1. LÍNGUA MATERNA – 3º ANO C. GERAL – TURMA: PERDÃO – AVALIAÇÃO INDIVIDUAL - 3ª BIMESTRE
PROPOSTA DE REDAÇÃO
O horário gratuito de propaganda eleitoral começou em 19 de agosto e se estenderá até o
dia 2 de outubro, em primeiro turno, devendo se prolongar no país e nos locais onde
houver segundo turno. Em tese, a propaganda gratuita deve servir para que o eleitor
conheça as ideias e propostas defendidas pelos candidatos e partidos políticos, ajudando-o
a escolher em quem votar. Candidatos e partidos se digladiam para obter maior tempo
de TV e Rádio, na certeza de que isso é decisivo para serem eleitos. No entanto, essa
certeza tem sido questionada por pesquisas de opinião pública, segundo as quais
grande parte dos eleitores prefere não assistir ao horário eleitoral. A questão divide
opiniões, já que a propaganda tende a usar de artifícios para tornar os candidatos
atraentes, identificando-o com as expectativas do eleitor.
Horário eleitoral ao redor do mundo
Grande parte dos países do mundo tem horário eleitoral gratuito durante as eleições, como o Brasil. Mas muitos têm um sistema misto, de
anúncios pagos e gratuitos, e varia muito a maneira como o tempo de TV e rádio é dividido. Alguns países dividem igualmente e ntre os
partidos o tempo disponível, como França, Grã-Bretanha e Dinamarca. Outros, como o Brasil, África do Sul e Namíbia, dividem uma parte
igualmente, e o resto por critérios de popularidade, de acordo com o desempenho do partido em eleições anteriores, tamanho de bancadas,
desempenho nas pesquisas e número de candidatos. (...) Não existe horário eleitoral gratuito nos Estados Unidos. Os candidato s são
obrigados a comprar espaço nas TVs e rádios para fazerem campanha. Assim, as programações normais dos canais americanos não sofrem
interrupções. As propagandas entram no ar entre um anúncio de uma marca de
refrigerante e de um banco.
Um elemento decisivo
Num país em que 90% dos domicílios (segundo a Media Dados) possuem televisão,
meio que é o principal canal de informação para a grande maioria dos brasileiros, essa
meia hora de interrupção do lazer cotidiano com a propaganda política não seria um
"sacrifício" demasiado e inútil? "A análise das pesquisas de intenção de voto
correlacionada com o horário político mostra que os programas possuem um alto nível
de efetividade, ainda que contrarie o senso comum de que eles têm baixa audiência e
reduzido impacto político. A campanha eleitoral de fato só começa a se definir após a
entrada do horário", afirma Fernando Antônio Azevedo, coordenador do programa de pós-graduação em ciência política da UFSCar
(Universidade Federal de São Carlos) e diretor da Associação Brasileira em Comunicação Política.
Caro e ineficiente
A exibição dos programas eleitorais em redes de rádio e televisão custa aproximadamente
R$ 840 milhões aos cofres públicos. A quantia é deduzida da folha de impostos
das empresas de comunicação para que veiculem diariamente o horário eleitoral gratuito.
Um estudo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), realizado em 2010, constatou
que 43,2% dos eleitores não assistiam à propaganda gratuita no rádio e na televisão. Dos
54,4% que declararam acompanhar o programa eleitoral, 65% disseram ter assistido pelo
menos uma vez na semana. “Os dados indicam que o programa eleitoral tem baixo impacto
no eleitor, baixa audiência e, no entanto, é muito caro. A campanha eleitoral não é gratuita,
quem paga é o contribuinte”, afirma o cientista político Aldo Fornazieri.
Redija um texto do tipo dissertativo-argumentativo, pautando-se no seguinte tema: O horário de propaganda eleitoral
é útil para o eleitor?
INSTRUÇÕES:
O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de
correção.
Receberá nota zero:
A redação com até 7 (sete) linhas escritas, que será considerada “insuficiente” ;
A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo;
A redação que apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos ;
A redação que apresentar impropérios, desenhos ou outras formas propositais de anulação.