Este documento descreve a quinta edição da Ciranda Literária realizada pela biblioteca do Colégio de Aplicação da UFRJ em parceria com professores de língua portuguesa. O evento teve como objetivo promover a leitura e a cultura através de atividades literárias com alunos do 6o ao 9o ano. As atividades incluíram apresentações sobre mistério, cordel, romance regionalista e poemas sociais. Professores e alunos elogiaram o evento por promover o engajamento com a leitura.

2. Objetivo
A quinta edição da Ciranda Literária teve como objetivo promover
ações de caráter artístico cultural em interseção com gêneros
literários e com os processos de formação do leitor, realizado pela
biblioteca do Colégio de Aplicação da UFRJ em parceria com os
professores do 6º ao 9ª de língua portuguesa.

3. Justificativa
A realização de eventos promovidos pela biblioteca é de
fundamental importância para dinamizar o acesso ao livro e a outras
produções culturais (relacionadas com o livro), assim como facilitar
sua circulação no ambiente escolar. Propostas que estimulem a
democratização do acervo cultural da humanidade devem ser
desenvolvidas, promovendo a “leitura” (no sentido mais amplo) como
fonte de prazer, conhecimento e promoção de cidadania.

4. Leituras Misteriosas – 6º ano
Projeção de slides sobre literatura de mistério e suspense, com
utilização de recursos audiovisuais para tornar o ambiente sombrio
para a exposição do conteúdo.

5. Teatro em Cordel – 7º ano
O cordelista Edmilson Santini e músicos
apresentaram a literatura em cordel utilizando fantoches e
outros objetos cênicos. No final da apresentação o
cordelista convidou os alunos para apresentarem algum
poema, música ou cordel.

6. Romance Regionalista – 8º ano
O autor, Delcio Teobaldo, do livro Pivetim conversou com os
alunos do Cap/UFRJ e do Colégio Estadual André Maurois sobre enredo e
os personagens do referido livro que foi lido anteriormente pelos alunos.

7. Poema como voz social – 9º ano
Apresentação de poemas que
tratam sobre temas sociais
relacionando a arte, literatura e
história. A projeção de vídeo clip
possibilitou dinamizar o conteúdo
contribuindo na assimilação dos
temas musicais, tais como Rosa de
Hiroshima, Construção e O
bêbado e a equilibrista, com os
fatos históricos.

8. “A participação dos bolsistas e licenciandos tornou-se também um diferencial para o trabalho,
congregando aplicações técnicas e acadêmicas acerca da proposta. (...) Recorrendo aos objetivos
específicos da disciplina de Língua Portuguesa, destaco novamente a possibilidade de que, com essa
atividade , os alunos sejam capazes de: a) interpretar textos considerando as porções microtextuais (neste
caso, as partes dos poemas) e; b) de notar os recursos intralinguísticos que justificam o texto como ato
comunicativo. Ainda nesse sentido mais particular, o trabalho da Ciranda Literária pode promover a
interdisciplinaridade, visto que, neste ano, alguns alunos estabeleceram links com fatos sociohistóricos
importantes, a partir da leitura que fizeram”
Felippe Tota, professor de Língua Portuguesa
Depoimentos

9. Depoimentos
“A experiência foi excelente, muito gratificante. Além de se envolverem no projeto, os alunos
receberam muito bem tanto o autor quanto os colegas da outra escola, num movimento claro de
integração entre as redes estadual e federal. Inclusive, uma das alunas do colégio estadual é surda e,
com a ajuda de outra colega, conseguiu participar da palestra.”
Patricia Soares, professora de Língua Portuguesa

10. Depoimentos
“Logo de cara gostaria de registrar o quanto os alunos ficaram envolvidos com a apresentação. O recurso
midiático utilizado por vocês ficou de primeiríssima qualidade e atingiu o objetivo: chamou a atenção dos alunos,
instigando-os a procurarem pelos livros.
Esse primeiro contato foi fundamental, pois somado ao estímulo de 1,0 ponto extra na nota de trabalhos caso
me entregassem um comentário crítico do livro lido, foi grande o número de alunos que foram à biblioteca procurar
pelos livros. Tive um total de 15 comentários críticos dos livros da ciranda, um quarto do total de nossos alunos no
sétimo ano.
Por fim, gostaria de registrar o comentário de um pai que na escola aberta veio me parabenizar pela iniciativa:
uma aluna nossa, que não tinha o perfil de leitora, em um único dia devorou O caso dos dez negrinhos. Aproveitando
o estímulo, o pai, por conta própria, comprou outros da coleção para ela, que continuou as leituras. Tive o prazer em
dizer que esse era um projeto coordenado pela biblioteca, no qual fui apenas um parceiro.”
André Uzeda, professor de Língua Portuguesa

11. Considerações Finais
Desenvolver ações com adolescentes demandam:
• Atividades de leitura relacionadas às linguagens artísticas e culturais (teatro,
música, filme, desenho, pintura etc);
• Temas relacionados ao cotidiano dos alunos;
• Tornar a biblioteca um espaço de acolhimento;
• Estabelecer a integração da biblioteca com a sala de aula, de modo a estreitar
os conteúdos pedagógicos ministrados com o acervo disponível;
• Compartilhar entusiasmo sobre o gênero literário trabalhado através de um
diálogo permanente entre a equipe da biblioteca e o corpo discente.

12. REFERÊNCIAS
GOMES, Luciano Ferreira; BORTOLIN, Sueli. Biblioteca escolar e mediação da
leitura. Semina: Ciências Sociais e Humanas, Londrina, v. 32, n. 2, p. 157-170,
jul./dez. 2011. Disponível em: <http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/
seminasoc/article/view/11962/13823>. Acesso em: 10 jul. 2014.
PETIT, Michèle. A arte de ler ou como resistir à adversidade. São Paulo: Ed. 34,
2009.
PINA, Sandra. A literatura juvenil: ponte para os clássicos. In: BRASIL. Ministério
da Cultura. Cursos da casa da leitura: práticas leitoras. Rio de Janeiro:
Fundação Biblioteca Nacional, 2009. v.3.

13. Ana Lúcia Ferreira Gonçalves
Leni Rodriguez Perez Fulco
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