O documento apresenta um resumo sobre meteorologia. Apresenta a definição de meteorologia, a história da ciência meteorológica, alguns fenômenos meteorológicos como nuvens, tempestades e a diferença entre tempo e clima. Inclui também uma visita à estação meteorológica do IAG-USP.
2. Sobre mim: Samantha Martins Almeida,
meteorologista da Estação Meteorológica do
IAG-USP.
A Estação Meteorológica do IAG-USP foi fundada em
1933, realizando observações meteorológicas
ininterruptamente desde sua fundação.
3. Apresentação (Auditório)
- Explicar a definição de Meteorologia;
-Falar sobre a história desta ciência;
-Descrever alguns fenômenos meteorológicos;
-Descrever a formação e a classificação das nuvens;
-Explicar a diferença entre tempo e clima (mudanças
climáticas)
Parte Prática
- Visita a Estação Meteorológica
- Visita ao Museu de Meteorologia
Roteiro
7. HISTÓRIA DA METEOROLOGIA
-Habitava Cavernas
-Era nômade
-Fazia roupas com peles de animais
-Precisava caçar
Período Neolítico:
-Agricultura
-Construção de abrigos
8. A Meteorologia sempre fez parte da atividade
humana: planejamento
O homem sempre dependeu da observação do
céu:
AstronomiaMeteorologia
10. Ainda antes de Cristo...
Tales de Mileto, filósofo e matemático grego (640-550 a.C.),
monopolizou o mercado do azeite de oliva. Seu conhecimento de
meteorologia antecipou-lhe que a colheita seria abundante. Portanto,
alugou todos os lagares (local onde se produz azeite) que conseguiu e,
chegada a hora, alugou-os, estipulando o preço. Assim, obteve uma
grande quantia e demonstrou aos seus algozes que os filósofos podem
ganhar dinheiro quando se dispõem.
Aristóteles (384-322 a.C.) foi um filósofo grego, aluno de Platão e
professor de Alexandre, o Grande. Seus escritos abrangem diversos
assuntos, como a física, a metafísica, as leis da poesia e do drama, a
música, a lógica, a retórica, o governo, a ética, a biologia e a
zoologia, sendo visto como um dos fundadores da filosofia ocidental.
Escreveu o primeiro tratado de Meteorologia de que se tem notícia:
“Meteorológica”.
11. Trecho de Meteorologica,
de Aristóteles, escrito entre
384-322 a.C.
Torre dos Ventos: erguida na Grécia por volta
de 100-50 a.C. para medir o tempo. É uma
estrutura de mármore octogonal com 12
metros de altura. Era coberta antigamente
por um cata-vento com o desenho de um
Tritão, que indicava a direção do vento.
12. Invenções dos instrumentos meteorológicos
Inventado na China Medieval: Pluviômetro
Galileu (1590): Termômetro
Torricelli (1644): Barômetro
Fahrenheit (1714): construção do termômetro de mercúrio
Saussure (1783): higrômetro de fio de cabelo humano
Possibilitou a
Medição!
Estação Meteorológica Mais
Antiga: Funciona em Praga, na
República Tcheca e foi fundada em
1752
13. Além disso, os fenômenos naturais começaram a ser explicados a partir de teorias embasadas nos
trabalhos científicos de Boyle (1659) sobre pressão e volume, Hadley (1735) sobre a influência da
rotação da Terra nos ventos alísios, Franklin (1752) sobre eletricidade atmosférica
e Lavoisier (1783) sobre a composição do ar.
Meteorologia vai deixando de ser crença...
Circulação global: Hadley foi um
dos pioneiros nesse tema
14. Primeiras previsões do tempo
A primeira previsão de tempo ocorreu em junho de 1860 na Holanda, que alertou para a possível ocorrência de
uma violenta tempestade. Graças à invenção do telégrafo, foi possível a rápida transmissão de informações
meteorológicas de várias regiões para a elaboração de cartas sinóticas.
A história da previsão do tempo está
diretamente relacionada com a história
dos meios de comunicação.
15. Primeiras previsões do tempo (cont)
No início do século XX, Jacob Bjerknes desenvolve a teoria das
frentes frias e quentes na Noruega. A invenção da radiossonda
permite investigar com regularidade a alta atmosfera,
permitindo desenvolvimento de teorias como a das ondas,
formulada por Carl-Gustav Rossby e colaboradores na
Universidade de Chicago.
16. Primeiras previsões do tempo (cont)
Em 1922, o trabalho do meteorologista Lewis Fry Richardson rendeu um trabalho sobre
previsão de tempo por métodos numéricos. Nesse trabalho, conclui que seria necessário o
trabalho de 64 mil pessoas para calcular os vários passos de integração das equações, tamanha
a complexidade do problema. Somente com o avanço dos computadores eletrônicos,
futuramente foi possível retomar o trabalho.
19. NUVENS: Como se formam?
Para que uma nuvem se forme, o ar precisa ser forçado a se levantar, de modo
que o vapor d’água passa para o estado líquido (condensação). Existem quatro
formas de fazer o ar se levantar:
a)Convecção
b)Levantamento forçado pelo relevo
c)Convergência de ar
d)Levantamento de ar ao longo de frentes frias
21. NUVENS: Nuvens Altas
Ci (Cirrus), Cc (Cirrocumulus), Cs (Cirrostratus)
Cirrus (Ci): É uma nuvem muito tênue. Seu aspecto muitas vezes
lembra um véu. A nuvem branca e tênue contrasta com o céu
azul. Não é uma nuvem de chuva. Normalmente está
relacionada com mudança de tempo nas próximas 12h-36h . Ela
está relacionada com a aproximação de uma frente fria.
Cirrocumulus (Cc): Essa é também uma nuvem alta. Caracteriza-
se por pequenos floquinhos, muito pequenos, com formato de
grânulos ou rugas. Em algumas situações aparecem com um
efeito ondulado, lembrando escamas de peixe. Muitas vezes são
vistas em conjunto com nuvens tipo Cirrus (Ci) e Cirrostratus
(Cs).
Cirrostratus (Cs): são nuvens muito finas, compostas por
cristais de gelo. Indicam a presença de umidade na alta
atmosfera e podem ser um indício de chuva nas próximas 12h-
24h. Normalmente essas nuvens são visíveis na forma de um
belo fenômeno atmosférico chamado Halo, que consiste em
um círculo luminoso em torno do disco solar ou do disco lunar.
22. Uma placa de barro, datada de 4.000 a.C. e atualmente no
Museu de Londres consta a inscrição
“Quando um anel circunda o Sol, chuva cai”.
Halo - Nuvem Cirrostratus (Cs)
23. “Lua com circo, água no bico” ou “circo na lua, lama na rua”
Halo - Nuvem Cirrostratus (Cs)
“A ring around the sun or moon brings rain or snow upon you soon”
25. NUVENS: Nuvens Médias
As (Altostratus), Ac (Altocumulus)
Altocumulus (Ac): Essa nuvem aparece no céu em pequenos tufos ou
elementos, com bordas não muito definidas. Entre cada um desses elementos,
há um pequeno espaço onde podemos ver o céu azul visível. Essas nuvens
surgem normalmente antes de uma frente fria.
Altocumulus Lenticularis
Altostratus (As): É uma nuvem bastante tênue, com uma coloração mais escura
que a também tênue Cirrustratus. É uma nuvem também associada a
aproxmação de frentes frias. Sua mais importante características para distingui-
la é o aspecto borrado que ela dá ao disco solar.
Quando uma nuvem deste tipo encobre o Sol, não conseguimos ver com clareza
o disco solar. Ele fica borrado, um pouco turvado. É possível, no entanto, saber
que o Sol encontra-se atrás da nuvem devido a claridade.
26. NUVENS: Nuvens Baixas e de
Desenvolvimento vertical
Baixas: St (Stratus), Sc (Stratocumulus), Ns (Nimbustratus)
Desenvolvimento Vertical: Cu (Cumulus), Cb (Cumulonimbus)
Stratus (St): São nuvens que normalmente apresentam coloração
ligeiramente acinzentada e são muito baixas, podendo inclusive
tocar a superfície. Quando tocam a superfície, são chamadas de
neblina, nevoeiro, cerração ou ruço, dependendo da região do
país e nessas situações prejudicam muito a visibilidade, podendo
fazer com que aeroportos ou estradas sejam fechados.
“Cerração baixa, Sol que racha”: O
nevoeiro se forma pelo resfriamento da
atmosfera durante a madrugada,
fazendo atingir a temperatura suficiente
para saturação do ar de umidade.
Conforme o Sol aquece, a água vai
voltando ao seu estado de vapor.
Ditado
típico
gaúcho
27. Stratocumulus (Sc): são nuvens escuras, e com algum
desenvolvimento vertical, sendo mais altas do que as nuvens
Stratus. Enquanto as nuvens Stratus apresentam-se em uma
grande e uniforme camada, as nuvens Stratocumulus
apresentam elementos individuais. Em algumas situações, são
confundidas com as nuvens médias Altocumulus, mas para evitar
esta confusão, o observador da nuvem deve esticar o punho
fechado. Se cada uma das nuvens tiver o tamanho aproximado
do punho fechado, temos uma nuvem tipo Stratocumulus. Se for
aproximadamente do tamanho do polegar, temos uma nuvem
Altocumulus.
NUVENS: Nuvens Baixas e de
Desenvolvimento vertical
Baixas: St (Stratus), Sc (Stratocumulus), Ns (Nimbustratus)
Desenvolvimento Vertical: Cu (Cumulus), Cb (Cumulonimbus)
Nuvem daqueles dias completamente nublados!
28. NUVENS: Nuvens Baixas e de
Desenvolvimento vertical
Baixas: St (Stratus), Sc (Stratocumulus), Ns (Nimbustratus)
Desenvolvimento Vertical: Cu (Cumulus), Cb(Cumulonimbus)
Nimbostratus (Ns): São nuvens bastante espessas, que
deixam o céu uniformemente cinzas e escuros. Quando elas
surgem durante o dia, as luzes de iluminação pública
chegam a se acender, tamanha é a escuridão. É uma nuvem
de chuva bastante persistente e intensa, porém sem raios,
relâmpagos ou trovões. Quando ocorre neve, normalmente
este tipo de nuvem é o que está associado.
29. NUVENS: Nuvens Baixas e de
Desenvolvimento vertical
Baixas: St (Stratus), Sc (Stratocumulus), Ns (Nimbustratus)
Desenvolvimento Vertical: Cu (Cumulus), Cb (Cumulonimbus)
As nuvens Cu e Cb são formadas por convecção!
(Termas)
30. NUVENS: Nuvens Baixas e de
Desenvolvimento vertical
Baixas: St (Stratus), Sc (Stratocumulus), Ns (Nimbustratus)
Desenvolvimento Vertical: Cu (Cumulus), Cb (Cumulonimbus)
Planadores e aviões
aproveitam-se
dessas termas
31. NUVENS: Nuvens Baixas e de
Desenvolvimento vertical
Baixas: St (Stratus), Sc (Stratocumulus), Ns (Nimbustratus)
Desenvolvimento Vertical: Cu (Cumulus), Cb (Cumulonimbus)
Cumulus (Cu): Nuvens Cumulus são normalmente
formadas pelo processo de convecção. São nuvens muito
comuns, principalmente nas manhãs de dias de verão com
muito calor. Elas caracterizam-se por serem muito
fofinhas, terem os contornos muito bem definidos. Muitas
vezes, nossa imaginação as relaciona seu formato com
pipocas ou ovelhinhas.
32. NUVENS: Nuvens Baixas e de
Desenvolvimento vertical
Baixas: St (Stratus), Sc (Stratocumulus), Ns (Nimbustratus)
Desenvolvimento Vertical: Cu (Cumulus), Cb (Cumulonimbus)
Cumulonimbus (Cb): Em um dia bastante quente, quando muitas parcelas de ar quente (ou termas) se
formam e sobem, temos o consequente aumento das nuvens Cumulus. Essas nuvens podem então
aumentar seu tamanho, virando grandes e pesadas nuvens de chuva chamadas Cumulonimbus (Cb).
34. NUVENS: Nuvens Baixas e de
Desenvolvimento vertical
Baixas: St (Stratus), Sc (Stratocumulus), Ns (Nimbustratus)
Desenvolvimento Vertical: Cu (Cumulus), Cb (Cumulonimbus)
Nuvem Cumulonimbus (Cb):
-Tempestade de fim de tarde (tempestade de verão).
-Começa com algumas nuvens tipo Cu (Cumulus) no céu
- Quando a tempestade está se aproximando, é comum ouvirmos
os primeiros trovões
- O céu pode ficar repentinamento escuro
- Folhas começam a voar, vento bastante intenso derruba baldes,
agita folhas, etc
Atividades ao ar livre devem ser
interrompidas: abrigar-se em uma
construção de alvenaria ou dentro
de um veículo
São as nuvens de tempestades!
35. RAIOS E RELÂMPAGOS: Eletrometeoros
Relâmpago: entre nuvens
Raio: quando atinge o solo
Trovão: som
46. OBSERVANDO O TEMPO E O CLIMA:
Estação Meteorológica
-Padrão Internacional: OMM (ou WMO –
World Meteorological Organization –
Organização Meteorológica Mundial)
- Possui um código junto a OMM (83004)
-Não pode mudar sua localização
geográfica
-A OMM estabelece procedimentos para
que possa ser instalada corretamente:
grama aparada, abrigo meteorológico na
altura correta, área cercada, itens pintados
de branco, etc
47. OBSERVANDO O TEMPO E O CLIMA:
Estação Meteorológica
A Estação Meteorológica do IAG-USP tem 82 anos de funcionamento!
Para que uma estação meteorológica seja considerada climatológica,
ela tem que ter pelo menos 30 anos de funcionamento.
Climatológica: Significa que descreve o clima do local
49. OBSERVANDO O TEMPO E O CLIMA:
Tempo x Clima
No contexto da meteorologia, tempo significa as
condições da atmosfera em um local e momento
específicos.
O clima de um local é portanto o padrão regular
das variações das condições do tempo. Toda vez
que falamos da palavra clima, podemos associá-
la as condições meteorológicas médias daquele
lugar.
51. Apresentação (Auditório)
- Explicar a definição de Meteorologia;
-Falar sobre a história desta ciência;
-Descrever alguns fenômenos meteorológicos;
-Descrever a formação e a classificação das nuvens;
-Explicar a diferença entre tempo e clima (mudanças
climáticas)
Parte Prática
- Visita a Estação Meteorológica
- Visita ao Museu de Meteorologia Próximas Atividades!