SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 3
Ob.: Essa interpretação deve ser entregue no dia: 26/4 Impreterivelmente
Nasce um escritor
“O primeiro dever passado pelo novo professor de português foi uma descrição tendo o
mar como tema. A classe inspirou-se, toda ela, nos encapelados mares de Camões, aqueles
nunca dantes navegados; o episódio do Adamastor foi reescrito pela meninada. Prisioneiro no
internato, eu vivia na saudade das praias do Pontal onde conhecera a liberdade e o sonho. O
mar de Ilhéus foi o tema de minha descrição. Padre Cabral levara os deveres para corrigir em
sua cela.
Na aula seguinte, entre risonho e solene, anunciou a existência de uma vocação
autêntica de escritor naquela sala de aula. Pediu que escutassem com atenção o dever que ia
ler. Tinha certeza, afirmou, que o autor daquela página seria no futuro um escritor conhecido.
Não regateou elogios. Eu acabara de completar onze anos.
Passei a ser uma personalidade, segundo os cânones do colégio, ao lado dos futebolistas,
dos campeões de matemática e de religião, dos que obtinham medalhas. Fui admitido numa
espécie de Círculo Literário onde brilhavam alunos mais velhos. Nem assim deixei de me sentir
prisioneiro, sensação permanente durante os dois anos em que estudei no colégio dos
jesuítas.
Houve, porém, sensível mudança na limitada vida do aluno interno: o padre Cabral tomou-
me sob sua proteção e colocou em minhas mãos livros de sua estante. Primeiro "As Viagens
de Gulliver", depois clássicos portugueses, traduções de ficcionistas ingleses e franceses.
Data dessa época minha paixão por Charles Dickens. Demoraria ainda a conhecer Mark
Twain, o norte-americano não figurava entre os prediletos do padre Cabral. Recordo com
carinho a figura do jesuíta português erudito e amável.
Menos por me haver anunciado escritor, sobretudo por me haver dado o amor aos livros,
por me haver revelado o mundo da criação literária. Ajudou-me a suportar aqueles dois anos de
internato, a fazer mais leve a minha prisão, minha primeira prisão”.
(Jorge Amado)
1. Padre Cabral, numa determinada passagem do texto, ordena que os alunos:
a) Façam uma descrição sobre o mar;
b) Descrevam os mares encapelados de Camões;
c) Reescrevam o episódio do Gigante Adamastor;.
d) Façam uma descrição dos mares nunca dantes navegados;
e) Retirem de Camões inspiração para descrever o mar.
2. Segundo o texto, para executar o dever imposto por Padre Cabral, a classe toda usou
de um certo:
a) Conhecimento extraído de "As viagens de Gulliver";
b) Assunto extraído de traduções de ficcionistas ingleses e franceses;
c) Amor por Charles Dickens;
d) Mar descrito por Mark Twain;
e) Saber já feito, já explorado por célebre autor.
Centro Educacional – 166 – Santo
André
Valor da
Atividade:
Até 5,0
Boa
Prova!
Sucesso!
Nota:
Aluno(a): Nº. Data:
( X ) Ensino Médio 1º ano ____ Disciplina: Língua e Literatura Portuguesa
Professor(a): Silvia de Nicolai (X) Atividade Semanal Etapa: 2ª
Objetivos: Interpretação de Texto Não Verbal.
Treinar a interpretação. Primeiro na leitura, depois resolvendo as questões.
Instruções: à tinta, sem rasuras, sem uso de corretivo (branquinho). Respostas a lápis não serão revistas.
.
Comentário do(a) professor(a), caso necessário:
3. Apenas o narrador foi diferente, porque:
a) Lia Camões;
b) Se baseou na própria vivência;
c) Conhecia os ficcionistas ingleses e franceses;
d) Tinha conhecimento das obras de Mark Twain;
e) Sua descrição não foi corrigida na cela de Padre Cabral.
4. O narrador confessa que no internato lhe faltava:
a) A leitura de Os Lusíadas;
b) O episódio do Adamastor;
c) Liberdade e sonho;
d) Vocação autêntica de escritor;
e) Respeitável personalidade.
5. Todos os alunos apresentaram seus trabalhos, mas só foi um elogiado, porque
revelava:
a) Liberdade;
b) Sonho;
c) Imparcialidade;
d) Originalidade;
e) Resignação.
6. Por ter executado um trabalho de qualidade literária superior, o narrador adquiriu um
direito que lhe agradou muito:
a) Ler livros da estante de Padre Cabral;
b) Rever as praias do Pontal;
c) Ler sonetos camonianos;
d) Conhecer mares nunca dantes navegados;
e) Conhecer a cela de Padre Cabral.
7. Contudo, a felicidade alcançada pelo narrador não era plena. Havia uma pedra em seu
caminho:
a) Os colegas do internato;
b) A cela do Padre Cabral;
c) A prisão do internato;
d) O mar de Ilhéus;
e) As praias do Pontal.
8. Conclui-se, da leitura do texto, que:
a) O professor valorizou o trabalho dos alunos pelo esforço com que o realizaram;
b) O professor mostrou-se satisfeito porque um aluno escreveu sobre o mar de Ilhéus;
c) O professor ficou satisfeito ao ver que um de seus alunos demonstrava gosto pela leitura dos
clássicos portugueses;
d) A competência de saber escrever conferia, no colégio, tanto destaque quanto a competência
de ser bom atleta ou bom em matemática;
e) Graças à amizade que passou a ter com Padre Cabral, o narrador do texto passou a ser
uma personalidade no colégio dos jesuítas.
9. “O primeiro dever foi uma descrição...”, contudo nesse texto predomina a:
a) Narração;
b) Dissertação;
c) Descrição;
d) Linguagem poética;
e) Linguagem epistolar.
10. Por isso a maioria dos verbos do texto encontra-se no:
a) Presente do indicativo;
b) Pretérito imperfeito do indicativo;
c) Pretérito perfeito do indicativo;
d) Pretérito mais que perfeito do indicativo;
e) Futuro do indicativo.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

5 exercicios arcadismo-literatura_portugues
5   exercicios arcadismo-literatura_portugues5   exercicios arcadismo-literatura_portugues
5 exercicios arcadismo-literatura_portuguesjasonrplima
 
Revisão de língua portuguesa I
Revisão de língua portuguesa IRevisão de língua portuguesa I
Revisão de língua portuguesa IProfFernandaBraga
 
Plano de aula a mensagem
Plano de aula a mensagemPlano de aula a mensagem
Plano de aula a mensagemmgmegrupodois
 
Questões sobre navio negreiro
Questões sobre navio negreiroQuestões sobre navio negreiro
Questões sobre navio negreiroma.no.el.ne.ves
 
Materialdeapoioextensivo literatura-exercicios-vidas-secas-d3ffed258ad9288b93...
Materialdeapoioextensivo literatura-exercicios-vidas-secas-d3ffed258ad9288b93...Materialdeapoioextensivo literatura-exercicios-vidas-secas-d3ffed258ad9288b93...
Materialdeapoioextensivo literatura-exercicios-vidas-secas-d3ffed258ad9288b93...ProfEduardo34
 
Espumas flutuantes, de castro alves
Espumas flutuantes, de castro alvesEspumas flutuantes, de castro alves
Espumas flutuantes, de castro alvesma.no.el.ne.ves
 
Questões sobre canção do africano
Questões sobre canção do africanoQuestões sobre canção do africano
Questões sobre canção do africanoma.no.el.ne.ves
 
Questões fechadas sobre espumas flutuantes
Questões fechadas sobre espumas flutuantesQuestões fechadas sobre espumas flutuantes
Questões fechadas sobre espumas flutuantesma.no.el.ne.ves
 
ApresentaçãO Para DéCimo Segundo Ano, Aula 19
ApresentaçãO Para DéCimo Segundo Ano, Aula 19ApresentaçãO Para DéCimo Segundo Ano, Aula 19
ApresentaçãO Para DéCimo Segundo Ano, Aula 19luisprista
 
Comparação_Adamastor e Mostrengo
Comparação_Adamastor e MostrengoComparação_Adamastor e Mostrengo
Comparação_Adamastor e MostrengoSusana Sobrenome
 
Apostila literatura
Apostila literaturaApostila literatura
Apostila literaturaresolvidos
 
Prova por-3 em-noite
Prova por-3 em-noiteProva por-3 em-noite
Prova por-3 em-noiteBreno Fostek
 
Ficha de avaliação formativa
Ficha de avaliação formativaFicha de avaliação formativa
Ficha de avaliação formativamaria ceu pita
 
Prova de Língua Portuguesa UFOP-2009/1
Prova de Língua Portuguesa UFOP-2009/1Prova de Língua Portuguesa UFOP-2009/1
Prova de Língua Portuguesa UFOP-2009/1ma.no.el.ne.ves
 

Mais procurados (20)

Interpretaçao homem de meia idade portugues
Interpretaçao homem de meia idade portuguesInterpretaçao homem de meia idade portugues
Interpretaçao homem de meia idade portugues
 
5 exercicios arcadismo-literatura_portugues
5   exercicios arcadismo-literatura_portugues5   exercicios arcadismo-literatura_portugues
5 exercicios arcadismo-literatura_portugues
 
Revisão de língua portuguesa I
Revisão de língua portuguesa IRevisão de língua portuguesa I
Revisão de língua portuguesa I
 
Plano de aula a mensagem
Plano de aula a mensagemPlano de aula a mensagem
Plano de aula a mensagem
 
Questões sobre navio negreiro
Questões sobre navio negreiroQuestões sobre navio negreiro
Questões sobre navio negreiro
 
O navio negreiro
O navio negreiroO navio negreiro
O navio negreiro
 
Materialdeapoioextensivo literatura-exercicios-vidas-secas-d3ffed258ad9288b93...
Materialdeapoioextensivo literatura-exercicios-vidas-secas-d3ffed258ad9288b93...Materialdeapoioextensivo literatura-exercicios-vidas-secas-d3ffed258ad9288b93...
Materialdeapoioextensivo literatura-exercicios-vidas-secas-d3ffed258ad9288b93...
 
Espumas flutuantes, de castro alves
Espumas flutuantes, de castro alvesEspumas flutuantes, de castro alves
Espumas flutuantes, de castro alves
 
Questões sobre canção do africano
Questões sobre canção do africanoQuestões sobre canção do africano
Questões sobre canção do africano
 
Questões fechadas sobre espumas flutuantes
Questões fechadas sobre espumas flutuantesQuestões fechadas sobre espumas flutuantes
Questões fechadas sobre espumas flutuantes
 
Título guarda chuva (1)arrum
Título guarda chuva (1)arrumTítulo guarda chuva (1)arrum
Título guarda chuva (1)arrum
 
ApresentaçãO Para DéCimo Segundo Ano, Aula 19
ApresentaçãO Para DéCimo Segundo Ano, Aula 19ApresentaçãO Para DéCimo Segundo Ano, Aula 19
ApresentaçãO Para DéCimo Segundo Ano, Aula 19
 
Comparação_Adamastor e Mostrengo
Comparação_Adamastor e MostrengoComparação_Adamastor e Mostrengo
Comparação_Adamastor e Mostrengo
 
Apostila literatura
Apostila literaturaApostila literatura
Apostila literatura
 
Prova por-3 em-noite
Prova por-3 em-noiteProva por-3 em-noite
Prova por-3 em-noite
 
Ficha de avaliação formativa
Ficha de avaliação formativaFicha de avaliação formativa
Ficha de avaliação formativa
 
TRABALHO OBRIGATORIO N°1
TRABALHO OBRIGATORIO N°1TRABALHO OBRIGATORIO N°1
TRABALHO OBRIGATORIO N°1
 
Prova de Língua Portuguesa UFOP-2009/1
Prova de Língua Portuguesa UFOP-2009/1Prova de Língua Portuguesa UFOP-2009/1
Prova de Língua Portuguesa UFOP-2009/1
 
Texto expositivo
Texto expositivoTexto expositivo
Texto expositivo
 
O auto da barca do céu...so leitura
O auto da barca do céu...so leituraO auto da barca do céu...so leitura
O auto da barca do céu...so leitura
 

Destaque

20 - Portugal no séc. XII e XIII
20  - Portugal no séc. XII e XIII20  - Portugal no séc. XII e XIII
20 - Portugal no séc. XII e XIIICarla Freitas
 
Cap 5 a pré- história brasileira(6º ano)
Cap 5 a pré- história brasileira(6º ano)Cap 5 a pré- história brasileira(6º ano)
Cap 5 a pré- história brasileira(6º ano)Sâmia De Freitas Lima
 
Pequenos Exploradores - Geografia, 2º ano
Pequenos Exploradores - Geografia, 2º anoPequenos Exploradores - Geografia, 2º ano
Pequenos Exploradores - Geografia, 2º anoEdpositivo
 
Ciências experimentais no 1º ciclo 2012 2013
Ciências experimentais no 1º ciclo 2012 2013Ciências experimentais no 1º ciclo 2012 2013
Ciências experimentais no 1º ciclo 2012 2013Maria José Ramalho
 
Matemática caderno de questôes (5º ano) - prova brasil
Matemática   caderno de questôes (5º ano) - prova brasilMatemática   caderno de questôes (5º ano) - prova brasil
Matemática caderno de questôes (5º ano) - prova brasilIlton Bruno
 
Correção dever de casa 21.10.2013
Correção dever de casa   21.10.2013Correção dever de casa   21.10.2013
Correção dever de casa 21.10.2013Nahya Paola Souza
 

Destaque (7)

20 - Portugal no séc. XII e XIII
20  - Portugal no séc. XII e XIII20  - Portugal no séc. XII e XIII
20 - Portugal no séc. XII e XIII
 
Cap 5 a pré- história brasileira(6º ano)
Cap 5 a pré- história brasileira(6º ano)Cap 5 a pré- história brasileira(6º ano)
Cap 5 a pré- história brasileira(6º ano)
 
Pequenos Exploradores - Geografia, 2º ano
Pequenos Exploradores - Geografia, 2º anoPequenos Exploradores - Geografia, 2º ano
Pequenos Exploradores - Geografia, 2º ano
 
Manual de atividades práticas
Manual de atividades práticasManual de atividades práticas
Manual de atividades práticas
 
Ciências experimentais no 1º ciclo 2012 2013
Ciências experimentais no 1º ciclo 2012 2013Ciências experimentais no 1º ciclo 2012 2013
Ciências experimentais no 1º ciclo 2012 2013
 
Matemática caderno de questôes (5º ano) - prova brasil
Matemática   caderno de questôes (5º ano) - prova brasilMatemática   caderno de questôes (5º ano) - prova brasil
Matemática caderno de questôes (5º ano) - prova brasil
 
Correção dever de casa 21.10.2013
Correção dever de casa   21.10.2013Correção dever de casa   21.10.2013
Correção dever de casa 21.10.2013
 

Semelhante a Padre Cabral descobre um jovem escritor

Prova - Ensino técnico 2013 1 (fortaleza e outros - conhecimentos gerais e re...
Prova - Ensino técnico 2013 1 (fortaleza e outros - conhecimentos gerais e re...Prova - Ensino técnico 2013 1 (fortaleza e outros - conhecimentos gerais e re...
Prova - Ensino técnico 2013 1 (fortaleza e outros - conhecimentos gerais e re...Eliasdelimaneto Educação
 
Lusiadas reflexao carolina
Lusiadas reflexao carolinaLusiadas reflexao carolina
Lusiadas reflexao carolinaPedro Gonçalves
 
Aula 04 camões épico - os lusíadas
Aula 04   camões épico - os lusíadasAula 04   camões épico - os lusíadas
Aula 04 camões épico - os lusíadasJonatas Carlos
 
Biografia de Luís Vaz de Camões
Biografia de Luís Vaz de CamõesBiografia de Luís Vaz de Camões
Biografia de Luís Vaz de Camõescamoesparasempre
 
Biografia de Luís Vaz de Camões
Biografia de Luís Vaz de CamõesBiografia de Luís Vaz de Camões
Biografia de Luís Vaz de Camõescamoesparasempre
 
Caça ao tesouro camoniano 1
Caça ao tesouro camoniano 1Caça ao tesouro camoniano 1
Caça ao tesouro camoniano 1poetagenial
 
Seminario relato de um naufrago noite-serpa
Seminario relato de um naufrago  noite-serpaSeminario relato de um naufrago  noite-serpa
Seminario relato de um naufrago noite-serpadagylla
 
Seminario relato de um naufrago noite-serpa
Seminario relato de um naufrago  noite-serpaSeminario relato de um naufrago  noite-serpa
Seminario relato de um naufrago noite-serpadagylla
 
Ficha 5 lusiadas
Ficha 5  lusiadasFicha 5  lusiadas
Ficha 5 lusiadas1950casal
 
Os lusiadas introdução
Os lusiadas introduçãoOs lusiadas introdução
Os lusiadas introduçãoElsa Maximiano
 
Mathesis10 287
Mathesis10 287Mathesis10 287
Mathesis10 287Elisa Dias
 
A Saga de Sophia de Mello Breyner Andresen
A Saga de Sophia de Mello Breyner Andresen A Saga de Sophia de Mello Breyner Andresen
A Saga de Sophia de Mello Breyner Andresen becre-palmeiras
 

Semelhante a Padre Cabral descobre um jovem escritor (20)

Prova - Ensino técnico 2013 1 (fortaleza e outros - conhecimentos gerais e re...
Prova - Ensino técnico 2013 1 (fortaleza e outros - conhecimentos gerais e re...Prova - Ensino técnico 2013 1 (fortaleza e outros - conhecimentos gerais e re...
Prova - Ensino técnico 2013 1 (fortaleza e outros - conhecimentos gerais e re...
 
Lusiadas reflexao carolina
Lusiadas reflexao carolinaLusiadas reflexao carolina
Lusiadas reflexao carolina
 
Os lusíadas
Os lusíadasOs lusíadas
Os lusíadas
 
Quinhentismo
Quinhentismo Quinhentismo
Quinhentismo
 
9 ano 2005.pdf
9 ano 2005.pdf9 ano 2005.pdf
9 ano 2005.pdf
 
Aula 04 camões épico - os lusíadas
Aula 04   camões épico - os lusíadasAula 04   camões épico - os lusíadas
Aula 04 camões épico - os lusíadas
 
Biografia de Luís Vaz de Camões
Biografia de Luís Vaz de CamõesBiografia de Luís Vaz de Camões
Biografia de Luís Vaz de Camões
 
Biografia de Luís Vaz de Camões
Biografia de Luís Vaz de CamõesBiografia de Luís Vaz de Camões
Biografia de Luís Vaz de Camões
 
Caça ao tesouro camoniano 1
Caça ao tesouro camoniano 1Caça ao tesouro camoniano 1
Caça ao tesouro camoniano 1
 
J jacinto os lusiadas
J jacinto os lusiadasJ jacinto os lusiadas
J jacinto os lusiadas
 
Camões e a epopeia
Camões e a epopeiaCamões e a epopeia
Camões e a epopeia
 
Seminario relato de um naufrago noite-serpa
Seminario relato de um naufrago  noite-serpaSeminario relato de um naufrago  noite-serpa
Seminario relato de um naufrago noite-serpa
 
Seminario relato de um naufrago noite-serpa
Seminario relato de um naufrago  noite-serpaSeminario relato de um naufrago  noite-serpa
Seminario relato de um naufrago noite-serpa
 
O mar na literatura port.
O mar na literatura port.O mar na literatura port.
O mar na literatura port.
 
Ficha 5 lusiadas
Ficha 5  lusiadasFicha 5  lusiadas
Ficha 5 lusiadas
 
RecuperaçãO Final 1 Em
RecuperaçãO Final 1 EmRecuperaçãO Final 1 Em
RecuperaçãO Final 1 Em
 
Os lusiadas introdução
Os lusiadas introduçãoOs lusiadas introdução
Os lusiadas introdução
 
Mathesis10 287
Mathesis10 287Mathesis10 287
Mathesis10 287
 
Luís vaz de camões (1524 – 1580
Luís vaz de camões (1524 – 1580Luís vaz de camões (1524 – 1580
Luís vaz de camões (1524 – 1580
 
A Saga de Sophia de Mello Breyner Andresen
A Saga de Sophia de Mello Breyner Andresen A Saga de Sophia de Mello Breyner Andresen
A Saga de Sophia de Mello Breyner Andresen
 

Mais de Érika Cardozo

Rela es ecol_gicas_alunos
Rela es ecol_gicas_alunosRela es ecol_gicas_alunos
Rela es ecol_gicas_alunosÉrika Cardozo
 
Exercícios de dissertação
Exercícios de dissertação Exercícios de dissertação
Exercícios de dissertação Érika Cardozo
 
Modelo de-relatorio-tecnico-cientifico
Modelo de-relatorio-tecnico-cientificoModelo de-relatorio-tecnico-cientifico
Modelo de-relatorio-tecnico-cientificoÉrika Cardozo
 
Modelo de-relatorio-tecnico-cientifico
Modelo de-relatorio-tecnico-cientificoModelo de-relatorio-tecnico-cientifico
Modelo de-relatorio-tecnico-cientificoÉrika Cardozo
 
Cadeia alimentar e fluxo de energia
Cadeia alimentar e fluxo de energiaCadeia alimentar e fluxo de energia
Cadeia alimentar e fluxo de energiaÉrika Cardozo
 

Mais de Érika Cardozo (7)

Rela es ecol_gicas_alunos
Rela es ecol_gicas_alunosRela es ecol_gicas_alunos
Rela es ecol_gicas_alunos
 
Exercícios de dissertação
Exercícios de dissertação Exercícios de dissertação
Exercícios de dissertação
 
Sem limites
Sem limitesSem limites
Sem limites
 
Modelo de-relatorio-tecnico-cientifico
Modelo de-relatorio-tecnico-cientificoModelo de-relatorio-tecnico-cientifico
Modelo de-relatorio-tecnico-cientifico
 
Modelo de-relatorio-tecnico-cientifico
Modelo de-relatorio-tecnico-cientificoModelo de-relatorio-tecnico-cientifico
Modelo de-relatorio-tecnico-cientifico
 
Ecossitemas
EcossitemasEcossitemas
Ecossitemas
 
Cadeia alimentar e fluxo de energia
Cadeia alimentar e fluxo de energiaCadeia alimentar e fluxo de energia
Cadeia alimentar e fluxo de energia
 

Padre Cabral descobre um jovem escritor

  • 1. Ob.: Essa interpretação deve ser entregue no dia: 26/4 Impreterivelmente Nasce um escritor “O primeiro dever passado pelo novo professor de português foi uma descrição tendo o mar como tema. A classe inspirou-se, toda ela, nos encapelados mares de Camões, aqueles nunca dantes navegados; o episódio do Adamastor foi reescrito pela meninada. Prisioneiro no internato, eu vivia na saudade das praias do Pontal onde conhecera a liberdade e o sonho. O mar de Ilhéus foi o tema de minha descrição. Padre Cabral levara os deveres para corrigir em sua cela. Na aula seguinte, entre risonho e solene, anunciou a existência de uma vocação autêntica de escritor naquela sala de aula. Pediu que escutassem com atenção o dever que ia ler. Tinha certeza, afirmou, que o autor daquela página seria no futuro um escritor conhecido. Não regateou elogios. Eu acabara de completar onze anos. Passei a ser uma personalidade, segundo os cânones do colégio, ao lado dos futebolistas, dos campeões de matemática e de religião, dos que obtinham medalhas. Fui admitido numa espécie de Círculo Literário onde brilhavam alunos mais velhos. Nem assim deixei de me sentir prisioneiro, sensação permanente durante os dois anos em que estudei no colégio dos jesuítas. Houve, porém, sensível mudança na limitada vida do aluno interno: o padre Cabral tomou- me sob sua proteção e colocou em minhas mãos livros de sua estante. Primeiro "As Viagens de Gulliver", depois clássicos portugueses, traduções de ficcionistas ingleses e franceses. Data dessa época minha paixão por Charles Dickens. Demoraria ainda a conhecer Mark Twain, o norte-americano não figurava entre os prediletos do padre Cabral. Recordo com carinho a figura do jesuíta português erudito e amável. Menos por me haver anunciado escritor, sobretudo por me haver dado o amor aos livros, por me haver revelado o mundo da criação literária. Ajudou-me a suportar aqueles dois anos de internato, a fazer mais leve a minha prisão, minha primeira prisão”. (Jorge Amado) 1. Padre Cabral, numa determinada passagem do texto, ordena que os alunos: a) Façam uma descrição sobre o mar; b) Descrevam os mares encapelados de Camões; c) Reescrevam o episódio do Gigante Adamastor;. d) Façam uma descrição dos mares nunca dantes navegados; e) Retirem de Camões inspiração para descrever o mar. 2. Segundo o texto, para executar o dever imposto por Padre Cabral, a classe toda usou de um certo: a) Conhecimento extraído de "As viagens de Gulliver"; b) Assunto extraído de traduções de ficcionistas ingleses e franceses; c) Amor por Charles Dickens; d) Mar descrito por Mark Twain; e) Saber já feito, já explorado por célebre autor. Centro Educacional – 166 – Santo André Valor da Atividade: Até 5,0 Boa Prova! Sucesso! Nota: Aluno(a): Nº. Data: ( X ) Ensino Médio 1º ano ____ Disciplina: Língua e Literatura Portuguesa Professor(a): Silvia de Nicolai (X) Atividade Semanal Etapa: 2ª Objetivos: Interpretação de Texto Não Verbal. Treinar a interpretação. Primeiro na leitura, depois resolvendo as questões. Instruções: à tinta, sem rasuras, sem uso de corretivo (branquinho). Respostas a lápis não serão revistas. . Comentário do(a) professor(a), caso necessário:
  • 2. 3. Apenas o narrador foi diferente, porque: a) Lia Camões; b) Se baseou na própria vivência; c) Conhecia os ficcionistas ingleses e franceses; d) Tinha conhecimento das obras de Mark Twain; e) Sua descrição não foi corrigida na cela de Padre Cabral. 4. O narrador confessa que no internato lhe faltava: a) A leitura de Os Lusíadas; b) O episódio do Adamastor; c) Liberdade e sonho; d) Vocação autêntica de escritor; e) Respeitável personalidade. 5. Todos os alunos apresentaram seus trabalhos, mas só foi um elogiado, porque revelava: a) Liberdade; b) Sonho; c) Imparcialidade; d) Originalidade; e) Resignação. 6. Por ter executado um trabalho de qualidade literária superior, o narrador adquiriu um direito que lhe agradou muito: a) Ler livros da estante de Padre Cabral; b) Rever as praias do Pontal; c) Ler sonetos camonianos; d) Conhecer mares nunca dantes navegados; e) Conhecer a cela de Padre Cabral. 7. Contudo, a felicidade alcançada pelo narrador não era plena. Havia uma pedra em seu caminho: a) Os colegas do internato; b) A cela do Padre Cabral; c) A prisão do internato; d) O mar de Ilhéus; e) As praias do Pontal. 8. Conclui-se, da leitura do texto, que: a) O professor valorizou o trabalho dos alunos pelo esforço com que o realizaram; b) O professor mostrou-se satisfeito porque um aluno escreveu sobre o mar de Ilhéus; c) O professor ficou satisfeito ao ver que um de seus alunos demonstrava gosto pela leitura dos clássicos portugueses; d) A competência de saber escrever conferia, no colégio, tanto destaque quanto a competência de ser bom atleta ou bom em matemática; e) Graças à amizade que passou a ter com Padre Cabral, o narrador do texto passou a ser uma personalidade no colégio dos jesuítas. 9. “O primeiro dever foi uma descrição...”, contudo nesse texto predomina a: a) Narração; b) Dissertação; c) Descrição; d) Linguagem poética; e) Linguagem epistolar. 10. Por isso a maioria dos verbos do texto encontra-se no: a) Presente do indicativo; b) Pretérito imperfeito do indicativo; c) Pretérito perfeito do indicativo;
  • 3. d) Pretérito mais que perfeito do indicativo; e) Futuro do indicativo.