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ÍNDICE
INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 3
1.REVISÃO DE LITERATURA.................................................................................................... 4
1.1.Auditoria................................................................................................................................ 4
1.2.Procedimentos de auditoria ................................................................................................... 4
1.2.1.Procedimento de auditoria de gestão .............................................................................. 5
1.2.2.Notas............................................................................................................................... 6
1.3.Técnicas usadas na auditoria de gestão ................................................................................. 6
1.4.Procedimentos ....................................................................................................................... 6
1.4.1.Exame físico de documentos .......................................................................................... 6
1.4.2.Cotagem física ................................................................................................................ 7
1.4.3.Comparação de registos.................................................................................................. 7
1.4.4.Análises de registos ........................................................................................................ 7
1.4.5.Determinação de amostras.............................................................................................. 7
1.4.6.Estimular inovações........................................................................................................ 8
1.5.Objectivos da auditoria de gestão e sua caracterização......................................................... 8
1.6.Perfil do auditor de gestão..................................................................................................... 9
Conclusão...................................................................................................................................... 11
Bibliografia ................................................................................................................................... 12
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INTRODUÇÃO
O objectivo deste trabalho é mostrar quais são as técnicas e procedimentos da auditoria de
gestão. Na verdade a auditoria de gestão está apenas iniciando o seu caminho e o futuro bem
próximo será assunto abordado com mais facilidade entre os pesquisadores e os profissionais da
área da auditoria.
Sabe-se que a auditoria de gestão é um assunto recente e que vem ganhando espaço para se
desenvolver e ser aplicada. Então quais os benefícios de se adoptar a metodologia dos
procedimentos? Dizer que, a competitividade que as organizações enfrentam actualmente fez
com que surgissem alterações em seus modelos operacional e de gestão, isto devido a uma
necessidade cada vez maior da auditoria de gestão.
Todavia, a auditoria de gestão como está sendo tratada actualmente deve ser usada como um
instrumento pelas empresas para unir ou globalizar as diversas informações e formas de controlo
visando a necessidade da organização e controlo para o crescimento adequado da empresa e para
dificultar cada vez mais a ocorrência de erros e fraudes frequentes dos funcionários.
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1.REVISÃO DE LITERATURA
1.1.Auditoria
Chama-se auditoria ao processo de inspeccionar os pormenores da contabilidade de uma
determinada empresa ou instituição a fim de estabelecer com precisão os recursos dos que se
dispõe. A partir deste uso do termo derivaram-se outros, pelo que é possível se referir a
diferentes tipos de auditorias, ainda que sempre conservando a noção de inspeccionar e analisar
algo para conhecer seu verdadeiro estado.
A origem do termo remonta-se à forma latina “auditorius” e faz referência à capacidade de ouvir.
O trabalho de verificar os registos do património das diferentes fazendas para conhecer sua
exactidão pode ser vislumbrado ao longo de quase toda a história, partindo desde a antiguidade,
passando pela idade média e chegando há nossos dias. Não obstante, sua necessidade e
importância viram-se potencializadas com o desenvolvimento do capitalismo e com o
aparecimento de enormes empresas que dependiam de um controle eficaz. Seu desenvolvimento
e seu estabelecimento como prática assídua podem ser notados na Inglaterra convulsionada pela
revolução industrial. Pouco tempo depois este processo verifica-se também nos Estados Unidos.
Como já assinalamos, enquanto a auditoria referida à contabilidade é a mais conhecida também é
possível se referir a outras. Assim, também é possível fazer referência a auditorias energéticas,
informáticas, de acessibilidade, de inovação, de marca, de meio ambiente, etc., fazendo sempre
fé firme em um processo de análise e inspecção de estados.
1.2.Procedimentos de auditoria
Conjunto de investigações técnicas que permitem ao auditor formar opinião sobre as
demonstrações contabilísticas examinadas e lhe fornecer base para emitir seu parecer
fundamentada, roteiro para realização de exames de auditoria de modo a dar segurança ao
trabalho, o procedimento é a maneira ou método de processar o curso de acção, é o acto de uma
performance. O procedimento de auditoria constitui o curso de acção avaliável na determinação
da validade dos padrões e princípios de auditoria. Eles são os actos a serem cumpridas durante o
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curso de exame pela aplicação de técnicas próprias que permitem o alcance de provas sobre a
adequação das demonstrações financeiras.
1.2.1.Procedimento de auditoria de gestão
Por auditoria de gestão, entende-se a "revisão, avaliação, emissão de opinião de processos e
resultados exercidos em linhas de negócios, produtos, serviços no horizonte temporal
presente/futuro". (GIL, 1999, p. 21, Auditoria Operacional e de Gestão).
Pela definição, podemos perceber claramente que este desmembramento da auditoria está
voltado para os fatos que estão ocorrendo, ou que ainda não ocorreram, em linha com
pensamento mais moderno dos administradores, cujos resultados efectivamente contribuem para
a correcção de rumos tempestivamente.
A auditoria de gestão deve estar muito mais vinculada à "função auditoria", dentro de uma visão
sistémica, na qual todas as pessoas envolvidas, na tomada de decisões, deveriam ter a
preocupação de análise de riscos e conhecimento amplo das linhas de negócios da
empresa/cliente.
A auditoria de gestão deve estar centrada em situações empresariais de maior risco para a
continuidade dos negócios, proporcionando às organizações recomendações factíveis que
auxiliem na tomada de decisões, corrigindo rumos e buscando sempre a máxima eficácia
administrativa dos dirigentes das corporações.
Para tanto, deverão ser observados os seguintes procedimentos:
Verificação da correspondência entre o objecto constante no Programa de Trabalho e
aquele descrito no instrumento contratual;
Verificação do alinhamento dos indicadores e metas com o objecto do termo;
Avaliação da clareza e objectividade da descrição dos indicadores:
A descrição dos indicadores fornece informações relevantes para seu pleno entendimento,
motivo pelo qual deverá o auditor verificar se ela contempla:
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1.2.2.Notas
1) Insumo: matéria-prima e recursos necessários para a realização do produto.
2) Processo: actividade executada na utilização dos recursos e na transformação da matéria-
prima em produto final.
3) Resultado: produto final obtido pelo processamento da matéria-prima.
1.3.Técnicas usadas na auditoria de gestão
Adequação ao custo-padrão
Testes de efectividade
Indicadores de desempenho
Circularização de informações sobre existências
Recomendações punitivas, saneadoras e estimuladoras.
1.4.Procedimentos
Exame físico de documentos;
Contagem física;
Comparação de registos;
Análise de registos;
Observação de procedimentos;
Aplicação de questionários;
Realização de entrevistas;
Efectuar circularização;
Determinar amostras;
Estimular inovações.
1.4.1.Exame físico de documentos
É uma das provas que esta a disposição e como a próprio nome diz um exame físico, isto é, o
auditor examina os procedimentos mantendo directo com eles, pondo as mãos, folhando um a um
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estes documentos, podem ser notas fiscais, recibos, cheques, avisos de remessa e de recebimento,
apólices de seguros, etc.
1.4.2.Cotagem física
A contagem física está sempre ligada ao exame físico. Esta tem por objectivo verificar e garantir
a existência e ou quantidade dos activos da empresas, sejam eles matérias-primas, instalações,
insumos, numerários, documentos, relatórios, papéis negociáveis, etc, e de definir as operações
empresariais.
1.4.3.Comparação de registos
O acto de confrontar os registos contabilísticos com os dos exames e contagem física é
fundamental para a certificação de sua existência. O objectivo da comparação de registos é
verificar se encontra nos arquivos operacionais é o mesmo que esta nos registo dos arquivos
contabilísticos, se os registos feitos de forma manual esta de acordo com os encontrados nos
computadores, ou ainda se o que é informado pela empresa matriz esta da mesma forma e de
igual valor registado na filial.
1.4.4.Análises de registos
Objectivo de se realizar a técnica de análise de registos é o de identificar a qualidade das
informações encontradas na empresas em relação a coerência do armazenamento, verificar a
eficiência deste, se as informações são eficazes e se realmente existem, qual a sua importância
para a operacionalização ou funcionamento da empresa e se tem relação efectiva com a
produtividade.
1.4.5.Determinação de amostras
O auditor procura ao aplicar esta técnica agilizar os trabalhos de auditoria, impedindo que se
realizem testes repetitivos. Objectiva também testar as situações e casos que tenham maior
relevância, e expressar uma opinião baseada nos estudos feitos em um subconjunto que tenha
representação importante.
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Terá o auditor que conhecer o ambiente a ser auditado, analisando seus documentos e estabelecer
regras para colectar as amostras.
1.4.6.Estimular inovações
Facilitar o surgimento de áreas, praticas e lógicas pioneiras e estimular os recursos humanos na
busca de soluções próprias a problemas originais, são os objectivos de se estimular inovações
tecnológicas.
Deverá o auditor por meio de negociação e participação dos profissionais, buscar suas opiniões e
desejos técnico-operacionais, além de efectuar pesquisas sobre diferentes formas de se cumprir
as normas e práticas empresariais, além de caracteriza-las e realizar testes, analisando seus
resultados para apontar suas vantagens e desvantagens, necessidades e restrições em uma
determinada empresa, Devera também o auditor dar sua opinião quanto a validade das práticas
pioneiras e se estas forem validas, propor as alterações em normas e exercícios de transferência
de tecnologia.
1.5.Objectivos da auditoria de gestão e sua caracterização
Dentro da filosofia da auditoria de gestão, poderíamos citar como objectivos principais:
a) Participação da auditoria interna em todos os momentos empresariais, em que o
responsável pela auditoria interna poderia estar participando de comités de negócios, grupos de
planeamento estratégico, reuniões da qualidade, visando a total integração e conhecimento
detalhado das actividades da empresa, principalmente daquelas vinculadas às tomadas de
decisões.
b) Foco da "actividade de auditoria" com participação inovadora.
Deveria haver ciclos de estudos internos nas empresas sobre a "actividade de auditoria", onde a
busca do conhecimento seria disseminada para todos os executivos, gestores da empresa,
antecipando e prospectando cenários no ambiente de cada organização.
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c) Avaliação de indicadores não-monetários
A auditoria de gestão deve estar voltada para o estabelecimento de padrões de excelência
empresarial, através de avaliação de novas métricas, que não necessariamente estejam voltadas
para itens monetários.
O ciclo da qualidade organizacional, no qual está inserida a função auditoria, pode ser
representado pela Tabela 1. (GIL, 1999, p. 56, Auditoria da Qualidade):
A gestão da qualidade, através da avaliação feita com o auxílio da auditoria, propiciará à
administração uma retroalimentação no sistema de validação das técnicas utilizadas pelos
gestores da empresa.
b) Apoio da auditoria no desenvolvimento e acompanhamento de sistemas de apoio ao processo
de tomada de decisões.
1.6.Perfil do auditor de gestão
Sem mencionar os já tradicionais predicados que qualquer auditor deve ter, tais como discrição,
senso crítico, habilidade oral e escrita, polidez, independência, ética, facilidade de
relacionamento, agregamos a seguir mais algumas habilidades necessárias para a função:
a) Criativo e com percepção.
Por estar relacionado com fatos presentes e futuros, deve o auditor ter grande criatividade na
montagem de "cenários", para que sejam avaliados com efectividade os riscos e oportunidades
advindos de novos focos do mercado.
O auditor quando executar auditoria de gestão deverá estar voltado para a identificação da
potencialidade da empresa, em face às necessidades do mercado em que ela está actuando,
auxiliando a administração na correcção de eventuais rumos.
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b) Planeador e estrategista
Habilidades vitais no desenvolvimento de trabalhos de auditoria de gestão, em que o auditor
deverá ter elevada capacidade de planeamento para conseguir aglutinar informações que
possibilitem a avaliação das estratégias que estão sendo tomadas pela empresa.
O auditor deverá potencializar dados/informações dispersas, de modo a realizar testes de
observância sobre a "reacção" que cada atitude relevante tomada pelos dirigentes da empresa
poderá impactar, no mercado actual e futuro, podendo contribuir com sugestões que aportem
novas ideias.
c) Empreendedor e autodidacta
Na avaliação da gestão administrativa, o auditor deverá "pensar" como se fosse o accionista da
empresa, e para tanto, tem que possuir o espírito empreendedor dos grandes homens de negócio,
a fim de que possa contribuir efectivamente com propostas factíveis nas decisões estratégicas da
organização.
Em termos gerais podemos então referir que as funções da gestão são primordialmente:
a) Fixar políticas e objectivos;
b) Estabelecer planos, normas e procedimentos para que se possam atingir as políticas e os
objectivos fixados;
c) Organizar a empresa ou entidade a fim de que os planos, normas e procedimentos possam de
fato operar;
d) Controlar a forma como os referidos planos, normas e procedimentos estão a atingir os seus
fins.
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Conclusão
No presente trabalho os objectivos foram alcançados, mostrou-se o que é auditoria de gestão e
seus conceitos, caracterização, técnicas e procedimentos. Além de se comentar quais os
benefícios de se utilizar estas técnicas para empresas e instituições, pode-se dizer que a
competência de um bom auditor interno e a combinação de uso das técnicas e de procedimentos
de auditoria de gestão é que vão trazer os benefícios do seu uso na empresa, para que esta
consiga identificar seus problemas, resolve-los e alcançar seus objectivos.
O assunto é muito abrangente e não se esgota por aqui. Pretendia neste trabalho mostrar um
pouco mais da auditoria de gestão e sua real finalidade dentro do contexto empresarial.
Ainda muitos estudos serão feitos no futuro a respeito deste assunto, existe um vazio grande de
informações que precisa ser preenchido. Acredita-se que num futuro bem próximo, a auditoria de
gestão seja parte integrante de todas as empresas.
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Bibliografia
GIL, António de Loureiro. Auditoria Operacional e de Gestão. 4ª Edição, São Paulo: Atlas, 1999.
GIL, António de Loureiro. Auditoria da Qualidade. 3ª Edição, São Paulo: Atlas, 1999.
CASSARRO, António Carlos. Controles Internos e Segurança de Sistemas. 1ª Edição, São
Paulo: LTr, 1997.
Auditoria Financeira – Teoria e Prática; Carlos Baptista da Costa; Editora Rei dos Livros –
Lisboa – Portugal.