1. Colégio Técnico da UFRRJ
1
Alunos: Kaíque Sousa, Monique Lopes e Raquel Jóia. Turma: 24
2. Introdução
2
O potencial de produção é o papel
fundamental da cana-de-açúcar. E seus
subprodutos, tanto na agricultura quanto na
indústria, fazem desta cultura uma das mais
importantes atividades da agroindústria
nacional.
4. 4
O Brasil é hoje o maior produtor
mundial de cana, com mais 571 milhões de
toneladas na safra 2011/2012, em uma área de
aproximadamente 9 milhões de hectares
cultivados, o que representa apenas 3% da
área agrícola do País. Os bons números e o
aprimoramento tecnológico permitem que o
País seja também o maior exportador mundial
de açúcar, respondendo sozinho por 61,8% de
todo o produto comercializado no mundo. Na
fabricação de álcool, que utiliza
aproximadamente 1,5% da área agricultável do
País, o Brasil também é o maior exportador e
produtor mundial.
5. 5
A cana-de-açúcar sempre teve um
papel importante na economia brasileira, desde
o período dos engenhos coloniais. Não é de
hoje que especialistas vêm buscando maneiras
de aprimorar o cultivo da planta, tornando-a
mais produtiva e resistente, entre outras
vantagens agronômicas.
6. 6
Com o êxito do mapeamento de seu
genoma, abrem-se as portas para uma
infinidade de possibilidades, entre elas, o
melhoramento genético assistido por
marcadores moleculares e a biotecnologia
aplicada à cana-de-açúcar.
7. 7
A cana-de-açúcar, era semeada desde
tempos ancestrais. Com o tempo, vários outros
espécimes foram produzidos com a ajuda de
inovações tecnológicas, pois a planta original
provocava diversas enfermidades.
9. Origem
9
Ela é originária da
espécie Saccharum officinarum, provém do
Sudeste asiático. A nova variedade surgiu do
cruzamento da espécie primordial com mais
quatro modelos alternativos do
gênero Saccharum. Desta engenharia genética
emergiu a cana-de-açúcar como é
hoje conhecida. A origem da espécie
Saccharum officinarum, por exemplo, está
intimamente associada à atividade humana,
pois ela tem sido cultivada desde a pré-história.
10. 10
Acredita-se que o centro de origem de S.
officinarum seja a Melanésia (Oceania), onde
ela foi domesticada e depois disseminada pelo
homem por todo o Sudeste asiático. A região
tornou-se centro de diversidade, tendo como
núcleo, Papua Nova Guiné e Java (Indonésia),
regiões onde a maior parte das espécies foi
coletada a partir do final de 1800.
11. Chegada ao Brasil
11
A cultura da cana-de-açúcar sempre foi
muito importante para a economia brasileira. As
primeiras mudas de cana chegaram ao Brasil
por volta de 1515, vindas da Ilha da
Madeira (Portugal), e o primeiro engenho de
açúcar foi construído em 1532, na capitania de
São Vicente (na região Sudeste). Mas foi no
Nordeste, especialmente nas Capitanias de
Pernambuco e da Bahia, que os engenhos de
açúcar se multiplicaram.
12. 12
No século seguinte, já éramos o maior
produtor e fornecedor mundial de açúcar,
posição mantida até o final do século XVII.
Historicamente, a cana-de-açúcar sempre foi
um dos principais produtos agrícolas do Brasil e
atualmente o País é novamente o maior
produtor mundial da cultura. É na região
interiorana de São Paulo que se localiza a
maior parte dos canaviais.
15. Importância Econômica
15
O Brasil é responsável por grande parte
do açúcar comercializado no mundo e é o maior
exportador. Em relação ao álcool, o País
também é o maior produtor e exportador
mundial. Em 2012, as exportações de etanol
renderam aproximadamente 2,4 milhões de
dólares em divisas para o País.
16. O setor passa por um momento de
desaceleração do crescimento na produção de
etanol. Até a metade de 2010, o setor crescia,
em média, 10% ao ano. A partir deste período,
o crescimento diminuiu e a produção chegou a
cair. Acredita-se que a moagem de cana-de-açúcar
nesta safra obtenha resultados similares
aos da safra 2008/2009.
16
18. 18
O potencial elétrico do setor ainda está
longe de ser completamente utilizado. Existem,
no Brasil, mais de 400 usinas e 33% delas
ainda não estão outorgadas pela Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para
produzir eletricidade. Mesmo entre as que já
produzem energia elétrica, a modernização do
sistema de caldeira e turbina pode aumentar
consideravelmente a potência instalada.
19. 19
O potencial de produção de energia
elétrica no Brasil em 2012 é de 5.300 MW,
usando-se apenas 75% do bagaço produzido,
segundo a UNICA (União da Indústria da Cana-de-
Açúcar). Adicionando-se apenas 50% da
palha de cana, a capacidade de geração pode
ser ampliada em até 70%.
21. Importância Nutricional
21
A cana de açúcar possui o teor de açúcar
de 40% a 50%, e seu valor nutricional está
relacionado diretamente a esse componente.
Porém também temos baixo teor de proteínas,
com isso temos um alimento que é
desbalanceado em questão de nutrição.
22. 22
Em relação a dieta, quando ele é o único
componente da dieta para alimentação de
animais, seu consumo deve ser baixo e mesmo
assim, não é capaz de atender as
necessidades dos animais, mas se o objetivo
estiver em alcançar mantença ou até mesmo
obter ganho de peso, a cana de açúcar é útil,
mas deve ter suplementos acrescentados.
23. 23
Quando se deve obter ganho de peso,
sempre se tem cuidado em atender as
exigências nutricionais, que se obtem através
de outros suplementos, tais eles são farelos,
grãos, rações, entre outros, com isso, se tem
um ganho de 400g até 700g por dia que serve
para bovinos em fase de crescimento.
24. 24
A cana pode ser classificada como um
volumoso de média qualidade, possui o valor
médio de 58,9% de nutrientes totais, isso se
deve ao seu alto teor de carboidratos solúveis e
seus baixos teores de proteína bruta, com o
valor de 3,8% e 0,06% de fósforo
25. 25
Além disso, a cana tem utilidade para
quem quer repor energias, tratar resfriados, e
entre outras coisas, e devido ao seu baixo nível
glicêmico, serve para auxiliar o corpo em
manter a forma e saúde. Também é conhecido
por limpar os canais de urina, sendo benéfico
para a função renal e serve como laxante
natural leve, pois é rica em potássio,
acelerando assim, o processo de digestão.
27. Descrição da Cultura
27
É uma planta herbácea de grande porte,
seu ciclo é perene que pode atingir vários
metros de altura. O caule é do tipo colmo,
desenvolve-se em touceiras com cerca de 3
metros de altura e possui nós e entrenós
visíveis, casca lisa e cerosa. Os colmos são
espessos e repletos de suco açucarado.
28. 28
As folhas, com até 1,5 metro de
comprimento, cerca de 6 centímetros de largura
e com disposição dística, nascem dos nós do
caule, possuem a bainha que envolve os entre
nós e têm uma nervura central distinta, saliente
na parte inferior. As flores, mínimas,
congregam-se em enormes pendões terminais,
de coloração cinzento-prateada.
29. 29
Dentre as gramíneas forrageiras, a cana-de-
açúcar se destaca por dois aspectos: alta
produção de matéria seca (MS) por hectare e
capacidade de manutenção do potencial
energético durante o período seco. Além disso,
o seu replantio se faz necessário apenas a
cada quatro ou cinco anos.
30. Variedades
30
As variedades comerciais de cana-de-açúcar
cultivadas atualmente nada mais são do que
refinamentos de cruzamentos realizados no início
do século XX na ilha de Java. Àquela época,
algumas variedades da espécie Saccharum
officinarum – rica em açúcar, mas muito suscetível a
doenças –, foram cruzadas com outra espécie,
a Saccharum spontaneum, que é pobre em açúcar,
mas resistente aos problemas do campo.
31. 31
Os híbridos obtidos tinham maior
capacidade de armazenamento de sacarose,
resistência a doenças, vigor, rusticidade e
tolerância a fatores climáticos. Apesar de a
maior parte da cana plantada comercialmente
no mundo ser hoje fruto do cruzamento entre S.
officinarum e S. spontaneum, as análises de
DNA mostram preponderância da carga
genética da primeira.
32. 32
Saccharum officinarum (S. officinarum):
Planta herbácea de raiz geniculada e em parte
fibrosa; colmo arqueado na base, cilíndrico,
simples articulado e um pouco mais grosso nos
internos.
33. 33
Saccharum spontaneum (S. spontaneum):
Dentro desta espécie encontram-se as canas de
colmos mais finos e fibrosos, com baixos teores de
açúcar, porém com perfilhamento vigoroso e
abundante e sistema radicular bem desenvolvido.
34. 34
Saccharum robustum (S. robustum):
As plantas desta espécie apresentam como
característica marcante a altura de seus colmos
(algumas chegam a 10 m de altura), mantendo um
diâmetro considerado grosso.
35. 35
Saccharum barbieri (S. barbieri):
Cana indiana Neste grupo são encontradas
plantas de porte baixo ou médio, colmos finos,
fibrosos e baixos teores de açúcar. São canas
consideradas rúticas, pela pouca exigência em
clima e solo, porém suscetíveis ao virus do
mosaico.
36. 36
Saccharum sinense (S. sinense):
Esta espécie compreende as canas ou
variedades originárias da China ou do Japão, e
são caracterizados por apresentarem porte alto,
colmos fibrosos e finos, sistema radicular
abundante e forte.
37. 37
Saccharum edule (S. edule):
São plantas originárias da Nova Guiné e ilhas
vizinhas. Sua aparência é similar a S.
robustum, exceto quanto as suas
inflorescências que são mais compactas. Por
apresentar flores inférteis.
38. Exigências edafoclimáticas
(solo e clima)
38
Inicialmente para realizar o cultivo de
cana de açúcar é necessário ter disponível uma
grande área de terra para plantio, pois as áreas
de plantação de cana de açúcar demandam
grandes espaços. É de cultivo com longa
duração, devido a esse fator, está presente em
estações chuvosas, inverno, verão, entre outras
em seu ciclo.
39. 39
O clima adequado deve ter estação
longa, quente com alta incidência de radiação
solar e umidade adequada. Com chuvas
suficientes para que a planta use de 148 a 300g
de água para produzir 1.0g de substância seca.
Uma estação razoavelmente seca, ensolarada
e fresca, mas sem geada para amadurecimento
e cultivo além de ser livre de tufões e furacões.
40. 40
A produtividade e a qualidade do suco de
cana de açúcar são profundamente
influenciadas pelas condições climáticas
prevalecentes durante os vários sub-períodos
do crescimento do cultivo. A recoberta do
açúcar é maior quando o clima é seco com
baixa umidade; horas de radiação solar, noites
frescas com variações diurnas frescas e muito
pouca chuva durante o período de
amadurecimento. Essas condições favorecem o
acúmulo alto de açúcar.
41. Espaçamento
41
É importante definir um espaçamento
entre as plantas que aperfeiçoe o uso de
máquinas para a colheita. O espaçamento
adequado contribui para a melhoria da
produção, pois contribui na distribuição de
recursos (agua, luz e temperatura) que
interferem diretamente na produtividade da
planta.
42. 42
Devido ao tráfego intenso da colheita
mecanizada o espaçamento deve ser de 1,50
metros. Espaçamentos menores, como por
exemplo, 1,40 metros faz com que a colhedora
pise na linha de cana vizinha à que está sendo
colhida e tombe a planta.
43. Densidade de Plantio
43
Varia entre 10 a 15 toneladas/hectare,
com uma distribuição de 12 gemas por metro de
sulco e de 15 a 18 gemas em épocas de
estiagem.
44. Exigências Nutricionais
44
Nitrogênio (N) - assume o papel principal
no aumento do comprimento do colmo,
fazendo com que a parede celular fique mais
delgada, diminuindo a percentagem de fibra
na planta. A utilização do nutriente em
excesso pode causar crescimento exagerado.
Fósforo (P) - participa nos processos
metabólicos, concentrando-se nos colmos em
crescimento e folhas novas.
45. 45
Potássio (K) - atua no processo de
assimilação do carbono e translocação de
fotossintetizados. Quando encontrados em
quantidades limitantes as células-guarda dos
estômatos permanecem fechadas diminuindo
à intensidade da fixação fotossintética.
46. Adubação
46
Os nutrientes que devem ser fornecidos
via adubação são: nitrogênio, fósforo, potássio,
cálcio, magnésio e enxofre, boro, cobre,
manganês, molibdênio e zinco.
O aproveitamento efetivo da adubação
está estritamente relacionado à época de
aplicação, e, portanto deve-se levar em
consideração a fase da cultura, o
comportamento do elemento no solo, a “idade”
do canavial e a distribuição da precipitação.
47. 47
Assim, durante a instalação do canavial,
o fertilizante é aplicado no sulco de plantio e em
cobertura antes do fechamento do canavial,
principalmente o K2O quando a dose no sulco
de plantio for maior que 100 kg.ha-1. No caso
da adubação de soqueira, são utilizadas altas
doses de N e K2O e baixas doses de P2O5,
sendo a aplicação realizada em cobertura, por
ocasião do cultivo.
48. Modo de Aplicação
Cana-Planta:
48
1 - Pré-plantio em área total: calagem, gessagem,
fosfatagem.
2 - Sulco de plantio: N, P2O5, 2/3 a 3/3 de K2O,
micronutrientes e adubação orgânica.
3 - Cobertura com K2O: cana de ano em solos
arenosos e quando a recomendação exceder 100
kg.ha-1 de K2O sendo aplicado antes do
fechamento do canavial.
4 - Cobertura com N: eventualmente em cana-planta
em cana de ano.
5 - Adubação via tolete: micronutrientes.
49. Cana-soca:
49
1 - Cobertura: tríplice operação com N-P2O5-
K2O em cana colhida queimada e cobertura
com N-P2O5-K2O sem incorporação em cana
colhida crua.
2 - Tríplice operação: N - P2O5- K2O da cana.
3 - Adubação foliar: micronutrientes e uréia
adicionada a molibdênio.
50. Principais Doenças
Formigas cortadeiras
50
Saúvas (gênero Atta): são as formigas
cortadeiras mais conhecidas no Brasil. É
comum encontrar sauveiros com área de terra
solta superior a 200 m2. As saúvas operárias
podem cortar folhas a uma distância de até 400
m.
Quenquéns (gênero Acromyrmex): As
quenquéns são formigas cortadeiras muito
semelhantes às saúvas, com as quais podem
ser confundidas, notadamente, pelo constante
hábito que também têm de carregar pedaços de
vegetais para os seus ninhos.
51. 51
Controle:
Na fase inicial de desenvolvimento, o
combate às formigas deve ser feito com
bastante rigor, usando pessoas treinadas para
aplicação dos formicidas.
53. Cupins
53
Os cupins, também chamados de siriris,
siricas ou aleluias, são insetos normalmente
associados a danos a plantas cultivadas e a
construções, tanto no ambiente rural como no
ambiente urbano. São insetos de hábitos
subterrâneos, vivem em colônias altamente
organizadas. A alimentação preferida é a
matéria orgânica morta ou em decomposição,
mas alimentam-se também de vegetais vivos.
54. 54
Nas brotações, o ataque ocorre no
sistema radicular, provocando debilidade da
nova planta. Logo após o corte, e
principalmente quando houve queima do talhão,
o ataque ocorre na soqueira através da incisão
dos tocos e consequente destruição das raízes
e rizomas. Nas canas adultas, a penetração
ocorre através dos órgãos subterrâneos secos,
atingindo até os primeiros internódios.
55. 55
Controle:
O controle é feito com a destruição dos
ninhos e dos restos culturais, através de um
profundo preparo do solo. Na cultura da cana-de-
açúcar, os cupins podem causar danos de
até 10 toneladas por hectare no ano, o que
representa cerca de 60 toneladas por hectare
durante o ciclo da cultura. No controle dos
cupins subterrâneos, recomendam-se
aplicações de inseticidas de longo poder
residual, impedindo, assim, que esses insetos
infestem as touceiras de cana.
57. Principais Pragas
57
Besouro Migdolus fryanus:
Besouro ataca a cana em sua fase larval,
sobre o sistema radicular. As perdas
provocadas por esse inseto podem variar de
algumas toneladas de cana por hectare até, na
maioria dos casos, a completa destruição da
lavoura, resultando na reforma antecipada,
mesmo de canaviais de primeiro corte.
58. 58
Controle:
O método mais simples e prático de
controle é o químico aplicado no sulco de plantio.
Essa forma de aplicação de inseticidas tem
revelado resultados promissores no combate a
essa praga.
60. Broca-da-cana
60
Também conhecida como Diatraea
saccharalis, cujo adulto é uma mariposa de
hábitos noturnos, realiza a postura na parte
dorsal das folhas. Nascidas, as lagartinhas
descem pela folha e penetram no colmo,
perfurando-o na região nodal. Dentro do colmo,
cavam galerias, onde permanecem até o estádio
adulto.
61. 61
Os prejuízos decorrentes do ataque são a
perda de peso devido ao mau desenvolvimento
das plantas atacadas, morte de algumas
plantas, quebra do colmo na região da galeria
por agentes mecânicos e redução da
quantidade de caldo.
62. 62
Controle:
O mais eficiente é o controle biológico
através de inimigos naturais que, criados em
laboratórios, são liberados no campo, em glebas
previamente levantadas, para determinar a
intensidade de infestação. Algumas medidas
culturais auxiliares podem ser adotadas, como o
uso de variedades resistentes; o corte da cana o
mais rente possível do solo; evitar o plantio de
plantas hospedeiras nas proximidades do canavial;
e evitar queimadas desnecessárias, principalmente
o "paliço".
64. Elasmo
64
Elasmopalpus lignosellus ataca durante o
desenvolvimento inicial da cultura, com o adulto
realizando a postura na parte aérea da cana. As
larvas recém-nascidas alimentam-se
inicialmente de folhas, caminham em direção
ao solo e, na altura do colo, perfuram o broto,
abrindo galerias no seu interior.
65. 65
Uma marca do ataque é que no orifício
de entrada da galeria as larvas constroem, com
fios de seda, terra e detritos, um abrigo de
forma tubular, onde permanecem a maior parte
do dia, saindo à noite para atacar outras
plantas jovens nas proximidades.
66. 66
Esta perfuração basal na planta nova
provoca a morte da gema apical, seguida de
amarelecimento e seca das folhas centrais,
surgindo o conhecido coração morto. Em
muitos casos, a planta atacada morre, gerando
falhas na lavoura; em outros casos, a planta
recupera-se, emitindo perfilhos. Os prejuízos
são mais intensos na cana-planta.
67. 67
Controle:
Em glebas infestadas, onde a praga
constitui problemas, pode-se indicar o controle
químico, por meio de pulverizações de
inseticidas.
69. 69
Gorgulho-rajado ou besouro-da-cana
Sphenophorus Levis tem hábitos
noturnos, apresenta pouca agilidade e simula-se
de morto quando atacado. A postura dos
ovos é realizada ao nível do solo, ou mais
abaixo, nos rizomas. As larvas nascidas são
brancas, com cabeça e corpo volumosos,
ápodas, de hábitos subterrâneos e elevada
sensibilidade ao calor e à desidratação.
70. 70
Elas penetram nos rizomas, em busca de
alimento e abrigo, construindo galerias
irregulares onde permanecem até os primeiros
dias do estádio adulto. Bloqueando a parte
basal das plantas e rizomas, surge
amarelecimento do canavial, morte das plantas
e falhas nas soqueiras. A intensidade dos
prejuízos se dá em função da população da
praga.
71. 71
Controle:
Até o momento, o controle recomendado
é feito durante a reforma do canavial, através
de uma aração nas linhas de plantio,
procurando revolver os restos culturais e expor
as larvas à ação dos raios solares e inimigos
naturais. Cerca de duas a três semanas após,
complementa-se essa operação com enxada
rotativa para triturar e acelerar a seca do
material. Duas semanas depois, faz-se o
preparo normal do solo.
72. 72
O uso de iscas envenenadas constitui
outro método de controle. As iscas constam de
duas metades de um tolete de
aproximadamente 30 cm, seccionado
longitudinalmente, dispostas lado a lado. As
iscas são previamente mergulhadas em
solução inseticida por cerca de 12 horas; as
faces seccionadas devem estar em contato
com o solo e cobertas com capim.
74. Nematoides
74
São parasitas de plantas responsáveis
por uma parcela significativa de perdas
provocadas pela destruição do sistema
radicular. Nessa cultura, os prejuízos são da
ordem de 15 a 20%. Em estudos conduzidos
em condições de viveiro telado, plantas sadias
que foram comparadas com outras, atacadas
por nematoides das galhas, Meloydogyne
javanica, mostraram diminuição de 43% na
produção de colmos.
75. 75
Controle:
O controle químico consiste na aplicação,
no solo e no momento do plantio, de
substâncias conhecidas como nematicidas. Em
geral, esses produtos podem eliminar até 90%
da população de nematoides de uma área e,
quando empregados corretamente, têm
proporcionado resultados altamente
compensatórios. O controle através do uso de
variedades resistentes ou tolerantes é o método
mais prático e econômico.
76. 76
Contudo, os fatores que conferem à
cana-de-açúcar os caracteres de alta
produtividade e riqueza em açúcar são,
geralmente, antagônicos àqueles que propiciam
rusticidade, tais como resistência às pragas e
doenças, além da não exigência em fertilidade
de solo. É preciso considerar também o fato de
que é possível constatar, numa mesma área,
altas populações de duas ou mais espécies de
nematoides, e que, nem sempre, uma mesma
variedade de cana se comporta como resistente
ou tolerante em relação às diferentes espécies
de nematoides.
77. 77
Assim, é importante a determinação
correta dos nematoides presentes numa
determinada área e o conhecimento do modo
como as variedades de cana se comportam em
relação a eles.
79. Beneficiamento
79
A agroindústria da cana envolve etapas
como: produção e abastecimento da indústria
com matéria-prima; gerenciamento dos
insumos, resíduos, subprodutos;
armazenamento e comercialização dos
produtos finais que devem ser executadas com
o emprego de técnicas eficientes de
gerenciamento
80. 80
A colheita, carregamento, transporte,
pesagem, pagamento, descarregamento e
lavagem são operações determinantes para um
bom desempenho industrial. Estas etapas
devem ser realizadas em sincronia com as
operações industriais para que não ocorra
abastecimento excessivo, o que demanda
armazenamento, tendo consequência à queda
na qualidade ou falta de cana para a moagem,
ocasionando atrasos na produção.
81. Utilização pelo homem
81
A cana-de-açúcar é uma planta
que apresenta um longo histórico de uso
seguro para a alimentação humana e animal.
Seu plantio comercial no Brasil visa
principalmente à obtenção do açúcar
(sacarose), que usamos todos os dias na nossa
alimentação, e do etanol, que abastece nossos
carros. Entre seus subprodutos, derivados da
moagem da planta, estão o caldo (garapa) e o
bagaço.
82. 82
A partir do primeiro podem ser
produzidos alimentos e rações e o segundo, por
sua vez, é usado como fonte de fibras e
empregado para a geração de energia em
usinas, por meio de sua queima. em cada um
dos produtos para saber mais sobre eles.
84. Açúcar
84
A sacarose, proveniente da cana-de-açúcar,
é utilizada no mundo todo como
adoçante e energético. O açúcar cristal obtido
da cana-de-açúcar possui 99,8% de sacarose e
0,2% de impurezas em sua composição
(umidade – 0,04%; sais minerais – 0,07%;
açúcar invertido – 0,07%; material insolúvel –
0,02%).
85. Melado
85
O melado é um líquido escuro, espesso e
um alimento energético obtido da fervura
do caldo de cana até ficar consistente, ao
mesmo tempo em que é purificado com a
retirada constante da espuma.
86. Vinhaça
86
A vinhaça (ou vinhoto) é um resíduo
do processamento industrial para obtenção do
álcool, constituído por uma suspensão de
sólidos, rico em substâncias orgânicas e
minerais, e com predominância do potássio.
87. Etanol
87
Líquido e inflamável, no caso do álcool
obtido da cana-de-açúcar, o principal
componente da fermentação é a sacarose do
caldo, ou seja, o açúcar.
88. Açúcar Mascavo
88
O açúcar-mascavo não passa pela etapa
de refinamento pela qual o açúcar
branco passa, conservando assim o cálcio, o
ferro e os sais minerais. A produção do açúcar-mascavo
envolve um procedimento semelhante
ao da rapadura, sendo o diferencial apenas o
ponto de concentração, que é mais alto.
89. Rapadura
89
A rapadura é o doce resultante do caldo
da cana-de-açúcar concentrado. É um produto
integral, sem refino, puro e passível de
utilização como açúcar. Há pouca integração
com o mercado, de forma que a produção é
comercializada em mercados locais e o
processamento é simplificado.
90. Torta de filtro
90
A torta de filtro é um subproduto
do processamento industrial da cana
proveniente da filtração do caldo extraído das
moendas no filtro rotativo. A torta deve ser
priorizada para os solos arenosos, com
baixa matéria orgânica. É importante salientar
que a torta não contém todos os nutrientes
necessários para a cana-de-açúcar.
91. Cachaça
91
A bebida é obtida por meio da destilação
do caldo de cana fermentado, contendo 38% a
54% de álcool em volume a 20°C. A cachaça,
depois da cerveja, é a bebida alcoólica mais
consumida no País. Sua produção é estimada
em 1,5 bilhão de litros, o que seria, em
princípio, o tamanho do mercado interno, já que
as exportações representam aproximadamente
1% da produção.
93. http://www.outramedicina.com/1062/o-alto-poder-
de-nutricao-do-caldo-de-cana
http://nplantas.com/cana-de-acucar-descricao-
botanica/
https://sites.google.com/site/florasbs/poacea
e/cana-de-acucar
An Integrated System of Classification of
Flowering Plants (1981) e The Evolution and
Classification of Flowering Plants (1968;
segunda edição, 1988). FAUCONNIER, R. &
BASSEREAU, D. La Caña de azucar.
Barcelona, Editorial Blume, 1975. 433p.
http://www.infoescola.com/plantas/cana-de-
acucar/
93