã Varrer casa, lavar quintal, Ajudar Mãe dona de casa. Trabalhar muito manhãtarde e noite. Só sexta feira, sábado e domingo.” A flexão verbal pode ser caracterizada como presente ou ausente em uma produç ão escrita. Na interlíngua do surdo, no exemplo acima, é possível notar que há ausência da flexão verbal. Isto deixa evidente a interferência linguística na produç ão da pessoa surda.
  • 9. Reescrevendo o Trecho Abaixo Texto I: -"Hoje Eu trabalhar manhãVarrer casa, lavar quintal (...)”. - Hoje eu trabalhei, amanhãvarrerei a casa e na quinta lavarei (...)”. Note-se que a flexão verbal na língua de sinais, no trecho acima, é marcada pelo adverbio de tempo, algo que deixa claro a interferência da língua materna na língua-algo. A preferência por essa construç ão reforç a a hipó tese de que ela estáassociada a estágios iniciais da escrita da língua portuguesa , a comportamento de aprendizes com menos tempo de exposiç ão ao português ou idade avanç ada para o aprendizado de L2.
  • 10. Hipótese da Conservação Chan-Vianna ( 2008), ao fazer referência aos estudos de Schwartz (1998) e Craats et al (2000), retrata que nos estágios iniciais do aprendizado de L2, o aprendiz se guia pela gramática de L1 para desenvolver a língua-algo, e, posteriormente, a Gramática Universal (GU) dá possibilidade ao aprendiz para fazer comparação do seu output e o input da L2, fazendo uma reestruturação da gramática inicial, caso ele precise. As ideias supracitadas reforç am mais ainda que o fragmento “Hoje Eu trabalhar manhã Varrer casa, lavar quintal (...)” é fruto do fenô meno denominado de interlíngua. No pró ximo slide, para fechar esta questão, trago brevemente três tempos verbais aplicados ao verbo “Trabalhar” em ambas as línguas aqui citadas.
  • 11. Tempos Verbais Quando se deseja especificar as noç ões temporais, acrescentam-se sinais que informam o tempo presente, passado ou futuro, dentro da sintaxe da LIBRAS. -- "Hoje Eu trabalhar manhãVarrer casa, lavar quintal (...)”. O verbo “trabalhar “,da oraç ão acima , pode ser classificado da seguinte forma: a)Eu Trabalhar (passado) b)Eu Trabalhar ( hoje) c)Eu Trabalhar (futuro) a)Eu Trabalhei b)Eu Trabalho c)Eu Trabalharei
  • 12. Voltando aos Textos e Fazendo uma Reflexão No início desta apresentaç ão foi mostrado cinco textos escrito por pessoas surdas. Embora tenha sido discutido apenas um deles, é interessante notar que a questão da interlíngua é claramente observada em todos eles. Além disso, é importante refletir, a partir do conceito de interlíngua, o tipo de educaç ão que as pessoas surdas têm tido nos quarto muros da escola. Imagem encontrada nos resultados de pesquisa do Google.
  • 13. Interlíngua e Educação Bilingue Observando as produç ões textuais dos surdos, podemos salientar que uma educaç ão bilíngue mais efetiva poderia ajudar a minimizaç ão da interferência de uma língua na outra. Acontece que em muitas escolas o professor não utiliza a língua de sinais ou material adequado para o aprendizado do português como segunda língua. É interessante que no ambiente da sala de aula o aluno faç a uso da interlíngua na reflexão sobre as duas línguas, mas o professor precisa ficar incumbido de mediar o processo para que o aluno seja conduzido a diminuir gradativamente este uso ”. (ALVES et al., 2010) Desta forma, acreditamos que a interlíngua é um processo natural no aprendizado de qualquer língua, mas que ela não se torne uma constante na vida da pessoa surda. Ou seja, que os alunos surdos possam ter uma educaç ão bilíngue que os ajude a evoluir na escrita da língua portuguesa dia apó s dia. Imagem encontra nos resultados de pesquisa do Google.
  • 14. Referências ALVES, C. B.; FERREIRA, J. de P.; DAMÁZIO, M. M. A Educaç ão Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar: abordagem bilíngue na escolarizaç ão de pessoas com surdez. Brasília: Ministério de Educaç ão, Secretaria de Educaç ão Especial; [Fortaleza]: Universidade Federal do Ceará, 2010. CHAN-VIANA, A. Português (L2) e Libras (L1) Desenvolvimento de Estruturas de Posse na Interlíngua. In QUADROS, R. M. (ed.). Sign Languages: spinning and unraveling the past, present and future. TISLR9 Theoretical Issues in Sign Language Research Conference Florianopolis, Brazil, December 2006. (2008) Editora Arara Azul. Petró polis/RJ. Brazil. Disponível em: <http://www.editora-arara-azul. com.br/EstudosSurdos.php>