SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 28
Baixar para ler offline
SEUC | Teologia descomplicada ao seu alcance
1
SEUC | Teologia descomplicada ao seu alcance
2
SEUC | Teologia descomplicada ao seu alcance
3
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO AS EPÍSTOLAS GERAIS ..........................05
EPÍSTOLA DE TIAGO ........................................................06
PRIMEIRA EPÍSTOLA DE PEDRO ....................................10
SEGUNDA EPÍSTOLA DE PEDRO ....................................13
PRIMEIRA EPÍSTOLA DE JOÃO .......................................16
SEGUNDA EPÍSTOLA DE JOÃO........................................19
TERCEIRA EPÍSTOLA DE JOÃO .......................................22
EPÍSTOLA DE JUDAS ........................................................24
REFERÊNCIAS.....................................................................27
SEUC | Teologia descomplicada ao seu alcance
4
SEUC | Teologia descomplicada ao seu alcance
5
INTRODUÇÃO AS EPÍSTOLAS GERAIS
Tiago, 1 e 2 Pedro, 1, 2 e 3João e Judas são chamadas de
epístolas gerais “universais”, ou “católicas” por suas saudações
não se limitarem a uma só localidade (a exceção de 2 e 3João).
Tiago, por exemplo, é dirigida "às doze tribos que se encontram
na Dispersão (Tg 1.1) uma designação para os cristãos em toda a
parte (provavelmente, todos os judeus cristãos dos primórdios da
Igreja).
As epístolas, tornou-se uma forma importante de
comunicação escrita cristã, não somente para os autores do Novo
Testamento, mas também para os "Pais da Igreja", tais
como Inácio de Antioquia, Policarpo de Esmirna e Clemente de
Roma.
SEUC | Teologia descomplicada ao seu alcance
6
EPÍSTOLA DE TIAGO
É a mais prática de todas as epístolas e tem sido chamada de
“Guia prático para a vida e a conduta cristã”. É como se fosse o
livro Provérbios dentro do Novo Testamento. Está repleto de
preceitos morais. Expõe a ética do Cristianismo, é cheia de
figuras e metáforas. E é notável pelos ensinamentos morais e
éticos de relevância para a Igreja.
A epístola trata dos aspectos práticos da conduta cristã e
apresenta o modo pelo qual a fé opera na vida cotidiana. O
propósito de Tiago era oferecer instrução ética concreta.
Comparado a Paulo, Tiago demonstra muito menos interesse pela
teologia formal, embora a carta não seja totalmente desprovida
de declarações teológicas (Tg 1:12; 2:1,10-12, 19; 3.9, 5:7-9, 12,
14). A epístola aborda vários assuntos, entre os principais
assuntos tratados encontram-se a questão da fé e das obras (2:14-
26), o uso da língua (3:1-12) e a oração pelos enfermos (5:13-
16).
AUTORIA
Dos quatro indivíduos identificados no NT como Tiago,
somente dois são propostos como autor desta carta Tiago, filho
de Zebedeu (e irmão de João), e Tiago, o meio-irmão de Jesus. É
pouco provável que Tiago, o filho de Zebedeu, tenha sido o
autor, uma vez que foi martirizado por volta do ano 44 d.C (At
12:2). O tom de autoridade na carta não apenas elimina os outros
dois Tiagos menos conhecidos do Novo Testamento ("Tiago, o
menor", e o Tiago de Lc 6:16), mas também aponta para o meio-
irmão de Jesus, que veio a ser o líder reconhecido da igreja em
Jerusalém (At 12:17, 15:13; 21:18). Esta conclusão é apoiada
SEUC | Teologia descomplicada ao seu alcance
7
pelas semelhanças existentes no texto grego entre esta carta e o
discurso de Tiago no concílio de Jerusalém.
DATA
Alguns, negando a autoria de Tiago devido ao excelente
grego do texto, datam a redação desta carta do final do primeiro
século. No entanto, língua grega era conhecida pelos judeus,
junto com o aramaico e o hebraico. Além disso, a ausência de
menções ao concílio de Jerusalém (50-51 d.C.), o uso da palavra
"sinagoga" (assembleia) para descrever a igreja em (Tg 2:2) e a
forte expectativa da volta iminente do Senhor (Tg 5:7-9) indicam
uma data mais antiga, entre (44-49 d. C).
Tiago é classificada como "epístola universal" porque foi
originalmente escrita para uma comunidade maior que uma
igreja local. A saudação: “Às doze tribos que andam dispersas”
(Tg 1.1), juntamente com outras referências (Tg 2.19-21),
indicam que a epístola foi escrita inicialmente a cristãos judeus
que viviam fora de Israel.
DESTINATÁRIOS
Os primeiros convertidos em Jerusalém, que, após a morte
de Estevão, foram dispersos pela perseguição (At 8.1) até a
Fenícia, Chipre, Antioquia da Síria e além (At 11.19). Isso
explica:
 A ênfase inicial da carta quanto ao sofrer com alegria as
provações que testam a fé e que demandam perseverança (Tg
1.2-12).
 O conhecimento pessoal que Tiago demonstra ter pelos
SEUC | Teologia descomplicada ao seu alcance
8
crentes "dispersos“.
 O tom de autoridade da carta. Como pastor da igreja de
Jerusalém, Tiago escreve às suas ovelhas dispersas.
MOTIVOS DA ESCRITA
Para encorajar os crentes judeus que enfrentavam várias
provações, que punham sua fé à prova.
Para corrigir crenças errôneas a respeito da natureza da fé
salvífica.
Para exortar, e instruir os leitores concernente ao resultado
prático da sua fé, na vida de retidão e nas boas obras.
VISÃO PANORÂMICA
Esta epístola trata de uma ampla variedade de temas
relacionados à verdadeira vida cristã. Tiago exorta os crentes a:
 Suportarem com alegria as suas provações e a tirarem proveito
delas (Tg 1.2-11),
 Exorta-os a resistirem às tentações (Tg 1.12-18),
 Serem praticantes da Palavra e não apenas ouvintes (Tg 1.19-
27),
 Demonstrarem uma fé ativa, e não uma profissão de fé vazia
(2.14-26).
 Adverte solenemente contra a pecaminosidade de uma língua
indomável (3.1-12; 4.11,12), a sabedoria carnal (3.13-16), a
conduta pecaminosa (4.1-10), a vida presunçosa (4.13-17), e a
SEUC | Teologia descomplicada ao seu alcance
9
riqueza egocêntrica (5.1-6).
Tiago encerra ressaltando a paciência, a oração e a
restauração dos que pecaram (Tg 5.7-20). Em todos os cinco
capítulos destaca-se o relacionamento entre a verdadeira fé e a
vida piedosa.
SEUC | Teologia descomplicada ao seu alcance
10
PRIMEIRA EPÍSTOLA DE PEDRO
QUEM ERA PEDRO?
Pedro, Cefas, Simão e também chamado de Simão Pedro
(Mt 16:18; Jo 1:40 - 42; At 15:14; 1 Pedro 1:1; 2 Pedro 1:1;
Gl2:9).
 Nasceu em Betsaida (João 1:44).
 Irmão de André (Jo 1:44).
 Se estabeleceu em Cafarnaum, onde vivia com sua sogra
(Mateus 8:14, Lucas 4:31, 38).
 Casado (Mt 8:14).
 Pescador (Lc 5:3).
 Tinha uma sociedade com Tiago e João (Lc 5:10).
 Não era analfabeto (At 4:13).
ESBOÇO
I. O povo de Deus é santo (1:1 – 2:3)
II. O povo de Deus é santo testemunha vivendo uma vida
exemplar (2:11- 4:19):
a. Vivendo uma vida como servos de Deus na sociedade (2:11-
15)
b. Vivendo como servos de Deus na família (3:1-7)
c. Vivendo como servos de Deus na vida diária (3:8 - 4:11)
d. Participando dos sofrimentos de Cristo (4:12-19)
SEUC | Teologia descomplicada ao seu alcance
11
III. Recomendações aos presbíteros e aos jovens (5:1-11)
IV. Saudações e benção (5:12-14).
TEMA DA EPÍSTOLA
O próprio Pedro define o tema de sua carta, em 1 Pedro
5:12: “A genuína graça de Deus” na vida do cristão.
AUTORIA E DATA
A declaração de que Pedro é o autor (1 Pedro 1:1) é
confirmada pelas várias semelhanças entre esta carta e os
sermões desse apóstolo registrados em Atos (1:20 e At 2:23; 4:5
e At 10:42). O mesmo Silas (também chamado Silvano), que
acompanhou Paulo em sua segunda viagem missionária, serviu
de amanuense (secretário) a Pedro (1 Pedro 5:12; At 15:40).
A carta foi redigida na “Babilônia” (1Pedro 5:13), um nome
simbólico para Roma, muito usado por outros escritores que
desejavam evitar problemas com as autoridades romanas. Pedro
esteve em Roma durante a última década de sua vida e escreveu
esta epístola por volta de 63 d. C, pouco antes de irromper a
perseguição promovida por Nero em 64 d.C. Pedro foi
martirizado por volta de 67-68 d.C.
DESTINATÁRIOS
A epístola é destinada a “forasteiros da Dispersão” (1 Pedro
1:1), cristãos que, como a Israel de outra haviam sido espalhados
pelo mundo. Os primeiros leitores desta carta, no entanto, não
eram predominantemente judeus, mas gentios (1 Pedro 1:14, 2:9-
SEUC | Teologia descomplicada ao seu alcance
12
10; 4:3-4). Sua situação era de provação e sofrimento (1 Pedro
4:12), mas não decorria da proibição imperial ao cristianismo,
uma vez que esta, só entrou em vigor algum tempo depois. Os
sofrimentos mencionados nesta carta são aqueles que costumam
sobrevir aos cristãos conforme eles se mantêm fiéis à sua fé em
uma sociedade paga e hostil. A perseguição se dava na forma de
calúnia, tumultos, intervenção da “polícia” local e ostracismo
social. Os leitores são encorajados a regozijar-se em tal opróbrio
e a viver acima dele.
Olhemos para riqueza e beleza com que Pedro descreve a
pessoa de Jesus na epístola:
 Fonte de esperança (1:3)
 Cordeiro do sacrifício (1:19)
 Pedra angular (2:6)
 Exemplo perfeito (2:21-23)
 Aquele que levou os nossos pecados (2:24)
 Sumo pastor (2:25)
 Bispo das nossas almas (2:25)
 Aquele está assentado a destra de Deus (3:22)
SEUC | Teologia descomplicada ao seu alcance
13
SEGUNDA EPÍSTOLA DE PEDRO
AUTORIA E DATA
Vários comentaristas sugerem que foi outra pessoa, e não
Pedro, quem escreveu esta carta, depois ano de 80 d. C,
apresentando como motivos para esta conclusão: 1) diferenças de
estilo; 2) a suposta dependência desta carta do texto de Judas; e
3) a menção que ou autor faz as cartas de Paulo. Por fim, (1
Pedro 3:16) não se refere necessariamente a todas as cartas de
Paulo, mas apenas aquelas que já haviam sido escritas até então.
Além disso, as semelhanças entre 1 e 2Pedro apontam para o
mesmo autor, outra coisa importante a ser observada, é que o
autor afirma ter estando no momento da transfiguração (2 Pedro
1:16-18) (cf. Mt 17:1-5; Mc 9:2-8; Lc9:28-36).
A epístola foi redigida pouco antes do martírio do apóstolo
por volta de 67-68 d. C, e muito provavelmente em Roma.
DESTINATÁRIOS
Cristãos perseguidos (2Pedro 3:1) conferir (1Pedro 1:1-2) e
que agora estavam sendo atacados, perturbados pelos falsos
mestres com seus falsos ensinamentos (2Pedro 2:1-4).
Pedro ficou alarmado que falsos mestres estavam
começando a infiltrar-se nas igrejas, e a epístola tem como
propósitos:
Lembrar aos irmãos da verdade do cristianismo em contraste
com as heresias dos falsos mestres.
Fazer um chamado aos cristãos para crescerem e tornarem-se
SEUC | Teologia descomplicada ao seu alcance
14
fortes em sua fé, a fim de detectarem e combaterem as
heresias.
Ele enfatizou fortemente a autenticidade da Palavra de Deus e
a certeza do retorno do Senhor Jesus.
 Enfatiza que devemos manter a nossa fé mesmo em momentos
difíceis.
PANORAMA GERAL DA EPÍSTOLA
CAPÍTULO 1–Destaca a importância de crescer na fé.
CAPÍTULO 2–Enfatiza o perigo dos falsos mestres.
CAPÍTULO 3–Enfatizar sobre o Dia do Senhor.
Quando Pedro se referiu à “palavra dos profetas” do Antigo
Testamento em (2Pedro 1:19-21), ele de uma vez denunciou os
falsos profetas e afirmou que os verdadeiros profetas eram
movidos pelo Espírito Santo que falava através deles.
Então no capítulo 1,Pedro enfatiza o crescimento na fé e isso
era possível principalmente por causa da Palavra de Deus (2
Pedro 1:19-21).
No capítulo 2, Pedro denuncia os falsos mestres mostrando
os seus:
 Comportamentos (2 Pedro 2:1-3)
Mas não deixa de enfatizar a da condenação desses falsos
mestres (2 Pedro 2:4-9).
SEUC | Teologia descomplicada ao seu alcance
15
Alerta para o fato desses mestres desviar os cristãos do
caminho da verdade e da santidade, prometendo-lhes uma falsa
liberdade que nada mais é que libertinagem (2 Pedro 2.17-22).
OBS: (2 Pedro 2:22 comparar com Pv 26:11).
Esses hereges haviam rompido com a fé cristã (2.1, 20-21)
para espalhar seu veneno letal e suas heresias perniciosas. O
apóstolo Pedro fez uma lista de seus ensinamentos pervertidos:
 Rejeitavam Jesus Cristo e o seu evangelho (2.1);
 Repudiavam a conduta cristã (2.2);
 Desprezam a autoridade (2.10a);
 Difamavam autoridades superiores (2.10b);
 Eram imorais (2.13-14);
 Falavam de liberdade, mas eram escravos da depravação
(2.19);
 Ridicularizavam a doutrina da volta de Cristo (3.4);
 Rejeitavam o juízo final (3.5-7).
No capítulo 3, a ênfase é de cunho escatológico visando a
vinda do Senhor Jesus.
São desenvolvidos os seguintes temas escatológicos: O
julgamento divino, a destruição do mundo e a promessa de novos
céus e nova terra. Pedro se refere ao Dia do Senhor (2 Pedro 3.7-
8,10, 12).
SEUC | Teologia descomplicada ao seu alcance
16
PRIMEIRA EPÍSTOLA DE JOÃO
AUTOR
João (1Jo 1:1-3; 4:14)
Apóstolo João, foi um dos doze apóstolos de Jesus (Mt 10:2)
e além do evangelho, também escreveu as três epístolas carrega o
seu nome, e o livro do Apocalipse.
João seria o mais novo dos 12 discípulos. Consta que seria
solteiro e vivia com os seus pais em Betsaida. O nome do seu pai
era Zebedeu (Mc 3:17) e a mãe provavelmente era Salomé. Era
pescador de profissão (Mt 4:21), consertava as redes de pesca.
Trabalhava junto com seu irmão Tiago (Mt 4:21), era de família
próspera pois tinha empregados (Mc 1:19-20) e cogitam que
tinha uma sociedade com André e Pedro.
 Foi chamado de discípulo amado (Jo 13.23; 19.26; 21.20).
 Foi levado prisioneiro para Patmos (Ap 1:9), onde escreveu o
Apocalipse por volta 90-95 d. C (Ap 1:1, 11)
 Após o exercício do seu ministério em Jerusalém, João foi
pastor em Éfeso, onde morreu entre os anos (95 – 100 d.C).
Podemos ver a sua humildade em (2 João 1) e na (3 João 1),
ele se apresenta como “o presbítero”. Em Apocalipse, apresenta-
se como "servo” (Ap 1:1), mesmo podendo se apresentar como
apóstolo.
DATA
(85-90 d.C).
SEUC | Teologia descomplicada ao seu alcance
17
LOCAL
Éfeso
DESTINATÁRIOS
Por não conter saudações, despedidas ou menção de nomes,
tem-se considerado que a carta foi destinada as igrejas da Ásia
menor. O apóstolo trata carinhosamente os destinatários como
"meus filhinhos" (2.1,18,28; 3.7,18; 4.4; 5.21) e "amados"
(3.2,21; 4.1,7,11). Isso parece indicar que, embora não tenha
vinculado a epístola a uma comunidade específica, o autor tem
em mente pessoas conhecidas, as quais seriam as primeiras a
receberem aquela mensagem.
A epístola apresenta denúncia contra os falsos, incentivo aos
verdadeiros cristãos, e denuncia a heresia que era o gnosticismo.
O autor é incisivo, direto e totalmente convicto. Suas afirmações
são muito fortes no sentido de apontar o erro e exaltar a verdade.
OBJETIVOS
Combater falsas ideias que negavam ser Jesus Cristo, o filho
ou o Cristo vindo em carne e a concepção da justiça e do amor
como indiferentes. A identificação é com o gnosticismo, apesar
da abrangência de ensinamentos e variantes podemos destacar
dois princípios principais:
 A impureza da matéria
 A supremacia do conhecimento
A epístola refuta o docetismo que deriva de dokein ou
dokeo, expressão grega que significa “parecer”. O docetismo
ensinava que Jesus não era humano de verdade só parecia.
SEUC | Teologia descomplicada ao seu alcance
18
Obs: (1Jo 1:1, 7; 4:2)
Refuta o cerintianismo, que derivou de um homem chamado
Cerinto,que era um residente de Éfeso forte opositor de João,
Cerinto defendia que Jesus não nasceu de uma virgem e sim de
relacionamento entre Maria e José. Diferenciava Jesus, de Cristo.
Obs: (1Jo 2:2; 4:3; 5:6)
SEUC | Teologia descomplicada ao seu alcance
19
SEGUNDA EPÍSTOLA DE JOÃO
AUTOR
João - O autor não menciona seu próprio nome. Apresenta-
se como "presbítero", ou "ancião", (2 Jo1) conforme já consta em
algumas versões bíblicas. Os anciãos, desde os tempos do AT,
eram os homens mais velhos, mais experientes, e, por
consequência, líderes do povo (Êx 3.16; 4.29). Ao escrever o
evangelho e as epístolas, o apóstolo João já era idoso.
DATA
85-90 d.C
LOCAL
Éfeso
DESTINATÁRIOS
A segunda epístola é dirigida a uma senhora e seus filhos.
Tal mulher não é identificada pelas Escrituras. Há quem defenda
a tese de que a “senhora eleita” seja Maria, irmã de Marta, a qual
estaria mencionada em (2 Jo13). Há quem tome o termo
“senhora” em grego, (kuria), considerando-o como nome
próprio. Outras hipóteses sugerem que João estivesse chamando
de “senhora eleita” a uma igreja específica ou à igreja em geral.
Nada disso se comprova. Seguindo a mais rigorosa interpretação,
não podemos afirmar qual tenha sido essa mulher. Apenas
entendemos tratar-se de uma senhora que, provavelmente era
viúva. Caso tivesse marido, não seria natural que o apóstolo lhe
SEUC | Teologia descomplicada ao seu alcance
20
dirigisse diretamente uma epístola. O texto parece indicar que em
sua casa aconteciam reuniões da igreja (2 Jo10). De qualquer
forma, trata-se de uma mulher amada e respeitada por todos os
irmãos que a conheciam (2Jo1).
PONTO DE PARTIDA PARA UMA BOA COMPREENSÃO
Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de
nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que
não são todos de nós (1 João 2.19). João escreve a segunda
epístola, tendo em vista aqueles que ele já havia denunciado na
primeira epístola.
Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe não caia (1
Coríntios 10:12).
PANORAMA GERAL DA EPÍSTOLA
I. Introdução (1-3)
II. Elogio pela lealdade (v. 4)
III. Exortações (5-11) que inclui:
a) Amar o próximo (Obs: Mas não de forma ingênua,
impensada e aberto a qualquer coisa).
b)Permanecer firmes e rejeitar o erro.
IV.Sudação final, onde o desejo de uma visita pessoal é
expressado (12-13).
Nessa epístola João vai destacar a conduta exemplar dos
cristãos que é andar na verdade e no amor, a importância de não
ultrapassar a doutrina de Cristo, declarou que quem nega a
SEUC | Teologia descomplicada ao seu alcance
21
encarnação de Cristo não tem verdadeira fé, e exortou os irmãos
a não se relacionarem com pessoas que tenham tais ensinos, e os
preparou para uma possível visita futura.
OBJETIVOS DA EPÍSTOLA
 Prevenir a “senhora eleita” contra os falsos obreiros que
perambulavam pelas igrejas.
 Combater o mesmo falso ensino denunciado em (1 Jo) ou seja,
o gnosticismo (2 Jo7)
OBS: Os tais abandonaram os ensinos do evangelho e
propagavam os seus falsos ensinos. A destinatária não devia
recebê-los, dialogar com eles, nem auxiliá-los. Fazer isso,
significaria ajudá-los a disseminar os seus erros e participar da
sua culpa (2 Jo10-11).
SEUC | Teologia descomplicada ao seu alcance
22
TERCEIRA EPÍSTOLA DE JOÃO
AUTOR
João - O autor não menciona seu próprio nome. Apresenta-
se como "presbítero", ou "ancião", (2 Jo1) conforme já consta em
algumas versões bíblicas. Os anciãos, desde os tempos do AT,
eram os homens mais velhos, mais experientes, e, por
consequência, líderes do povo (Êx 3.16; 4.29). Ao escrever o
evangelho e as epístolas, o apóstolo João já era idoso.
DATA
85-90 d.C
LOCAL
Éfeso
DESTINATÁRIO
Esta é uma epístola extremamente pessoal, dirigida a Gaio
(3 Jo 1) e trata de um problema eclesiástico referente a mestres
itinerantes. Gaio lhes oferecera hospitalidade, ao passo que
Diótrefes, um líder arrogante de uma das igrejas, se recusara a
recebê-los. João demonstra sua autoridade apostólica ao
repreender Diótrefes (3Jo 10). Demétrio que talvez fosse, ele
próprio, um mestre itinerante, provavelmente foi o portador da
carta a Gaio (3 Jo 12).
SEUC | Teologia descomplicada ao seu alcance
23
PANORAMA GERAL DA EPÍSTOLA
I. Saudações iniciais(3 Jo1)
II. A influência de Gaio (3 Jo 2-8)
a) Sua vida piedosa(2-4)
b) Seu tratamento generoso para com os ministros itinerantes
(5-8)
III. A condenação de Diótrefes (3Jo 9-11)
a) Sua ambição egoísta (9)
b) Suas atividades egoístas (10-11)
IV. A apresentação de Demétrio (12)
V. Comentários finais e bênção (13-15)
OBJETIVOS DA EPÍSTOLA
 Dar testemunho de Gaio, pela sua fiel hospitalidade e ajuda
prestada aos fiéis obreiros viajantes,
 Fazer uma advertência indireta ao petulante Diótrefes,
 Enfatizar a sinceridade e o bom testemunho de Demétrio,
 Preparar o caminho da sua própria visita pessoal.
SEUC | Teologia descomplicada ao seu alcance
24
EPÍSTOLA DE JUDAS
AUTOR
Judas se identifica como irmão de Tiago (Jd 1), líder da
igreja em Jerusalém e meio-irmão Senhor Jesus, Judas é
relacionado como um dos meios irmãos de Jesus em Mateus
13:55 e Marcos 6:3. Embora, de acordo com sua própria
declaração, ele pretendesse escrever um tratado sobre a salvação,
circunstâncias prementes exigiram que, em vez disso, ele tratasse
do problema dos falsos mestres (Jd 3).
DATA
Provavelmente entre (66-80 d.C). Outras suposições, porém,
induzem que a obra teria sido escrita por volta dos anos (66-67
d.C), logo após à morte de Pedro, em razão das fortes
semelhanças com a segunda carta de Pedro. No entanto, uma
terceira possibilidade seria que Judas e Pedro tivessem se
utilizado de uma fonte comum, talvez de uma “pequena circular”
muito utilizado na época para alertar à igreja contra os falsos
mestres.
DESTINATÁRIOS
Provavelmente a judeus convertidos ao cristianismo
espalhados pela Ásia Menor, embora a epístola não dê
informações cabais para que público específico Judas teria se
dirigido. O seu conteúdo apenas indica que os destinatários
seriam pessoas conhecedoras do AT e das tradições judaicas, não
havendo referências expressas aos gentios.
SEUC | Teologia descomplicada ao seu alcance
25
Então é melhor afirmar que Judas escreveu para atingir os
crentes do seu tempo, e também, a todos os irmãos amados em
todos os lugares e de todos os tempos. O alcance da mensagem é
universal, para todos os crentes em Cristo Jesus.
PROPÓSITO
Esta carta foi escrita para defender a fé apostólica dos falsos
ensinamentos que surgiam nas igrejas. Uma forma incipiente de
gnosticismo (não do tipo ascético, atacado por Paulo na epístola
aos Colossenses, mas do tipo antinomiano) estava espalhando-se
de forma assustadora. Os gnósticos consideravam tudo o que era
material como intrinsecamente mau, e tudo o que era espiritual
como bom. Assim, cultivavam sua vida “espiritual” e permitiam
que sua carne fizesse qualquer coisa que lhes aprouvesse; como
resultado, eram culpados de todo o tipo de iniquidade. Os
antinomianos com uma posição de não submeter-se a nenhuma
lei, viviam na libertinagem. A igreja estava cercada de falsos
mestres imorais, cobiçosos, orgulhosos e facciosos. Judas não
usa de meias-palavras para condenar os hereges, e exorta seus
leitores a batalharem diligentemente pela fé.
CITAÇÕES EXTRABÍBLICAS
Nos versículos 14 e 15, Judas cita o livro pseudoepigrafo de
Enoque e no versículo 9 faz alusão a outro livro pseudo-
epigrafou, a Ascensão de Moisés. Isto não significa que Judas
considerasse tais obras inspiradas como eram as Escrituras
canônicas. Paulo citou poetas pagãos, sem que isso implicasse a
inspiração divina em relação aos seus escritos(At 17:28; 1Co
15:33; Tt 1:12).
SEUC | Teologia descomplicada ao seu alcance
26
DESTINATÁRIOS
Os leitores não são identificados, mas sabemos que estavam
cercados de falsos mestres imorais, cobiçosos, orgulhosos e
facciosos.
Judas não usa de meias-palavras para condenar os hereges e
exorta seus leitores a batalharem, diligentemente pela fé.
PONTO DE PARTIDA PARA UMA BOA COMPREENSÃO
“O cão late quando seu dono é atacado. Eu seria um covarde se
visse a verdade divina ser atacada e continuasse em silêncio, sem
dizer nada” (João Calvino).
Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência
acerca da salvação comum, tive por necessidade escrever-vos, e
exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos
santos (Judas 3).
Os falsos mestres praticavam e ensinavam a imoralidade e
licenciosidade que Judas chama de libertinagem. Eles não só
aceitavam a imoralidade, como a encorajavam, esses mestres
queriam desviar os cristãos do caminho da verdade e da
santidade, prometendo-lhes uma falsa liberdade que nada mais
era que libertinagem (Jd v. 4).
JUDAS DENUNCIA OS FALSOS MESTRES
MOSTRANDO OS SEUS:
 Comportamentos (Jd10 -14, 16-19).
 Mas fala da condenação dos tais (Jd14 -15).
 Usa exemplos do AT, como o dos anjos, personagens e
acontecimentos para enfatizar que a punição (Jd 5-7, 11).
SEUC | Teologia descomplicada ao seu alcance
27
REFERÊNCIAS
A Bíblia anotada: Edição expandida/Charles C. Ryrie – Mundo
Cristão; Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2007.
CAIRNS, Earle E. O Cristianismo Através dos Séculos. São
Paulo. Edições Vida Nova, 1995.
CARSON, D.A.; MOO, Douglas J.; MORRIS, Leon.
Introdução ao Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 1997.
CESARÉIA, Eusébio. História Eclesiástica. São Paulo: Editora
Novo Século, 2002.
CHAFER, Lewis S. Teologia Sistemática. São Paulo: IBR,
1986.
CHAMPLIN, R. N. O Novo Testamento Interpretado
Versículo por Versículo. São Paulo: Candeia, 1995.
HALLEY, H. H. Manual Bíblico. São Paulo: Vida Nova, 1984.
https://igrejavaleverde.com.br/blog/
HURLBUT, Jessé Lyman. História da Igreja Cristã. São Paulo,
Editora Vida, 1996.
SEUC | Teologia descomplicada ao seu alcance
28
MATHER, George A; NICHOLS, Larry A. Dicionário de
Religiões, Crenças e Ocultismo São Vida, 2000.
Módulo 4 da Faculdade Betesda 2007.
Módulo da Faculdade Teológica Ibetel: Administração
Eclesiástica e Eclesiologia.
OLIVEIRA, Raimundo de. As Grandes Doutrinas da Bíblia. 9.
Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
SHEDD, Russel P. Disciplina na Igreja. São Paulo: Vida Nova,
2000.
STRONG, Augustus Hopkins. Teologia Sistemática. São Paulo:
Hagnos, 2003, vol. 2.
TOGNINI, Enéas. Eclesiologia. 2. Ed. São Paulo: Edições Enéas
Tognini, 1987.
TOMAS, D. Lea e TOM. Hudson. Passo a Passo Pelo Novo
Testamento. São Paulo: LifeWay, 2005.
VINE, W. E.; UNGER, Merril F.; WHITE JR., William.
Dicionário Vine: O Significado Exegético e Expositivo das
Palavras do Antigo Testamento. 5. Ed. Rio de Janeiro: CPAD,
2005.

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a EPISTOLAS_GERAIS_CAPA_(1)-1.pdf

Panorama do NT - 2Coríntios
Panorama do NT - 2CoríntiosPanorama do NT - 2Coríntios
Panorama do NT - 2CoríntiosRespirando Deus
 
Epistolas paulinas e gerais_IBADEP_Llição 1
Epistolas paulinas e gerais_IBADEP_Llição 1Epistolas paulinas e gerais_IBADEP_Llição 1
Epistolas paulinas e gerais_IBADEP_Llição 1Natalino das Neves Neves
 
1. Atos do apóstolos
1. Atos do apóstolos1. Atos do apóstolos
1. Atos do apóstolosJosé Santos
 
43 2 pedro e judas
43 2 pedro e judas43 2 pedro e judas
43 2 pedro e judasPIB Penha
 
Doutrina ii corintios
Doutrina  ii corintiosDoutrina  ii corintios
Doutrina ii corintiosJoel Silva
 
Estudo - 1 Tessalonicenses ( Comentário de Moody )
Estudo - 1 Tessalonicenses ( Comentário de Moody )Estudo - 1 Tessalonicenses ( Comentário de Moody )
Estudo - 1 Tessalonicenses ( Comentário de Moody )ibpcursos
 
A epístola de tiago
A epístola de tiagoA epístola de tiago
A epístola de tiagopaulo101
 
A Epistola de Tiago
A Epistola de TiagoA Epistola de Tiago
A Epistola de TiagoUEPB
 
comentario biblico-1 tessalonicenses (moody)
comentario biblico-1 tessalonicenses (moody)comentario biblico-1 tessalonicenses (moody)
comentario biblico-1 tessalonicenses (moody)leniogravacoes
 
O Discipulado Cristão nas Cartas de Pedro
O Discipulado Cristão nas Cartas de PedroO Discipulado Cristão nas Cartas de Pedro
O Discipulado Cristão nas Cartas de PedroJUERP
 
Lição 12 - AS EPÍSTOLAS INSTRUEM E FORMAM O CRISTÃO.ppt
Lição 12 - AS EPÍSTOLAS INSTRUEM E FORMAM O CRISTÃO.pptLição 12 - AS EPÍSTOLAS INSTRUEM E FORMAM O CRISTÃO.ppt
Lição 12 - AS EPÍSTOLAS INSTRUEM E FORMAM O CRISTÃO.pptPauloMello68
 
1 CARTA DE PEDRO OK (3) (1).pdf
1 CARTA DE PEDRO OK (3) (1).pdf1 CARTA DE PEDRO OK (3) (1).pdf
1 CARTA DE PEDRO OK (3) (1).pdfAndré Pacheco
 

Semelhante a EPISTOLAS_GERAIS_CAPA_(1)-1.pdf (20)

Panorama do NT - 2Coríntios
Panorama do NT - 2CoríntiosPanorama do NT - 2Coríntios
Panorama do NT - 2Coríntios
 
Epistola de pedro
Epistola de pedroEpistola de pedro
Epistola de pedro
 
Epistolas paulinas e gerais_IBADEP_Llição 1
Epistolas paulinas e gerais_IBADEP_Llição 1Epistolas paulinas e gerais_IBADEP_Llição 1
Epistolas paulinas e gerais_IBADEP_Llição 1
 
019 tiago
019 tiago019 tiago
019 tiago
 
1. Atos do apóstolos
1. Atos do apóstolos1. Atos do apóstolos
1. Atos do apóstolos
 
43 2 pedro e judas
43 2 pedro e judas43 2 pedro e judas
43 2 pedro e judas
 
Doutrina ii corintios
Doutrina  ii corintiosDoutrina  ii corintios
Doutrina ii corintios
 
Ii corintios
Ii corintiosIi corintios
Ii corintios
 
escola sabatina licao 06
escola sabatina licao 06escola sabatina licao 06
escola sabatina licao 06
 
AS CARTAS DE PAULO.pdf
AS CARTAS DE PAULO.pdfAS CARTAS DE PAULO.pdf
AS CARTAS DE PAULO.pdf
 
Estudo - 1 Tessalonicenses ( Comentário de Moody )
Estudo - 1 Tessalonicenses ( Comentário de Moody )Estudo - 1 Tessalonicenses ( Comentário de Moody )
Estudo - 1 Tessalonicenses ( Comentário de Moody )
 
A epístola de tiago
A epístola de tiagoA epístola de tiago
A epístola de tiago
 
A Epistola de Tiago
A Epistola de TiagoA Epistola de Tiago
A Epistola de Tiago
 
comentario biblico-1 tessalonicenses (moody)
comentario biblico-1 tessalonicenses (moody)comentario biblico-1 tessalonicenses (moody)
comentario biblico-1 tessalonicenses (moody)
 
O Discipulado Cristão nas Cartas de Pedro
O Discipulado Cristão nas Cartas de PedroO Discipulado Cristão nas Cartas de Pedro
O Discipulado Cristão nas Cartas de Pedro
 
Lição 12 - AS EPÍSTOLAS INSTRUEM E FORMAM O CRISTÃO.ppt
Lição 12 - AS EPÍSTOLAS INSTRUEM E FORMAM O CRISTÃO.pptLição 12 - AS EPÍSTOLAS INSTRUEM E FORMAM O CRISTÃO.ppt
Lição 12 - AS EPÍSTOLAS INSTRUEM E FORMAM O CRISTÃO.ppt
 
Lição 07 artigo
Lição 07   artigoLição 07   artigo
Lição 07 artigo
 
1 CARTA DE PEDRO OK (3) (1).pdf
1 CARTA DE PEDRO OK (3) (1).pdf1 CARTA DE PEDRO OK (3) (1).pdf
1 CARTA DE PEDRO OK (3) (1).pdf
 
NT III EPISTOLA.pdf
NT III EPISTOLA.pdfNT III EPISTOLA.pdf
NT III EPISTOLA.pdf
 
Lição 5 - A Identidade do Espírito Santo
Lição 5 - A Identidade do Espírito SantoLição 5 - A Identidade do Espírito Santo
Lição 5 - A Identidade do Espírito Santo
 

Mais de AMILTON gomes Gomes

Hermeneutica__Interpretacao_Textual.pdf
Hermeneutica__Interpretacao_Textual.pdfHermeneutica__Interpretacao_Textual.pdf
Hermeneutica__Interpretacao_Textual.pdfAMILTON gomes Gomes
 
Teologia_Pastoral_Programa_de_Curso.pdf
Teologia_Pastoral_Programa_de_Curso.pdfTeologia_Pastoral_Programa_de_Curso.pdf
Teologia_Pastoral_Programa_de_Curso.pdfAMILTON gomes Gomes
 
Teologia_Pastoral_14_de_Junho_Aula_3.pdf
Teologia_Pastoral_14_de_Junho_Aula_3.pdfTeologia_Pastoral_14_de_Junho_Aula_3.pdf
Teologia_Pastoral_14_de_Junho_Aula_3.pdfAMILTON gomes Gomes
 
Teologia_Pastoral_7_de_Junho_Aula_2.pdf
Teologia_Pastoral_7_de_Junho_Aula_2.pdfTeologia_Pastoral_7_de_Junho_Aula_2.pdf
Teologia_Pastoral_7_de_Junho_Aula_2.pdfAMILTON gomes Gomes
 
Teologia_Pastoral_31_de_Maio_Aula_1.pdf
Teologia_Pastoral_31_de_Maio_Aula_1.pdfTeologia_Pastoral_31_de_Maio_Aula_1.pdf
Teologia_Pastoral_31_de_Maio_Aula_1.pdfAMILTON gomes Gomes
 
Teologia_Pastoral_28_de_Junho_Aula_5.pdf
Teologia_Pastoral_28_de_Junho_Aula_5.pdfTeologia_Pastoral_28_de_Junho_Aula_5.pdf
Teologia_Pastoral_28_de_Junho_Aula_5.pdfAMILTON gomes Gomes
 
Teologia_Pastoral_Programa_de_Curso.pdf
Teologia_Pastoral_Programa_de_Curso.pdfTeologia_Pastoral_Programa_de_Curso.pdf
Teologia_Pastoral_Programa_de_Curso.pdfAMILTON gomes Gomes
 
A-Arte-perdida-de-fazer-discipulos-LeRoy-Eims-.pdf
A-Arte-perdida-de-fazer-discipulos-LeRoy-Eims-.pdfA-Arte-perdida-de-fazer-discipulos-LeRoy-Eims-.pdf
A-Arte-perdida-de-fazer-discipulos-LeRoy-Eims-.pdfAMILTON gomes Gomes
 
Aula_02_-_A_importancia_do_Discipulado_-_Pr._Jose.pdf
Aula_02_-_A_importancia_do_Discipulado_-_Pr._Jose.pdfAula_02_-_A_importancia_do_Discipulado_-_Pr._Jose.pdf
Aula_02_-_A_importancia_do_Discipulado_-_Pr._Jose.pdfAMILTON gomes Gomes
 
O_Discipulo_-_Juan_Carlos_Ortiz.pdf
O_Discipulo_-_Juan_Carlos_Ortiz.pdfO_Discipulo_-_Juan_Carlos_Ortiz.pdf
O_Discipulo_-_Juan_Carlos_Ortiz.pdfAMILTON gomes Gomes
 
Aula_01_-_Conceitos_relevantes_sobre_discipulado_-_Pr._Jose.pdf
Aula_01_-_Conceitos_relevantes_sobre_discipulado_-_Pr._Jose.pdfAula_01_-_Conceitos_relevantes_sobre_discipulado_-_Pr._Jose.pdf
Aula_01_-_Conceitos_relevantes_sobre_discipulado_-_Pr._Jose.pdfAMILTON gomes Gomes
 
Aula_03_-_Discipulado_e_a_Igreja_-_Pr._Jose.pdf
Aula_03_-_Discipulado_e_a_Igreja_-_Pr._Jose.pdfAula_03_-_Discipulado_e_a_Igreja_-_Pr._Jose.pdf
Aula_03_-_Discipulado_e_a_Igreja_-_Pr._Jose.pdfAMILTON gomes Gomes
 
discipulado2015-161121162953.pdf
discipulado2015-161121162953.pdfdiscipulado2015-161121162953.pdf
discipulado2015-161121162953.pdfAMILTON gomes Gomes
 

Mais de AMILTON gomes Gomes (20)

Hermeneutica__Interpretacao_Textual.pdf
Hermeneutica__Interpretacao_Textual.pdfHermeneutica__Interpretacao_Textual.pdf
Hermeneutica__Interpretacao_Textual.pdf
 
Teologia_Pastoral_Programa_de_Curso.pdf
Teologia_Pastoral_Programa_de_Curso.pdfTeologia_Pastoral_Programa_de_Curso.pdf
Teologia_Pastoral_Programa_de_Curso.pdf
 
Teologia_Pastoral_14_de_Junho_Aula_3.pdf
Teologia_Pastoral_14_de_Junho_Aula_3.pdfTeologia_Pastoral_14_de_Junho_Aula_3.pdf
Teologia_Pastoral_14_de_Junho_Aula_3.pdf
 
Teologia_Pastora_Seuc_l_1.pdf
Teologia_Pastora_Seuc_l_1.pdfTeologia_Pastora_Seuc_l_1.pdf
Teologia_Pastora_Seuc_l_1.pdf
 
Teologia_Pastoral_7_de_Junho_Aula_2.pdf
Teologia_Pastoral_7_de_Junho_Aula_2.pdfTeologia_Pastoral_7_de_Junho_Aula_2.pdf
Teologia_Pastoral_7_de_Junho_Aula_2.pdf
 
Teologia_Pastoral_31_de_Maio_Aula_1.pdf
Teologia_Pastoral_31_de_Maio_Aula_1.pdfTeologia_Pastoral_31_de_Maio_Aula_1.pdf
Teologia_Pastoral_31_de_Maio_Aula_1.pdf
 
Teologia_Pastoral_28_de_Junho_Aula_5.pdf
Teologia_Pastoral_28_de_Junho_Aula_5.pdfTeologia_Pastoral_28_de_Junho_Aula_5.pdf
Teologia_Pastoral_28_de_Junho_Aula_5.pdf
 
15.A_pedagogia_de_jesus.pdf
15.A_pedagogia_de_jesus.pdf15.A_pedagogia_de_jesus.pdf
15.A_pedagogia_de_jesus.pdf
 
Livro_A_Grande_Omissao.pdf
Livro_A_Grande_Omissao.pdfLivro_A_Grande_Omissao.pdf
Livro_A_Grande_Omissao.pdf
 
Teologia_Pastoral_Programa_de_Curso.pdf
Teologia_Pastoral_Programa_de_Curso.pdfTeologia_Pastoral_Programa_de_Curso.pdf
Teologia_Pastoral_Programa_de_Curso.pdf
 
livro_SEUC.pdf
livro_SEUC.pdflivro_SEUC.pdf
livro_SEUC.pdf
 
A-Arte-perdida-de-fazer-discipulos-LeRoy-Eims-.pdf
A-Arte-perdida-de-fazer-discipulos-LeRoy-Eims-.pdfA-Arte-perdida-de-fazer-discipulos-LeRoy-Eims-.pdf
A-Arte-perdida-de-fazer-discipulos-LeRoy-Eims-.pdf
 
Aula_02_-_A_importancia_do_Discipulado_-_Pr._Jose.pdf
Aula_02_-_A_importancia_do_Discipulado_-_Pr._Jose.pdfAula_02_-_A_importancia_do_Discipulado_-_Pr._Jose.pdf
Aula_02_-_A_importancia_do_Discipulado_-_Pr._Jose.pdf
 
O_Discipulo_-_Juan_Carlos_Ortiz.pdf
O_Discipulo_-_Juan_Carlos_Ortiz.pdfO_Discipulo_-_Juan_Carlos_Ortiz.pdf
O_Discipulo_-_Juan_Carlos_Ortiz.pdf
 
Aula_01_-_Conceitos_relevantes_sobre_discipulado_-_Pr._Jose.pdf
Aula_01_-_Conceitos_relevantes_sobre_discipulado_-_Pr._Jose.pdfAula_01_-_Conceitos_relevantes_sobre_discipulado_-_Pr._Jose.pdf
Aula_01_-_Conceitos_relevantes_sobre_discipulado_-_Pr._Jose.pdf
 
Aula_03_-_Discipulado_e_a_Igreja_-_Pr._Jose.pdf
Aula_03_-_Discipulado_e_a_Igreja_-_Pr._Jose.pdfAula_03_-_Discipulado_e_a_Igreja_-_Pr._Jose.pdf
Aula_03_-_Discipulado_e_a_Igreja_-_Pr._Jose.pdf
 
_SEUC_2.pdf
_SEUC_2.pdf_SEUC_2.pdf
_SEUC_2.pdf
 
discipulado2015-161121162953.pdf
discipulado2015-161121162953.pdfdiscipulado2015-161121162953.pdf
discipulado2015-161121162953.pdf
 
Teologia_Pastora_Seuc_l_1.pdf
Teologia_Pastora_Seuc_l_1.pdfTeologia_Pastora_Seuc_l_1.pdf
Teologia_Pastora_Seuc_l_1.pdf
 
Os_Evangelhos_Lucas.pdf
Os_Evangelhos_Lucas.pdfOs_Evangelhos_Lucas.pdf
Os_Evangelhos_Lucas.pdf
 

Último

Lição 6 - As nossas Armas Espirituais.pptx
Lição 6 - As nossas Armas Espirituais.pptxLição 6 - As nossas Armas Espirituais.pptx
Lição 6 - As nossas Armas Espirituais.pptxCelso Napoleon
 
Bíblia Sagrada - Lamentações - slides powerpoint.pptx
Bíblia Sagrada - Lamentações - slides powerpoint.pptxBíblia Sagrada - Lamentações - slides powerpoint.pptx
Bíblia Sagrada - Lamentações - slides powerpoint.pptxIgreja Jesus é o Verbo
 
FORMAÇÃO LITÚRGICA - MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS.pptx
FORMAÇÃO LITÚRGICA - MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS.pptxFORMAÇÃO LITÚRGICA - MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS.pptx
FORMAÇÃO LITÚRGICA - MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS.pptxodairmarques5
 
Desiderio Desideravi: formação litúrgica
Desiderio Desideravi: formação litúrgicaDesiderio Desideravi: formação litúrgica
Desiderio Desideravi: formação litúrgicaCarlosRavi1
 
ABRAÃO pai da fé catequese para crianças .pptx
ABRAÃO pai da fé catequese para crianças .pptxABRAÃO pai da fé catequese para crianças .pptx
ABRAÃO pai da fé catequese para crianças .pptxOdilardoMuniz
 
Oração Pelo Povo Brasileiro
Oração Pelo Povo BrasileiroOração Pelo Povo Brasileiro
Oração Pelo Povo BrasileiroNilson Almeida
 
Boletim Espiral número 74, de abril de 2024
Boletim Espiral número 74, de abril de 2024Boletim Espiral número 74, de abril de 2024
Boletim Espiral número 74, de abril de 2024Fraternitas Movimento
 
Aula de Escola Bíblica - 2 Coríntios cap. 11
Aula de Escola Bíblica - 2 Coríntios cap. 11Aula de Escola Bíblica - 2 Coríntios cap. 11
Aula de Escola Bíblica - 2 Coríntios cap. 11IbsonRocha1
 
projeto semestral IAD departamento infantil(1).pptx
projeto semestral IAD departamento infantil(1).pptxprojeto semestral IAD departamento infantil(1).pptx
projeto semestral IAD departamento infantil(1).pptxestermidiasaldanhada
 
Antropologia Missionária 1.pptx O DESAFIO FINAL
Antropologia Missionária 1.pptx O DESAFIO FINALAntropologia Missionária 1.pptx O DESAFIO FINAL
Antropologia Missionária 1.pptx O DESAFIO FINALMiltonCesarAquino1
 
Lição 7 - O Perigo da Murmuração - EBD.pptx
Lição 7 - O Perigo da Murmuração - EBD.pptxLição 7 - O Perigo da Murmuração - EBD.pptx
Lição 7 - O Perigo da Murmuração - EBD.pptxCelso Napoleon
 
JOGRAL para o dia das MÃES igreja .pdf
JOGRAL  para o dia das MÃES igreja .pdfJOGRAL  para o dia das MÃES igreja .pdf
JOGRAL para o dia das MÃES igreja .pdfheloisatinho
 
O CRISTÃO E O MEIO AMBIENTE: o homem como jardineiro
O CRISTÃO E O MEIO AMBIENTE: o homem como jardineiroO CRISTÃO E O MEIO AMBIENTE: o homem como jardineiro
O CRISTÃO E O MEIO AMBIENTE: o homem como jardineiroReflexesEvanglicaspo
 
Missões News 04/2024 - Informativo Missionário
Missões News 04/2024 - Informativo MissionárioMissões News 04/2024 - Informativo Missionário
Missões News 04/2024 - Informativo MissionárioComando Resgatai
 
livro de atos dos apóstolos- Cap 22 a 24 - o julgamento de Paulo
livro de atos dos apóstolos- Cap 22 a 24 - o julgamento de Paulolivro de atos dos apóstolos- Cap 22 a 24 - o julgamento de Paulo
livro de atos dos apóstolos- Cap 22 a 24 - o julgamento de PauloPIB Penha
 
Comentários -João - Hernandes Dias Lopes.pdf
Comentários -João - Hernandes Dias Lopes.pdfComentários -João - Hernandes Dias Lopes.pdf
Comentários -João - Hernandes Dias Lopes.pdfRobertoLopes438472
 
A Obsessão por Justa Causa - – A Paixão, o Ciúme, a Traição e a obsessão - TEXTO
A Obsessão por Justa Causa - – A Paixão, o Ciúme, a Traição e a obsessão - TEXTOA Obsessão por Justa Causa - – A Paixão, o Ciúme, a Traição e a obsessão - TEXTO
A Obsessão por Justa Causa - – A Paixão, o Ciúme, a Traição e a obsessão - TEXTOADALBERTO COELHO DA SILVA JR
 
Novo dia de festa o verdadeiro amor tyejaytyo
Novo dia de festa o verdadeiro amor tyejaytyoNovo dia de festa o verdadeiro amor tyejaytyo
Novo dia de festa o verdadeiro amor tyejaytyothandreola
 

Último (18)

Lição 6 - As nossas Armas Espirituais.pptx
Lição 6 - As nossas Armas Espirituais.pptxLição 6 - As nossas Armas Espirituais.pptx
Lição 6 - As nossas Armas Espirituais.pptx
 
Bíblia Sagrada - Lamentações - slides powerpoint.pptx
Bíblia Sagrada - Lamentações - slides powerpoint.pptxBíblia Sagrada - Lamentações - slides powerpoint.pptx
Bíblia Sagrada - Lamentações - slides powerpoint.pptx
 
FORMAÇÃO LITÚRGICA - MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS.pptx
FORMAÇÃO LITÚRGICA - MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS.pptxFORMAÇÃO LITÚRGICA - MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS.pptx
FORMAÇÃO LITÚRGICA - MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS.pptx
 
Desiderio Desideravi: formação litúrgica
Desiderio Desideravi: formação litúrgicaDesiderio Desideravi: formação litúrgica
Desiderio Desideravi: formação litúrgica
 
ABRAÃO pai da fé catequese para crianças .pptx
ABRAÃO pai da fé catequese para crianças .pptxABRAÃO pai da fé catequese para crianças .pptx
ABRAÃO pai da fé catequese para crianças .pptx
 
Oração Pelo Povo Brasileiro
Oração Pelo Povo BrasileiroOração Pelo Povo Brasileiro
Oração Pelo Povo Brasileiro
 
Boletim Espiral número 74, de abril de 2024
Boletim Espiral número 74, de abril de 2024Boletim Espiral número 74, de abril de 2024
Boletim Espiral número 74, de abril de 2024
 
Aula de Escola Bíblica - 2 Coríntios cap. 11
Aula de Escola Bíblica - 2 Coríntios cap. 11Aula de Escola Bíblica - 2 Coríntios cap. 11
Aula de Escola Bíblica - 2 Coríntios cap. 11
 
projeto semestral IAD departamento infantil(1).pptx
projeto semestral IAD departamento infantil(1).pptxprojeto semestral IAD departamento infantil(1).pptx
projeto semestral IAD departamento infantil(1).pptx
 
Antropologia Missionária 1.pptx O DESAFIO FINAL
Antropologia Missionária 1.pptx O DESAFIO FINALAntropologia Missionária 1.pptx O DESAFIO FINAL
Antropologia Missionária 1.pptx O DESAFIO FINAL
 
Lição 7 - O Perigo da Murmuração - EBD.pptx
Lição 7 - O Perigo da Murmuração - EBD.pptxLição 7 - O Perigo da Murmuração - EBD.pptx
Lição 7 - O Perigo da Murmuração - EBD.pptx
 
JOGRAL para o dia das MÃES igreja .pdf
JOGRAL  para o dia das MÃES igreja .pdfJOGRAL  para o dia das MÃES igreja .pdf
JOGRAL para o dia das MÃES igreja .pdf
 
O CRISTÃO E O MEIO AMBIENTE: o homem como jardineiro
O CRISTÃO E O MEIO AMBIENTE: o homem como jardineiroO CRISTÃO E O MEIO AMBIENTE: o homem como jardineiro
O CRISTÃO E O MEIO AMBIENTE: o homem como jardineiro
 
Missões News 04/2024 - Informativo Missionário
Missões News 04/2024 - Informativo MissionárioMissões News 04/2024 - Informativo Missionário
Missões News 04/2024 - Informativo Missionário
 
livro de atos dos apóstolos- Cap 22 a 24 - o julgamento de Paulo
livro de atos dos apóstolos- Cap 22 a 24 - o julgamento de Paulolivro de atos dos apóstolos- Cap 22 a 24 - o julgamento de Paulo
livro de atos dos apóstolos- Cap 22 a 24 - o julgamento de Paulo
 
Comentários -João - Hernandes Dias Lopes.pdf
Comentários -João - Hernandes Dias Lopes.pdfComentários -João - Hernandes Dias Lopes.pdf
Comentários -João - Hernandes Dias Lopes.pdf
 
A Obsessão por Justa Causa - – A Paixão, o Ciúme, a Traição e a obsessão - TEXTO
A Obsessão por Justa Causa - – A Paixão, o Ciúme, a Traição e a obsessão - TEXTOA Obsessão por Justa Causa - – A Paixão, o Ciúme, a Traição e a obsessão - TEXTO
A Obsessão por Justa Causa - – A Paixão, o Ciúme, a Traição e a obsessão - TEXTO
 
Novo dia de festa o verdadeiro amor tyejaytyo
Novo dia de festa o verdadeiro amor tyejaytyoNovo dia de festa o verdadeiro amor tyejaytyo
Novo dia de festa o verdadeiro amor tyejaytyo
 

EPISTOLAS_GERAIS_CAPA_(1)-1.pdf

  • 1. SEUC | Teologia descomplicada ao seu alcance 1
  • 2. SEUC | Teologia descomplicada ao seu alcance 2
  • 3. SEUC | Teologia descomplicada ao seu alcance 3 SUMÁRIO INTRODUÇÃO AS EPÍSTOLAS GERAIS ..........................05 EPÍSTOLA DE TIAGO ........................................................06 PRIMEIRA EPÍSTOLA DE PEDRO ....................................10 SEGUNDA EPÍSTOLA DE PEDRO ....................................13 PRIMEIRA EPÍSTOLA DE JOÃO .......................................16 SEGUNDA EPÍSTOLA DE JOÃO........................................19 TERCEIRA EPÍSTOLA DE JOÃO .......................................22 EPÍSTOLA DE JUDAS ........................................................24 REFERÊNCIAS.....................................................................27
  • 4. SEUC | Teologia descomplicada ao seu alcance 4
  • 5. SEUC | Teologia descomplicada ao seu alcance 5 INTRODUÇÃO AS EPÍSTOLAS GERAIS Tiago, 1 e 2 Pedro, 1, 2 e 3João e Judas são chamadas de epístolas gerais “universais”, ou “católicas” por suas saudações não se limitarem a uma só localidade (a exceção de 2 e 3João). Tiago, por exemplo, é dirigida "às doze tribos que se encontram na Dispersão (Tg 1.1) uma designação para os cristãos em toda a parte (provavelmente, todos os judeus cristãos dos primórdios da Igreja). As epístolas, tornou-se uma forma importante de comunicação escrita cristã, não somente para os autores do Novo Testamento, mas também para os "Pais da Igreja", tais como Inácio de Antioquia, Policarpo de Esmirna e Clemente de Roma.
  • 6. SEUC | Teologia descomplicada ao seu alcance 6 EPÍSTOLA DE TIAGO É a mais prática de todas as epístolas e tem sido chamada de “Guia prático para a vida e a conduta cristã”. É como se fosse o livro Provérbios dentro do Novo Testamento. Está repleto de preceitos morais. Expõe a ética do Cristianismo, é cheia de figuras e metáforas. E é notável pelos ensinamentos morais e éticos de relevância para a Igreja. A epístola trata dos aspectos práticos da conduta cristã e apresenta o modo pelo qual a fé opera na vida cotidiana. O propósito de Tiago era oferecer instrução ética concreta. Comparado a Paulo, Tiago demonstra muito menos interesse pela teologia formal, embora a carta não seja totalmente desprovida de declarações teológicas (Tg 1:12; 2:1,10-12, 19; 3.9, 5:7-9, 12, 14). A epístola aborda vários assuntos, entre os principais assuntos tratados encontram-se a questão da fé e das obras (2:14- 26), o uso da língua (3:1-12) e a oração pelos enfermos (5:13- 16). AUTORIA Dos quatro indivíduos identificados no NT como Tiago, somente dois são propostos como autor desta carta Tiago, filho de Zebedeu (e irmão de João), e Tiago, o meio-irmão de Jesus. É pouco provável que Tiago, o filho de Zebedeu, tenha sido o autor, uma vez que foi martirizado por volta do ano 44 d.C (At 12:2). O tom de autoridade na carta não apenas elimina os outros dois Tiagos menos conhecidos do Novo Testamento ("Tiago, o menor", e o Tiago de Lc 6:16), mas também aponta para o meio- irmão de Jesus, que veio a ser o líder reconhecido da igreja em Jerusalém (At 12:17, 15:13; 21:18). Esta conclusão é apoiada
  • 7. SEUC | Teologia descomplicada ao seu alcance 7 pelas semelhanças existentes no texto grego entre esta carta e o discurso de Tiago no concílio de Jerusalém. DATA Alguns, negando a autoria de Tiago devido ao excelente grego do texto, datam a redação desta carta do final do primeiro século. No entanto, língua grega era conhecida pelos judeus, junto com o aramaico e o hebraico. Além disso, a ausência de menções ao concílio de Jerusalém (50-51 d.C.), o uso da palavra "sinagoga" (assembleia) para descrever a igreja em (Tg 2:2) e a forte expectativa da volta iminente do Senhor (Tg 5:7-9) indicam uma data mais antiga, entre (44-49 d. C). Tiago é classificada como "epístola universal" porque foi originalmente escrita para uma comunidade maior que uma igreja local. A saudação: “Às doze tribos que andam dispersas” (Tg 1.1), juntamente com outras referências (Tg 2.19-21), indicam que a epístola foi escrita inicialmente a cristãos judeus que viviam fora de Israel. DESTINATÁRIOS Os primeiros convertidos em Jerusalém, que, após a morte de Estevão, foram dispersos pela perseguição (At 8.1) até a Fenícia, Chipre, Antioquia da Síria e além (At 11.19). Isso explica:  A ênfase inicial da carta quanto ao sofrer com alegria as provações que testam a fé e que demandam perseverança (Tg 1.2-12).  O conhecimento pessoal que Tiago demonstra ter pelos
  • 8. SEUC | Teologia descomplicada ao seu alcance 8 crentes "dispersos“.  O tom de autoridade da carta. Como pastor da igreja de Jerusalém, Tiago escreve às suas ovelhas dispersas. MOTIVOS DA ESCRITA Para encorajar os crentes judeus que enfrentavam várias provações, que punham sua fé à prova. Para corrigir crenças errôneas a respeito da natureza da fé salvífica. Para exortar, e instruir os leitores concernente ao resultado prático da sua fé, na vida de retidão e nas boas obras. VISÃO PANORÂMICA Esta epístola trata de uma ampla variedade de temas relacionados à verdadeira vida cristã. Tiago exorta os crentes a:  Suportarem com alegria as suas provações e a tirarem proveito delas (Tg 1.2-11),  Exorta-os a resistirem às tentações (Tg 1.12-18),  Serem praticantes da Palavra e não apenas ouvintes (Tg 1.19- 27),  Demonstrarem uma fé ativa, e não uma profissão de fé vazia (2.14-26).  Adverte solenemente contra a pecaminosidade de uma língua indomável (3.1-12; 4.11,12), a sabedoria carnal (3.13-16), a conduta pecaminosa (4.1-10), a vida presunçosa (4.13-17), e a
  • 9. SEUC | Teologia descomplicada ao seu alcance 9 riqueza egocêntrica (5.1-6). Tiago encerra ressaltando a paciência, a oração e a restauração dos que pecaram (Tg 5.7-20). Em todos os cinco capítulos destaca-se o relacionamento entre a verdadeira fé e a vida piedosa.
  • 10. SEUC | Teologia descomplicada ao seu alcance 10 PRIMEIRA EPÍSTOLA DE PEDRO QUEM ERA PEDRO? Pedro, Cefas, Simão e também chamado de Simão Pedro (Mt 16:18; Jo 1:40 - 42; At 15:14; 1 Pedro 1:1; 2 Pedro 1:1; Gl2:9).  Nasceu em Betsaida (João 1:44).  Irmão de André (Jo 1:44).  Se estabeleceu em Cafarnaum, onde vivia com sua sogra (Mateus 8:14, Lucas 4:31, 38).  Casado (Mt 8:14).  Pescador (Lc 5:3).  Tinha uma sociedade com Tiago e João (Lc 5:10).  Não era analfabeto (At 4:13). ESBOÇO I. O povo de Deus é santo (1:1 – 2:3) II. O povo de Deus é santo testemunha vivendo uma vida exemplar (2:11- 4:19): a. Vivendo uma vida como servos de Deus na sociedade (2:11- 15) b. Vivendo como servos de Deus na família (3:1-7) c. Vivendo como servos de Deus na vida diária (3:8 - 4:11) d. Participando dos sofrimentos de Cristo (4:12-19)
  • 11. SEUC | Teologia descomplicada ao seu alcance 11 III. Recomendações aos presbíteros e aos jovens (5:1-11) IV. Saudações e benção (5:12-14). TEMA DA EPÍSTOLA O próprio Pedro define o tema de sua carta, em 1 Pedro 5:12: “A genuína graça de Deus” na vida do cristão. AUTORIA E DATA A declaração de que Pedro é o autor (1 Pedro 1:1) é confirmada pelas várias semelhanças entre esta carta e os sermões desse apóstolo registrados em Atos (1:20 e At 2:23; 4:5 e At 10:42). O mesmo Silas (também chamado Silvano), que acompanhou Paulo em sua segunda viagem missionária, serviu de amanuense (secretário) a Pedro (1 Pedro 5:12; At 15:40). A carta foi redigida na “Babilônia” (1Pedro 5:13), um nome simbólico para Roma, muito usado por outros escritores que desejavam evitar problemas com as autoridades romanas. Pedro esteve em Roma durante a última década de sua vida e escreveu esta epístola por volta de 63 d. C, pouco antes de irromper a perseguição promovida por Nero em 64 d.C. Pedro foi martirizado por volta de 67-68 d.C. DESTINATÁRIOS A epístola é destinada a “forasteiros da Dispersão” (1 Pedro 1:1), cristãos que, como a Israel de outra haviam sido espalhados pelo mundo. Os primeiros leitores desta carta, no entanto, não eram predominantemente judeus, mas gentios (1 Pedro 1:14, 2:9-
  • 12. SEUC | Teologia descomplicada ao seu alcance 12 10; 4:3-4). Sua situação era de provação e sofrimento (1 Pedro 4:12), mas não decorria da proibição imperial ao cristianismo, uma vez que esta, só entrou em vigor algum tempo depois. Os sofrimentos mencionados nesta carta são aqueles que costumam sobrevir aos cristãos conforme eles se mantêm fiéis à sua fé em uma sociedade paga e hostil. A perseguição se dava na forma de calúnia, tumultos, intervenção da “polícia” local e ostracismo social. Os leitores são encorajados a regozijar-se em tal opróbrio e a viver acima dele. Olhemos para riqueza e beleza com que Pedro descreve a pessoa de Jesus na epístola:  Fonte de esperança (1:3)  Cordeiro do sacrifício (1:19)  Pedra angular (2:6)  Exemplo perfeito (2:21-23)  Aquele que levou os nossos pecados (2:24)  Sumo pastor (2:25)  Bispo das nossas almas (2:25)  Aquele está assentado a destra de Deus (3:22)
  • 13. SEUC | Teologia descomplicada ao seu alcance 13 SEGUNDA EPÍSTOLA DE PEDRO AUTORIA E DATA Vários comentaristas sugerem que foi outra pessoa, e não Pedro, quem escreveu esta carta, depois ano de 80 d. C, apresentando como motivos para esta conclusão: 1) diferenças de estilo; 2) a suposta dependência desta carta do texto de Judas; e 3) a menção que ou autor faz as cartas de Paulo. Por fim, (1 Pedro 3:16) não se refere necessariamente a todas as cartas de Paulo, mas apenas aquelas que já haviam sido escritas até então. Além disso, as semelhanças entre 1 e 2Pedro apontam para o mesmo autor, outra coisa importante a ser observada, é que o autor afirma ter estando no momento da transfiguração (2 Pedro 1:16-18) (cf. Mt 17:1-5; Mc 9:2-8; Lc9:28-36). A epístola foi redigida pouco antes do martírio do apóstolo por volta de 67-68 d. C, e muito provavelmente em Roma. DESTINATÁRIOS Cristãos perseguidos (2Pedro 3:1) conferir (1Pedro 1:1-2) e que agora estavam sendo atacados, perturbados pelos falsos mestres com seus falsos ensinamentos (2Pedro 2:1-4). Pedro ficou alarmado que falsos mestres estavam começando a infiltrar-se nas igrejas, e a epístola tem como propósitos: Lembrar aos irmãos da verdade do cristianismo em contraste com as heresias dos falsos mestres. Fazer um chamado aos cristãos para crescerem e tornarem-se
  • 14. SEUC | Teologia descomplicada ao seu alcance 14 fortes em sua fé, a fim de detectarem e combaterem as heresias. Ele enfatizou fortemente a autenticidade da Palavra de Deus e a certeza do retorno do Senhor Jesus.  Enfatiza que devemos manter a nossa fé mesmo em momentos difíceis. PANORAMA GERAL DA EPÍSTOLA CAPÍTULO 1–Destaca a importância de crescer na fé. CAPÍTULO 2–Enfatiza o perigo dos falsos mestres. CAPÍTULO 3–Enfatizar sobre o Dia do Senhor. Quando Pedro se referiu à “palavra dos profetas” do Antigo Testamento em (2Pedro 1:19-21), ele de uma vez denunciou os falsos profetas e afirmou que os verdadeiros profetas eram movidos pelo Espírito Santo que falava através deles. Então no capítulo 1,Pedro enfatiza o crescimento na fé e isso era possível principalmente por causa da Palavra de Deus (2 Pedro 1:19-21). No capítulo 2, Pedro denuncia os falsos mestres mostrando os seus:  Comportamentos (2 Pedro 2:1-3) Mas não deixa de enfatizar a da condenação desses falsos mestres (2 Pedro 2:4-9).
  • 15. SEUC | Teologia descomplicada ao seu alcance 15 Alerta para o fato desses mestres desviar os cristãos do caminho da verdade e da santidade, prometendo-lhes uma falsa liberdade que nada mais é que libertinagem (2 Pedro 2.17-22). OBS: (2 Pedro 2:22 comparar com Pv 26:11). Esses hereges haviam rompido com a fé cristã (2.1, 20-21) para espalhar seu veneno letal e suas heresias perniciosas. O apóstolo Pedro fez uma lista de seus ensinamentos pervertidos:  Rejeitavam Jesus Cristo e o seu evangelho (2.1);  Repudiavam a conduta cristã (2.2);  Desprezam a autoridade (2.10a);  Difamavam autoridades superiores (2.10b);  Eram imorais (2.13-14);  Falavam de liberdade, mas eram escravos da depravação (2.19);  Ridicularizavam a doutrina da volta de Cristo (3.4);  Rejeitavam o juízo final (3.5-7). No capítulo 3, a ênfase é de cunho escatológico visando a vinda do Senhor Jesus. São desenvolvidos os seguintes temas escatológicos: O julgamento divino, a destruição do mundo e a promessa de novos céus e nova terra. Pedro se refere ao Dia do Senhor (2 Pedro 3.7- 8,10, 12).
  • 16. SEUC | Teologia descomplicada ao seu alcance 16 PRIMEIRA EPÍSTOLA DE JOÃO AUTOR João (1Jo 1:1-3; 4:14) Apóstolo João, foi um dos doze apóstolos de Jesus (Mt 10:2) e além do evangelho, também escreveu as três epístolas carrega o seu nome, e o livro do Apocalipse. João seria o mais novo dos 12 discípulos. Consta que seria solteiro e vivia com os seus pais em Betsaida. O nome do seu pai era Zebedeu (Mc 3:17) e a mãe provavelmente era Salomé. Era pescador de profissão (Mt 4:21), consertava as redes de pesca. Trabalhava junto com seu irmão Tiago (Mt 4:21), era de família próspera pois tinha empregados (Mc 1:19-20) e cogitam que tinha uma sociedade com André e Pedro.  Foi chamado de discípulo amado (Jo 13.23; 19.26; 21.20).  Foi levado prisioneiro para Patmos (Ap 1:9), onde escreveu o Apocalipse por volta 90-95 d. C (Ap 1:1, 11)  Após o exercício do seu ministério em Jerusalém, João foi pastor em Éfeso, onde morreu entre os anos (95 – 100 d.C). Podemos ver a sua humildade em (2 João 1) e na (3 João 1), ele se apresenta como “o presbítero”. Em Apocalipse, apresenta- se como "servo” (Ap 1:1), mesmo podendo se apresentar como apóstolo. DATA (85-90 d.C).
  • 17. SEUC | Teologia descomplicada ao seu alcance 17 LOCAL Éfeso DESTINATÁRIOS Por não conter saudações, despedidas ou menção de nomes, tem-se considerado que a carta foi destinada as igrejas da Ásia menor. O apóstolo trata carinhosamente os destinatários como "meus filhinhos" (2.1,18,28; 3.7,18; 4.4; 5.21) e "amados" (3.2,21; 4.1,7,11). Isso parece indicar que, embora não tenha vinculado a epístola a uma comunidade específica, o autor tem em mente pessoas conhecidas, as quais seriam as primeiras a receberem aquela mensagem. A epístola apresenta denúncia contra os falsos, incentivo aos verdadeiros cristãos, e denuncia a heresia que era o gnosticismo. O autor é incisivo, direto e totalmente convicto. Suas afirmações são muito fortes no sentido de apontar o erro e exaltar a verdade. OBJETIVOS Combater falsas ideias que negavam ser Jesus Cristo, o filho ou o Cristo vindo em carne e a concepção da justiça e do amor como indiferentes. A identificação é com o gnosticismo, apesar da abrangência de ensinamentos e variantes podemos destacar dois princípios principais:  A impureza da matéria  A supremacia do conhecimento A epístola refuta o docetismo que deriva de dokein ou dokeo, expressão grega que significa “parecer”. O docetismo ensinava que Jesus não era humano de verdade só parecia.
  • 18. SEUC | Teologia descomplicada ao seu alcance 18 Obs: (1Jo 1:1, 7; 4:2) Refuta o cerintianismo, que derivou de um homem chamado Cerinto,que era um residente de Éfeso forte opositor de João, Cerinto defendia que Jesus não nasceu de uma virgem e sim de relacionamento entre Maria e José. Diferenciava Jesus, de Cristo. Obs: (1Jo 2:2; 4:3; 5:6)
  • 19. SEUC | Teologia descomplicada ao seu alcance 19 SEGUNDA EPÍSTOLA DE JOÃO AUTOR João - O autor não menciona seu próprio nome. Apresenta- se como "presbítero", ou "ancião", (2 Jo1) conforme já consta em algumas versões bíblicas. Os anciãos, desde os tempos do AT, eram os homens mais velhos, mais experientes, e, por consequência, líderes do povo (Êx 3.16; 4.29). Ao escrever o evangelho e as epístolas, o apóstolo João já era idoso. DATA 85-90 d.C LOCAL Éfeso DESTINATÁRIOS A segunda epístola é dirigida a uma senhora e seus filhos. Tal mulher não é identificada pelas Escrituras. Há quem defenda a tese de que a “senhora eleita” seja Maria, irmã de Marta, a qual estaria mencionada em (2 Jo13). Há quem tome o termo “senhora” em grego, (kuria), considerando-o como nome próprio. Outras hipóteses sugerem que João estivesse chamando de “senhora eleita” a uma igreja específica ou à igreja em geral. Nada disso se comprova. Seguindo a mais rigorosa interpretação, não podemos afirmar qual tenha sido essa mulher. Apenas entendemos tratar-se de uma senhora que, provavelmente era viúva. Caso tivesse marido, não seria natural que o apóstolo lhe
  • 20. SEUC | Teologia descomplicada ao seu alcance 20 dirigisse diretamente uma epístola. O texto parece indicar que em sua casa aconteciam reuniões da igreja (2 Jo10). De qualquer forma, trata-se de uma mulher amada e respeitada por todos os irmãos que a conheciam (2Jo1). PONTO DE PARTIDA PARA UMA BOA COMPREENSÃO Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós (1 João 2.19). João escreve a segunda epístola, tendo em vista aqueles que ele já havia denunciado na primeira epístola. Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe não caia (1 Coríntios 10:12). PANORAMA GERAL DA EPÍSTOLA I. Introdução (1-3) II. Elogio pela lealdade (v. 4) III. Exortações (5-11) que inclui: a) Amar o próximo (Obs: Mas não de forma ingênua, impensada e aberto a qualquer coisa). b)Permanecer firmes e rejeitar o erro. IV.Sudação final, onde o desejo de uma visita pessoal é expressado (12-13). Nessa epístola João vai destacar a conduta exemplar dos cristãos que é andar na verdade e no amor, a importância de não ultrapassar a doutrina de Cristo, declarou que quem nega a
  • 21. SEUC | Teologia descomplicada ao seu alcance 21 encarnação de Cristo não tem verdadeira fé, e exortou os irmãos a não se relacionarem com pessoas que tenham tais ensinos, e os preparou para uma possível visita futura. OBJETIVOS DA EPÍSTOLA  Prevenir a “senhora eleita” contra os falsos obreiros que perambulavam pelas igrejas.  Combater o mesmo falso ensino denunciado em (1 Jo) ou seja, o gnosticismo (2 Jo7) OBS: Os tais abandonaram os ensinos do evangelho e propagavam os seus falsos ensinos. A destinatária não devia recebê-los, dialogar com eles, nem auxiliá-los. Fazer isso, significaria ajudá-los a disseminar os seus erros e participar da sua culpa (2 Jo10-11).
  • 22. SEUC | Teologia descomplicada ao seu alcance 22 TERCEIRA EPÍSTOLA DE JOÃO AUTOR João - O autor não menciona seu próprio nome. Apresenta- se como "presbítero", ou "ancião", (2 Jo1) conforme já consta em algumas versões bíblicas. Os anciãos, desde os tempos do AT, eram os homens mais velhos, mais experientes, e, por consequência, líderes do povo (Êx 3.16; 4.29). Ao escrever o evangelho e as epístolas, o apóstolo João já era idoso. DATA 85-90 d.C LOCAL Éfeso DESTINATÁRIO Esta é uma epístola extremamente pessoal, dirigida a Gaio (3 Jo 1) e trata de um problema eclesiástico referente a mestres itinerantes. Gaio lhes oferecera hospitalidade, ao passo que Diótrefes, um líder arrogante de uma das igrejas, se recusara a recebê-los. João demonstra sua autoridade apostólica ao repreender Diótrefes (3Jo 10). Demétrio que talvez fosse, ele próprio, um mestre itinerante, provavelmente foi o portador da carta a Gaio (3 Jo 12).
  • 23. SEUC | Teologia descomplicada ao seu alcance 23 PANORAMA GERAL DA EPÍSTOLA I. Saudações iniciais(3 Jo1) II. A influência de Gaio (3 Jo 2-8) a) Sua vida piedosa(2-4) b) Seu tratamento generoso para com os ministros itinerantes (5-8) III. A condenação de Diótrefes (3Jo 9-11) a) Sua ambição egoísta (9) b) Suas atividades egoístas (10-11) IV. A apresentação de Demétrio (12) V. Comentários finais e bênção (13-15) OBJETIVOS DA EPÍSTOLA  Dar testemunho de Gaio, pela sua fiel hospitalidade e ajuda prestada aos fiéis obreiros viajantes,  Fazer uma advertência indireta ao petulante Diótrefes,  Enfatizar a sinceridade e o bom testemunho de Demétrio,  Preparar o caminho da sua própria visita pessoal.
  • 24. SEUC | Teologia descomplicada ao seu alcance 24 EPÍSTOLA DE JUDAS AUTOR Judas se identifica como irmão de Tiago (Jd 1), líder da igreja em Jerusalém e meio-irmão Senhor Jesus, Judas é relacionado como um dos meios irmãos de Jesus em Mateus 13:55 e Marcos 6:3. Embora, de acordo com sua própria declaração, ele pretendesse escrever um tratado sobre a salvação, circunstâncias prementes exigiram que, em vez disso, ele tratasse do problema dos falsos mestres (Jd 3). DATA Provavelmente entre (66-80 d.C). Outras suposições, porém, induzem que a obra teria sido escrita por volta dos anos (66-67 d.C), logo após à morte de Pedro, em razão das fortes semelhanças com a segunda carta de Pedro. No entanto, uma terceira possibilidade seria que Judas e Pedro tivessem se utilizado de uma fonte comum, talvez de uma “pequena circular” muito utilizado na época para alertar à igreja contra os falsos mestres. DESTINATÁRIOS Provavelmente a judeus convertidos ao cristianismo espalhados pela Ásia Menor, embora a epístola não dê informações cabais para que público específico Judas teria se dirigido. O seu conteúdo apenas indica que os destinatários seriam pessoas conhecedoras do AT e das tradições judaicas, não havendo referências expressas aos gentios.
  • 25. SEUC | Teologia descomplicada ao seu alcance 25 Então é melhor afirmar que Judas escreveu para atingir os crentes do seu tempo, e também, a todos os irmãos amados em todos os lugares e de todos os tempos. O alcance da mensagem é universal, para todos os crentes em Cristo Jesus. PROPÓSITO Esta carta foi escrita para defender a fé apostólica dos falsos ensinamentos que surgiam nas igrejas. Uma forma incipiente de gnosticismo (não do tipo ascético, atacado por Paulo na epístola aos Colossenses, mas do tipo antinomiano) estava espalhando-se de forma assustadora. Os gnósticos consideravam tudo o que era material como intrinsecamente mau, e tudo o que era espiritual como bom. Assim, cultivavam sua vida “espiritual” e permitiam que sua carne fizesse qualquer coisa que lhes aprouvesse; como resultado, eram culpados de todo o tipo de iniquidade. Os antinomianos com uma posição de não submeter-se a nenhuma lei, viviam na libertinagem. A igreja estava cercada de falsos mestres imorais, cobiçosos, orgulhosos e facciosos. Judas não usa de meias-palavras para condenar os hereges, e exorta seus leitores a batalharem diligentemente pela fé. CITAÇÕES EXTRABÍBLICAS Nos versículos 14 e 15, Judas cita o livro pseudoepigrafo de Enoque e no versículo 9 faz alusão a outro livro pseudo- epigrafou, a Ascensão de Moisés. Isto não significa que Judas considerasse tais obras inspiradas como eram as Escrituras canônicas. Paulo citou poetas pagãos, sem que isso implicasse a inspiração divina em relação aos seus escritos(At 17:28; 1Co 15:33; Tt 1:12).
  • 26. SEUC | Teologia descomplicada ao seu alcance 26 DESTINATÁRIOS Os leitores não são identificados, mas sabemos que estavam cercados de falsos mestres imorais, cobiçosos, orgulhosos e facciosos. Judas não usa de meias-palavras para condenar os hereges e exorta seus leitores a batalharem, diligentemente pela fé. PONTO DE PARTIDA PARA UMA BOA COMPREENSÃO “O cão late quando seu dono é atacado. Eu seria um covarde se visse a verdade divina ser atacada e continuasse em silêncio, sem dizer nada” (João Calvino). Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da salvação comum, tive por necessidade escrever-vos, e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos (Judas 3). Os falsos mestres praticavam e ensinavam a imoralidade e licenciosidade que Judas chama de libertinagem. Eles não só aceitavam a imoralidade, como a encorajavam, esses mestres queriam desviar os cristãos do caminho da verdade e da santidade, prometendo-lhes uma falsa liberdade que nada mais era que libertinagem (Jd v. 4). JUDAS DENUNCIA OS FALSOS MESTRES MOSTRANDO OS SEUS:  Comportamentos (Jd10 -14, 16-19).  Mas fala da condenação dos tais (Jd14 -15).  Usa exemplos do AT, como o dos anjos, personagens e acontecimentos para enfatizar que a punição (Jd 5-7, 11).
  • 27. SEUC | Teologia descomplicada ao seu alcance 27 REFERÊNCIAS A Bíblia anotada: Edição expandida/Charles C. Ryrie – Mundo Cristão; Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2007. CAIRNS, Earle E. O Cristianismo Através dos Séculos. São Paulo. Edições Vida Nova, 1995. CARSON, D.A.; MOO, Douglas J.; MORRIS, Leon. Introdução ao Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 1997. CESARÉIA, Eusébio. História Eclesiástica. São Paulo: Editora Novo Século, 2002. CHAFER, Lewis S. Teologia Sistemática. São Paulo: IBR, 1986. CHAMPLIN, R. N. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. São Paulo: Candeia, 1995. HALLEY, H. H. Manual Bíblico. São Paulo: Vida Nova, 1984. https://igrejavaleverde.com.br/blog/ HURLBUT, Jessé Lyman. História da Igreja Cristã. São Paulo, Editora Vida, 1996.
  • 28. SEUC | Teologia descomplicada ao seu alcance 28 MATHER, George A; NICHOLS, Larry A. Dicionário de Religiões, Crenças e Ocultismo São Vida, 2000. Módulo 4 da Faculdade Betesda 2007. Módulo da Faculdade Teológica Ibetel: Administração Eclesiástica e Eclesiologia. OLIVEIRA, Raimundo de. As Grandes Doutrinas da Bíblia. 9. Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006. SHEDD, Russel P. Disciplina na Igreja. São Paulo: Vida Nova, 2000. STRONG, Augustus Hopkins. Teologia Sistemática. São Paulo: Hagnos, 2003, vol. 2. TOGNINI, Enéas. Eclesiologia. 2. Ed. São Paulo: Edições Enéas Tognini, 1987. TOMAS, D. Lea e TOM. Hudson. Passo a Passo Pelo Novo Testamento. São Paulo: LifeWay, 2005. VINE, W. E.; UNGER, Merril F.; WHITE JR., William. Dicionário Vine: O Significado Exegético e Expositivo das Palavras do Antigo Testamento. 5. Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.