1) O documento descreve a análise de um poema que retrata o sujeito poético vagando pela cidade de Lisboa ao entardecer, observando elementos do ambiente urbano e as pessoas, e expressando suas reações psicológicas aos estímulos sensoriais.
5. • “Ao anoitecer.” / “Sombras.” / “Ao cair das badaladas.” /
“Fim da tarde.” / “Hora de jantar”
6. • Em Lisboa:
• “As ruas de Lisboa.” / “Tejo” / “As casas são como viveiros,
nelas se amontoam as pessoas.”
7. • “Há tal soturnidade, há tal melancolia.” / “Despertam-me um
desejo absurdo de sofrer” / “E o fim da tarde inspira-me; e
incomoda.”
8. 1)
b) O sujeito poético vagueia por Lisboa, ao crepúsculo, descrevendo os
elementos físicos e humanos do ambiente urbano e apresentando os efeitos
salutares da cidade sobre a sua pessoa.
c) O sujeito poético deambula pela cidade, ao cair da tarde, dando a conhecer
as suas reações psicológicas aos diversos estímulos sensoriais provocados pelo
ambiente que o circunda e as figuras humanas com que se cruza.
d) O sujeito poético observa e descreve de forma estática o ambiente da
cidade, ao entardecer, evidenciando as suas características disfóricas e dando
a conhecer de modo objetivo as figuras humanas que o povoam.
9. • 2) 2.1) “Soturnidade”/”melancolia”/”cor monótona e
londrina”
2.2) “E o fim da tarde inspira-me, e incomoda”. Os
verbos “inspirar” e “incomodar”, parecem opor-se
dada a carga habitualmente positiva do primeiro e
negativo do segundo. Contudo, no contexto em que
surgem, podem ser entendidos como complementares,
dado que é o facto de se sentir incomodado com o
meio envolvente que motiva o sujeito poético a registar
as suas emoções e a servir-se da escrita como forma
de denúncia e de criticas sociais.
10. • 3) 3.1) A evasão do espaço é determinada
pela visão daquele que se preparam para
viajar de comboio. A evasão no tempo prende-
se com a constatação, por parte do narrador,
de que no cais, só existem “butes”, o que lhe
recorda, por antítase, o tempo grandioso dos
heróis, de “Camões”, e dos “naus”.
11. • 3.2) As fugas imaginativas permitem ao narrador
escapar, por instantes, do seu momento presente,
em que circula pela cidade opressora e
melancólica. Assim, através da sua fantasia,
“viaja” até países e cidades conotadas com o
progresso artístico e até outros tempos os da
expressão ultramarina e das “soberbas naus”
conotadas com a grandeza pátria e a que o
sujeito poético reconhece, triste mas também
criticamente, que não tornará a assistir (“singram
soberbas naus que eu não verei jamais”).