SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 14
Nevoeiro Mensagem,  Fernando Pessoa Ana Margarida Pinto, nº2  12ºA Escola e.b. 2,3/s de mora
Quinto Nevoeiro Nem rei nem lei, nem paz nem guerra, Define com perfil e ser Este fulgor baço da terra Que é Portugal a entristecer- Brilho sem luz e sem arder, Como o que o fogo-fátuo encerra. Ninguém sabe que coisa quer. Ninguém conhece que alma tem, Nem o que é mal nem o que é bem. (Que ânsia distante perto chora?) Tudo é incerto e derradeiro. Tudo é disperso, nada é inteiro. Ó Portugal, hoje és nevoeiro... É a Hora!
Quinto Nevoeiro Nem rei nem lei, nem paz nem guerra, Define com perfil e ser Este fulgor baço da terra Que é Portugal a entristecer- Brilho sem luz e sem arder, Como o que o fogo-fátuo encerra. Ninguém sabe que coisa quer. Ninguém conhece que alma tem, Nem o que é mal nem o que é bem. (Que ânsia distante perto chora?) Tudo é incerto e derradeiro. Tudo é disperso, nada é inteiro. Ó Portugal, hoje és nevoeiro... É a Hora!  ,[object Object],Pertence à 3ª parte, “O Encoberto”  e, dentro desta, inclui-se  também na 3ª parte, “Os Tempos”.
Quinto Nevoeiro Nem rei nem lei, nem paz nem guerra, Define com perfil e ser Este fulgor baço da terra Que é Portugal a entristecer- Brilho sem luz e sem arder, Como o que o fogo-fátuo encerra. Ninguém sabe que coisa quer. Ninguém conhece que alma tem, Nem o que é mal nem o que é bem. (Que ânsia distante perto chora?) Tudo é incerto e derradeiro. Tudo é disperso, nada é inteiro. Ó Portugal, hoje és nevoeiro... É a Hora!  ,[object Object]
 Sendo composto por 3 estrofes irregulares:
uma sextilha
	uma sétima
um verso,[object Object]
Quinto Nevoeiro Nem/rei /nem/ lei/, nem/ paz/ nem/ guer/ra, Define com perfil e ser Es/te/ ful/gor /ba/ço /da /ter/ra Que é Portugal a entristecer- Brilho sem luz e sem arder, Como o que o fogo-fátuo encerra. Ninguém sabe que coisa quer. Ninguém conhece que alma tem, Nem o que é mal nem o que é bem. (Que ânsia distante perto chora?) Tudo é incerto e derradeiro. Tudo é disperso, nada é inteiro. Ó Portugal, hoje és nevoeiro... É a Hora!  ,[object Object]
 13 versos – octossilábicos  (oito sílabas)
 último verso – dissilábico (duas sílabas)A rima é sempre consoante. Predominância da rima ricahavendo também rima pobre (ex: tem/bem)
Quinto Nevoeiro Nem rei nem lei, nem paz nem guerra, Define com perfil e ser Este fulgor baço da terra Que é Portugal a entristecer- Brilho sem luz e sem arder, Como o que o fogo-fátuo encerra. Ninguém sabe que coisa quer. Ninguém conhece que alma tem, Nem o que é mal nem o que é bem. (Que ânsia distante perto chora?) Tudo é incerto e derradeiro. Tudo é disperso, nada é inteiro. Ó Portugal, hoje és nevoeiro... É a Hora!  Aspectos temáticos fundamentais: ,[object Object]
Falta de identidade nacional;
 Sentimento de incerteza e imprecisão;

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Mensagem - Antemanhã
Mensagem - AntemanhãMensagem - Antemanhã
Mensagem - AntemanhãSofia_Afonso
 
Fernando Pessoa Prece
Fernando Pessoa PreceFernando Pessoa Prece
Fernando Pessoa PreceSamuel Neves
 
Análise dos poemas "Os Colombos" e "Tormentas"
Análise dos poemas "Os Colombos" e "Tormentas" Análise dos poemas "Os Colombos" e "Tormentas"
Análise dos poemas "Os Colombos" e "Tormentas" Mariana Domingues
 
Análise do Poema - A Última Nau
Análise do Poema - A Última NauAnálise do Poema - A Última Nau
Análise do Poema - A Última NauMaria Freitas
 
"Não sei se é sonhe, se realidade"
"Não sei se é sonhe, se realidade""Não sei se é sonhe, se realidade"
"Não sei se é sonhe, se realidade"MiguelavRodrigues
 
"Mensagem" de Fernando Pessoa- "O Infante"
"Mensagem" de Fernando Pessoa- "O Infante""Mensagem" de Fernando Pessoa- "O Infante"
"Mensagem" de Fernando Pessoa- "O Infante"VniaRodrigues30
 
António Vieira
António VieiraAntónio Vieira
António VieiraAna Cruz
 
Ode Triunfal de Álvaro de Campos
Ode Triunfal de Álvaro de CamposOde Triunfal de Álvaro de Campos
Ode Triunfal de Álvaro de Camposguest3fc89a1
 
A "Mensagem", de F. Pessoa
A "Mensagem", de F. PessoaA "Mensagem", de F. Pessoa
A "Mensagem", de F. PessoaDina Baptista
 
Nevoeiro - Mensagem Fernando Pessoa
Nevoeiro - Mensagem Fernando PessoaNevoeiro - Mensagem Fernando Pessoa
Nevoeiro - Mensagem Fernando PessoaEdgarFerro3
 
características temáticas de Fernando Pessoa - ortónimo
características temáticas de Fernando Pessoa - ortónimocaracterísticas temáticas de Fernando Pessoa - ortónimo
características temáticas de Fernando Pessoa - ortónimoDina Baptista
 
Mensagem, D. Filipa de Lencastre
Mensagem,  D. Filipa de Lencastre Mensagem,  D. Filipa de Lencastre
Mensagem, D. Filipa de Lencastre Ana Cristina Matias
 
Sebastianismo: Os Lusíadas & Mensagem
Sebastianismo: Os Lusíadas & MensagemSebastianismo: Os Lusíadas & Mensagem
Sebastianismo: Os Lusíadas & MensagemInesa M
 
Ricardo Reis - Análise do poema "Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio"...
Ricardo Reis - Análise do poema "Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio"...Ricardo Reis - Análise do poema "Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio"...
Ricardo Reis - Análise do poema "Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio"...FilipaFonseca
 
Fernando Pessoa Nostalgia da Infância
Fernando Pessoa Nostalgia da InfânciaFernando Pessoa Nostalgia da Infância
Fernando Pessoa Nostalgia da InfânciaSamuel Neves
 
Estrutura mensagem
Estrutura mensagemEstrutura mensagem
Estrutura mensagemameliapadrao
 

Mais procurados (20)

Mensagem - Antemanhã
Mensagem - AntemanhãMensagem - Antemanhã
Mensagem - Antemanhã
 
Fernando Pessoa Prece
Fernando Pessoa PreceFernando Pessoa Prece
Fernando Pessoa Prece
 
Análise dos poemas "Os Colombos" e "Tormentas"
Análise dos poemas "Os Colombos" e "Tormentas" Análise dos poemas "Os Colombos" e "Tormentas"
Análise dos poemas "Os Colombos" e "Tormentas"
 
Análise do Poema - A Última Nau
Análise do Poema - A Última NauAnálise do Poema - A Última Nau
Análise do Poema - A Última Nau
 
"Não sei se é sonhe, se realidade"
"Não sei se é sonhe, se realidade""Não sei se é sonhe, se realidade"
"Não sei se é sonhe, se realidade"
 
"Mensagem" de Fernando Pessoa- "O Infante"
"Mensagem" de Fernando Pessoa- "O Infante""Mensagem" de Fernando Pessoa- "O Infante"
"Mensagem" de Fernando Pessoa- "O Infante"
 
António Vieira
António VieiraAntónio Vieira
António Vieira
 
Ode Triunfal de Álvaro de Campos
Ode Triunfal de Álvaro de CamposOde Triunfal de Álvaro de Campos
Ode Triunfal de Álvaro de Campos
 
A "Mensagem", de F. Pessoa
A "Mensagem", de F. PessoaA "Mensagem", de F. Pessoa
A "Mensagem", de F. Pessoa
 
Calma
CalmaCalma
Calma
 
Nevoeiro - Mensagem Fernando Pessoa
Nevoeiro - Mensagem Fernando PessoaNevoeiro - Mensagem Fernando Pessoa
Nevoeiro - Mensagem Fernando Pessoa
 
características temáticas de Fernando Pessoa - ortónimo
características temáticas de Fernando Pessoa - ortónimocaracterísticas temáticas de Fernando Pessoa - ortónimo
características temáticas de Fernando Pessoa - ortónimo
 
Ricardo Reis
Ricardo ReisRicardo Reis
Ricardo Reis
 
Mensagem, D. Filipa de Lencastre
Mensagem,  D. Filipa de Lencastre Mensagem,  D. Filipa de Lencastre
Mensagem, D. Filipa de Lencastre
 
Sebastianismo: Os Lusíadas & Mensagem
Sebastianismo: Os Lusíadas & MensagemSebastianismo: Os Lusíadas & Mensagem
Sebastianismo: Os Lusíadas & Mensagem
 
Autopsicografia e Isto
Autopsicografia e IstoAutopsicografia e Isto
Autopsicografia e Isto
 
Mensagem - Fernando Pessoa
Mensagem - Fernando Pessoa Mensagem - Fernando Pessoa
Mensagem - Fernando Pessoa
 
Ricardo Reis - Análise do poema "Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio"...
Ricardo Reis - Análise do poema "Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio"...Ricardo Reis - Análise do poema "Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio"...
Ricardo Reis - Análise do poema "Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio"...
 
Fernando Pessoa Nostalgia da Infância
Fernando Pessoa Nostalgia da InfânciaFernando Pessoa Nostalgia da Infância
Fernando Pessoa Nostalgia da Infância
 
Estrutura mensagem
Estrutura mensagemEstrutura mensagem
Estrutura mensagem
 

Semelhante a Nevoeiro - Fernando Pessoa

mensagem_nevoeiro.pptx
mensagem_nevoeiro.pptxmensagem_nevoeiro.pptx
mensagem_nevoeiro.pptxInsBernardo7
 
Nevoeiro Fernando Pessoa (1).pdf
Nevoeiro Fernando Pessoa (1).pdfNevoeiro Fernando Pessoa (1).pdf
Nevoeiro Fernando Pessoa (1).pdfAriana513597
 
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 138-139
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 138-139Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 138-139
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 138-139luisprista
 
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 141-142
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 141-142Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 141-142
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 141-142luisprista
 
Fernando Pessoa- Mensagens.pdf
Fernando Pessoa- Mensagens.pdfFernando Pessoa- Mensagens.pdf
Fernando Pessoa- Mensagens.pdfJeanLima84
 
Fernando pessoa
Fernando pessoaFernando pessoa
Fernando pessoaSeduc/AM
 
Mensagem fernando pessoa
Mensagem fernando pessoaMensagem fernando pessoa
Mensagem fernando pessoaprof_daniela
 
Mensagem fernando pessoa
Mensagem   fernando pessoaMensagem   fernando pessoa
Mensagem fernando pessoaLeandro Doras
 
Poemas de Fernando Pessoa
Poemas de Fernando PessoaPoemas de Fernando Pessoa
Poemas de Fernando Pessoalucilafiorini
 
Poemas de Fernando Pessoa literatura .
Poemas de Fernando Pessoa literatura .Poemas de Fernando Pessoa literatura .
Poemas de Fernando Pessoa literatura .SandyChristino
 
Mito e identidade nacional em Fernando Pessoa
Mito e identidade nacional em Fernando PessoaMito e identidade nacional em Fernando Pessoa
Mito e identidade nacional em Fernando PessoaMartim Balcao
 
Apresentação para décimo segundo ano, aula 62
Apresentação para décimo segundo ano, aula 62Apresentação para décimo segundo ano, aula 62
Apresentação para décimo segundo ano, aula 62luisprista
 
Cap7 barroco
Cap7 barrocoCap7 barroco
Cap7 barrocowhybells
 

Semelhante a Nevoeiro - Fernando Pessoa (20)

mensagem_nevoeiro.pptx
mensagem_nevoeiro.pptxmensagem_nevoeiro.pptx
mensagem_nevoeiro.pptx
 
Nevoeiro Fernando Pessoa (1).pdf
Nevoeiro Fernando Pessoa (1).pdfNevoeiro Fernando Pessoa (1).pdf
Nevoeiro Fernando Pessoa (1).pdf
 
Nevoeiro
NevoeiroNevoeiro
Nevoeiro
 
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 138-139
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 138-139Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 138-139
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 138-139
 
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 141-142
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 141-142Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 141-142
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 141-142
 
Fernando pessoa mensagem
Fernando pessoa   mensagemFernando pessoa   mensagem
Fernando pessoa mensagem
 
Fernando Pessoa- Mensagens.pdf
Fernando Pessoa- Mensagens.pdfFernando Pessoa- Mensagens.pdf
Fernando Pessoa- Mensagens.pdf
 
Fernando pessoa
Fernando pessoaFernando pessoa
Fernando pessoa
 
Mensagem fernando pessoa
Mensagem fernando pessoaMensagem fernando pessoa
Mensagem fernando pessoa
 
Mensagem fernando pessoa
Mensagem   fernando pessoaMensagem   fernando pessoa
Mensagem fernando pessoa
 
2
22
2
 
Poemas de Fernando Pessoa
Poemas de Fernando PessoaPoemas de Fernando Pessoa
Poemas de Fernando Pessoa
 
Fernando pessoa
Fernando pessoaFernando pessoa
Fernando pessoa
 
Poemas de Fernando Pessoa literatura .
Poemas de Fernando Pessoa literatura .Poemas de Fernando Pessoa literatura .
Poemas de Fernando Pessoa literatura .
 
Hi9opoi
Hi9opoiHi9opoi
Hi9opoi
 
pdf_mensagem.pptx
pdf_mensagem.pptxpdf_mensagem.pptx
pdf_mensagem.pptx
 
Mito e identidade nacional em Fernando Pessoa
Mito e identidade nacional em Fernando PessoaMito e identidade nacional em Fernando Pessoa
Mito e identidade nacional em Fernando Pessoa
 
Apresentação para décimo segundo ano, aula 62
Apresentação para décimo segundo ano, aula 62Apresentação para décimo segundo ano, aula 62
Apresentação para décimo segundo ano, aula 62
 
Cap7 barroco
Cap7 barrocoCap7 barroco
Cap7 barroco
 
Cp1 hino nacional
Cp1   hino nacionalCp1   hino nacional
Cp1 hino nacional
 

Mais de AMLDRP

Patagónia
PatagóniaPatagónia
PatagóniaAMLDRP
 
filosofia - A morte é...
filosofia - A morte é... filosofia - A morte é...
filosofia - A morte é... AMLDRP
 
Relatório biologia 10ºano - membrana celular
Relatório biologia 10ºano - membrana celularRelatório biologia 10ºano - membrana celular
Relatório biologia 10ºano - membrana celularAMLDRP
 
Folheto filosofia - direitos dos animais
Folheto filosofia - direitos dos animaisFolheto filosofia - direitos dos animais
Folheto filosofia - direitos dos animaisAMLDRP
 
ENSAIO FILOSÓFICO - SERÁ QUE OS ANIMAIS NÃO HUMANOS SÃO DIGNOS DE CONSIDERA...
 ENSAIO FILOSÓFICO  - SERÁ QUE OS ANIMAIS NÃO HUMANOS SÃO DIGNOS DE CONSIDERA... ENSAIO FILOSÓFICO  - SERÁ QUE OS ANIMAIS NÃO HUMANOS SÃO DIGNOS DE CONSIDERA...
ENSAIO FILOSÓFICO - SERÁ QUE OS ANIMAIS NÃO HUMANOS SÃO DIGNOS DE CONSIDERA...AMLDRP
 
Recensão crítica - a aia
Recensão crítica - a aia Recensão crítica - a aia
Recensão crítica - a aia AMLDRP
 
Ficha de leitura - brida
Ficha de leitura - bridaFicha de leitura - brida
Ficha de leitura - bridaAMLDRP
 
Ficha de leitura - o natal de poirot
Ficha de leitura - o natal de poirotFicha de leitura - o natal de poirot
Ficha de leitura - o natal de poirotAMLDRP
 
Ficha de leitura: a conspiração - dan brown
Ficha de leitura: a conspiração - dan brownFicha de leitura: a conspiração - dan brown
Ficha de leitura: a conspiração - dan brownAMLDRP
 
Ficha de leitura o sétimo selo - josé rodrigues dos santos
Ficha de leitura o sétimo selo - josé rodrigues dos santosFicha de leitura o sétimo selo - josé rodrigues dos santos
Ficha de leitura o sétimo selo - josé rodrigues dos santosAMLDRP
 
Reflexao critica - baraka
Reflexao critica -  barakaReflexao critica -  baraka
Reflexao critica - barakaAMLDRP
 
recensao critica (portugues) - a igreja do diabo, machado de assis
recensao critica (portugues) - a igreja do diabo, machado de assisrecensao critica (portugues) - a igreja do diabo, machado de assis
recensao critica (portugues) - a igreja do diabo, machado de assisAMLDRP
 
Ficha de leitura - anjos e demónios
Ficha de leitura -  anjos e demóniosFicha de leitura -  anjos e demónios
Ficha de leitura - anjos e demóniosAMLDRP
 
Ficha de leitura - as valquírias, paulo coelho
Ficha de leitura - as valquírias, paulo coelho Ficha de leitura - as valquírias, paulo coelho
Ficha de leitura - as valquírias, paulo coelho AMLDRP
 
a espécie humana
a espécie humanaa espécie humana
a espécie humanaAMLDRP
 
daphniasemmora
 daphniasemmora daphniasemmora
daphniasemmoraAMLDRP
 
Vós jovens sois a esperança do futuro corrigido texto orientado
Vós jovens sois a esperança do futuro  corrigido texto orientadoVós jovens sois a esperança do futuro  corrigido texto orientado
Vós jovens sois a esperança do futuro corrigido texto orientadoAMLDRP
 
Basquetebol
BasquetebolBasquetebol
BasquetebolAMLDRP
 
Tabacaria - Álvaro de Campos
Tabacaria - Álvaro de CamposTabacaria - Álvaro de Campos
Tabacaria - Álvaro de CamposAMLDRP
 
Campo magnético terrestre
Campo magnético terrestreCampo magnético terrestre
Campo magnético terrestreAMLDRP
 

Mais de AMLDRP (20)

Patagónia
PatagóniaPatagónia
Patagónia
 
filosofia - A morte é...
filosofia - A morte é... filosofia - A morte é...
filosofia - A morte é...
 
Relatório biologia 10ºano - membrana celular
Relatório biologia 10ºano - membrana celularRelatório biologia 10ºano - membrana celular
Relatório biologia 10ºano - membrana celular
 
Folheto filosofia - direitos dos animais
Folheto filosofia - direitos dos animaisFolheto filosofia - direitos dos animais
Folheto filosofia - direitos dos animais
 
ENSAIO FILOSÓFICO - SERÁ QUE OS ANIMAIS NÃO HUMANOS SÃO DIGNOS DE CONSIDERA...
 ENSAIO FILOSÓFICO  - SERÁ QUE OS ANIMAIS NÃO HUMANOS SÃO DIGNOS DE CONSIDERA... ENSAIO FILOSÓFICO  - SERÁ QUE OS ANIMAIS NÃO HUMANOS SÃO DIGNOS DE CONSIDERA...
ENSAIO FILOSÓFICO - SERÁ QUE OS ANIMAIS NÃO HUMANOS SÃO DIGNOS DE CONSIDERA...
 
Recensão crítica - a aia
Recensão crítica - a aia Recensão crítica - a aia
Recensão crítica - a aia
 
Ficha de leitura - brida
Ficha de leitura - bridaFicha de leitura - brida
Ficha de leitura - brida
 
Ficha de leitura - o natal de poirot
Ficha de leitura - o natal de poirotFicha de leitura - o natal de poirot
Ficha de leitura - o natal de poirot
 
Ficha de leitura: a conspiração - dan brown
Ficha de leitura: a conspiração - dan brownFicha de leitura: a conspiração - dan brown
Ficha de leitura: a conspiração - dan brown
 
Ficha de leitura o sétimo selo - josé rodrigues dos santos
Ficha de leitura o sétimo selo - josé rodrigues dos santosFicha de leitura o sétimo selo - josé rodrigues dos santos
Ficha de leitura o sétimo selo - josé rodrigues dos santos
 
Reflexao critica - baraka
Reflexao critica -  barakaReflexao critica -  baraka
Reflexao critica - baraka
 
recensao critica (portugues) - a igreja do diabo, machado de assis
recensao critica (portugues) - a igreja do diabo, machado de assisrecensao critica (portugues) - a igreja do diabo, machado de assis
recensao critica (portugues) - a igreja do diabo, machado de assis
 
Ficha de leitura - anjos e demónios
Ficha de leitura -  anjos e demóniosFicha de leitura -  anjos e demónios
Ficha de leitura - anjos e demónios
 
Ficha de leitura - as valquírias, paulo coelho
Ficha de leitura - as valquírias, paulo coelho Ficha de leitura - as valquírias, paulo coelho
Ficha de leitura - as valquírias, paulo coelho
 
a espécie humana
a espécie humanaa espécie humana
a espécie humana
 
daphniasemmora
 daphniasemmora daphniasemmora
daphniasemmora
 
Vós jovens sois a esperança do futuro corrigido texto orientado
Vós jovens sois a esperança do futuro  corrigido texto orientadoVós jovens sois a esperança do futuro  corrigido texto orientado
Vós jovens sois a esperança do futuro corrigido texto orientado
 
Basquetebol
BasquetebolBasquetebol
Basquetebol
 
Tabacaria - Álvaro de Campos
Tabacaria - Álvaro de CamposTabacaria - Álvaro de Campos
Tabacaria - Álvaro de Campos
 
Campo magnético terrestre
Campo magnético terrestreCampo magnético terrestre
Campo magnético terrestre
 

Último

Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasRecurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasCasa Ciências
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMVanessaCavalcante37
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdfJorge Andrade
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxkarinedarozabatista
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptxthaisamaral9365923
 
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptxOrações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptxKtiaOliveira68
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Simulado 2 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 2 Etapa  - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 2 Etapa  - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 2 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERDeiciane Chaves
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comumUniversidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comumPatrícia de Sá Freire, PhD. Eng.
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesMary Alvarenga
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 

Último (20)

Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasRecurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptxOrações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptx
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
 
Simulado 2 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 2 Etapa  - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 2 Etapa  - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 2 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comumUniversidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 

Nevoeiro - Fernando Pessoa

  • 1. Nevoeiro Mensagem, Fernando Pessoa Ana Margarida Pinto, nº2 12ºA Escola e.b. 2,3/s de mora
  • 2. Quinto Nevoeiro Nem rei nem lei, nem paz nem guerra, Define com perfil e ser Este fulgor baço da terra Que é Portugal a entristecer- Brilho sem luz e sem arder, Como o que o fogo-fátuo encerra. Ninguém sabe que coisa quer. Ninguém conhece que alma tem, Nem o que é mal nem o que é bem. (Que ânsia distante perto chora?) Tudo é incerto e derradeiro. Tudo é disperso, nada é inteiro. Ó Portugal, hoje és nevoeiro... É a Hora!
  • 3.
  • 4.
  • 5. Sendo composto por 3 estrofes irregulares:
  • 8.
  • 9.
  • 10. 13 versos – octossilábicos (oito sílabas)
  • 11. último verso – dissilábico (duas sílabas)A rima é sempre consoante. Predominância da rima ricahavendo também rima pobre (ex: tem/bem)
  • 12.
  • 14. Sentimento de incerteza e imprecisão;
  • 15.
  • 16. Nem rei nem lei, nem paz nem guerra, Define com perfil e ser Este fulgor baço da terra Que é Portugal a entristecer- Brilho sem luz e sem arder, Como o que o fogo-fátuo encerra. Primeira estrofe… O poeta começa por caracterizar o momento de Portugal. E o desespero do poeta é tão grande que ele acaba por dizer que “nem rei nem lei, nem paz nem guerra” o “define com perfil e ser”. Continuará a ser “fulgor baço da terra” este País a “entrestecer”. A vida é vista como “brilho sem luz e sem arder”. E mais ainda, é pior, é “como o que o fogo-fátuo encerra”, é aparência de brilho (vida exterior), mas sem luz interior (vida interior).
  • 17. Ninguém sabe que coisa quer. Ninguém conhece que alma tem, Nem o que é mal nem o que é bem. (Que ânsia distante perto chora?) Tudo é incerto e derradeiro. Tudo é disperso, nada é inteiro. Ó Portugal, hoje és nevoeiro... Segunda estrofe…. Fernando Pessoa começa a falar individualmente. Portugal é um país perdido onde“ninguém sabe que coisa quer”, onde ”ninguém conhece que alma tem”, sem noção nem do que “é mal nem o que é bem”. No entanto, há uma ligeira esperança: uma “ânsia distante” que “perto chora” (impulso positivo). Mas tudo é tão “incerto e derradeiro”, “disperso”. “Nada é inteiro”. E o poeta demonstra o tal desespero deixando uma interjeição dolorosa: “Ó Portugal, hoje és nevoeiro…”.
  • 18. É a Hora! Última estrofe… É o momento de surgir à Nova Vida. "É a Hora" de acordarem, de se unirem, e de fazerem voltar tudo de novo, e quem sabe D. Sebastião não reaparecerá, do opaco nevoeiro em que desapareceu, montado no seu cavalo branco, e o mito e a glória de Portugal ressurgirão das cinzas, como o Fénix o faz na sua recriação de nova vida após a morte. E “Hora” é também o momento em que Fernando Pessoa é lido até ao fim, quando se conclui a leitura da “Mensagem”, do plano de Pessoa para regenerar Portugal.
  • 19. Alguns dos recursos estilísticos: Antítese: “Este fulgor baço da terra” Personificação: “Que é Portugal a entristecer” Anáfora: “Ninguém sabe que coisa quer./ Ninguém conhece que alma tem” “Tudo é incerto e derradeiro./ Tudo é disperso, nada é inteiro.” Comparação: “Brilho sem luz e sem arder,/ Como o que o fogo-fátuo encerra.”
  • 20. Conclusão O poema "Nevoeiro" permite a Fernando Pessoa encerrar “Mensagem” da melhor maneira, indo repescar o mito sebastianista de que o Rei voltará numa manhã de nevoeiro e mostrando que, simbolicamente, nevoeiro é a situação que então se vive em Portugal… Mas já é tempo de mudança, "É a Hora!“de partir novamente à descoberta e conquistar o mundo; “É a Hora!” de voltar a sonhar! É tempo de renascer.
  • 21. Resposta à questão: Camões e Pessoa ambos exortam. Camões exorta um rei vivo às ainda possíveis conquistas, embora se adivinhe já o fim do Império. Pessoa já não tem Império em que ter esperança e a sua exortação é necessariamente interior, espiritual. O que é parecido em ambos é a esperança positiva na mudança – não há um fatalismo triste. Ambos esperam a mudança para melhor, acreditam num futuro mais positivo. A “apagada e vil tristeza” de Camões, o “fulgor baço da terra” de Pessoa, são maneiras semelhantes de caracterizar o presente do país. Ambos estão desapontados com a realidade e querem a mudança – um pela guerra, o outro pela irmandade.