O documento discute teorias e técnicas de grupos, definindo grupos como conjuntos de pessoas que interagem para atingir objetivos comuns. Também aborda como normas sociais influenciam o comportamento individual e como a dinâmica de grupos pode ser usada para melhor compreender processos grupais e influência social.
2. Grupos, organizações e instituições
• A vida humana é grupal, está relacionada a estar
sempre em convivência com o outro, sendo assim é
necessária que existam regras para que a vida em grupo
se torne possível.
• Às vezes um comportamento pode se manifestar
inadequado em um determinado contexto, porque o seu
emissor estava utilizando como referência um grupo
distinto àquele com o qual está interagindo
momentaneamente.
3. O ser humano tem necessidades fisiológicas,
psicológicas, sociais e espirituais que devem ser
satisfeitas para que sobreviva. Sua capacidade
de adaptação ao meio ambiente, que está em
constante mudança, depende de sua habilidade
em identificar, examinar e enfrentar problemas.
Essa capacidade varia de indivíduo para
indivíduo e em um mesmo indivíduo, de época
para época.
4. CHAVES; IDE (1995) definem identidade social
como o conjunto de cognições que o indivíduo
tem sobre si mesmo, decorrentes do
relacionamento com as outras pessoas, ou a
resposta que se dá às perguntas: "quem sou
eu"?. "quem é você?" e "quem é êle?'.
Consideram que dentre as necessidades
psicosociais básicas, a estima é a que se
relaciona mais diretamente com a identidade
social, por implicar na avaliação da pessoa e no
contato com seus semelhantes.
IDENTIDADE SOCIAL
5. Grupo de referência
Aquele no qual o indivíduo é motivado a manter relações.
Quando um grupo de relações (p.ex. colegas de
trabalho),
torna-se um grupo de referência, este passa a
desempenhar um papel normativo no comportamento do
indivíduo.
Vale salientar, ainda, que um grupo normativo tem a
função de imprimir aos seus membros valores e normas
amplamente compartilhadas pela sociedade.
( Zanelli, BorgesAndrade, Bastos e
Cols. P.358)
6. Definição e características dos grupos
Embora todos conheçamos grupos e pertençamos a vários deles, é mais fácil
descrever um grupo que defini-lo.
Uma definição que tem se mostrado adequada é a de que um grupo é um conjunto
formado por duas ou mais pessoas que para atingir determinado(s) objetivo(s)
necessita algum tipo de interação, durante um intervalo de tempo relativamente
longo, sem o qual seria mais difícil ou impossível obter o êxito desejado.
Ou dito de outro modo, um conjunto de pessoas se caracterizará mais fortemente
como grupo segundo as seguintes condições:
a) quanto menor for o número de seus membros;
b) quanto maior for a interação entre os seus membros;
c) quanto maior for a sua história e
d) quanto mais perspectiva de futuro partilhado seja percebido pelos seus
membros.
Definições funcionais que pretendem apenas compreender o processo que se
estabelece em uma relação na qual se pode dizer que existe um grupo.
7. GRUPO SOCIAL
Conjunto de indivíduos que interagem uns com os outros
durante certo período de tempo. Se dividem em :
• Grupos primários - família, amigos, amigos de infância,
de escola, ou seja, pessoas com quem o indivíduo
interaja mais pessoalmente.
• Grupos Secundários - Colegas em geral, vizinhos,
professores, patrões, motoristas, secretárias, ou seja,
pessoas que o indivíduo trata de maneira impessoal por
não ter pouco ou nenhum contato íntimo, restrito.
8. Características dos grupos
Normas
Pertencer ao grupo implica em se submeter às suas
regras e normas. Para isto são também estabelecidos
prêmios e castigos.
As organizações não fogem à regra, ali também os
grupos existem e constituem a matéria prima do seu
desenvolvimento.
Em duas organizações que têm mesmo objetivo, como
dois colégios, duas lojas comerciais ou duas fábricas de
automóveis, muitas vezes o que vai diferenciar uma da
outra é a maneira como as normas grupais foram
estabelecidas.
9. Todos esses componentes influem na definição de
normas de funcionamento e concomitante
estabelecimento do clima do grupo.
Pessoas valores
Filosofia
e orientação de vida
Conhecimento mutuo
Base para
Normas coletivas,
tácitas e explicitas
na dinamica
10. Funcionamento do Grupo
Comportamento grupal
Desempenho grupal
Produtos
individuais
Valores
Normas
Sentimentos
Cultura do grupo
Clima do grupo
Objetivos
Motivação
Comunicação
Processo
decisório
Relacionamento
Liderança
Inovação
Individualização
Sinergia
Produtividade
Satisfação
11. Interação grupo x comportamento
• Em que medida o seu comportamento representa a sua
individualidade ou reflete as características do seu grupo.
• São as duas coisas. Somos fruto de nossa
personalidade, porém somos ao mesmo tempo resultado
da interação dessa personalidade com os grupos a que
pertencemos, aos quais valoramos.
• Todos queremos aparecer bem ante os demais. A
questão é que não a todos os demais e sim àqueles que
elegemos como mais importantes para nós.
12. O grupo é maior do que os indivíduos
• Para administrar pessoas, possuir uma visão global ou
sistêmica é o caminho mais adequado para conseguir
estabelecer padrões de comportamento desejáveis em
uma organização.
• Compreendendo que os grupos existem, que
estabelecem normas de convivência e que estas normas
podem ir a favor ou em contra dos objetivos
organizacionais.
13. Dinâmica dos Grupos
• A expressão “Dinâmica de Grupo” foi criada por Kurt
Lewin, ele utilizou pela primeira vez este termo em
meados dos anos 40.
• Para Lewin toda dinâmica de grupo é a resultante do
conjunto das interações no interior de um espaço
psico-social
• A explicação dos fenômenos grupais não está nos
aspectos singulares dos elementos, mas nas
múltiplas interações que se produzem entre os
elementos da situação social, assim como no próprio
momento em que são observados e interpretados
• O ambiente social contribui para a formação e
transformação das atitudes coletivas favorecendo, ou
inibindo, as tendências sociais já adquiridas
14. Influência social
Os anos iniciais do século passado foram tomados por
enormes discussões entre os sociólogos e psicólogos de
então sobre se de fato existiam os grupos, se estes eram
determinantes para o comportamento; se existia alguma
entidade supra-individual formada pela interação entre os
indivíduos, ou se os indivíduos eram quem determinavam
em última instância os comportamentos.
15. Influência social
Variavam as opiniões de um extremo a outro.
Alguns defendiam que a sociedade era basicamente constituída
por grupos, e que seria a partir desses grupos que se poderia
modificá-la de maneira a ser mais ética, justa e equilibrada; ou
que os grupos constituíram uma espécie de força própria, de
consciência coletiva que suplantaria, em determinadas
circunstâncias a consciência individual, como Dukheim, Tarde,
Le Bon e McDougall ou, como se posicionava Floyd Allport.
No outro extremo, se existia unicamente o indivíduo e como tal
todo o comportamento e toda a sociedade somente poderia ser
explicada através dele, considerando o seu processo de
aprendizagem, individual e intransferível (Álvaro, &
Garrido,2003).
16. • McDougall (1987) chama atenção para o contraditório
que existe na participação na vida grupal, já que, se
por um lado degrada a pessoa, como afirmava Le
Bon, por outro a eleva a sua máxima potencialidade
como ser humano.
• McDougall pensa encontrar na organização do grupo
a solução. Quando o grupo está organizado, e não é
simplesmente uma multidão, as tendências
degradantes são minimizadas.
17. • Segundo Morales (1994) um grupo de teóricos pré-
experimentais cujos expoentes principais foram LeBon,
McDougall e Freud, defendia que os grupos se
caracterizam realmente por uma psicologia diferente,
impossível de reduzir à psicologia do membro individual
mas igualmente real. Postulavam alguma versão da
idéia segundo a qual nos contextos grupais ou
coletivos os indivíduos eram possuídos por uma
mente de grupo que transformava de forma
qualitativa sua psicologia e sua conduta.
18. Poder e influencia dos grupos
• Pressões de uniformidade se exercem mediante a
interação social na qual os membros tentam modificar
suas crenças, atitudes e ações de forma mútua.
• Existe um jogo de papeis
• Haverá sempre uma dinâmica própria de poder que é a
contradição entre a mudança e a resistência a mudança.
19. Processos implicados no rendimento
grupal.
• O sentimento de pertença , de ser importante, de ter um
grupo de amigos com objetivos comuns é provavelmente
um conjunto de variáveis que pode influenciar
definitivamente o exito ou o fracasso de um
empreendimento.
20. No Brasil este termo foi utilizado pelo Prof.
Pierre Weil em 1960 o qual introduziu o
Laboratório de Sensibilidade Social, com
objetivo desenvolver a qualidade de atuação
do indivíduo como membro de um grupo e
como lider.
21. “Grupo” ?
Durante as técnicas de dinâmica de grupo estes
fatores emergem
o tempo todo e é importante entender que sob
este aspecto não há certo ou errado. O
indivíduo vem para o grupo com todas os seus
“aspectos” individuais.
22. Podemos dizer que é um instrumento que
põe em movimento um grupo de pessoas
através de situações de ensaios da
realidade, que permitirão expressões
espontâneas de sentimentos e atitudes,
muitas vezes levando a pessoa a uma
melhor compreensão de sí mesma.
O que é uma técnica de
dinâmica de Grupo?
23. Técnica de Dinâmica de Grupo
O aspecto ludico nos remete a
espontaneidade, ao improviso e ao
ensaio da realidade.
Favorece a expressão espontânea das
pessoas, o que nos permite a observação
de atitudes com menor probabilidade
de simulação.