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FACULDADE INTERAMERICANA DE PORTO VELHO – UNIRON
             Laís Adriane de Oliveira Melo
              Neuma Oliveira Souto Dória
              Rosana Ferreira Silva Rosa




               PLANO DE NEGÓCIOS
               CANAL PUBLICITÁRIO




                 Porto Velho – RO
                       2012
Laís Adriane de Oliveira Melo
 Neuma Oliveira Souto Dória
 Rosana Ferreira Silva Rosa




   PLANO DE NEGÓCIOS
   CANAL PUBLICITÁRIO




              Trabalho de Conclusão de Curso
              apresentado ao Curso de Comunicação
              Social – Habilitação em Publicidade e
              Propaganda da Faculdade Interamericana
              de Porto Velho – UNIRON, sob orientação
              da Prof.ª Esp. Andreia Pinheiro Gonzalez,
              como parte da avaliação para obtenção
              de título de bacharel em Publicidade e
              Propaganda.




     Porto Velho – RO
           2012
Laís Adriane de Oliveira Melo
                       Neuma Oliveira Souto Dória
                       Rosana Ferreira Silva Rosa




                         PLANO DE NEGÓCIOS
                         CANAL PUBLICITÁRIO




                                    Trabalho de Conclusão de Curso
                                    apresentado ao Curso de Comunicação
                                    Social – Habilitação em Publicidade e
                                    Propaganda da Faculdade Interamericana
                                    de Porto Velho – UNIRON, sob orientação
                                    da Prof.ª Esp. Andreia Pinheiro Gonzalez,
                                    como parte da avaliação para obtenção
                                    de título de bacharel em Publicidade e
                                    Propaganda.




Resultado: __________________________________________________________


BANCA ORIENTADORA


Prof. _______________________________________________________________
Assinatura __________________________________________________________


Prof. _______________________________________________________________
Assinatura __________________________________________________________


Prof. _______________________________________________________________
Assinatura __________________________________________________________


Data:
DEDICATÓRIA




              Dedicamos este trabalho de
              conclusão de curso a nós
              mesmas        pelos     nossos
              esforços,    comprometimento,
              amizade, força de vontade e
              todos     os   recursos    que
              investimos     durante    essa
              jornada.
AGRADECIMENTOS



A Deus por ter permitido a realização deste trabalho e pela presente vitória que
agora nos oferece. Sem a luz divina em nossos caminhos, não conseguiríamos ter
vencido os obstáculos e chegado até aqui.
Em especial aos nossos pais, Genira, Nelma, José Maria e Filomena, razão de
nossas vidas que em meio a tantas dificuldades, lutaram bastante para nos
proporcionar educação e nos incentivaram nesse sonho. (Laís, Neuma e Rosana)
À Francisco de Souza que mesmo não estando presente na conclusão de uma
etapa tão importante da minha vida, não por escolha e sim pela situação que a vida
nos trouxe, pode mesmo de longe acompanhar a caminhada, a luta que eu tive.
Agradeço pelos seus conselhos, carinho, amor e por ter me ensinado a ser uma
pessoa digna. Obrigada Pai.                                            (Laís)
Aos familiares pelo eterno orgulho de nossas caminhadas, pelo apoio, compreensão
e ajuda tão necessária nesse percurso. Pelos muitos momentos em que foram
obrigados a abdicar de nossas presenças e compreensivamente o fizeram, por
entender a importância que essa caminhada tem para cada uma de nós.
Agradecemos as irmãs Fabiane (Laís) e Nilma (Neuma) por suprirem nossas
ausências junto às nossas mães. À Carla, irmã da Rosana, que inúmeras vezes nos
cedeu sua casa para nossas reuniões. A Caleb e Leandro que abdicaram da
presença de suas respectivas companheiras e por todo apoio despendido ao grupo.
À Natália, que mesmo em sua infância, apreendeu o significado de compreensão ao
abrir mão dos momentos maternos em prol da mãe, Rosana.
Aos nossos amigos inesquecíveis com quem passamos quatro anos de nossas
vidas compartilhando bons momentos, angústias, alegrias e brigas, que deixaram
em nós um pedacinho de cada um, suas marcas registradas que levaremos para a
vida inteira. Caleb Ortiz, Ilmar Júnior, Hugor Felipe, Janaína Brito, Merô Reis e
Railton Umbelino vocês ficarão em nossas memórias e sentiremos saudades do
convívio diário. Aos amigos que conhecemos ao longo de nossas vidas e que foram
imprescindíveis para a formação de quem somos hoje. À Eduardo Tarzan, César
Oliveira e Pedro Martins pelas indicações bibliográficas nos momentos em que não
encontrávamos as bibliografias necessárias e estávamos em franco desespero por
isso. (Laís, Neuma e Rosana)

A Naiara Fandinho por sua amizade de vários anos, que mesmo de longe passava
confiança, estímulo e compreensão. Que quando eu tinha algum problema ajudava-
me com uma palavra amiga. Agradeço por essa pessoa existir e ser tão especial.
(Laís)
A Marcos Souza, cuja amizade foi peça essencial em todos os momentos que mais
precisei. Que trouxe risos e momentos de descontração em meio ao estresse da
jornada a tornando mais leve e que não mediu esforços para nos ajudar no que foi
preciso.         (Neuma)
A todos os professores pelo conhecimento e dedicação que desempenharam nas
aulas ministradas. Aqueles que já passaram em nossas vidas e deixaram marcas
profundas que nos trouxeram até aqui, em especial o Prof. Edson Modesto, que de
uma forma muito especial nos influenciou a sermos as acadêmicas que somos e não
nos deixou desistir.
Agradecemos também àqueles que acompanharam de perto o desenvolvimento
deste projeto e contribuíram com sua ajuda, na forma de materiais de pesquisa,
conselhos e dicas valiosas para o resultado que obtivemos, como os professores
Maria Angela e Andrews Botelho.
À coordenação do Curso de Comunicação Social, encabeçada pelas professoras
Maria Angela e Andreia Gonzalez que trouxe um novo tempo para o curso por meio
de uma gestão séria e compromissada, preocupada em formar profissionais
completos e aptos ao mercado de trabalho.
Agradecemos especialmente a nossa Orientadora Andreia Gonzalez que ao aceitar
o convite para nos orientar, nos trouxe uma nova visão da profissão que
escolhemos. Que sempre se mostrou solícita e alto astral durante nossas
orientações e que esteve ao nosso lado durante toda essa jornada. Mais do que
orientações, recebemos lições de uma grande profissional, que apesar de exigente
nos deu liberdade para criarmos um trabalho conforme nossas convicções. Mais do
que uma orientadora ganhamos uma grande amiga. Obrigada Andreia!

E mais que tudo agradecemos umas as outras, sem as quais esse trabalho não
seria possível, pois sozinhas, não teríamos conseguido. Viajamos juntas em
pesquisas quantitativas e qualitativas, análises de temas, objetivos e em tudo que
envolvia o nosso sonho, pois tínhamos uma meta que foi alcançada. Difícil foi,
porém o que nessa vida não é difícil? Que graça teria se não houvesse os tropeços
no meio do caminho?

Construímos juntas esse propósito que foi nos concedido, não faltaram obstáculos,
passamos momentos difíceis e fáceis, rimos nos momentos difíceis em que tudo
parecia desandar, compartilhamos da intimidade umas das outras, tivemos nossas
subidas e descidas que foram realidade sempre presente, porém no fim tínhamos
umas as outras para dar força e levantar quando alguém precisava.
Juntas percorremos retas, nos apoiamos nas curvas, descobrimos curiosidades
sobre esse mundo doido que vivemos. Podemos compartilhar de momentos
inesquecíveis que ficarão marcados em nossas memórias.

Foi bom viver essa parte da vida com cada uma de vocês, poder ter compartilhado
experiências que ninguém vai poder arrancar de nós, podermos dizer:
CONSEGUIMOS. Chegamos ao destino projetado e que esse seja o primeiro de
muitos trabalhos que iremos fazer juntas. Que o fim deste projeto seja o início de um
eterno reencontro, pois ser amigo, companheiro não é uma coisa de um dia, são
atos, palavras, atitudes que fazemos para conquistar isso dia a dia.

Que esse companheirismo e amizade seja para sempre, como tudo que é feito com
coração aberto.

Nosso muito obrigada a todos,
                                       Laís Adriane, Neuma Oliveira e Rosana Rosa
“Eu pedi Força e Deus me deu dificuldades para
me fazer forte. Eu pedi Sabedoria e Deus me deu
Problemas       para     resolver.    Eu   pedi
Prosperidade e Deus me deu Cérebro e Músculos
para trabalhar. Eu pedi Coragem e Deus me deu
Perigo para superar. Eu pedi Amor e Deus me deu
pessoas com Problemas para ajudar. Eu pedi
Favores e Deus me deu Oportunidades. Eu não
recebi nada do que pedi, mas eu recebi tudo de
que precisava.” (autor desconhecido).
RESUMO



Pretende-se neste plano de negócio apresentar os estudos e análises que norteiam
e proporcionam a viabilidade para o desenvolvimento de um guia eletrônico de
serviços de publicidade batizado de Canal Publicitário adotando os princípios do e-
commerce. O trabalho parte da pesquisa bibliográfica para a organização da
fundamentação teórica que serve de ponto de partida para a construção dos
instrumentos de coleta de dados, na fase de pesquisa de campo, buscando como
delimitação geográfica a cidade de Porto Velho. Para a coleta de dados primários
serão utilizados formulários e entrevistas para coleta de dados quantitativos junto
aos empresários locais e diversos profissionais da área de publicidade e
propaganda, além de anunciantes em potencial. Desta forma o trabalho apresenta
um estudo de caso da percepção do mercado publicitário de Porto Velho e do
empreendedorismo local além da pesquisa para conhecimento da viabilidade do
produto na visão dos profissionais de comunicação e empreendedores locais.
Palavras-chaves: comunicação; publicidade; empreendedorismo; internet.
ABSTRACT



The aim is to present the business plan studies and analyzes that guide and provide
the feasibility of developing an electronic guide advertising services named Canal
Publicitário adopting the principles of e-commerce. The work of the research
literature for the organization of the theoretical foundation that serves as a starting
point for the construction of instruments to collect data during field research, seeking
geographical boundaries as the city of Porto Velho. For primary data collection forms
and interviews will be used to collect quantitative data from local businessmen and
professionals in various marketing and advertising, and advertisers. Thus the paper
presents a case study of the perception of the advertising market of Porto Velho and
local entrepreneurship beyond the search for knowledge of the product's viability in
view of communications professionals and local entrepreneurs.

         Keywords: communication, advertising, entrepreneurship, internet.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES



FIGURA 1 – CICLO DE VIDA DO SERVIÇO ......................................................... 85
FIGURA 2 – ESTIMATIVA DE CUSTOS FIXOS ...................................................... 93
FIGURA 3 – ESTIMATIVA DE FATURAMENTO MENSAL ......................................... 95
FIGURA 4 – PROJEÇÃO DE RESULTADOS ......................................................... 95
FIGURA 5 – DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS ................................................ 96
FIGURA 6 – INDICADORES DE VIABILIDADE ...................................................... 96
FIGURA 7 – DESCRIÇÃO DOS INVESTIMENTOS .................................................. 97
FIGURA 8 – CENÁRIO PROVÁVEL .................................................................... 97
FIGURA 9 – ANÁLISE PESSIMISTA ................................................................... 98
FIGURA 10 – ANÁLISE OTIMISTA .................................................................... 98
SUMÁRIO


INTRODUÇÃO ................................................................................................ 13


1. EMPREENDEDORISMO ....................................................................... 15
1.1 A ORIGEM .......................................................................................... 15
1.2 O EMPREENDEDOR .......................................................................... 16
1.3 EMPREENDEDORISMO NO MUNDO E NO BRASIL ........................... 18
1.4 EMPREENDEDORISMO NA COMUNICAÇÃO ..................................... 21


2. INTERNET E NEGÓCIOS .......................................................................... 24
2.1 INTERNET ................................................................................................ 24
2.1.1 PESQUISA ............................................................................................. 28
2.1.2 A BOLHA ................................................................................................ 31
2.1.3 ANOS 2000 ............................................................................................ 33
2.2 INTERNET NO BRASIL ............................................................................ 35
2.3 E-COMMERCE E EMPREENDEDORISMO DIGITAL ............................ 41


3. PESQUISA .................................................................................................. 47
3.1 PESQUISA 1 – MERCADO PUBLICITÁRIO EM RONDÔNIA ................ 48
3.1.1 JUSTIFICATIVA ..................................................................................... 48
3.1.2 OBJETIVOS ........................................................................................... 48
3.1.2.1 OBJETIVOS GERAIS ......................................................................... 48
3.1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .............................................................. 48
3.1.3 PERÍODO E ABRANGÊNCIA GEOGRÁFICA ...................................... 49
3.1.4 PÚBLICO ALVO ..................................................................................... 49
3.1.5 METODOLOGIA .................................................................................... 49
3.1.5.1 TIPOS DE PESQUISA ADOTADOS .................................................. 49
3.1.5.2 PLANO AMOSTRAL ........................................................................... 49
3.1.5.3 MÉTODO DE COLETAS DE DADOS ................................................ 50
3.1.6 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS........................................... 50
3.1.7 TABULAÇÃO.......................................................................................... 52
3.1.8 DIAGNÓSTICO DE PESQUISA ............................................................ 57
3.2 PROJETO DE PESQUISA 2 – VIABILIDADE DO PRODUTO ............... 58
3.2.1 JUSTIFICATIVA ..................................................................................... 58
3.2.2 OBJETIVOS ........................................................................................... 58
3.2.2.1 OBJETIVOS GERAIS ......................................................................... 58
3.2.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .............................................................. 58
3.2.3 PERÍODO E ABRANGÊNCIA GEOGRÁFICA ...................................... 58
3.2.4 PÚBLICO ALVO ..................................................................................... 58
3.2.5 METODOLOGIA .................................................................................... 59
3.2.5.1 TIPOS DE PESQUISA ADOTADOS .................................................. 59
3.2.5.2 PLANO AMOSTRAL ........................................................................... 59
3.2.5.3 MÉTODO DE COLETA DE DADOS .................................................... 59
3.2.6 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS ............................................. 59
3.2.7 TABULAÇÃO .......................................................................................... 63
3.2.8 RELATÓRIO DE PESQUISA .................................................................. 71
3.2.9 DIAGNÓSTICO DE PESQUISA.............................................................. 73


4. PLANO DE NEGÓCIOS .............................................................................. 75
4.1 PLANO DE NEGÓCIOS ........................................................................... 75
4.2 CARACTERIZAÇÃO DO SETOR ............................................................. 75
4.2.1 EMPREENDIMENTO ............................................................................. 76
4.2.2 EMPREENDEDORES ........................................................................... 76
4.2.3 PRODUTOS E SERVIÇOS ................................................................... 76
4.2.4 NECESSIDADE DE MERCADO A SER ATENDIDA ........................... 77
4.2.5 O MERCADO POTENCIAL ................................................................... 78
4.2.6 ELEMENTOS DE DIFERENCIAÇÃO .................................................... 78
4.3 EMPREENDIMENTO ................................................................................ 79
4.3.1 DADOS DA EMPRESA ........................................................................... 79
4.3.1.1 DOMÍNIOS, MARCAS E PATENTES .................................................. 79
4.3.2 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO......................................................... 79
4.3.2.1 MISSÃO ............................................................................................... 79
4.3.2.2 VISÃO .................................................................................................. 79
4.3.2.3 PÚBLICO ALVO................................................................................... 80
4.3.2.4 ESTRATÉGIAS FUTURAS .................................................................. 80
4.3.2.5 DESCRIÇÃO LEGAL ........................................................................... 80
4.3.2.6 NORMAS E REGULAMENTOS TÉCNICOS ....................................... 81
4.3.2.7 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ...................................................... 81
4.3.2.7.1 RECURSOS HUMANOS .................................................................. 81
4.3.2.7.2 RECURSOS FÍSICOS ...................................................................... 81
4.3.3 PLANO DE OPERAÇÕES ...................................................................... 82
4.3.3.1 ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO EMPRESARIAL ................................. 82
4.3.3.2 COMERCIAL........................................................................................ 82
4.3.3.3 CONTROLE DE QUALIDADE ............................................................. 82
4.4 PLANO DE MARKETING ........................................................................... 83
4.4.1 ANÁLISE DE MERCADO........................................................................ 83
4.4.1.1 ANÁLISE SWOT .................................................................................. 83
4.4.1.2 FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO ................................................. 84
4.4.2 ANÁLISE DOS PRINCIPAIS CONCORRENTES.................................... 84
4.4.3 ESTRATÉGIAS DE MARKETING ........................................................... 84
4.4.3.1 PRODUTOS E SERVIÇOS .................................................................. 84
4.4.3.2 TECNOLOGIA E CICLO DE VIDA ....................................................... 85
4.4.4 DISTRIBUIÇÃO....................................................................................... 86
4.4.5 PROMOÇÃO E PUBLICIDADE .............................................................. 86
4.4.6 PROJEÇÃO DE MERCADO ................................................................... 86
4.4.6.1 PROJEÇÃO DE TRÁFEGO PARA VISITANTES ................................ 86
4.4.7 VENDA E PÓS VENDA .......................................................................... 87
4.4.7.1 EQUIPE DE VENDAS .......................................................................... 87
4.4.7.1.1 OBJETIVOS DA EQUIPE DE VENDAS ........................................... 87
4.4.7.1.2 ESTRATÉGIA DA EQUIPE DE VENDAS ......................................... 87
4.4.7.1.3 ESTRUTURA DA EQUIPE DE VENDAS .......................................... 87
4.4.7.2 GERENCIAMENTO DE VENDAS ........................................................ 88
4.4.7.3 ATENDIMENTO ................................................................................... 88
4.4.7.4 PÓS-VENDA ........................................................................................ 89
4.5 PLANO DE IMPLEMENTAÇÃO ................................................................. 89
4.5.1 REGISTROS NECESSÁRIOS ................................................................ 89
4.5.2 CONTRATAÇÃO .................................................................................... 89
4.5.3 ALIANÇAS ESTRATÉGICAS .................................................................. 90
4.5.3.1 TERCEIRIZAÇÕES ............................................................................. 90
4.5.3.2 PARCERIAS ........................................................................................ 90
4.6 PLANO FINANCEIRO ................................................................................ 90
4.6.1 INVESTIMENTOS PRÉ-OPERACIONAIS .............................................. 90
4.6.2 CAPITAL DE GIRO ................................................................................. 90
4.6.3 INVESTIMENTOS INICIAIS .................................................................... 91
4.6.4 MÃO DE OBRA ....................................................................................... 91
4.6.5 DEPRECIAÇÃO ...................................................................................... 92
4.6.6 DESPESAS MENSAIS FIXAS ................................................................ 92
4.6.7 IMPOSTOS E TAXAS ............................................................................. 93
4.6.8 RECEITAS .............................................................................................. 94
4.6.9 PROJEÇÃO DOS RESULTADOS .......................................................... 95
4.6.10 ANÁLISE DE INVESTIMENTO ............................................................. 96
4.6.11 NECESSIDADES DE FINANCIAMENTO ............................................. 96
4.6.12 PROJEÇÃO DE BALANÇO .................................................................. 97
4.6.13 ANÁLISE PESSIMISTA ........................................................................ 98
4.6.14 ANÁLISE OTIMISTA ............................................................................. 98

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANEXOS
13



INTRODUÇÃO


       O Estado de Rondônia passa por seu ciclo mais marcante desde a construção
da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, devido a transformações sociais e
econômicas que vem acontecendo nos últimos anos, em especial da capital Porto
Velho, que tem hoje 435.732 habitantes, segundo dados do IBGE/2010. A capital
teve um grande desenvolvimento em todos os setores da economia, sobretudo em
função da construção das hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira,
que vem atraindo milhares de trabalhadores para a região e outros investimentos
realizados pela iniciativa privada.
       Esse crescimento ocorre paralelamente à ascensão da economia brasileira e
especialmente da classe C, que trouxe o aumento do poder aquisitivo da população.
Esse desenvolvimento permitiu a entrada de uma parcela considerável da população
no mercado consumidor, que com o aumento do poder de compra, ampliou a oferta
de produtos e serviços para essa massa até então desabituada com hábitos de
consumo.
       Tal cenário animador atraiu grandes empresas de fora do estado motivando
empresários de diversos segmentos a investir pesado na ampliação das redes de
lojas na região. A chegada de grandes redes de atacarejo como Makro e Atacadão,
por exemplo, impulsionaram o crescimento e a expansão de redes locais, como no
caso das duas empresas mais tradicionais no setor de supermercados em
Rondônia, Gonçalves e Irmãos Gonçalves.
       Diante desse panorama, Rondônia vive um novo ciclo de oportunidades, um
cenário para novos negócios a serem explorados, apresentando um grande
potencial no mercado de comunicação. Considerando esse aumento populacional e
a melhoria da renda da população portovelhense a comunicação publicitária começa
ganhar importância e aponta para um aumento no mercado de anunciantes, que
buscam uma comunicação mais elaborada, profissional e com maior potencial para
atingir o público-alvo. Essa mudança de mentalidade das organizações locais quanto
a criação de uma cultura publicitária vem sendo aprendida com as novas empresas
que chegam à cidade.
       Porém ainda há uma parcela de empresários que não entendem a
importância da comunicação publicitária e as vantagens que esta traz para o
14



crescimento da economia. Segundo Paulo Henrique1, gerente de vendas da
Concessionária La Villete-Citröen de Porto Velho, o mercado ainda é temeroso em
decorrência da concorrência desleal, da falta de fiscalização em relação a esse
problema e também pela dificuldade em adquirir equipamentos, o que torna o preço
final da comunicação mais alto, facilitando a concorrência desleal. (informação
verbal)
          Diante deste cenário promissor em transformação, surge a ideia para criação
do site Canal Publicitário, objeto de estudo deste trabalho. A ideia para a criação do
site parte da premissa de reunir profissionais e empresas que atuam na área de
publicidade na cidade de Porto Velho. Para atender esse nicho de mercado ainda
não explorado, o site Canal Publicitário traz como diferencial o portfólio dos
profissionais e prestadores de serviços visando a exposição de bons profissionais
através da internet de forma rápida e eficiente.
          O Capítulo 1 aborda o empreendedorismo desde suas origens até os dias
atuais, passando por suas definições, bem como características atribuídas ao
empreendedor. Ainda neste capítulo é possível encontrar um panorama do
empreendedorismo no Brasil e no Mundo, bem como no setor da comunicação.
          Já o Capítulo 2 narra a trajetória da internet a partir de seu surgimento até o
momento em que se encontra hoje, focando na internet brasileira, que desde seu
surgimento esteve atrelada ao empreendedorismo. Outro ponto analisado no
capítulo é a economia digital brasileira que movimenta bilhões todos os anos e cujas
previsões para o setor são as mais otimistas possíveis.
          O capítulo 3 trata da pesquisa, mostrando sua importância para um trabalho
acadêmico. A Pesquisa 1 monta o cenário da comunicação em Porto Velho, sob o
ponto de vista dos veículos de comunicação de diversas mídias. Já a Pesquisa 2
busca junto ao público alvo analisar a viabilidade do produto e as necessidades a
serem atendidas.
          Para finalizar este trabalho, o Capítulo 4 trata do Plano de Negócios,
essencial para o desenvolvimento de uma empresa. Embasado pelos dados das
pesquisas e por análises do mercado como um todo, o plano descreve os passos
iniciais para criação da empresa e as estratégias que deverão ser adotadas para
que esta obtenha sucesso.

1
    Palestra de abertura da Semacom 2012 em abril de 2012.
15



1. EMPREENDEDORISMO


      O empreendedorismo é entendido como um fenômeno social e econômico
que busca a transformação de ideias em oportunidades, resultando muitas vezes em
negócios de sucesso. Empreender também envolve a criação de novos mercados ou
demandas, ambos liderados pela inovação.
      Nas últimas décadas, o Brasil vem disseminando o espírito empreendedor
entre a população, o que fez com que o país se tornasse o terceiro lugar no ranking
da pesquisa Global Entrepeneurship Monitor 2011. O mercado da comunicação vem
acompanhando esse crescimento e em razão de eventos como a Copa do Mundo
2014 e Olimpíadas 2016, a serem realizadas no Brasil, deve crescer cada vez mais.


1.1 A origem
      Há muitas controvérsias quanto ao significado da palavra empreendedorismo.
O termo é originado da palavra francesa entrepreneur, mas foi popularizado pelo
vocábulo inglês Entrepreneurship e é tida como uma livre tradução deste.
      Drucker em seu livro Inovação e Espírito Empreendedor (2010), afirma que os
termos entrepreneur e entrepreneurship possuem problemas de definição em várias
línguas como francês, inglês e alemão. Desde o surgimento dos termos, vários
conceitos foram atribuídos a eles, devido as suas diferentes traduções e
interpretações. Por exemplo, Drucker conceitua as palavras entrepreneur e
entrepreneurship como empreendedor e empreendimento, respectivamente.
      Na Língua Portuguesa também não há um consenso quanto a definição de
empreendimento      e     empreendedorismo.     O      dicionário    Aurélio   define
empreendedorismo como o ato de empreender, aquilo que se empreendeu, uma
realização, uma empresa.
      Para Dornelas (2005, pág. 39) “Empreendedorismo é o envolvimento de
pessoas e processos que, em conjunto, levam à transformação de ideias em
oportunidades. E a perfeita implementação destas oportunidades leva à criação de
negócios de sucesso”.
      Neste    trabalho    adotaremos    os   termos     como       empreendedor   e
empreendedorismo, seguindo a conceituação de Dornelas.
      O primeiro uso do termo empreendedorismo pode ser creditado a Marco Polo,
na Roma Antiga. Ao tentar estabelecer uma rota comercial para o Oriente, como
16



empreendedor, assinou um contrato com um homem de posses - que nos dias
atuais é intitulado capitalista -, para vender suas mercadorias.
      Para Dolabela, o “empreendedorismo [...] existe [...] desde a primeira ação
humana inovadora para melhorar as condições do homem com os outros e com a
natureza”. Tem fundamento na cidadania visando a construção de um bem-estar
coletivo e deve ser entendido como um fenômeno social e não apenas econômico,
que não envolve apenas indivíduos, mas também comunidades, países, estados e
cidades implicando a ideia de sustentabilidade.
      Empreender faz parte da condição humana, é executar uma ideia ou projeto
visando transformar conhecimentos e bens em novos produtos ou serviços. Porém,
não só os novos produtos e serviços podem ser vistos como empreendimentos.
Empreender é criar um novo mercado, consumidor ou demanda e isso pode ser feito
em processos já existentes, basta que o método utilizado seja inovador. A inovação
é essencial para o empreendedorismo, pois é através dela que se desenvolve algo
diferente ou se transforma o que já existe, criando valor para a empresa
empreendedora.
      O Empreendedorismo é uma forma de pensamento e ação, podendo ser
entendido como “um comportamento e não um traço de personalidade” segundo
Drucker (2010, pág. 34). Caracterizando-se pelo reconhecimento de oportunidades
onde os demais não as enxergam.


1.2 O empreendedor
      Quando Marco Polo assumiu os riscos da operação comercial na rota do
Oriente, ele foi considerado empreendedor, pois o papel ativo que assumiu ao
aceitar os riscos que correria o diferenciava do capitalista, que assume riscos de
forma passiva. Já na Idade Média, o empreendedor deixou de ser aquele que
assume riscos e passa a definir quem gerenciava grandes projetos de produção.

                      Os empreendedores são pessoas diferenciadas, que possuem motivação
                      singular, apaixonados pelo que fazem, não se contentam em ser mais um
                      na multidão, querem ser reconhecidas e admiradas, referenciadas e
                      imitadas, querem deixar um legado. (Dornellas, J.C.A. Empreendedorismo,
                      transformando ideias em negócios, pág 21. Rio de Janeiro: Campus, 2005.
                      2ª Ed.)

      Para Drucker (2010), o empreendedor é aquele que busca a mudança
continuamente a explorando como uma oportunidade. É o inovador que vê a
17



mudança como uma norma sadia e através de sua maneira de agir, transforma
oportunidades em projetos.
          O empreendedor é inquieto e não se contenta em apenas melhorar algo já
existente, procura criar novos valores e satisfações diferentes. Tem iniciativa para
criar um novo negócio, utilizando os recursos que possui de forma criativa,
transformando o ambiente em que vive.
          Na visão de Dolabela (1999) o empreendedor tem grande importância no
crescimento econômico e no desenvolvimento social, pois o empreendedor é aquele
que gera valor positivo para a comunidade em que vive. É através do empreendedor
que se gera emprego e renda, contribuindo para a melhoria de vida da população.
          Para Dornelas (2007), não há um tipo único de empreendedor. Não existe um
modelo padrão a ser seguido, cada um deles possui uma motivação pessoal
específica que é o ponto crucial para que ele siga sua trajetória. Por isso o autor
defende       no   livro   “Empreendedorismo         na   prática”   que   há   oito   tipos   de
empreendedores, são eles2:
          - Empreendedor nato: Geralmente começaram do nada muito jovem e
construiu impérios;
          - Empreendedor inesperado: Aquele que nunca quis empreender e decidiu
mudar quando a oportunidade de negócios surgiu em sua vida;
          - Empreendedor serial: É apaixonado por empreender, não se contenta em
criar apenas um negócio e busca a adrenalina do desafio de empreender em novos
mercados;
          - Empreendedor corporativo: Em voga nos últimos anos, renova e inova
empresas já consolidadas;
          - Empreendedor social: Envolvido com questões humanitárias, empreende
buscando a criação de um mundo melhor para as pessoas;
          - Empreendedor por necessidade: Cria um negócio por não ter alternativa de
renda;
          - Empreendedor herdeiro: Aquele que dá continuidade aos negócios
familiares;
          - O normal: Estuda o mercado, planeja os passos da empresa com intuito de
minimizar riscos.

2
    Pág. 11 a pág. 16. Empreendedorismo na prática
18



       Independente do tipo de empreendedor, constantemente se associa
empreendedor a empresário, porém essa associação não é necessariamente
correta. Nem todo empresário é empreendedor e nem todo empreendedor é
empresário. O empreendedor é possuidor de características específicas, pautadas
na busca de oportunidades de inovação independente do ramo em que atue o que
não implica na necessidade de abertura de uma empresa. Enquanto o empresário
busca como resultado o lucro e o crescimento da empresa, podendo ou não utilizar a
inovação como método para alcançar seus objetivos.


1.3 Empreendedorismo no Brasil e no Mundo
       A pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM 2010), organizada pela
Babson College, realizada com 140 mil adultos em 54 países, aponta que mais de
400 milhões de pessoas ao redor do mundo estão empreendendo.
       São 163 milhões de mulheres empreendedoras, 165 milhões têm entre 18 e
25 anos, 69 milhões são considerados inovadores e 18 milhões estão fazendo
negócios internacionais.
       Após anos de queda o empreendedorismo voltou a ascensão, especialmente
nos países desenvolvidos onde há maior intenção de abrir uma empresa, pois
segundo apontado pelos entrevistados, as pessoas tem mais capacidade de
enxergar as oportunidades. Nesses países, a taxa de startups3 cresceu 22% no ano
passado, principalmente nos EUA e na Austrália.
       Com base na pesquisa GEM 2010 a Revista Exame4 publicou uma lista com
os 15 países mais empreendedores. A China aparece em primeiro lugar com 24,0%
de novos empreendedores, o Chile é o segundo colocado com 23,7% e em terceiro
lugar está o Peru com 22,9%. O Brasil ocupa a décima segunda posição com 14,9%
de novos empreendedores.
       Atualmente o Brasil ocupa uma boa posição no ranking dos países mais
empreendedores, porém nem sempre foi assim. Segundo Dolabela (1999) apud
Oliveira (2008), até fins da década de 1970, “o Estado e as grandes empresas eram

3
   Empresas de pequeno porte, recém-criadas ou ainda em fase de constituição, com atividades
ligadas à pesquisa e desenvolvimento de ideias inovadoras, cujos custos de manutenção sejam
baixos e ofereçam a possibilidade de rápida e consistente geração de lucros. – Conceito de Boris
Hermanson, consultor do Sebrae. Disponível em: http://www.mundosebrae.com.br/2011/01/o-que-e-
uma-startup/
4
  Publicado em http://exame.abril.com.br/pme/album-de-fotos/os-15-paises-mais-empreendedores-do-
mundo
19



considerados os únicos suportes econômicos relevantes para a sociedade” (pág.
30). Baseado nesse cenário o Brasil desenvolveu uma cultura formadora de
empregados para as grandes empresas.
          Esse cenário mudou a partir da década de 90, com a abertura da economia, o
processo de privatização de estatais e a abertura do mercado interno para
concorrência externa que fizeram com que o espírito empreendedor se
popularizasse entre os brasileiros. Antes disso, a criação de novas empresas era
limitada pelo ambiente político e econômico do país que não favorecia o
empreendedorismo.
          Atualmente disseminado entre a população, o empreendedorismo gera
riquezas através da promoção de crescimento econômico, do aprimoramento das
condições de vida da população, além de ser muito importante na geração de
emprego e renda. Dolabela (1999, pág.30) afirma que “o empreendedorismo é a
melhor arma contra o desemprego”, pois “por meio da inovação, dinamiza a
economia”.
                          O empreendedorismo é basilar para o desenvolvimento sócio econômico de
                          um país, dado que é fundamental para a concepção de oportunidades de
                          trabalho e é considerado um catalisador e um incubador do progresso
                          tecnológico e de inovações de produto, serviços e de mercado. (MUELLER
                                                                        5
                          &THOMAS, 2000. JACK & ANDERSON, 1999).

          No ano 2000, o Brasil foi destaque no relatório Global Entrepreneurship
Monitor (GEM, 2000), onde aparece com a melhor relação entre o número de
habitantes adultos que começavam um negócio, um para cada oito habitantes. Em
2003, já aparece em sexto lugar no ranking do GEM 2003 com um índice de criação
de empresas de 13,2% da população adulta, o que corresponde a 14 milhões de
brasileiros (Dornelas, 2005).
          Já em 2010 o Brasil galgou a maior taxa de empreendedorismo entre os
membros do G20 (grupo integrado pelas maiores economias do mundo) e do Bric
(formado pelos países emergentes Brasil, Rússia, Índia e China), segundo a
pesquisa GEM 2010 realizada pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade
(IBPQ) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE).
17,5% da população adulta ou 21,1 milhões de brasileiros exercem algum tipo de
atividade empreendedora com até três anos e meio de existência.



5
    Citação retirada do relatório da Pesquisa Empreendedorismo no Brasil, do SEBRAE.
20



      A pesquisa também relacionou o perfil empreendedor do brasileiro, onde para
cada empreendedor por necessidade há três empreendendo por oportunidade, o
chamado    empreendedor      inesperado.      O   número    de    empreendedores              por
necessidade é suscetível às mudanças na economia do país. A diminuição no
número de pessoas empreendendo por falta de opção de renda vem diminuindo
graças ao aumento de oferta de emprego, dessa forma a probabilidade de
empreender por oportunidade torna-se maior.
      De acordo com a pesquisa 43,0% dos empreendedores inesperado abrem
uma empresa para conseguir mais independência profissional, outros 35,2% buscam
aumentar   a   renda   e   outros     18,5%   querem     manter       a    renda     atual.    O
empreendedorismo por oportunidade é mais benéfico para a economia do país, pois
as chances de sobrevivência e sucesso são maiores.
      Quanto ao perfil desses empreendedores, a pesquisa revela que “o
empreendedorismo feminino tem crescido em todo o mundo nas últimas décadas”.
Esse aumento é impulsionado pela inserção da mulher no mercado de trabalho,
maior nível de escolaridade feminina, a diminuição do número de filhos e as
mudanças na estrutura familiar. A maioria das mulheres que empreendem o faz pra
complementar a renda familiar, já que o número de famílias chefiadas por elas vem
aumentando consideravelmente nos últimos anos. Hoje, dos 21,1 milhões de
brasileiros empreendedores 50,7% são homens e 49,3% são mulheres.
      Outro    aumento     apontado    pela   pesquisa     foi   na       faixa    etária     dos
empreendedores. A faixa etária com maior índice é a de 25 a 34 anos com 22,2%,
seguida por 18 a 24 anos com 17,4%, 35 a 44 anos com 16,7% e 45 a 54 com
16,1%. Os jovens de 18 a 24 anos vêm ampliando sua participação no mercado
empreendedor e isso pode ser atribuído à característica de assumir riscos, comum
nessa idade e inerente à atividade empreendedora. Brasil e Rússia são os únicos
países do G20 onde a faixa etária de 18 a 24 anos supera a de 35 a 44 anos no
quesito empreendedorismo. Quanto à motivação, os jovens de 18 a 24 anos
empreendem mais por oportunidade do que por necessidade com a razão de 1,7
jovens.
      Dados da pesquisa “Taxa de sobrevivência das empresas no Brasil” realizada
pelo SEBRAE divulgados em outubro do ano passado corroboram com essa
estatística ao constatar que nos últimos anos a taxa de sobrevivência das empresas
do Brasil vem aumentando consideravelmente. A taxa de sobrevivência de
21



empresas constituídas em 2006 com até 2 anos de existência foi de 73,1%. Na
região Norte, a sobrevivência foi de 66,0%, apesar de alguns estados, dentre eles
Rondônia, apresentarem uma redução na taxa. A taxa de sobrevivência de
empresas com até 2 anos em Rondônia é de 74,0%, o ramo da indústria é o que
possui melhor índice com 80,8% de sobrevida, seguido pela construção civil com
65,8%, comércio com 77,9% e serviços com 68,7%, totalizando uma média de
75,5%.


1.4 Empreendedorismo na comunicação
      Com o crescente número de empresas abertas a cada ano, são cada vez
mais necessários os serviços de comunicação para dar visibilidade e suporte a
esses novos empreendimentos. Com isso, o número de empresas na área de
comunicação também vem crescendo a cada ano, prova disso é uma recente
previsão da World Adversiting Research Center (Warc) divulgada pelo site da
Associação Brasileira das Agências de Publicidade (Abap) que afirma que os
investimentos em publicidade no Brasil para o ano de 2012 devem crescer 8,5%.
Esse crescimento se deve a vários fatores, entre eles o aumento do número de
negócios, o desenvolvimento do mercado consumidor e os postos de trabalho
abertos em razão da realização da Copa do Mundo 2014 no Brasil.
      Além da esperada geração de milhares de empregos a Copa também será
um estimulo ao empreendedorismo para produtos criativos e a novas opções de
serviços, principalmente na publicidade e nos demais meios de comunicação.
      A Abap em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) realizou o estudo “Números oficiais da indústria da comunicação e seu
impacto na economia brasileira – 2008”, que apresenta um resultado detalhado
sobre o mercado da indústria da comunicação no Brasil compreendendo o período
de 2003 a 2008. O relatório aponta que a indústria da comunicação gerou R$ 115,2
bilhões em receitas e pagou R$ 12,7 bilhões em impostos no ano de 2008, sendo
formada por 113 mil empresas que geravam 711 mil empregos.
      O mercado da comunicação cada vez mais vem ganhando investimentos.
Uma das principais mudanças no setor foi o crescimento da internet, que trouxe
novas formas de se fazer publicidade, por exemplo.
22



          O cenário brasileiro aponta que o investimento em marketing digital ainda é
pequeno ou que se investe de forma errada, seguindo os moldes da propaganda
tradicional, o que não funciona na internet que possui suas próprias regras.
          A internet oferece inúmeras ferramentas multimídias que podem ser utilizadas
para falar com o consumidor, criando interação e relacionamento direto com ele.
Quem souber utilizá-las corretamente estará usando uma arma poderosa em relação
a concorrência. Há previsões que afirmam que essa nova modalidade de publicidade
irá matar as mídias tradicionais, mas ao contrário, a internet veio para somar a esses
meios trabalhando com o conceito de transmídia ou cross media6, o que torna a
internet complementar as demais mídias, ou vice e versa.
          Com isso foi criada uma nova economia digital baseada na comunicação. Nos
últimos anos vemos o crescimento do investimento publicitário na internet, bem
como a realocação de recursos, antes destinados às mídias tradicionais, para esta
nova mídia.
          Essa economia aposta em relacionamentos duradouros entre consumidor e
marca, através de um canal direto e personalizado entre eles. A internet é o lugar
para fazer a marca, para criar uma cultura digital tanto no anunciante quanto no
consumidor. Esse ambiente traz outro benefício: o custo, já que a internet é um meio
barato se comparado às mídias tradicionais e permite troca direta de informações
com o consumidor.
          No Brasil, esse novo modelo de publicidade está em crescimento e nos
próximos anos será uma regra de mercado, não apenas um diferencial competitivo.
Isso traz um novo mercado a ser explorado, já que na internet existem diferentes
formatos e recursos, surgindo a necessidade de profissionais qualificados para lidar
com esses novos parâmetros.
          No ano passado, pela primeira vez no Brasil, a Internet Advertising Bureau
(IAB) integrou buscadores a pesquisa de faturamento publicitário digital. Os cinco
maiores buscadores (Google Yahoo, Bing, Buscapé e Ask,com) que juntos somam
95% do mercado de buscas, são detentores de 50% do mercado publicitário nos
meios digitais. Com isso, o share passa a 10% elevando o meio online a terceiro no
ranking dos meios que mais geram receitas publicitarias, ficando atrás somente de
jornal e TV.

6
    Uso de múltiplas plataformas de comunicação.
23



      De acordo com a pesquisa Share Mercado Digital 2011 da IAB, para esse ano
a previsão é que a internet atinja 13,7% de participação no mercado publicitário, o
que representa em torno de R$ 4,7 bilhões, crescimento de 37,3% em relação ao
ano passado.
      Ao analisar os dados, conclui-se que esse cenário é altamente favorável para
empreendimentos na área da comunicação, principalmente na área de comunicação
digital que tem previsões positivas de crescimento.
24



2. INTERNET E NEGÓCIOS.


          A web mudou de um meio de comunicação de guerra para uma plataforma
colaborativa de informação e produção de conteúdo, mas principalmente, tornou-se
uma ferramenta promissora para novos negócios. Por trazer facilidades a
empresários e clientes, tornou-se um meio propício para o desenvolvimento de
novos negócios movimentando a economia digital do Brasil e do Mundo.
          No    Brasil,   desde    sua    chegada,   a   internet   esteve   atrelada   ao
empreendedorismo. Isso faz com que o número de empresas digitais cresça a cada
ano. Envolvendo os mais diversos segmentos, a economia digital brasileira
movimenta bilhões todos os anos e as previsões para o setor são as mais otimistas
possíveis.


2.1 Internet
       No auge da Guerra Fria, na década de 1960, o exército norte americano tinha
um grande problema com a comunicação entre suas unidades estratégicas, como
centros de pesquisa e bases militares. Se alguma dessas unidades fosse
bombardeada, os dados seriam perdidos, o que resultaria em um grande prejuízo
para os Estados Unidos. Em busca de uma solução para o problema, pesquisadores
procuraram alternativas para sanar a questão, resultando na criação de uma
ferramenta de comunicação à distância que revolucionaria o mundo.
          No contexto da Guerra Fria, os Estados Unidos amargavam a ascensão
tecnológica da União Soviética (URSS) que havia conquistado grandes avanços ao
colocar o satélite Sputnik em órbita e enviado o astronauta Yuri Gagarin ao espaço.
A história já havia provado que meios de comunicação eficientes poderiam ser um
diferencial entre ganhar ou perder uma guerra. Com todo esse cenário, a alternativa
norte americana foi apostar em sua comunidade acadêmica de ponta para buscar
mecanismos que fizessem a diferença.
          Assim, a ARPA - Advanced Research Projects Agency7, agência de pesquisa
do Departamento de Defesa, desenvolveu uma cadeia de comunicações baseada
em computadores conectados por linhas telefônicas, que foi colocada em
funcionamento pela primeira vez em 1972 interligando quatro computadores em
locais distintos. O teste comprovou que era possível a comunicação à distância
7
    Agência de Projetos de Pesquisas Avançadas.
25



através da troca de informações entre computadores. Inicialmente foram instalados
computadores em 17 bases e seu uso era restringido devido ao custo elevado das
distâncias e tarifas. A rede recebeu o nome de ARPANET.
       Em 1973 o governo norte americano assumiu a administração da ARPANET
nomeando os pesquisadores Vinton Cerf e Robert Kahn para gerenciar os pontos
espalhados no país. Em dois anos já havia mais de 100 computadores conectados.
       Cerf e Kahn foram os criadores de um mecanismo que possibilitou que dois
computadores quando ligados à rede, ou duas ou mais redes interagissem no
mesmo idioma. Esse mecanismo recebeu o nome de Protocolo TCP/IP 8 e integrou
as diversas redes ligadas à ARPANET formando uma rede internacional composta
de pequenas redes, batizada de Internet.
       Em 1975, a ARPANET passa a abranger universidades e agências
governamentais, que eram subordinadas ao Departamento de Defesa, incitando
esses órgãos a montarem suas próprias redes. Entre a segunda metade da década
de 1970 e 1982 surge na rede o FTP9, sistema de troca de arquivos e
posteriormente o e-mail. Já em 1985, surgiram inúmeras redes com diferentes
propósitos como a Bitnet para troca de mensagens através de correio eletrônico;
NSFnet que permitia o login remoto, troca de arquivos e e-mails e Usenet com
boletins de informações. Em 1989, a ARPANET já possuía mais de 100.000
computadores conectados e surge então a possibilidade do uso por pessoas físicas.
       Os anos seguintes trouxeram muitas mudanças para a rede. Primeiro a
ARPANET se divide, a parte de interesse estratégico é entregue ao exército e o
restante torna-se público.
       Em 1990, surgiu a invenção que tornou possível a popularização da Internet
mundialmente. O cientista do Laboratório Europeu de Partículas Nucleares (CERN10)
Tim Barnes-Lee desenvolveu a denominada WWW (World Wide Web) ou Rede
Larga Mundial, que consistia num projeto de hipertexto, que ligava diversos textos e
arquivos para facilitar a navegação na internet. Cada documento disponível na rede
recebeu um endereço denominado Uniform Resource Locator (URL), composto pelo




8
  Em inglês Transfer Control Protocol/ Internet Protocol
9
  Em inglês File transfer protocol
10
   Sigla de Conseil Européen pour la Recherche Nucláire
26



identificador de hipertexto, o http11 e o www, sinalizando que o endereço estava
disponível na rede.
          O próximo passo foi criar um mecanismo que tornasse a visualização do
conteúdo da web mais amigável, dando fim às telas pretas com letrinhas verdes.
Assim, o primeiro mecanismo criado para isso foi o Gopher que dispunha as páginas
como cardápios de restaurante. Em 1993 um jovem de apenas 21 anos, Marc
Andresseen, cria o Mosaic, o primeiro browser da Internet que trouxe uma interface
gráfica a ela, permitindo não só o compartilhamento de textos e arquivos, como
também imagens, sons e gráficos em páginas de atualização dinâmica,
denominados sites. Essa mudança foi o passo definitivo para a explosão da Internet
que já nos meados da década de 1990 possuía mais de 1.000.000 de computadores
conectados a rede.
          Um ano depois da criação do Mosaic Andresseen foi convidado por James
Clark, ex-professor de Ciência da Computação de Stanford e fundador da Silicon
Graphics, a participar de um novo projeto. Juntos recrutaram os melhores
programadores do Vale do Silício e criaram a Netscape Communications, empresa
de software com crescimento mais rápido já visto no mundo. A ideia de Clark,
defensor da ampliação da então embrionária web, era criar um navegador baseado
no Mosaic que transformasse a internet no futuro da comunicação e do comércio.
Em 13 de outubro de 1994 foi lançado o Navigator, navegador da Netscape que em
apenas 30 dias já havia conquistado 90% dos usuários do Mosaic e ultrapassado
mais de um milhão de downloads.
          Em 1995 a internet era um fenômeno em grande escala que teve sua
importância comparada à TV e a imprensa. A frente dessa revolução estava a
Netscape e seu navegador, considerado porta de entrada para a rede. A Netscape
era uma empresa jovem e muito bem sucedida que além de revolucionar a internet,
abriu precedentes em Wall Street ao ser a primeira empresa com apenas um ano a
abrir o capital na bolsa. No primeiro pregão da empresa as ações subiram
vertiginosamente. O investimento de cinco milhões de dólares que Clark fez no início
da Netscape, ao final daquele dia se transformaram em US$ 663 milhões e a
empresa passou a valer 200 milhões de dólares. Isso fez com que a Internet, até


11
     Hypertext Transfer Protocol
27



então desconhecida, se tornasse a maior historia a chegar à mídia resultando em
um crescimento na internet que repercutiria no restante da década.
      O sucesso da Netscape desagradou a gigante Microsoft, que possuía o quase
total monopólio sobre a plataforma de software através do Windows. O Navigator
trouxe à tona a discussão de uma plataforma de software livre que satisfizesse o
usuário através do nivelamento dos softwares, o que tornaria o Windows irrelevante.
Bill Gates ao perceber a ameaça propôs uma série de mudanças na Microsoft que
resultaram em uma disputa com a Netscape conhecida como a “Guerra do
Navegador”. Assim, em sete de dezembro de 1995, Gates anunciou ao mundo a
chegada do Internet Explorer (IE) com o objetivo de levar à Netscape à derrocada.
      No ano seguinte, no auge da Internet, a batalha entre as duas empresas se
acirrou. A Microsoft saiu em vantagem ao copiar o produto da concorrente
oferecendo melhoras sequenciais, provocando lentamente a perda de liderança de
mercado da Netscape. Mas a cartada final da Microsoft foi oferecer o Internet
Explorer gratuitamente no pacote Windows, o que a Netscape não podia fazer com
seu navegador, já que ao contrário da Microsoft não possuía fundos de segurança e
a venda do produto financiava as atividades da empresa.
      Em setembro de 1997 acabou a guerra, a Microsoft já era líder de mercado
com o IE detendo 80% do mercado de navegadores e a Netscape recuava com uma
participação simbólica. Um ano depois a AOL comprou a Netscape e seu navegador
que foi desativado em 2008. Nesse mesmo ano o Governo norte americano iniciou
um processo contra a Microsoft por práticas empresariais abusivas, sob a acusação
de utilizar seu monopólio de sistemas operacionais para controlar o mercado de
navegadores. Ao integrar o Internet Explorer ao Windows, a Microsoft causou
prejuízo à venda de computadores que tivessem outros navegadores, objetivando o
declínio da Netscape. Em junho de 2000 a corte americana declarou a Microsoft
culpada e determinou a separação do IE do Windows.
      O grande legado da Netscape foi difundir a web para que ela se tornasse o
que conhecemos hoje. Mesmo não tendo vencido a batalha contra a Microsoft abriu
as portas do mercado, até então monopolizado, para que novas e pequenas
empresas pudessem explorar esse nicho em expansão, como foi o caso do Google
que atualmente é uma das maiores empresas do setor.
      Durante os anos 2000, vários navegadores surgiram no mercado como
Mozilla Firefox, Google Chrome, Opera e Safari juntando-se ao já existente Microsoft
28



Internet Explorer. Em abril deste ano, a empresa Naveg, companhia de medição de
audiência online, publicou uma pesquisa realizada com mais de 75 milhões de
internautas e mais de seis mil sites. A pesquisa aponta que o Google Chrome
domina o mercado com 35% do mercado de navegadores, seguido por Internet
Explorer com 33%. O Firefox está em terceiro lugar com 20%, o Safari ocupa a
quarta posição com 8% e nas últimas colocações estão os demais navegadores com
4%.


          2.1.1 Pesquisa
          O Navigator, navegador da Netscape foi considerado a porta de entrada da
internet e o responsável pela massificação da rede. Entretanto, naquela época a
internet se resumia a páginas estáticas compostas por textos simples e listas de
frases. Buscar informações era praticamente impossível e para isso o internauta
tinha que seguir uma lista de links em busca do que procurava.
          Os primórdios da busca na web são creditados a dois jovens estudantes de
engenharia elétrica de Stanford, Jerry Yang e David Filo, que sem querer
descobriram aquele que seria o embrião da pesquisa na web, em 1994. Jerry
costumava buscar informações de conteúdos distintos e quando não encontrava os
sites que queria saia em busca de David, conhecido em Stanford pela excelente
memória. Visando facilitar as buscas do amigo, David descobriu um método de
compilar os sites que haviam sido vistos anteriormente por Jerry, de forma a facilitar
a busca por conteúdo. A ideia era simples e visava ajudar leigos na rede em suas
buscas dividindo o conteúdo em categorias e subcategorias compiladas inicialmente
pelos amigos de forma manual. A esse guia foi dado o nome de Jerry and David’s
Guide to the World Wide Web12, o primeiro no segmento e que teve grande
repercussão mundial. Após o sucesso inicial do guia surgiu a necessidade de um
nome menor e mais fácil de ser memorizado pelos usuários, nascia o Yahoo!
          O Yahoo! possuía milhares de acessos, mas nenhuma receita. Como toda
empresa era necessária a busca por meios de sobrevivência e lucros. Neste
momento se abriu uma discussão até então sem resposta, sobre receita dos sites
que estavam na rede. A internet não era vista sobre o prisma comercial e sim como
um lugar livre onde pessoas buscavam informações.


12
     Guia do Jerry e do David para a Rede Larga Mundial
29



       A necessidade de receitas era cada vez maior e a alternativa considerada
mais viável pela empresa foi a inclusão de anúncios nas páginas de pesquisa. Ao
mesmo tempo, surgia um medo da reação dos internautas e a eficácia da técnica. O
temor foi superado ao constatar que a empresa ganhava cada dia mais usuários, o
que significava mais anunciantes. O Yahoo! provou que era possível ganhar dinheiro
com a internet incitando uma série de empresas a entrarem no ramo. Dentre todas
as empresas que surgiram, a maior rival foi a Excite, que inovou ao desenvolver um
software mais sofisticado com uma precisão maior nas buscas, criando uma versão
rudimentar da busca atual.
       O próximo passo foi a transformação dos sites de buscas em portais com
serviços como cotação da bolsa, e-mail, bate-papo e notícias, que visavam entreter
os internautas em benefício dos anunciantes. Isso fez com que as empresas
perdessem o foco do objetivo principal do serviço a ser oferecido, as buscas de
conteúdo e que os mecanismos de busca sofressem um retrocesso, ao invés de
facilitar a pesquisa, dificultavam.
       Paralelo a isso uma dupla de jovens acadêmicos, Larry Page e Sergey Brin,
desenvolveram como tese de mestrado um novo mecanismo de busca baseado em
relevância, isto é, o número de acessos de uma página revelaria o quão relevante,
ou não, ela seria. A brecha deixada pelas empresas do setor fez com que a nova
empresa criada por Page e Brin, chamada Google, tivesse espaço para
disponibilizar um serviço muito mais eficiente que suprisse essa demanda.
       Apesar da inovação demonstrada pela dupla, o momento não era propício. A
Google surgiu em meio a bolha gerada pelos inúmeros sites de pesquisa e a jornada
por financiamento mostrou-se difícil. Page e Brin foram apresentados a Excite, que
buscava meios de resistir à dominação da Yahoo! e precisava de alianças que
trouxessem inovação para a empresa. Entretanto, a Excite não visualizou o potencial
da tecnologia da Google e declinou da possibilidade de comprá-la.
       Com as portas do mercado fechadas e a possibilidade de não implantar o
projeto, Page e Brin buscaram apoio com um ex-professor de Stanford que viabilizou
contatos com investidores anjos. A partir daí as portas para investimentos se abriram
para a Google e vários outros anjos investiram na empresa totalizando um milhão de
dólares. Page e Brin pensavam grande e imaginavam um mercado bilionário, fato
que ajudou a conquistar mais investidores. Outro diferencial era o produto oferecido,
extremamente simples e preciso.
30



      Porém, era necessário criar formas para rentabilizar a empresa. O único meio
que se apresentava era o já utilizado no mercado: a publicidade, modelo rejeitado
por Page e Grin, que não queriam que a Google se tornasse apenas mais uma
empresa de busca. Os jovens imaginavam a Google oferecendo uma experiência
diferenciada ao internauta sem poluir a página de pesquisa de anúncios.
      A saída para a Google foi a criação do Adwords, baseado na venda de
palavras chave. A Overture foi a primeira empresa a utilizar o sistema de venda de
palavras chave, pois entendia que o mecanismo de busca poderia ser um meio
eficaz de pesquisa de mercado, ao perceber que o internauta ao digitar um termo
estava demonstrando interesse em algo que poderia ser vendido. Isso fez com que a
página de resultados não sofresse interferência dos anúncios que ficaram separados
das páginas que não interessavam ao internauta. Isso foi entendido como uma
empresa de busca que voltava a se importar com busca e como os primórdios da
economia da internet levado a diante pela Google
      Em maio de 2000 o site já tinha versões em mais de dez idiomas.
Visualizando o potencial do concorrente, o Yahoo! estabeleceu uma parceria com o
Google, que passou a ser o provedor de buscas oficial do portal. No mês seguinte o
site já possuía um bilhão de URLs indexadas e em setembro do mesmo ano,
versões para 15 idiomas.
      No início do terceiro milênio, iniciou-se uma estratégia para oferecer uma
experiência diferenciada ao consumidor com a incorporação de empresas de
serviços distintos. A primeira aquisição foi o “Usernet Discussion Service” que sofreu
melhorias e foi lançado como “Google Groups”. Nesse mesmo ano, através de uma
parceria com o Universo Online (UOL) o Google chega a América Latina. A parceria
foi desfeita anos depois e o site conseguiu desbancar buscadores como o Cadê?,
incorporado pela Yahoo!, que possuíam grande força na América Central.
      Continuando a estratégia de expansão, em 2002 o Blogger é adquirido pela
Google e logo em seguida surge o Adsense, ferramenta de publicidade para blogs e
sites. No final do mesmo ano, é lançado o Google Print, atual Google Books,
ferramenta voltada a estudantes que disponibiliza trechos de livros. Em 2004, é
lançado o divisor de águas das ferramentas de relacionamento social, o Orkut, que
foi seguido pelo lançamento de outra ferramenta bem sucedida, o Gmail. Mais tarde
serviços como Google Earth, Google Talk, Google Reader, Google Analytics, Google
31



Docs, Google Mapas, Youtube e muitos outros foram incorporados ou criados pela
empresa.
          Mesmo expandindo os serviços em diversos setores diferentes, a Google não
perdeu o foco nem seu espaço nos serviços de busca. De acordo com pesquisa da
Pew Internet & American Life Project, nos Estados Unidos o Google detém 83% do
mercado de buscas, seguido pelo Yahoo! com 6%. O Bing da Microsoft possui
apenas 3% de participação no mercado norte americano e o 1% restante é atribuído
aos demais buscadores. Já no Brasil, dados da Experian Hitwise, publicados pelo
Serasa Experian13 sobre o mercado de buscas no Brasil, apontam que o Google
Brasil mantinha a liderança dos buscadores com 90,23%, até 11 de fevereiro deste
ano, com perda de 1,31% em relação ao ano passado. O Bing Brasil manteve a
segunda colocação com 3,89%. Já o Google.com registrou 2,36% de participação,
alcançando o terceiro lugar e o Bing.com 0,18% na sétima posição. Foram
considerados ainda os dados do Google Portugual, Yahoo!, Ask e Uol.


          2.1.2 A bolha
          A ascensão da internet trouxe uma leva ascendente de computadores mais
rápidos, baratos e conectados a rede, que se tornava cada dia mais útil e popular.
Isso despertou o interesse de Wall Street, que apesar de não entender o que essa
nova tecnologia significava viu ali uma oportunidade de fazer dinheiro.
          Assim como ocorreu em outras épocas da história, toda inovação é
acompanhada de especulação financeira. Foi assim com o lançamento do Ford T,
do telégrafo e em Porto Velho, as Usinas do Madeira trouxeram consigo uma bolha
imobiliária.
          O início da Bolha começou em 1995 quando a Netscape anunciou a oferta
inicial pública de suas ações. Um ano depois outras empresas como o portal de
buscas Yahoo! fizeram o mesmo e em 1997 a Amazon.com ao abrir suas ações
acabou empurrando a bolha, gerando controvérsias, já que obtinha mais perdas que
lucros.
          Um ano depois o Ebay abriu suas ações na bolsa de valores e ao final do
primeiro dia do pregão suas ações já valiam mais de dois bilhões de dólares.
Enquanto isso os olhares de Wall Street se voltavam a Amazon.com e no final


13
     Disponível em http://www.serasaexperian.com.br/release/noticias/2012/noticia_00772.htm
32



daquele ano o especialista financeiro Henry Blodget afirmou que mesmo com perdas
as ações da empresa dobrariam seu valor em um ano. Essa afirmação causou
frisson na mídia resultando na duplicação do valor das ações da Amazon.com não
em um ano, mas em apenas algumas semanas. Esse pode ser considerado o real
início da verdadeira bolha.
      A abertura do capital da Amazon.com e do Ebay tornaram seus donos mais
ricos e inspirou uma nova corrida do ouro, desta vez tecnológica. Milhares de
pessoas passaram a migrar para o Vale do Silício em busca de uma oportunidade
parecida, carregando projetos inacabados de empresas nem sempre lucrativas.
Outro fator que contribuiu para a bolha foi a democratização do mercado de ações,
que possibilitou a qualquer pessoa negociar seus papéis sem sair de casa.
      A partir desse momento as ações das empresas “PontoCom” foram avaliadas
exageradamente atingindo níveis altíssimos na avaliação dos investimentos.
Algumas empresas brasileiras chegaram a ter ações valorizadas em 300%. Muitas
empresas com negócios falhos ou sem possibilidade de lucros recebiam aportes
milionários de investidores, resultando na supervalorização das ações.
      Além disso, os donos das empresas pontocom do Vale do Silício passaram a
exibir um estilo de vida megalomaníaco com direito a festas caras, sedes e carros
luxuosos financiados pelo dinheiro dos investimentos. Um dos maiores gastos era
com os comercias de TV, onde somente durante o intervalo do Superbowl de 2001
os comerciais gastaram 2.2 milhões de dólares. Ao todo 40 milhões de dólares dos
investidores e de capital de risco foram gastos dessa forma.
      Paralelo a Bolha da Internet surgia uma bolha nas telecomunicações. A
crescente demanda por largura de banda fez com que dezenas de empresas
instalassem milhares de quilômetros de fibra óptica para suprir essa demanda.
Porém havia muitas empresas oferecendo o mesmo serviço sem analisar os custos
corretamente e as consequências disso.
      Em 1999 o total de empresas pontocom que abriram suas ações na bolsa de
valores chegou a 250. Enquanto isso, a Amazon.com e o Ebay mantiveram-se no
topo com as ações mais supervalorizadas do mercado. Depois de testemunhar a
subida desenfreada da bolsa de valores em 1999 e vislumbrar sinais de que a
economia passava por um superaquecimento, a Reserva Federal Americana, em
fevereiro e março de 2000, elevou os juros aos níveis mais altos desde 1995.
33



      Em 2000, no dia conhecido como “sexta-feira negra” a bolha estourou e a
Nasdaq apresentou seu pior resultado caindo 355 pontos, representando o maior
colapso da bolsa de valores. Os prejuízos somaram cerca de 3,5 trilhões de dólares
e algumas empresas tiveram as ações desvalorizadas em mais de 90,0%.
      Não somente as pequenas empresas sofreram o baque, gigantes como a
Amazon.com também foram atingidas. A própria Amazon.com chegou bem próximo
à falência e após a bolha no início de 2001 demitiu 1.300 funcionários. A bolha
murchou em setembro do mesmo ano quando no dia 11 ocorreu o atentado ao
World Trade Center dando fim há anos de especulação financeira.
      O resultado da Bolha foi o fechamento de inúmeras empresas além do
surgimento de um medo quando o assunto era a internet. Ao mesmo tempo em que
inúmeras empresas fracassaram outras tantas conseguiram se manter no mercado.
Prova disso são a Amazon.com e o Ebay que trouxeram um novo modelo de
experiência do usuário no comércio eletrônico ao transferir poder ao consumidor, e
atualmente são duas gigantes do setor. Mas o principal resultado da bolha foi o
surgimento de empresas duradouras e a transformação da economia.
      Em 19 de agosto de 2004 a Google abriu suas ações na Nasdaq criando um
frenesi especulativo entre aqueles que desejavam a recuperação do mercado de
tecnologia arrasado pela Bolha. Ao mesmo tempo, a noticia da abertura do capital
da Google repercutiu fortemente na mídia financeira em razão do modelo escolhido
pela empresa, que optou por um leilão de ações, alienando grande parte dos
corretores de Wall Street que trabalhavam com o modelo tradicional de negócios.
      Ao abrir, a bolsa começou com cem dólares, quinze dólares a mais que no dia
anterior e desde então, nunca mais caiu abaixo desse valor. Três anos depois da
abertura, a Google valia mais que empresas como Fedex, Coca Cola e Mc Donalds.
Foi a recuperação do mercado de tecnologia.


      2.1.3 Anos 2000
      Nos anos 2000, houve um aumento significativo no número de computadores
pessoais no mundo, que ultrapassou 500 milhões de unidades.
      No ano seguinte uma tragédia mundial mudou a visão que as pessoas tinham
da rede. No dia 11 de setembro de 2001, com o atentado às Torres Gêmeas nos
Estados Unidos, a internet foi crucial para a cobertura da tragédia. Segundo Sérgio
Lüdtke, editor de mídias sociais da Revista Época, “[...] naquele dia, muitos sites
34



caíram com a quantidade de acessos. A partir deste momento você tem a internet
percebida com mais confiança” 14, sendo considerada por muitos especialistas como
o marco zero do jornalismo online.
       Em 2002, o número de pessoas utilizando a internet já alcançava a marca de
544 milhões e vários serviços online como serviços de fotos, redes de
relacionamento, blogs e outros começaram a trazer uma mudança comportamental
no internauta. É nesse ano também que tem início a venda de celulares com acesso
à internet móvel e as operações do WiFi.
       Em 2004 surgiram duas das maiores redes de relacionamento do mundo. Em
fevereiro dois americanos e um brasileiro, estudantes de Harvard criaram um site
com o intuito de colocar os estudantes da universidade em rede. De lá para cá, o
Facebook cresceu rapidamente ultrapassando os limites da universidade e tornou-se
a rede social mais acessada com 800 milhões de usuários no mundo. Em abril deste
ano, o Brasil se tornou o terceiro país com maior número de usuários da rede com
44,6 milhões de membros, atrás dos Estados Unidos com 156,8 milhões e Índia com
45,7 milhões de usuários. Menos de um mês após a divulgação desses dados a
SocialBakers divulgou estudo que mostra a ascensão brasileira ao segundo lugar do
ranking de usuários do Facebook com crescimento de 22%, passando a representar
23% do número total de usuários no mundo. Em dezembro de 2011, o Facebook
superou o número de acessos do Orkut no Brasil, até então a rede social mais
utilizada pelos brasileiros. O Orkut foi desenvolvido por um engenheiro do Google de
mesmo nome. Os maiores números de usuários da rede estão na Índia, onde
chegou a ser o segundo site mais acessado e no Brasil, que possuía mais de 23
milhões de usuários e durante anos foi a rede social mais acessada pelos
brasileiros.
       Em setembro deste mesmo ano, Tim O’really criou o termo “Web 2.0” para
descrever os novos modelos de negócio da rede após a Bolha. O termo, inicialmente
comercial para fins de marketing, se espalhou com novo sentido e passou a definir
as mudanças sofridas pela internet com o crescimento de mídias sociais e sites
colaborativos. Para O’really apud Torres (2009) “Web 2.0 é a mudança para uma
Internet como plataforma, e um entendimento das regras para obter sucesso nessa
14
   Disponível em:
http://portalimprensa.uol.com.br/noticias/brasil/43546/o+11+de+setembro+mudou+a+historia+da+inter
net+diz+sergio+ludtke+da+epoca/
35



nova plataforma. Entre outras, a regra mais importante é desenvolver aplicativos [...]
aproveitando a inteligência coletiva”. Ou seja, o termo refere-se a uma mudança
comportamental do internauta e da internet, que se tornou mais colaborativa por
meio de plataformas como sites de relacionamento, páginas wiki, blogs, jornalismo
colaborativo e outros.
       O ano seguinte pode ser creditado como o ano de maior crescimento da
internet. Em 2005, a web cresceu mais do que todo o período da bolha e estima-se
que cerca de 17 milhões de novos sites tenham surgido nesse ano. A Ásia-Pacífico
foi a região que apresentou o maior número de usuários e acessos por banda larga,
com 315 milhões de internautas e 40% de lares conectados à rede. A Europa
aparecia com 233 milhões de usuários e 55,2 milhões de lares com banda larga e na
América Latina apenas 70 milhões de pessoas possuíam acesso à internet.
Segundo uma pesquisa da “eMarketer” ao final daquele ano, um bilhão de pessoas
tinham acesso à internet, 845 milhões delas eram usuários regulares e 25%
utilizavam banda larga ou conexões de alta velocidade.
       Em 2007 um estudo da “ComScore” concluiu que o número de usuários da
Internet havia atingindo 694 milhões de pessoas ou 14% da população mundial, que
na época era estimada em 6,5 bilhões de pessoas. Um ano depois, o número de
usuários já ultrapassava 1,5 bilhões de pessoas e em junho do mesmo ano, uma
pesquisa da Gartner apontou que já havia sido ultrapassada a marca de um bilhão
de unidades de computadores pessoais.
       Atualmente o número de internautas no mundo ultrapassa dois bilhões de
usuários, segundo anúncio da União Internacional de Telecomunicações (UIT).
Considerando que a população mundial está acima de 6,8 bilhões de pessoas, há a
relação de uma em cada três pessoas conectadas à internet. As assinaturas de
banda larga no mundo ultrapassaram meio bilhão em 2010, com 555 milhões e as
de banda larga móvel chegaram a 940 milhões.


2.2 Internet no Brasil

       No Brasil, os primeiros passos da rede foram dados em 1988 quando a
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) realizou a
primeira conexão à rede. No mesmo período, a Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ) e o Laboratório Nacional de Computação Gráfica (LNCC) também se
36



conectaram a internet ligando as universidades brasileiras a instituições norte-
americanas.
      Paralelo a isso, em 1990, o BBS (Bulletin Board System), sistema de
comunicação semelhante a um quadro de avisos eletrônico se tornou febre no Brasil
e no mundo, podendo ser encarado como o precursor da internet comercial. O BBS
funcionava de forma semelhante a uma tela de chat sofisticada sem muito conteúdo
e com bastante interação. Em pouco tempo, se tornou um provedor de internet e
figurou como um dos maiores do país.
      Em 1992, o Governo Federal criou a Rede Nacional de Pesquisa (RNP)
através do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). A RNP criou uma gigantesca
infraestrutura de cabos, chamada de espinha dorsal ou backbone, para suportar a
rede mundial de computadores e com isso receber o link internacional. Além disso,
espalhou pontos de conexão pelas principais capitais brasileiras começando a
operar a infraestrutura de funcionamento da internet, possibilitando o acesso para
universidades, órgãos governamentais e fundações de pesquisa no país.
      Paralelamente às ações da RNP, a organização não governamental (ONG)
Instituto Brasileiro de Análise Sociais e Econômicas (Ibase), foi a primeira instituição
não acadêmica a fazer uso da Internet ao utilizar o AlterNex, serviço de correio
eletrônico e grupos de discussão conectado à rede em 1989. O grande teste do
AlterNex   ocorreu   durante    a   Conferência    Internacional   ECO-92,    onde    o
acompanhamento dos debates era feito por um sistema de veiculação de
informações eletronicamente.
      Nos anos seguintes a Internet cresceu gradualmente no meio acadêmico e
nos Estados Unidos, gerando uma disputa no Brasil pelos direitos de acesso à rede.
Em 1993 foi estabelecida a primeira conexão à longa distância, entre São Paulo e
Porto Alegre, utilizando uma velocidade de 64 kbps.
      O Governo Brasileiro em 1994, por meio de uma ação conjunta entre os
Ministérios da Ciência e Tecnologia (MCT) e das Comunicações (MC) demonstrou
interesse em investir e promover o desenvolvimento da Internet no país. Caberia a
RNP gerenciar a infraestrutura da operação e à Embratel, que na época pertencia ao
sistema Telebrás, a exploração comercial do serviço, indicando que haveria um
monopólio estatal da Embratel na exploração dos serviços de comunicação de
dados.
37



      Porém, a eleição de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República
alterou esse cenário. Um dos principais programas do presidente era a privatização
de estatais, que atingiria o mercado das telecomunicações. Assim, os Ministérios da
Ciência e Tecnologia e das Comunicações determinaram que o serviço de acesso à
internet ofertado ao consumidor final só poderia ser oferecido por empresas privadas
e ao mercado corporativo distribuído pelas estatais, extinguindo a possibilidade de
um monopólio.
      No ano seguinte o governo brasileiro deu o primeiro passo para a
disseminação da internet no país ao abrir o backbone para fornecimento de
conectividade a provedores de acesso comercial. Nesse ano, foram iniciadas as
operações da Embratel, que são consideradas o marco da internet comercial no
país. Esse ano também é marcado pela fundação do Comitê Gestor da Internet no
Brasil (CGI) que gerencia o uso da rede, incluindo os domínios (nomes) dos sites e
também pela criação da versão online do Jornal do Brasil, o primeiro no segmento.
      Foi também neste ano que a internet foi apresentada aos brasileiros por meio
da novela Explode Coração, onde teve papel fundamental no desenlace do folhetim.
A trama contava a história da cigana Dara, que contrariando os costumes de seu
povo rejeitou casamento com o também cigano Ygor e por meio da internet
conheceu o empresário Júlio Falcão. Através de chat (bate papo), os dois trocaram
juras de amor e superaram as distâncias e diferenças culturais que os separavam. A
divulgação massiva da internet através da maior rede de televisão do país foi o
estímulo para que muitos empreendedores resolvessem investir nesse campo em
expansão.
      Em 1995 a Nutec, que já havia sido a pioneira em distribuição de soluções de
TCP/IP no Brasil, transforma-se em NutecNet e como provedor de acesso espalhou-
se rapidamente por todo o país ultrapassando 50 mil assinantes, algo surpreendente
para um país que acabava de receber a internet.
      Foi nesse ano também que surgiu na rede o Cadê? primeiro site de buscas
brasileiro. O site, que inicialmente contava com trezentas páginas catalogadas à
mão logo cresceu e no ano seguinte já possuía mais de 1.200 páginas e 20 mil
usuários.
      O ano de 1996 é marcado pela chegada dos grandes portais brasileiros e pelo
início das vendas de assinaturas de acesso à rede. A era dos portais foi iniciada pela
Editora Abril com o BOL (Brasil Online) e posteriormente pelo Portal UOL (Universo
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Online), do Grupo Folha, que em setembro do mesmo ano incorporou o BOL às
suas operações.
         Em 1998 é criado o primeiro blog em português, o Diário da Megalópole que
tinha por objetivo registrar o cotidiano da cidade de São Paulo. É nesse ano que
chega ao mercado o primeiro serviço de e-mail genuinamente brasileiro, o Zipmail,
que em menos de doze meses já ultrapassava a marca de um milhão de usuários.
         No ano seguinte, é lançado o portal Zip.Net, construído para os usuários do
Zipmail, com conteúdo gratuito da Rádio Jovem Pan, MTV, Pelé.net, entre outros e
que em pouco tempo consolidou-se como uma das quatro maiores forças da internet
no país.
         A NutecNet que havia se consolidado como o maior provedor de internet no
país e segundo maior em número de assinantes, é comprada pelo grupo Rede Brasil
Sul (RBS) no fim de 1996 e no ano seguinte ressurge no mercado com o nome de
ZAZ beirando os 100 mil assinantes. Em 1998, o ZAZ já possuía 190 mil assinantes
e faturamento de mais de 42 milhões de reais. Porém a cada dia entravam novos
concorrentes no mercado, como Starmedia, O Site e a gigantesca América Online
(AOL), tornando a internet um espaço cada vez mais acirrado. Para evitar uma
perda de mercado, o grupo detentor do ZAZ buscou um parceiro global que tivesse
força para encarar os concorrentes que surgiam a cada dia. Assim, o ZAZ foi
vendido para o Grupo Telefónica e um ano depois desaparecia do mercado sendo
substituído pela Terra Networks, em outubro de 1999. A Terra Networks, apenas no
primeiro ano de vida, faturou em torno de 80 milhões de dólares. No ano 2000,
mudou novamente de nome, ao fundir-se com o portal americano Lycos e passou a
chamar-se Terra Lycos.
         O ano de 1999 é marcado por mudanças na rede. O Cadê?, que à época era
o maior site de buscas do país, foi comprado pelo StarMedia. O Yahoo!, até então o
site mais acessado do mundo, lança sua versão em português. A Folha Online
passa a substituir o BOL como um site de notícias e o BOL torna-se apenas serviço
de e-mail. A AOL, então o maior provedor mundial de acesso à internet, chega ao
Brasil utilizando como estratégia a distribuição de CDs de instalação que apresentou
problemas já que o sistema mudava automaticamente as configurações do
computador do usuário. Mas a maior mudança foi a chegada da internet banda
larga.
39



      Nos primórdios da internet no Brasil, o único meio existente para ter conexão
à rede era a internet discada, que trazia vários problemas. Com velocidade máxima
de 56,6 kbps, a conexão era instável, ocupava a linha telefônica e o valor cobrado
pela conexão equivalia ao valor normal de uma ligação telefônica, ou seja, se um
usuário permanecesse conectado por 20 minutos pagaria o valor equivalente ao de
uma ligação telefônica de mesmo tempo. A banda larga, assim como a conexão
discada, utiliza a linha telefônica para se conectar a internet, porém não dispõe dos
mesmos problemas que sua antecessora. A banda larga cobra uma mensalidade
pelo serviço oferecido ao contrário da conexão discada e isso possibilita que o
usuário possa utilizar a rede pelo tempo que desejar sem ocupar a linha telefônica. A
principal vantagem trazida pela banda larga foi o ganho de velocidade, que mesmo
variável, torna a navegação mais rápida e eficiente.
      A partir dos anos 2000 começaram a surgir no Brasil diversos serviços de
internet de alta velocidade, a exemplo do Cabonet da Esc 90/Net Vitória, do
PapaLéguas da Horizon, do Zumm da Viacabo e o Flash, da BIG TV, entre outros. O
crescimento da rede banda larga foi crescendo gradativamente até interligar todos
os 27 estados do Brasil. Quatro anos depois da chegada da banda larga o Brasil já
possuía cerca de 30 milhões de internautas.
      Em 2005 a banda larga ultrapassou a conexão discada em número de
usuários e o governo, como medida incentivadora para a expansão da internet
lançou o projeto “Computador para Todos” com redução de tributos e formas de
financiamento para computadores com sistema operacional livre, como o Linux, com
valor máximo de R$ 1.400,00. Nesse mesmo ano, o país tornou-se o primeiro país
com maior tempo de navegação familiar e o usuário brasileiro bateu recorde de
navegação com a média de 15 horas e 14 minutos.
      A medida do governo refletiu positivamente e no ano seguinte a venda de
computadores cresceu 43% chegando a vender 8,3 milhões de unidades. Ao final de
2006, já eram mais de 14,4 milhões de brasileiros com acesso residencial a internet
e o tempo de navegação havia subido para 21 horas e 39 minutos, tornando o Brasil
pela oitava vez consecutiva o líder em tempo de navegação na internet.
      Em 2007, o número de usuários residenciais ativos no país superava a marca
de 16,3 milhões e o número de pessoas com acesso à internet em outros locais
chegava a 32,9 milhões. Dois anos depois, o número de usuários com mais de 16
anos havia saltado para 64,8 milhões.
40



      Em abril deste ano a Nielsen divulgou a pesquisa NetSpeed Online Report
sobre o acesso do brasileiro à internet, tendo como critérios a qualidade das
conexões de banda larga no país, o número total de internautas e o local de acesso
à rede. A pesquisa aponta que 27,1% dos brasileiros usa conexão rápida (2mb a
8mb), 45,0% usa conexão média (512 Kbps a 2 Mbps) e 13,0% possui conexão
lenta (até 512 Kbps), dados referentes a fevereiro de 2012. As conexões super-
rápidas (acima de 8mb) somam apenas 10,0%. Comparando esses dados com os
números do mesmo período de 2010 é possível verificar o rápido crescimento do
número de usuários ativos. As conexões rápidas subiram de 9,4% para 27,7%, já as
médias mantiveram maior porcentagem com aumento de 42,5% de 2010 para 45,0%
esse ano e as conexões super-rápidas duplicaram sua representatividade passado
de 3,2% para 6% em 2012. Houve também uma diminuição drástica no número de
conexões lentas que caiu de 28,8% em 2010 para apenas 13% em 2012. O
crescimento leva a crer que houve migração de consumidores para serviços
melhores. Em apenas dois anos, a quantidade de usuários ativos com conexão
rápida teve crescimento de mais de 300%, acompanhado por crescimento também
nas conexões médias, mais popular no Brasil, de 47%.
      Apesar das conexões brasileiras ainda não atingirem o nível considerado
ideal, o Brasil já atingiu a meta de 10,04 milhões de conexões, alcançada em 2010.
      O relatório ainda afirma que o Brasil possui 79,9 milhões de internautas,
marca alcançada no último trimestre de 2011, representando um crescimento de 8%
em relação ao mesmo período de 2010. Destes, 48,7 milhões foram considerados
usuários ativos em fevereiro.
      Dentre as categorias com maior crescimento mensal no número de usuários
únicos, a de Informações Corporativas foi a que mais evoluiu com 3,3% de
crescimento, seguida por Educação e Carreiras, com 3,1%. Sites de empregos e
principalmente de pesquisas escolares foram os mais buscados em Educação e
Carreiras.
      Para a Fecomércio – RJ/Ipsos Isso faz com que o país seja o 5º maior em
número de conexões com a Internet, com um aumento no percentual de usuários
acessando a internet de 27,0% para 48,0% entre 2007 e 2011.
      Apesar do crescimento do percentual de brasileiros            conectados, a
desigualdade social ainda impede uma maior inclusão digital. Nas classes mais
pobres apenas 0,6% tem acesso à Internet, já entre os mais ricos a porcentagem é
41



de 56,3%. Também há uma desigualdade étnica no uso à Internet, somente 13,3%
dos negros tem acesso, enquanto entre os brancos a taxa é de 28,3%. Na
localização geográfica também há um diferencial de acesso, as regiões Sul (25,6%)
e Sudeste (26,6%) se sobressaem às regiões Norte (12,0%) e Nordeste (11,9%).
Para minimizar essa discrepância, o Governo Federal lançou o Plano Nacional de
Banda Larga (PNBL), que pretende levar internet a baixo custo para pelo menos
80,0% da população brasileira no prazo de quatro anos.
      A cada dia, meio milhão de pessoas entram na internet pela primeira vez.
Estima-se que até o fim desse ano o número de usuários de computador no mundo
vá   chegar    a   2   bilhões.   Hoje,    70,0%    das   pessoas     consideram    a
Internet indispensável. Em 1982 havia apenas 315 sites na Internet, hoje existem
174 milhões. De acordo com Alexandre Sanches Magalhães, gerente de análise do
Ibope//NetRatings, “o ritmo de crescimento da internet brasileira é intenso. A entrada
da classe C para o clube dos internautas deve continuar a manter esse mesmo
compasso forte de aumento no número de usuários residenciais”.


2.3 E-commerce e empreendedorismo digital

      O comércio eletrônico ou e-commerce é uma transação comercial
intermediada por um meio eletrônico ou digital, tendo surgido na década de 1970
utilizando tecnologias que facilitavam as transações permitindo o envio de ordens de
compras e contas de forma eletrônica. Já nos anos 80 mudanças como a aceitação
de cartão de crédito e os serviços de atendimento ao cliente (SAC) também foram
caracterizados como comércio eletrônico.
      O marco zero para a Internet comercial no mundo surgiu em 1995. Foi nesse
ano que surgiram alguns dos grandes nomes da rede mundial, como Yahoo! e
Amazon.com. As duas empresas surgiram aproveitando o crescimento acelerado da
internet baseados em necessidades e oportunidades que o novo mercado trazia. Em
um curto prazo de tempo a Amazon.com tornou-se a maior livraria on line do mundo
e um ano após sua criação valia mais de 300 milhões de dólares. Com história
semelhante, o Yahoo! em apenas um ano tinha quase 100 milhões de páginas
visitadas e lucro de 40 milhões de dólares, tornando-se os pioneiros da indústria
norte americana.
42



      Foi também em 1995 que no Brasil surgiram os primeiros protagonistas da
web, acompanhando o surgimento de centenas de pequenos provedores de acesso
à internet. Pela primeira vez na história, a venda de televisores foi ultrapassada pela
de computadores e o consumo de linhas telefônicas foi aumentando gradualmente
até a explosão de 1998, quando houve a privatização do setor.
      Desde a chegada da internet no Brasil, o instinto empreendedor do brasileiro
foi aflorado em busca de oportunidades nesse mercado desconhecido que surgia.
Na mesma proporção em que muitos prosperaram outros tantos não obtiveram êxito
em suas jornadas. Nascia o embrião do empreendedorismo digital brasileiro.
      Empreendedorismo digital pode ser entendido como o desenvolvimento um
modelo de negócio intermediado por um meio eletrônico para oferecer um produto
e/ou serviço e com isso obter lucro.
      Um dos casos mais prósperos da internet brasileira foi a criação do Booknet,
primeira loja 100% virtual do Brasil e também primeiro empreendimento brasileiro em
e-commerce.
      Em viagem a Nova York a trabalho, o consultor literário Jack London
conheceu a novidade que mudaria sua vida e a história do empreendedorismo digital
brasileiro para sempre. Era fim de 1994 e Jack foi apresentado à Amazon.com,
livraria virtual no ar há apenas algumas semanas. Encantado com a novidade,
London foi até a sede da empresa buscar mais informações sobre o funcionamento
da empresa. Cinco meses depois, já em maio de 1995, entra na rede a Booknet,
primeira livraria online do Brasil, porém o lançamento só foi feito em janeiro do ano
seguinte. Inicialmente, a proposta de London, vender livros pela internet sem a
utilização de estoques, gerou descrença entre os possíveis fornecedores que
encaravam a nova modalidade de negócio como absurda.                    Mesmo com
desconfianças, a Booknet ganhou credibilidade após seu lançamento e iniciou suas
operações com 17 editoras e mais de 2.000 títulos a venda. Em dois anos, o
empreendimento que custou cerca de 500 mil reais a London, já operava no azul
com uma margem de lucro de 10%.
      A partir de 1998 um sistema de franquias foi instaurado, onde os franquiados
montavam quiosques com acesso à internet e alcançou mais de 80 parceiros em
todo o país. O rápido crescimento trouxe consigo a falta de estoque. A solução foi a
compra de seis lojas da Ediouro no Rio de Janeiro. Assim, a livraria saiu do virtual
para ganhar o mundo real. A estratégia funcionou e somente naquele ano o
43



faturamento da empresa alcançou a casa dos 12 milhões de dólares. No ano
seguinte, London vendeu 100% da Booknet à GP Investimentos, dando início ao que
mais tarde se tornaria o Submarino.com.
      Bancos e instituições financeiras começaram a fazer uso da rede em suas
operações e o Brasil tornou-se referência internacional em internet banking. Outros
setores, como os meios de comunicação, passaram a utilizar a rede ofertando
versões digitais de seus produtos. Mas pode-se afirmar que a maior prova da
consolidação da Internet no país deu-se com a criação da declaração on-line do
Imposto de Renda, onde atualmente a Receita Federal recebe 100% das
declarações digitalmente, eliminando o uso do papel.
      No final dos anos 2000, empresas europeias e americanas passaram a
oferecer seus serviços pela internet o que fez com que, desde então, as pessoas
associassem o termo “comércio eletrônico” ao ato de adquirir produtos ou serviços
através das facilidades da rede mundial de computadores.
      De acordo com a pesquisa Webshoppers de 2010, nos últimos 10 anos o
crescimento médio anual do comercio eletrônico no Brasil foi de 43,5%. Em 2007, o
faturamento do e-commerce foi de R$ 6,7 bilhões e quatro anos depois esse
montante triplicou.
      Somente no ano passado o comércio eletrônico brasileiro movimentou R$
18,7 bilhões em mais de 53,7 milhões de pedidos pela internet, com um tíquete
médio de R$ 350,00, valor 6,5% abaixo do que do ano anterior.
      Isso representa um crescimento de 26,0% em relação a 2010. Somaram-se a
essa massa mais de nove milhões de novos e-consumidores, sendo 61,0% da
Classe C, totalizando mais de 32 milhões de pessoas que já compraram online pelo
menos uma vez.
      A previsão de crescimento para 2012 é manter o mesmo ritmo de 2011,
podendo sofrer influência do cenário internacional com a crise europeia, a
recuperação dos Estados Unidos e a redução do crescimento chinês. Fatores como
a redução de impostos e na taxa básica de juros, além de incentivos governamentais
podem equilibrar esse cenário. Espera-se que até o fim deste ano, o e-commerce
fature R$ 23,4 bilhões.
      Mas, qual a razão deste sucesso? A internet traz mais conforto e praticidade
ao dia a dia. Hoje é possível realizar pesquisas, buscar informações, realizar
compras e outras tarefas sem sair de casa, enfrentar filas ou procurar vagas de
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  • 1. FACULDADE INTERAMERICANA DE PORTO VELHO – UNIRON Laís Adriane de Oliveira Melo Neuma Oliveira Souto Dória Rosana Ferreira Silva Rosa PLANO DE NEGÓCIOS CANAL PUBLICITÁRIO Porto Velho – RO 2012
  • 2. Laís Adriane de Oliveira Melo Neuma Oliveira Souto Dória Rosana Ferreira Silva Rosa PLANO DE NEGÓCIOS CANAL PUBLICITÁRIO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Comunicação Social – Habilitação em Publicidade e Propaganda da Faculdade Interamericana de Porto Velho – UNIRON, sob orientação da Prof.ª Esp. Andreia Pinheiro Gonzalez, como parte da avaliação para obtenção de título de bacharel em Publicidade e Propaganda. Porto Velho – RO 2012
  • 3. Laís Adriane de Oliveira Melo Neuma Oliveira Souto Dória Rosana Ferreira Silva Rosa PLANO DE NEGÓCIOS CANAL PUBLICITÁRIO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Comunicação Social – Habilitação em Publicidade e Propaganda da Faculdade Interamericana de Porto Velho – UNIRON, sob orientação da Prof.ª Esp. Andreia Pinheiro Gonzalez, como parte da avaliação para obtenção de título de bacharel em Publicidade e Propaganda. Resultado: __________________________________________________________ BANCA ORIENTADORA Prof. _______________________________________________________________ Assinatura __________________________________________________________ Prof. _______________________________________________________________ Assinatura __________________________________________________________ Prof. _______________________________________________________________ Assinatura __________________________________________________________ Data:
  • 4. DEDICATÓRIA Dedicamos este trabalho de conclusão de curso a nós mesmas pelos nossos esforços, comprometimento, amizade, força de vontade e todos os recursos que investimos durante essa jornada.
  • 5. AGRADECIMENTOS A Deus por ter permitido a realização deste trabalho e pela presente vitória que agora nos oferece. Sem a luz divina em nossos caminhos, não conseguiríamos ter vencido os obstáculos e chegado até aqui. Em especial aos nossos pais, Genira, Nelma, José Maria e Filomena, razão de nossas vidas que em meio a tantas dificuldades, lutaram bastante para nos proporcionar educação e nos incentivaram nesse sonho. (Laís, Neuma e Rosana) À Francisco de Souza que mesmo não estando presente na conclusão de uma etapa tão importante da minha vida, não por escolha e sim pela situação que a vida nos trouxe, pode mesmo de longe acompanhar a caminhada, a luta que eu tive. Agradeço pelos seus conselhos, carinho, amor e por ter me ensinado a ser uma pessoa digna. Obrigada Pai. (Laís) Aos familiares pelo eterno orgulho de nossas caminhadas, pelo apoio, compreensão e ajuda tão necessária nesse percurso. Pelos muitos momentos em que foram obrigados a abdicar de nossas presenças e compreensivamente o fizeram, por entender a importância que essa caminhada tem para cada uma de nós. Agradecemos as irmãs Fabiane (Laís) e Nilma (Neuma) por suprirem nossas ausências junto às nossas mães. À Carla, irmã da Rosana, que inúmeras vezes nos cedeu sua casa para nossas reuniões. A Caleb e Leandro que abdicaram da presença de suas respectivas companheiras e por todo apoio despendido ao grupo. À Natália, que mesmo em sua infância, apreendeu o significado de compreensão ao abrir mão dos momentos maternos em prol da mãe, Rosana. Aos nossos amigos inesquecíveis com quem passamos quatro anos de nossas vidas compartilhando bons momentos, angústias, alegrias e brigas, que deixaram em nós um pedacinho de cada um, suas marcas registradas que levaremos para a vida inteira. Caleb Ortiz, Ilmar Júnior, Hugor Felipe, Janaína Brito, Merô Reis e Railton Umbelino vocês ficarão em nossas memórias e sentiremos saudades do convívio diário. Aos amigos que conhecemos ao longo de nossas vidas e que foram imprescindíveis para a formação de quem somos hoje. À Eduardo Tarzan, César Oliveira e Pedro Martins pelas indicações bibliográficas nos momentos em que não encontrávamos as bibliografias necessárias e estávamos em franco desespero por isso. (Laís, Neuma e Rosana) A Naiara Fandinho por sua amizade de vários anos, que mesmo de longe passava confiança, estímulo e compreensão. Que quando eu tinha algum problema ajudava- me com uma palavra amiga. Agradeço por essa pessoa existir e ser tão especial. (Laís) A Marcos Souza, cuja amizade foi peça essencial em todos os momentos que mais precisei. Que trouxe risos e momentos de descontração em meio ao estresse da jornada a tornando mais leve e que não mediu esforços para nos ajudar no que foi preciso. (Neuma) A todos os professores pelo conhecimento e dedicação que desempenharam nas aulas ministradas. Aqueles que já passaram em nossas vidas e deixaram marcas
  • 6. profundas que nos trouxeram até aqui, em especial o Prof. Edson Modesto, que de uma forma muito especial nos influenciou a sermos as acadêmicas que somos e não nos deixou desistir. Agradecemos também àqueles que acompanharam de perto o desenvolvimento deste projeto e contribuíram com sua ajuda, na forma de materiais de pesquisa, conselhos e dicas valiosas para o resultado que obtivemos, como os professores Maria Angela e Andrews Botelho. À coordenação do Curso de Comunicação Social, encabeçada pelas professoras Maria Angela e Andreia Gonzalez que trouxe um novo tempo para o curso por meio de uma gestão séria e compromissada, preocupada em formar profissionais completos e aptos ao mercado de trabalho. Agradecemos especialmente a nossa Orientadora Andreia Gonzalez que ao aceitar o convite para nos orientar, nos trouxe uma nova visão da profissão que escolhemos. Que sempre se mostrou solícita e alto astral durante nossas orientações e que esteve ao nosso lado durante toda essa jornada. Mais do que orientações, recebemos lições de uma grande profissional, que apesar de exigente nos deu liberdade para criarmos um trabalho conforme nossas convicções. Mais do que uma orientadora ganhamos uma grande amiga. Obrigada Andreia! E mais que tudo agradecemos umas as outras, sem as quais esse trabalho não seria possível, pois sozinhas, não teríamos conseguido. Viajamos juntas em pesquisas quantitativas e qualitativas, análises de temas, objetivos e em tudo que envolvia o nosso sonho, pois tínhamos uma meta que foi alcançada. Difícil foi, porém o que nessa vida não é difícil? Que graça teria se não houvesse os tropeços no meio do caminho? Construímos juntas esse propósito que foi nos concedido, não faltaram obstáculos, passamos momentos difíceis e fáceis, rimos nos momentos difíceis em que tudo parecia desandar, compartilhamos da intimidade umas das outras, tivemos nossas subidas e descidas que foram realidade sempre presente, porém no fim tínhamos umas as outras para dar força e levantar quando alguém precisava. Juntas percorremos retas, nos apoiamos nas curvas, descobrimos curiosidades sobre esse mundo doido que vivemos. Podemos compartilhar de momentos inesquecíveis que ficarão marcados em nossas memórias. Foi bom viver essa parte da vida com cada uma de vocês, poder ter compartilhado experiências que ninguém vai poder arrancar de nós, podermos dizer: CONSEGUIMOS. Chegamos ao destino projetado e que esse seja o primeiro de muitos trabalhos que iremos fazer juntas. Que o fim deste projeto seja o início de um eterno reencontro, pois ser amigo, companheiro não é uma coisa de um dia, são atos, palavras, atitudes que fazemos para conquistar isso dia a dia. Que esse companheirismo e amizade seja para sempre, como tudo que é feito com coração aberto. Nosso muito obrigada a todos, Laís Adriane, Neuma Oliveira e Rosana Rosa
  • 7. “Eu pedi Força e Deus me deu dificuldades para me fazer forte. Eu pedi Sabedoria e Deus me deu Problemas para resolver. Eu pedi Prosperidade e Deus me deu Cérebro e Músculos para trabalhar. Eu pedi Coragem e Deus me deu Perigo para superar. Eu pedi Amor e Deus me deu pessoas com Problemas para ajudar. Eu pedi Favores e Deus me deu Oportunidades. Eu não recebi nada do que pedi, mas eu recebi tudo de que precisava.” (autor desconhecido).
  • 8. RESUMO Pretende-se neste plano de negócio apresentar os estudos e análises que norteiam e proporcionam a viabilidade para o desenvolvimento de um guia eletrônico de serviços de publicidade batizado de Canal Publicitário adotando os princípios do e- commerce. O trabalho parte da pesquisa bibliográfica para a organização da fundamentação teórica que serve de ponto de partida para a construção dos instrumentos de coleta de dados, na fase de pesquisa de campo, buscando como delimitação geográfica a cidade de Porto Velho. Para a coleta de dados primários serão utilizados formulários e entrevistas para coleta de dados quantitativos junto aos empresários locais e diversos profissionais da área de publicidade e propaganda, além de anunciantes em potencial. Desta forma o trabalho apresenta um estudo de caso da percepção do mercado publicitário de Porto Velho e do empreendedorismo local além da pesquisa para conhecimento da viabilidade do produto na visão dos profissionais de comunicação e empreendedores locais. Palavras-chaves: comunicação; publicidade; empreendedorismo; internet.
  • 9. ABSTRACT The aim is to present the business plan studies and analyzes that guide and provide the feasibility of developing an electronic guide advertising services named Canal Publicitário adopting the principles of e-commerce. The work of the research literature for the organization of the theoretical foundation that serves as a starting point for the construction of instruments to collect data during field research, seeking geographical boundaries as the city of Porto Velho. For primary data collection forms and interviews will be used to collect quantitative data from local businessmen and professionals in various marketing and advertising, and advertisers. Thus the paper presents a case study of the perception of the advertising market of Porto Velho and local entrepreneurship beyond the search for knowledge of the product's viability in view of communications professionals and local entrepreneurs. Keywords: communication, advertising, entrepreneurship, internet.
  • 10. LISTA DE ILUSTRAÇÕES FIGURA 1 – CICLO DE VIDA DO SERVIÇO ......................................................... 85 FIGURA 2 – ESTIMATIVA DE CUSTOS FIXOS ...................................................... 93 FIGURA 3 – ESTIMATIVA DE FATURAMENTO MENSAL ......................................... 95 FIGURA 4 – PROJEÇÃO DE RESULTADOS ......................................................... 95 FIGURA 5 – DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS ................................................ 96 FIGURA 6 – INDICADORES DE VIABILIDADE ...................................................... 96 FIGURA 7 – DESCRIÇÃO DOS INVESTIMENTOS .................................................. 97 FIGURA 8 – CENÁRIO PROVÁVEL .................................................................... 97 FIGURA 9 – ANÁLISE PESSIMISTA ................................................................... 98 FIGURA 10 – ANÁLISE OTIMISTA .................................................................... 98
  • 11. SUMÁRIO INTRODUÇÃO ................................................................................................ 13 1. EMPREENDEDORISMO ....................................................................... 15 1.1 A ORIGEM .......................................................................................... 15 1.2 O EMPREENDEDOR .......................................................................... 16 1.3 EMPREENDEDORISMO NO MUNDO E NO BRASIL ........................... 18 1.4 EMPREENDEDORISMO NA COMUNICAÇÃO ..................................... 21 2. INTERNET E NEGÓCIOS .......................................................................... 24 2.1 INTERNET ................................................................................................ 24 2.1.1 PESQUISA ............................................................................................. 28 2.1.2 A BOLHA ................................................................................................ 31 2.1.3 ANOS 2000 ............................................................................................ 33 2.2 INTERNET NO BRASIL ............................................................................ 35 2.3 E-COMMERCE E EMPREENDEDORISMO DIGITAL ............................ 41 3. PESQUISA .................................................................................................. 47 3.1 PESQUISA 1 – MERCADO PUBLICITÁRIO EM RONDÔNIA ................ 48 3.1.1 JUSTIFICATIVA ..................................................................................... 48 3.1.2 OBJETIVOS ........................................................................................... 48 3.1.2.1 OBJETIVOS GERAIS ......................................................................... 48 3.1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .............................................................. 48 3.1.3 PERÍODO E ABRANGÊNCIA GEOGRÁFICA ...................................... 49 3.1.4 PÚBLICO ALVO ..................................................................................... 49 3.1.5 METODOLOGIA .................................................................................... 49 3.1.5.1 TIPOS DE PESQUISA ADOTADOS .................................................. 49 3.1.5.2 PLANO AMOSTRAL ........................................................................... 49 3.1.5.3 MÉTODO DE COLETAS DE DADOS ................................................ 50 3.1.6 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS........................................... 50 3.1.7 TABULAÇÃO.......................................................................................... 52 3.1.8 DIAGNÓSTICO DE PESQUISA ............................................................ 57
  • 12. 3.2 PROJETO DE PESQUISA 2 – VIABILIDADE DO PRODUTO ............... 58 3.2.1 JUSTIFICATIVA ..................................................................................... 58 3.2.2 OBJETIVOS ........................................................................................... 58 3.2.2.1 OBJETIVOS GERAIS ......................................................................... 58 3.2.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .............................................................. 58 3.2.3 PERÍODO E ABRANGÊNCIA GEOGRÁFICA ...................................... 58 3.2.4 PÚBLICO ALVO ..................................................................................... 58 3.2.5 METODOLOGIA .................................................................................... 59 3.2.5.1 TIPOS DE PESQUISA ADOTADOS .................................................. 59 3.2.5.2 PLANO AMOSTRAL ........................................................................... 59 3.2.5.3 MÉTODO DE COLETA DE DADOS .................................................... 59 3.2.6 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS ............................................. 59 3.2.7 TABULAÇÃO .......................................................................................... 63 3.2.8 RELATÓRIO DE PESQUISA .................................................................. 71 3.2.9 DIAGNÓSTICO DE PESQUISA.............................................................. 73 4. PLANO DE NEGÓCIOS .............................................................................. 75 4.1 PLANO DE NEGÓCIOS ........................................................................... 75 4.2 CARACTERIZAÇÃO DO SETOR ............................................................. 75 4.2.1 EMPREENDIMENTO ............................................................................. 76 4.2.2 EMPREENDEDORES ........................................................................... 76 4.2.3 PRODUTOS E SERVIÇOS ................................................................... 76 4.2.4 NECESSIDADE DE MERCADO A SER ATENDIDA ........................... 77 4.2.5 O MERCADO POTENCIAL ................................................................... 78 4.2.6 ELEMENTOS DE DIFERENCIAÇÃO .................................................... 78 4.3 EMPREENDIMENTO ................................................................................ 79 4.3.1 DADOS DA EMPRESA ........................................................................... 79 4.3.1.1 DOMÍNIOS, MARCAS E PATENTES .................................................. 79 4.3.2 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO......................................................... 79 4.3.2.1 MISSÃO ............................................................................................... 79 4.3.2.2 VISÃO .................................................................................................. 79 4.3.2.3 PÚBLICO ALVO................................................................................... 80 4.3.2.4 ESTRATÉGIAS FUTURAS .................................................................. 80 4.3.2.5 DESCRIÇÃO LEGAL ........................................................................... 80
  • 13. 4.3.2.6 NORMAS E REGULAMENTOS TÉCNICOS ....................................... 81 4.3.2.7 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ...................................................... 81 4.3.2.7.1 RECURSOS HUMANOS .................................................................. 81 4.3.2.7.2 RECURSOS FÍSICOS ...................................................................... 81 4.3.3 PLANO DE OPERAÇÕES ...................................................................... 82 4.3.3.1 ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO EMPRESARIAL ................................. 82 4.3.3.2 COMERCIAL........................................................................................ 82 4.3.3.3 CONTROLE DE QUALIDADE ............................................................. 82 4.4 PLANO DE MARKETING ........................................................................... 83 4.4.1 ANÁLISE DE MERCADO........................................................................ 83 4.4.1.1 ANÁLISE SWOT .................................................................................. 83 4.4.1.2 FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO ................................................. 84 4.4.2 ANÁLISE DOS PRINCIPAIS CONCORRENTES.................................... 84 4.4.3 ESTRATÉGIAS DE MARKETING ........................................................... 84 4.4.3.1 PRODUTOS E SERVIÇOS .................................................................. 84 4.4.3.2 TECNOLOGIA E CICLO DE VIDA ....................................................... 85 4.4.4 DISTRIBUIÇÃO....................................................................................... 86 4.4.5 PROMOÇÃO E PUBLICIDADE .............................................................. 86 4.4.6 PROJEÇÃO DE MERCADO ................................................................... 86 4.4.6.1 PROJEÇÃO DE TRÁFEGO PARA VISITANTES ................................ 86 4.4.7 VENDA E PÓS VENDA .......................................................................... 87 4.4.7.1 EQUIPE DE VENDAS .......................................................................... 87 4.4.7.1.1 OBJETIVOS DA EQUIPE DE VENDAS ........................................... 87 4.4.7.1.2 ESTRATÉGIA DA EQUIPE DE VENDAS ......................................... 87 4.4.7.1.3 ESTRUTURA DA EQUIPE DE VENDAS .......................................... 87 4.4.7.2 GERENCIAMENTO DE VENDAS ........................................................ 88 4.4.7.3 ATENDIMENTO ................................................................................... 88 4.4.7.4 PÓS-VENDA ........................................................................................ 89 4.5 PLANO DE IMPLEMENTAÇÃO ................................................................. 89 4.5.1 REGISTROS NECESSÁRIOS ................................................................ 89 4.5.2 CONTRATAÇÃO .................................................................................... 89 4.5.3 ALIANÇAS ESTRATÉGICAS .................................................................. 90 4.5.3.1 TERCEIRIZAÇÕES ............................................................................. 90 4.5.3.2 PARCERIAS ........................................................................................ 90
  • 14. 4.6 PLANO FINANCEIRO ................................................................................ 90 4.6.1 INVESTIMENTOS PRÉ-OPERACIONAIS .............................................. 90 4.6.2 CAPITAL DE GIRO ................................................................................. 90 4.6.3 INVESTIMENTOS INICIAIS .................................................................... 91 4.6.4 MÃO DE OBRA ....................................................................................... 91 4.6.5 DEPRECIAÇÃO ...................................................................................... 92 4.6.6 DESPESAS MENSAIS FIXAS ................................................................ 92 4.6.7 IMPOSTOS E TAXAS ............................................................................. 93 4.6.8 RECEITAS .............................................................................................. 94 4.6.9 PROJEÇÃO DOS RESULTADOS .......................................................... 95 4.6.10 ANÁLISE DE INVESTIMENTO ............................................................. 96 4.6.11 NECESSIDADES DE FINANCIAMENTO ............................................. 96 4.6.12 PROJEÇÃO DE BALANÇO .................................................................. 97 4.6.13 ANÁLISE PESSIMISTA ........................................................................ 98 4.6.14 ANÁLISE OTIMISTA ............................................................................. 98 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANEXOS
  • 15. 13 INTRODUÇÃO O Estado de Rondônia passa por seu ciclo mais marcante desde a construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, devido a transformações sociais e econômicas que vem acontecendo nos últimos anos, em especial da capital Porto Velho, que tem hoje 435.732 habitantes, segundo dados do IBGE/2010. A capital teve um grande desenvolvimento em todos os setores da economia, sobretudo em função da construção das hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira, que vem atraindo milhares de trabalhadores para a região e outros investimentos realizados pela iniciativa privada. Esse crescimento ocorre paralelamente à ascensão da economia brasileira e especialmente da classe C, que trouxe o aumento do poder aquisitivo da população. Esse desenvolvimento permitiu a entrada de uma parcela considerável da população no mercado consumidor, que com o aumento do poder de compra, ampliou a oferta de produtos e serviços para essa massa até então desabituada com hábitos de consumo. Tal cenário animador atraiu grandes empresas de fora do estado motivando empresários de diversos segmentos a investir pesado na ampliação das redes de lojas na região. A chegada de grandes redes de atacarejo como Makro e Atacadão, por exemplo, impulsionaram o crescimento e a expansão de redes locais, como no caso das duas empresas mais tradicionais no setor de supermercados em Rondônia, Gonçalves e Irmãos Gonçalves. Diante desse panorama, Rondônia vive um novo ciclo de oportunidades, um cenário para novos negócios a serem explorados, apresentando um grande potencial no mercado de comunicação. Considerando esse aumento populacional e a melhoria da renda da população portovelhense a comunicação publicitária começa ganhar importância e aponta para um aumento no mercado de anunciantes, que buscam uma comunicação mais elaborada, profissional e com maior potencial para atingir o público-alvo. Essa mudança de mentalidade das organizações locais quanto a criação de uma cultura publicitária vem sendo aprendida com as novas empresas que chegam à cidade. Porém ainda há uma parcela de empresários que não entendem a importância da comunicação publicitária e as vantagens que esta traz para o
  • 16. 14 crescimento da economia. Segundo Paulo Henrique1, gerente de vendas da Concessionária La Villete-Citröen de Porto Velho, o mercado ainda é temeroso em decorrência da concorrência desleal, da falta de fiscalização em relação a esse problema e também pela dificuldade em adquirir equipamentos, o que torna o preço final da comunicação mais alto, facilitando a concorrência desleal. (informação verbal) Diante deste cenário promissor em transformação, surge a ideia para criação do site Canal Publicitário, objeto de estudo deste trabalho. A ideia para a criação do site parte da premissa de reunir profissionais e empresas que atuam na área de publicidade na cidade de Porto Velho. Para atender esse nicho de mercado ainda não explorado, o site Canal Publicitário traz como diferencial o portfólio dos profissionais e prestadores de serviços visando a exposição de bons profissionais através da internet de forma rápida e eficiente. O Capítulo 1 aborda o empreendedorismo desde suas origens até os dias atuais, passando por suas definições, bem como características atribuídas ao empreendedor. Ainda neste capítulo é possível encontrar um panorama do empreendedorismo no Brasil e no Mundo, bem como no setor da comunicação. Já o Capítulo 2 narra a trajetória da internet a partir de seu surgimento até o momento em que se encontra hoje, focando na internet brasileira, que desde seu surgimento esteve atrelada ao empreendedorismo. Outro ponto analisado no capítulo é a economia digital brasileira que movimenta bilhões todos os anos e cujas previsões para o setor são as mais otimistas possíveis. O capítulo 3 trata da pesquisa, mostrando sua importância para um trabalho acadêmico. A Pesquisa 1 monta o cenário da comunicação em Porto Velho, sob o ponto de vista dos veículos de comunicação de diversas mídias. Já a Pesquisa 2 busca junto ao público alvo analisar a viabilidade do produto e as necessidades a serem atendidas. Para finalizar este trabalho, o Capítulo 4 trata do Plano de Negócios, essencial para o desenvolvimento de uma empresa. Embasado pelos dados das pesquisas e por análises do mercado como um todo, o plano descreve os passos iniciais para criação da empresa e as estratégias que deverão ser adotadas para que esta obtenha sucesso. 1 Palestra de abertura da Semacom 2012 em abril de 2012.
  • 17. 15 1. EMPREENDEDORISMO O empreendedorismo é entendido como um fenômeno social e econômico que busca a transformação de ideias em oportunidades, resultando muitas vezes em negócios de sucesso. Empreender também envolve a criação de novos mercados ou demandas, ambos liderados pela inovação. Nas últimas décadas, o Brasil vem disseminando o espírito empreendedor entre a população, o que fez com que o país se tornasse o terceiro lugar no ranking da pesquisa Global Entrepeneurship Monitor 2011. O mercado da comunicação vem acompanhando esse crescimento e em razão de eventos como a Copa do Mundo 2014 e Olimpíadas 2016, a serem realizadas no Brasil, deve crescer cada vez mais. 1.1 A origem Há muitas controvérsias quanto ao significado da palavra empreendedorismo. O termo é originado da palavra francesa entrepreneur, mas foi popularizado pelo vocábulo inglês Entrepreneurship e é tida como uma livre tradução deste. Drucker em seu livro Inovação e Espírito Empreendedor (2010), afirma que os termos entrepreneur e entrepreneurship possuem problemas de definição em várias línguas como francês, inglês e alemão. Desde o surgimento dos termos, vários conceitos foram atribuídos a eles, devido as suas diferentes traduções e interpretações. Por exemplo, Drucker conceitua as palavras entrepreneur e entrepreneurship como empreendedor e empreendimento, respectivamente. Na Língua Portuguesa também não há um consenso quanto a definição de empreendimento e empreendedorismo. O dicionário Aurélio define empreendedorismo como o ato de empreender, aquilo que se empreendeu, uma realização, uma empresa. Para Dornelas (2005, pág. 39) “Empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processos que, em conjunto, levam à transformação de ideias em oportunidades. E a perfeita implementação destas oportunidades leva à criação de negócios de sucesso”. Neste trabalho adotaremos os termos como empreendedor e empreendedorismo, seguindo a conceituação de Dornelas. O primeiro uso do termo empreendedorismo pode ser creditado a Marco Polo, na Roma Antiga. Ao tentar estabelecer uma rota comercial para o Oriente, como
  • 18. 16 empreendedor, assinou um contrato com um homem de posses - que nos dias atuais é intitulado capitalista -, para vender suas mercadorias. Para Dolabela, o “empreendedorismo [...] existe [...] desde a primeira ação humana inovadora para melhorar as condições do homem com os outros e com a natureza”. Tem fundamento na cidadania visando a construção de um bem-estar coletivo e deve ser entendido como um fenômeno social e não apenas econômico, que não envolve apenas indivíduos, mas também comunidades, países, estados e cidades implicando a ideia de sustentabilidade. Empreender faz parte da condição humana, é executar uma ideia ou projeto visando transformar conhecimentos e bens em novos produtos ou serviços. Porém, não só os novos produtos e serviços podem ser vistos como empreendimentos. Empreender é criar um novo mercado, consumidor ou demanda e isso pode ser feito em processos já existentes, basta que o método utilizado seja inovador. A inovação é essencial para o empreendedorismo, pois é através dela que se desenvolve algo diferente ou se transforma o que já existe, criando valor para a empresa empreendedora. O Empreendedorismo é uma forma de pensamento e ação, podendo ser entendido como “um comportamento e não um traço de personalidade” segundo Drucker (2010, pág. 34). Caracterizando-se pelo reconhecimento de oportunidades onde os demais não as enxergam. 1.2 O empreendedor Quando Marco Polo assumiu os riscos da operação comercial na rota do Oriente, ele foi considerado empreendedor, pois o papel ativo que assumiu ao aceitar os riscos que correria o diferenciava do capitalista, que assume riscos de forma passiva. Já na Idade Média, o empreendedor deixou de ser aquele que assume riscos e passa a definir quem gerenciava grandes projetos de produção. Os empreendedores são pessoas diferenciadas, que possuem motivação singular, apaixonados pelo que fazem, não se contentam em ser mais um na multidão, querem ser reconhecidas e admiradas, referenciadas e imitadas, querem deixar um legado. (Dornellas, J.C.A. Empreendedorismo, transformando ideias em negócios, pág 21. Rio de Janeiro: Campus, 2005. 2ª Ed.) Para Drucker (2010), o empreendedor é aquele que busca a mudança continuamente a explorando como uma oportunidade. É o inovador que vê a
  • 19. 17 mudança como uma norma sadia e através de sua maneira de agir, transforma oportunidades em projetos. O empreendedor é inquieto e não se contenta em apenas melhorar algo já existente, procura criar novos valores e satisfações diferentes. Tem iniciativa para criar um novo negócio, utilizando os recursos que possui de forma criativa, transformando o ambiente em que vive. Na visão de Dolabela (1999) o empreendedor tem grande importância no crescimento econômico e no desenvolvimento social, pois o empreendedor é aquele que gera valor positivo para a comunidade em que vive. É através do empreendedor que se gera emprego e renda, contribuindo para a melhoria de vida da população. Para Dornelas (2007), não há um tipo único de empreendedor. Não existe um modelo padrão a ser seguido, cada um deles possui uma motivação pessoal específica que é o ponto crucial para que ele siga sua trajetória. Por isso o autor defende no livro “Empreendedorismo na prática” que há oito tipos de empreendedores, são eles2: - Empreendedor nato: Geralmente começaram do nada muito jovem e construiu impérios; - Empreendedor inesperado: Aquele que nunca quis empreender e decidiu mudar quando a oportunidade de negócios surgiu em sua vida; - Empreendedor serial: É apaixonado por empreender, não se contenta em criar apenas um negócio e busca a adrenalina do desafio de empreender em novos mercados; - Empreendedor corporativo: Em voga nos últimos anos, renova e inova empresas já consolidadas; - Empreendedor social: Envolvido com questões humanitárias, empreende buscando a criação de um mundo melhor para as pessoas; - Empreendedor por necessidade: Cria um negócio por não ter alternativa de renda; - Empreendedor herdeiro: Aquele que dá continuidade aos negócios familiares; - O normal: Estuda o mercado, planeja os passos da empresa com intuito de minimizar riscos. 2 Pág. 11 a pág. 16. Empreendedorismo na prática
  • 20. 18 Independente do tipo de empreendedor, constantemente se associa empreendedor a empresário, porém essa associação não é necessariamente correta. Nem todo empresário é empreendedor e nem todo empreendedor é empresário. O empreendedor é possuidor de características específicas, pautadas na busca de oportunidades de inovação independente do ramo em que atue o que não implica na necessidade de abertura de uma empresa. Enquanto o empresário busca como resultado o lucro e o crescimento da empresa, podendo ou não utilizar a inovação como método para alcançar seus objetivos. 1.3 Empreendedorismo no Brasil e no Mundo A pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM 2010), organizada pela Babson College, realizada com 140 mil adultos em 54 países, aponta que mais de 400 milhões de pessoas ao redor do mundo estão empreendendo. São 163 milhões de mulheres empreendedoras, 165 milhões têm entre 18 e 25 anos, 69 milhões são considerados inovadores e 18 milhões estão fazendo negócios internacionais. Após anos de queda o empreendedorismo voltou a ascensão, especialmente nos países desenvolvidos onde há maior intenção de abrir uma empresa, pois segundo apontado pelos entrevistados, as pessoas tem mais capacidade de enxergar as oportunidades. Nesses países, a taxa de startups3 cresceu 22% no ano passado, principalmente nos EUA e na Austrália. Com base na pesquisa GEM 2010 a Revista Exame4 publicou uma lista com os 15 países mais empreendedores. A China aparece em primeiro lugar com 24,0% de novos empreendedores, o Chile é o segundo colocado com 23,7% e em terceiro lugar está o Peru com 22,9%. O Brasil ocupa a décima segunda posição com 14,9% de novos empreendedores. Atualmente o Brasil ocupa uma boa posição no ranking dos países mais empreendedores, porém nem sempre foi assim. Segundo Dolabela (1999) apud Oliveira (2008), até fins da década de 1970, “o Estado e as grandes empresas eram 3 Empresas de pequeno porte, recém-criadas ou ainda em fase de constituição, com atividades ligadas à pesquisa e desenvolvimento de ideias inovadoras, cujos custos de manutenção sejam baixos e ofereçam a possibilidade de rápida e consistente geração de lucros. – Conceito de Boris Hermanson, consultor do Sebrae. Disponível em: http://www.mundosebrae.com.br/2011/01/o-que-e- uma-startup/ 4 Publicado em http://exame.abril.com.br/pme/album-de-fotos/os-15-paises-mais-empreendedores-do- mundo
  • 21. 19 considerados os únicos suportes econômicos relevantes para a sociedade” (pág. 30). Baseado nesse cenário o Brasil desenvolveu uma cultura formadora de empregados para as grandes empresas. Esse cenário mudou a partir da década de 90, com a abertura da economia, o processo de privatização de estatais e a abertura do mercado interno para concorrência externa que fizeram com que o espírito empreendedor se popularizasse entre os brasileiros. Antes disso, a criação de novas empresas era limitada pelo ambiente político e econômico do país que não favorecia o empreendedorismo. Atualmente disseminado entre a população, o empreendedorismo gera riquezas através da promoção de crescimento econômico, do aprimoramento das condições de vida da população, além de ser muito importante na geração de emprego e renda. Dolabela (1999, pág.30) afirma que “o empreendedorismo é a melhor arma contra o desemprego”, pois “por meio da inovação, dinamiza a economia”. O empreendedorismo é basilar para o desenvolvimento sócio econômico de um país, dado que é fundamental para a concepção de oportunidades de trabalho e é considerado um catalisador e um incubador do progresso tecnológico e de inovações de produto, serviços e de mercado. (MUELLER 5 &THOMAS, 2000. JACK & ANDERSON, 1999). No ano 2000, o Brasil foi destaque no relatório Global Entrepreneurship Monitor (GEM, 2000), onde aparece com a melhor relação entre o número de habitantes adultos que começavam um negócio, um para cada oito habitantes. Em 2003, já aparece em sexto lugar no ranking do GEM 2003 com um índice de criação de empresas de 13,2% da população adulta, o que corresponde a 14 milhões de brasileiros (Dornelas, 2005). Já em 2010 o Brasil galgou a maior taxa de empreendedorismo entre os membros do G20 (grupo integrado pelas maiores economias do mundo) e do Bric (formado pelos países emergentes Brasil, Rússia, Índia e China), segundo a pesquisa GEM 2010 realizada pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBPQ) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE). 17,5% da população adulta ou 21,1 milhões de brasileiros exercem algum tipo de atividade empreendedora com até três anos e meio de existência. 5 Citação retirada do relatório da Pesquisa Empreendedorismo no Brasil, do SEBRAE.
  • 22. 20 A pesquisa também relacionou o perfil empreendedor do brasileiro, onde para cada empreendedor por necessidade há três empreendendo por oportunidade, o chamado empreendedor inesperado. O número de empreendedores por necessidade é suscetível às mudanças na economia do país. A diminuição no número de pessoas empreendendo por falta de opção de renda vem diminuindo graças ao aumento de oferta de emprego, dessa forma a probabilidade de empreender por oportunidade torna-se maior. De acordo com a pesquisa 43,0% dos empreendedores inesperado abrem uma empresa para conseguir mais independência profissional, outros 35,2% buscam aumentar a renda e outros 18,5% querem manter a renda atual. O empreendedorismo por oportunidade é mais benéfico para a economia do país, pois as chances de sobrevivência e sucesso são maiores. Quanto ao perfil desses empreendedores, a pesquisa revela que “o empreendedorismo feminino tem crescido em todo o mundo nas últimas décadas”. Esse aumento é impulsionado pela inserção da mulher no mercado de trabalho, maior nível de escolaridade feminina, a diminuição do número de filhos e as mudanças na estrutura familiar. A maioria das mulheres que empreendem o faz pra complementar a renda familiar, já que o número de famílias chefiadas por elas vem aumentando consideravelmente nos últimos anos. Hoje, dos 21,1 milhões de brasileiros empreendedores 50,7% são homens e 49,3% são mulheres. Outro aumento apontado pela pesquisa foi na faixa etária dos empreendedores. A faixa etária com maior índice é a de 25 a 34 anos com 22,2%, seguida por 18 a 24 anos com 17,4%, 35 a 44 anos com 16,7% e 45 a 54 com 16,1%. Os jovens de 18 a 24 anos vêm ampliando sua participação no mercado empreendedor e isso pode ser atribuído à característica de assumir riscos, comum nessa idade e inerente à atividade empreendedora. Brasil e Rússia são os únicos países do G20 onde a faixa etária de 18 a 24 anos supera a de 35 a 44 anos no quesito empreendedorismo. Quanto à motivação, os jovens de 18 a 24 anos empreendem mais por oportunidade do que por necessidade com a razão de 1,7 jovens. Dados da pesquisa “Taxa de sobrevivência das empresas no Brasil” realizada pelo SEBRAE divulgados em outubro do ano passado corroboram com essa estatística ao constatar que nos últimos anos a taxa de sobrevivência das empresas do Brasil vem aumentando consideravelmente. A taxa de sobrevivência de
  • 23. 21 empresas constituídas em 2006 com até 2 anos de existência foi de 73,1%. Na região Norte, a sobrevivência foi de 66,0%, apesar de alguns estados, dentre eles Rondônia, apresentarem uma redução na taxa. A taxa de sobrevivência de empresas com até 2 anos em Rondônia é de 74,0%, o ramo da indústria é o que possui melhor índice com 80,8% de sobrevida, seguido pela construção civil com 65,8%, comércio com 77,9% e serviços com 68,7%, totalizando uma média de 75,5%. 1.4 Empreendedorismo na comunicação Com o crescente número de empresas abertas a cada ano, são cada vez mais necessários os serviços de comunicação para dar visibilidade e suporte a esses novos empreendimentos. Com isso, o número de empresas na área de comunicação também vem crescendo a cada ano, prova disso é uma recente previsão da World Adversiting Research Center (Warc) divulgada pelo site da Associação Brasileira das Agências de Publicidade (Abap) que afirma que os investimentos em publicidade no Brasil para o ano de 2012 devem crescer 8,5%. Esse crescimento se deve a vários fatores, entre eles o aumento do número de negócios, o desenvolvimento do mercado consumidor e os postos de trabalho abertos em razão da realização da Copa do Mundo 2014 no Brasil. Além da esperada geração de milhares de empregos a Copa também será um estimulo ao empreendedorismo para produtos criativos e a novas opções de serviços, principalmente na publicidade e nos demais meios de comunicação. A Abap em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizou o estudo “Números oficiais da indústria da comunicação e seu impacto na economia brasileira – 2008”, que apresenta um resultado detalhado sobre o mercado da indústria da comunicação no Brasil compreendendo o período de 2003 a 2008. O relatório aponta que a indústria da comunicação gerou R$ 115,2 bilhões em receitas e pagou R$ 12,7 bilhões em impostos no ano de 2008, sendo formada por 113 mil empresas que geravam 711 mil empregos. O mercado da comunicação cada vez mais vem ganhando investimentos. Uma das principais mudanças no setor foi o crescimento da internet, que trouxe novas formas de se fazer publicidade, por exemplo.
  • 24. 22 O cenário brasileiro aponta que o investimento em marketing digital ainda é pequeno ou que se investe de forma errada, seguindo os moldes da propaganda tradicional, o que não funciona na internet que possui suas próprias regras. A internet oferece inúmeras ferramentas multimídias que podem ser utilizadas para falar com o consumidor, criando interação e relacionamento direto com ele. Quem souber utilizá-las corretamente estará usando uma arma poderosa em relação a concorrência. Há previsões que afirmam que essa nova modalidade de publicidade irá matar as mídias tradicionais, mas ao contrário, a internet veio para somar a esses meios trabalhando com o conceito de transmídia ou cross media6, o que torna a internet complementar as demais mídias, ou vice e versa. Com isso foi criada uma nova economia digital baseada na comunicação. Nos últimos anos vemos o crescimento do investimento publicitário na internet, bem como a realocação de recursos, antes destinados às mídias tradicionais, para esta nova mídia. Essa economia aposta em relacionamentos duradouros entre consumidor e marca, através de um canal direto e personalizado entre eles. A internet é o lugar para fazer a marca, para criar uma cultura digital tanto no anunciante quanto no consumidor. Esse ambiente traz outro benefício: o custo, já que a internet é um meio barato se comparado às mídias tradicionais e permite troca direta de informações com o consumidor. No Brasil, esse novo modelo de publicidade está em crescimento e nos próximos anos será uma regra de mercado, não apenas um diferencial competitivo. Isso traz um novo mercado a ser explorado, já que na internet existem diferentes formatos e recursos, surgindo a necessidade de profissionais qualificados para lidar com esses novos parâmetros. No ano passado, pela primeira vez no Brasil, a Internet Advertising Bureau (IAB) integrou buscadores a pesquisa de faturamento publicitário digital. Os cinco maiores buscadores (Google Yahoo, Bing, Buscapé e Ask,com) que juntos somam 95% do mercado de buscas, são detentores de 50% do mercado publicitário nos meios digitais. Com isso, o share passa a 10% elevando o meio online a terceiro no ranking dos meios que mais geram receitas publicitarias, ficando atrás somente de jornal e TV. 6 Uso de múltiplas plataformas de comunicação.
  • 25. 23 De acordo com a pesquisa Share Mercado Digital 2011 da IAB, para esse ano a previsão é que a internet atinja 13,7% de participação no mercado publicitário, o que representa em torno de R$ 4,7 bilhões, crescimento de 37,3% em relação ao ano passado. Ao analisar os dados, conclui-se que esse cenário é altamente favorável para empreendimentos na área da comunicação, principalmente na área de comunicação digital que tem previsões positivas de crescimento.
  • 26. 24 2. INTERNET E NEGÓCIOS. A web mudou de um meio de comunicação de guerra para uma plataforma colaborativa de informação e produção de conteúdo, mas principalmente, tornou-se uma ferramenta promissora para novos negócios. Por trazer facilidades a empresários e clientes, tornou-se um meio propício para o desenvolvimento de novos negócios movimentando a economia digital do Brasil e do Mundo. No Brasil, desde sua chegada, a internet esteve atrelada ao empreendedorismo. Isso faz com que o número de empresas digitais cresça a cada ano. Envolvendo os mais diversos segmentos, a economia digital brasileira movimenta bilhões todos os anos e as previsões para o setor são as mais otimistas possíveis. 2.1 Internet No auge da Guerra Fria, na década de 1960, o exército norte americano tinha um grande problema com a comunicação entre suas unidades estratégicas, como centros de pesquisa e bases militares. Se alguma dessas unidades fosse bombardeada, os dados seriam perdidos, o que resultaria em um grande prejuízo para os Estados Unidos. Em busca de uma solução para o problema, pesquisadores procuraram alternativas para sanar a questão, resultando na criação de uma ferramenta de comunicação à distância que revolucionaria o mundo. No contexto da Guerra Fria, os Estados Unidos amargavam a ascensão tecnológica da União Soviética (URSS) que havia conquistado grandes avanços ao colocar o satélite Sputnik em órbita e enviado o astronauta Yuri Gagarin ao espaço. A história já havia provado que meios de comunicação eficientes poderiam ser um diferencial entre ganhar ou perder uma guerra. Com todo esse cenário, a alternativa norte americana foi apostar em sua comunidade acadêmica de ponta para buscar mecanismos que fizessem a diferença. Assim, a ARPA - Advanced Research Projects Agency7, agência de pesquisa do Departamento de Defesa, desenvolveu uma cadeia de comunicações baseada em computadores conectados por linhas telefônicas, que foi colocada em funcionamento pela primeira vez em 1972 interligando quatro computadores em locais distintos. O teste comprovou que era possível a comunicação à distância 7 Agência de Projetos de Pesquisas Avançadas.
  • 27. 25 através da troca de informações entre computadores. Inicialmente foram instalados computadores em 17 bases e seu uso era restringido devido ao custo elevado das distâncias e tarifas. A rede recebeu o nome de ARPANET. Em 1973 o governo norte americano assumiu a administração da ARPANET nomeando os pesquisadores Vinton Cerf e Robert Kahn para gerenciar os pontos espalhados no país. Em dois anos já havia mais de 100 computadores conectados. Cerf e Kahn foram os criadores de um mecanismo que possibilitou que dois computadores quando ligados à rede, ou duas ou mais redes interagissem no mesmo idioma. Esse mecanismo recebeu o nome de Protocolo TCP/IP 8 e integrou as diversas redes ligadas à ARPANET formando uma rede internacional composta de pequenas redes, batizada de Internet. Em 1975, a ARPANET passa a abranger universidades e agências governamentais, que eram subordinadas ao Departamento de Defesa, incitando esses órgãos a montarem suas próprias redes. Entre a segunda metade da década de 1970 e 1982 surge na rede o FTP9, sistema de troca de arquivos e posteriormente o e-mail. Já em 1985, surgiram inúmeras redes com diferentes propósitos como a Bitnet para troca de mensagens através de correio eletrônico; NSFnet que permitia o login remoto, troca de arquivos e e-mails e Usenet com boletins de informações. Em 1989, a ARPANET já possuía mais de 100.000 computadores conectados e surge então a possibilidade do uso por pessoas físicas. Os anos seguintes trouxeram muitas mudanças para a rede. Primeiro a ARPANET se divide, a parte de interesse estratégico é entregue ao exército e o restante torna-se público. Em 1990, surgiu a invenção que tornou possível a popularização da Internet mundialmente. O cientista do Laboratório Europeu de Partículas Nucleares (CERN10) Tim Barnes-Lee desenvolveu a denominada WWW (World Wide Web) ou Rede Larga Mundial, que consistia num projeto de hipertexto, que ligava diversos textos e arquivos para facilitar a navegação na internet. Cada documento disponível na rede recebeu um endereço denominado Uniform Resource Locator (URL), composto pelo 8 Em inglês Transfer Control Protocol/ Internet Protocol 9 Em inglês File transfer protocol 10 Sigla de Conseil Européen pour la Recherche Nucláire
  • 28. 26 identificador de hipertexto, o http11 e o www, sinalizando que o endereço estava disponível na rede. O próximo passo foi criar um mecanismo que tornasse a visualização do conteúdo da web mais amigável, dando fim às telas pretas com letrinhas verdes. Assim, o primeiro mecanismo criado para isso foi o Gopher que dispunha as páginas como cardápios de restaurante. Em 1993 um jovem de apenas 21 anos, Marc Andresseen, cria o Mosaic, o primeiro browser da Internet que trouxe uma interface gráfica a ela, permitindo não só o compartilhamento de textos e arquivos, como também imagens, sons e gráficos em páginas de atualização dinâmica, denominados sites. Essa mudança foi o passo definitivo para a explosão da Internet que já nos meados da década de 1990 possuía mais de 1.000.000 de computadores conectados a rede. Um ano depois da criação do Mosaic Andresseen foi convidado por James Clark, ex-professor de Ciência da Computação de Stanford e fundador da Silicon Graphics, a participar de um novo projeto. Juntos recrutaram os melhores programadores do Vale do Silício e criaram a Netscape Communications, empresa de software com crescimento mais rápido já visto no mundo. A ideia de Clark, defensor da ampliação da então embrionária web, era criar um navegador baseado no Mosaic que transformasse a internet no futuro da comunicação e do comércio. Em 13 de outubro de 1994 foi lançado o Navigator, navegador da Netscape que em apenas 30 dias já havia conquistado 90% dos usuários do Mosaic e ultrapassado mais de um milhão de downloads. Em 1995 a internet era um fenômeno em grande escala que teve sua importância comparada à TV e a imprensa. A frente dessa revolução estava a Netscape e seu navegador, considerado porta de entrada para a rede. A Netscape era uma empresa jovem e muito bem sucedida que além de revolucionar a internet, abriu precedentes em Wall Street ao ser a primeira empresa com apenas um ano a abrir o capital na bolsa. No primeiro pregão da empresa as ações subiram vertiginosamente. O investimento de cinco milhões de dólares que Clark fez no início da Netscape, ao final daquele dia se transformaram em US$ 663 milhões e a empresa passou a valer 200 milhões de dólares. Isso fez com que a Internet, até 11 Hypertext Transfer Protocol
  • 29. 27 então desconhecida, se tornasse a maior historia a chegar à mídia resultando em um crescimento na internet que repercutiria no restante da década. O sucesso da Netscape desagradou a gigante Microsoft, que possuía o quase total monopólio sobre a plataforma de software através do Windows. O Navigator trouxe à tona a discussão de uma plataforma de software livre que satisfizesse o usuário através do nivelamento dos softwares, o que tornaria o Windows irrelevante. Bill Gates ao perceber a ameaça propôs uma série de mudanças na Microsoft que resultaram em uma disputa com a Netscape conhecida como a “Guerra do Navegador”. Assim, em sete de dezembro de 1995, Gates anunciou ao mundo a chegada do Internet Explorer (IE) com o objetivo de levar à Netscape à derrocada. No ano seguinte, no auge da Internet, a batalha entre as duas empresas se acirrou. A Microsoft saiu em vantagem ao copiar o produto da concorrente oferecendo melhoras sequenciais, provocando lentamente a perda de liderança de mercado da Netscape. Mas a cartada final da Microsoft foi oferecer o Internet Explorer gratuitamente no pacote Windows, o que a Netscape não podia fazer com seu navegador, já que ao contrário da Microsoft não possuía fundos de segurança e a venda do produto financiava as atividades da empresa. Em setembro de 1997 acabou a guerra, a Microsoft já era líder de mercado com o IE detendo 80% do mercado de navegadores e a Netscape recuava com uma participação simbólica. Um ano depois a AOL comprou a Netscape e seu navegador que foi desativado em 2008. Nesse mesmo ano o Governo norte americano iniciou um processo contra a Microsoft por práticas empresariais abusivas, sob a acusação de utilizar seu monopólio de sistemas operacionais para controlar o mercado de navegadores. Ao integrar o Internet Explorer ao Windows, a Microsoft causou prejuízo à venda de computadores que tivessem outros navegadores, objetivando o declínio da Netscape. Em junho de 2000 a corte americana declarou a Microsoft culpada e determinou a separação do IE do Windows. O grande legado da Netscape foi difundir a web para que ela se tornasse o que conhecemos hoje. Mesmo não tendo vencido a batalha contra a Microsoft abriu as portas do mercado, até então monopolizado, para que novas e pequenas empresas pudessem explorar esse nicho em expansão, como foi o caso do Google que atualmente é uma das maiores empresas do setor. Durante os anos 2000, vários navegadores surgiram no mercado como Mozilla Firefox, Google Chrome, Opera e Safari juntando-se ao já existente Microsoft
  • 30. 28 Internet Explorer. Em abril deste ano, a empresa Naveg, companhia de medição de audiência online, publicou uma pesquisa realizada com mais de 75 milhões de internautas e mais de seis mil sites. A pesquisa aponta que o Google Chrome domina o mercado com 35% do mercado de navegadores, seguido por Internet Explorer com 33%. O Firefox está em terceiro lugar com 20%, o Safari ocupa a quarta posição com 8% e nas últimas colocações estão os demais navegadores com 4%. 2.1.1 Pesquisa O Navigator, navegador da Netscape foi considerado a porta de entrada da internet e o responsável pela massificação da rede. Entretanto, naquela época a internet se resumia a páginas estáticas compostas por textos simples e listas de frases. Buscar informações era praticamente impossível e para isso o internauta tinha que seguir uma lista de links em busca do que procurava. Os primórdios da busca na web são creditados a dois jovens estudantes de engenharia elétrica de Stanford, Jerry Yang e David Filo, que sem querer descobriram aquele que seria o embrião da pesquisa na web, em 1994. Jerry costumava buscar informações de conteúdos distintos e quando não encontrava os sites que queria saia em busca de David, conhecido em Stanford pela excelente memória. Visando facilitar as buscas do amigo, David descobriu um método de compilar os sites que haviam sido vistos anteriormente por Jerry, de forma a facilitar a busca por conteúdo. A ideia era simples e visava ajudar leigos na rede em suas buscas dividindo o conteúdo em categorias e subcategorias compiladas inicialmente pelos amigos de forma manual. A esse guia foi dado o nome de Jerry and David’s Guide to the World Wide Web12, o primeiro no segmento e que teve grande repercussão mundial. Após o sucesso inicial do guia surgiu a necessidade de um nome menor e mais fácil de ser memorizado pelos usuários, nascia o Yahoo! O Yahoo! possuía milhares de acessos, mas nenhuma receita. Como toda empresa era necessária a busca por meios de sobrevivência e lucros. Neste momento se abriu uma discussão até então sem resposta, sobre receita dos sites que estavam na rede. A internet não era vista sobre o prisma comercial e sim como um lugar livre onde pessoas buscavam informações. 12 Guia do Jerry e do David para a Rede Larga Mundial
  • 31. 29 A necessidade de receitas era cada vez maior e a alternativa considerada mais viável pela empresa foi a inclusão de anúncios nas páginas de pesquisa. Ao mesmo tempo, surgia um medo da reação dos internautas e a eficácia da técnica. O temor foi superado ao constatar que a empresa ganhava cada dia mais usuários, o que significava mais anunciantes. O Yahoo! provou que era possível ganhar dinheiro com a internet incitando uma série de empresas a entrarem no ramo. Dentre todas as empresas que surgiram, a maior rival foi a Excite, que inovou ao desenvolver um software mais sofisticado com uma precisão maior nas buscas, criando uma versão rudimentar da busca atual. O próximo passo foi a transformação dos sites de buscas em portais com serviços como cotação da bolsa, e-mail, bate-papo e notícias, que visavam entreter os internautas em benefício dos anunciantes. Isso fez com que as empresas perdessem o foco do objetivo principal do serviço a ser oferecido, as buscas de conteúdo e que os mecanismos de busca sofressem um retrocesso, ao invés de facilitar a pesquisa, dificultavam. Paralelo a isso uma dupla de jovens acadêmicos, Larry Page e Sergey Brin, desenvolveram como tese de mestrado um novo mecanismo de busca baseado em relevância, isto é, o número de acessos de uma página revelaria o quão relevante, ou não, ela seria. A brecha deixada pelas empresas do setor fez com que a nova empresa criada por Page e Brin, chamada Google, tivesse espaço para disponibilizar um serviço muito mais eficiente que suprisse essa demanda. Apesar da inovação demonstrada pela dupla, o momento não era propício. A Google surgiu em meio a bolha gerada pelos inúmeros sites de pesquisa e a jornada por financiamento mostrou-se difícil. Page e Brin foram apresentados a Excite, que buscava meios de resistir à dominação da Yahoo! e precisava de alianças que trouxessem inovação para a empresa. Entretanto, a Excite não visualizou o potencial da tecnologia da Google e declinou da possibilidade de comprá-la. Com as portas do mercado fechadas e a possibilidade de não implantar o projeto, Page e Brin buscaram apoio com um ex-professor de Stanford que viabilizou contatos com investidores anjos. A partir daí as portas para investimentos se abriram para a Google e vários outros anjos investiram na empresa totalizando um milhão de dólares. Page e Brin pensavam grande e imaginavam um mercado bilionário, fato que ajudou a conquistar mais investidores. Outro diferencial era o produto oferecido, extremamente simples e preciso.
  • 32. 30 Porém, era necessário criar formas para rentabilizar a empresa. O único meio que se apresentava era o já utilizado no mercado: a publicidade, modelo rejeitado por Page e Grin, que não queriam que a Google se tornasse apenas mais uma empresa de busca. Os jovens imaginavam a Google oferecendo uma experiência diferenciada ao internauta sem poluir a página de pesquisa de anúncios. A saída para a Google foi a criação do Adwords, baseado na venda de palavras chave. A Overture foi a primeira empresa a utilizar o sistema de venda de palavras chave, pois entendia que o mecanismo de busca poderia ser um meio eficaz de pesquisa de mercado, ao perceber que o internauta ao digitar um termo estava demonstrando interesse em algo que poderia ser vendido. Isso fez com que a página de resultados não sofresse interferência dos anúncios que ficaram separados das páginas que não interessavam ao internauta. Isso foi entendido como uma empresa de busca que voltava a se importar com busca e como os primórdios da economia da internet levado a diante pela Google Em maio de 2000 o site já tinha versões em mais de dez idiomas. Visualizando o potencial do concorrente, o Yahoo! estabeleceu uma parceria com o Google, que passou a ser o provedor de buscas oficial do portal. No mês seguinte o site já possuía um bilhão de URLs indexadas e em setembro do mesmo ano, versões para 15 idiomas. No início do terceiro milênio, iniciou-se uma estratégia para oferecer uma experiência diferenciada ao consumidor com a incorporação de empresas de serviços distintos. A primeira aquisição foi o “Usernet Discussion Service” que sofreu melhorias e foi lançado como “Google Groups”. Nesse mesmo ano, através de uma parceria com o Universo Online (UOL) o Google chega a América Latina. A parceria foi desfeita anos depois e o site conseguiu desbancar buscadores como o Cadê?, incorporado pela Yahoo!, que possuíam grande força na América Central. Continuando a estratégia de expansão, em 2002 o Blogger é adquirido pela Google e logo em seguida surge o Adsense, ferramenta de publicidade para blogs e sites. No final do mesmo ano, é lançado o Google Print, atual Google Books, ferramenta voltada a estudantes que disponibiliza trechos de livros. Em 2004, é lançado o divisor de águas das ferramentas de relacionamento social, o Orkut, que foi seguido pelo lançamento de outra ferramenta bem sucedida, o Gmail. Mais tarde serviços como Google Earth, Google Talk, Google Reader, Google Analytics, Google
  • 33. 31 Docs, Google Mapas, Youtube e muitos outros foram incorporados ou criados pela empresa. Mesmo expandindo os serviços em diversos setores diferentes, a Google não perdeu o foco nem seu espaço nos serviços de busca. De acordo com pesquisa da Pew Internet & American Life Project, nos Estados Unidos o Google detém 83% do mercado de buscas, seguido pelo Yahoo! com 6%. O Bing da Microsoft possui apenas 3% de participação no mercado norte americano e o 1% restante é atribuído aos demais buscadores. Já no Brasil, dados da Experian Hitwise, publicados pelo Serasa Experian13 sobre o mercado de buscas no Brasil, apontam que o Google Brasil mantinha a liderança dos buscadores com 90,23%, até 11 de fevereiro deste ano, com perda de 1,31% em relação ao ano passado. O Bing Brasil manteve a segunda colocação com 3,89%. Já o Google.com registrou 2,36% de participação, alcançando o terceiro lugar e o Bing.com 0,18% na sétima posição. Foram considerados ainda os dados do Google Portugual, Yahoo!, Ask e Uol. 2.1.2 A bolha A ascensão da internet trouxe uma leva ascendente de computadores mais rápidos, baratos e conectados a rede, que se tornava cada dia mais útil e popular. Isso despertou o interesse de Wall Street, que apesar de não entender o que essa nova tecnologia significava viu ali uma oportunidade de fazer dinheiro. Assim como ocorreu em outras épocas da história, toda inovação é acompanhada de especulação financeira. Foi assim com o lançamento do Ford T, do telégrafo e em Porto Velho, as Usinas do Madeira trouxeram consigo uma bolha imobiliária. O início da Bolha começou em 1995 quando a Netscape anunciou a oferta inicial pública de suas ações. Um ano depois outras empresas como o portal de buscas Yahoo! fizeram o mesmo e em 1997 a Amazon.com ao abrir suas ações acabou empurrando a bolha, gerando controvérsias, já que obtinha mais perdas que lucros. Um ano depois o Ebay abriu suas ações na bolsa de valores e ao final do primeiro dia do pregão suas ações já valiam mais de dois bilhões de dólares. Enquanto isso os olhares de Wall Street se voltavam a Amazon.com e no final 13 Disponível em http://www.serasaexperian.com.br/release/noticias/2012/noticia_00772.htm
  • 34. 32 daquele ano o especialista financeiro Henry Blodget afirmou que mesmo com perdas as ações da empresa dobrariam seu valor em um ano. Essa afirmação causou frisson na mídia resultando na duplicação do valor das ações da Amazon.com não em um ano, mas em apenas algumas semanas. Esse pode ser considerado o real início da verdadeira bolha. A abertura do capital da Amazon.com e do Ebay tornaram seus donos mais ricos e inspirou uma nova corrida do ouro, desta vez tecnológica. Milhares de pessoas passaram a migrar para o Vale do Silício em busca de uma oportunidade parecida, carregando projetos inacabados de empresas nem sempre lucrativas. Outro fator que contribuiu para a bolha foi a democratização do mercado de ações, que possibilitou a qualquer pessoa negociar seus papéis sem sair de casa. A partir desse momento as ações das empresas “PontoCom” foram avaliadas exageradamente atingindo níveis altíssimos na avaliação dos investimentos. Algumas empresas brasileiras chegaram a ter ações valorizadas em 300%. Muitas empresas com negócios falhos ou sem possibilidade de lucros recebiam aportes milionários de investidores, resultando na supervalorização das ações. Além disso, os donos das empresas pontocom do Vale do Silício passaram a exibir um estilo de vida megalomaníaco com direito a festas caras, sedes e carros luxuosos financiados pelo dinheiro dos investimentos. Um dos maiores gastos era com os comercias de TV, onde somente durante o intervalo do Superbowl de 2001 os comerciais gastaram 2.2 milhões de dólares. Ao todo 40 milhões de dólares dos investidores e de capital de risco foram gastos dessa forma. Paralelo a Bolha da Internet surgia uma bolha nas telecomunicações. A crescente demanda por largura de banda fez com que dezenas de empresas instalassem milhares de quilômetros de fibra óptica para suprir essa demanda. Porém havia muitas empresas oferecendo o mesmo serviço sem analisar os custos corretamente e as consequências disso. Em 1999 o total de empresas pontocom que abriram suas ações na bolsa de valores chegou a 250. Enquanto isso, a Amazon.com e o Ebay mantiveram-se no topo com as ações mais supervalorizadas do mercado. Depois de testemunhar a subida desenfreada da bolsa de valores em 1999 e vislumbrar sinais de que a economia passava por um superaquecimento, a Reserva Federal Americana, em fevereiro e março de 2000, elevou os juros aos níveis mais altos desde 1995.
  • 35. 33 Em 2000, no dia conhecido como “sexta-feira negra” a bolha estourou e a Nasdaq apresentou seu pior resultado caindo 355 pontos, representando o maior colapso da bolsa de valores. Os prejuízos somaram cerca de 3,5 trilhões de dólares e algumas empresas tiveram as ações desvalorizadas em mais de 90,0%. Não somente as pequenas empresas sofreram o baque, gigantes como a Amazon.com também foram atingidas. A própria Amazon.com chegou bem próximo à falência e após a bolha no início de 2001 demitiu 1.300 funcionários. A bolha murchou em setembro do mesmo ano quando no dia 11 ocorreu o atentado ao World Trade Center dando fim há anos de especulação financeira. O resultado da Bolha foi o fechamento de inúmeras empresas além do surgimento de um medo quando o assunto era a internet. Ao mesmo tempo em que inúmeras empresas fracassaram outras tantas conseguiram se manter no mercado. Prova disso são a Amazon.com e o Ebay que trouxeram um novo modelo de experiência do usuário no comércio eletrônico ao transferir poder ao consumidor, e atualmente são duas gigantes do setor. Mas o principal resultado da bolha foi o surgimento de empresas duradouras e a transformação da economia. Em 19 de agosto de 2004 a Google abriu suas ações na Nasdaq criando um frenesi especulativo entre aqueles que desejavam a recuperação do mercado de tecnologia arrasado pela Bolha. Ao mesmo tempo, a noticia da abertura do capital da Google repercutiu fortemente na mídia financeira em razão do modelo escolhido pela empresa, que optou por um leilão de ações, alienando grande parte dos corretores de Wall Street que trabalhavam com o modelo tradicional de negócios. Ao abrir, a bolsa começou com cem dólares, quinze dólares a mais que no dia anterior e desde então, nunca mais caiu abaixo desse valor. Três anos depois da abertura, a Google valia mais que empresas como Fedex, Coca Cola e Mc Donalds. Foi a recuperação do mercado de tecnologia. 2.1.3 Anos 2000 Nos anos 2000, houve um aumento significativo no número de computadores pessoais no mundo, que ultrapassou 500 milhões de unidades. No ano seguinte uma tragédia mundial mudou a visão que as pessoas tinham da rede. No dia 11 de setembro de 2001, com o atentado às Torres Gêmeas nos Estados Unidos, a internet foi crucial para a cobertura da tragédia. Segundo Sérgio Lüdtke, editor de mídias sociais da Revista Época, “[...] naquele dia, muitos sites
  • 36. 34 caíram com a quantidade de acessos. A partir deste momento você tem a internet percebida com mais confiança” 14, sendo considerada por muitos especialistas como o marco zero do jornalismo online. Em 2002, o número de pessoas utilizando a internet já alcançava a marca de 544 milhões e vários serviços online como serviços de fotos, redes de relacionamento, blogs e outros começaram a trazer uma mudança comportamental no internauta. É nesse ano também que tem início a venda de celulares com acesso à internet móvel e as operações do WiFi. Em 2004 surgiram duas das maiores redes de relacionamento do mundo. Em fevereiro dois americanos e um brasileiro, estudantes de Harvard criaram um site com o intuito de colocar os estudantes da universidade em rede. De lá para cá, o Facebook cresceu rapidamente ultrapassando os limites da universidade e tornou-se a rede social mais acessada com 800 milhões de usuários no mundo. Em abril deste ano, o Brasil se tornou o terceiro país com maior número de usuários da rede com 44,6 milhões de membros, atrás dos Estados Unidos com 156,8 milhões e Índia com 45,7 milhões de usuários. Menos de um mês após a divulgação desses dados a SocialBakers divulgou estudo que mostra a ascensão brasileira ao segundo lugar do ranking de usuários do Facebook com crescimento de 22%, passando a representar 23% do número total de usuários no mundo. Em dezembro de 2011, o Facebook superou o número de acessos do Orkut no Brasil, até então a rede social mais utilizada pelos brasileiros. O Orkut foi desenvolvido por um engenheiro do Google de mesmo nome. Os maiores números de usuários da rede estão na Índia, onde chegou a ser o segundo site mais acessado e no Brasil, que possuía mais de 23 milhões de usuários e durante anos foi a rede social mais acessada pelos brasileiros. Em setembro deste mesmo ano, Tim O’really criou o termo “Web 2.0” para descrever os novos modelos de negócio da rede após a Bolha. O termo, inicialmente comercial para fins de marketing, se espalhou com novo sentido e passou a definir as mudanças sofridas pela internet com o crescimento de mídias sociais e sites colaborativos. Para O’really apud Torres (2009) “Web 2.0 é a mudança para uma Internet como plataforma, e um entendimento das regras para obter sucesso nessa 14 Disponível em: http://portalimprensa.uol.com.br/noticias/brasil/43546/o+11+de+setembro+mudou+a+historia+da+inter net+diz+sergio+ludtke+da+epoca/
  • 37. 35 nova plataforma. Entre outras, a regra mais importante é desenvolver aplicativos [...] aproveitando a inteligência coletiva”. Ou seja, o termo refere-se a uma mudança comportamental do internauta e da internet, que se tornou mais colaborativa por meio de plataformas como sites de relacionamento, páginas wiki, blogs, jornalismo colaborativo e outros. O ano seguinte pode ser creditado como o ano de maior crescimento da internet. Em 2005, a web cresceu mais do que todo o período da bolha e estima-se que cerca de 17 milhões de novos sites tenham surgido nesse ano. A Ásia-Pacífico foi a região que apresentou o maior número de usuários e acessos por banda larga, com 315 milhões de internautas e 40% de lares conectados à rede. A Europa aparecia com 233 milhões de usuários e 55,2 milhões de lares com banda larga e na América Latina apenas 70 milhões de pessoas possuíam acesso à internet. Segundo uma pesquisa da “eMarketer” ao final daquele ano, um bilhão de pessoas tinham acesso à internet, 845 milhões delas eram usuários regulares e 25% utilizavam banda larga ou conexões de alta velocidade. Em 2007 um estudo da “ComScore” concluiu que o número de usuários da Internet havia atingindo 694 milhões de pessoas ou 14% da população mundial, que na época era estimada em 6,5 bilhões de pessoas. Um ano depois, o número de usuários já ultrapassava 1,5 bilhões de pessoas e em junho do mesmo ano, uma pesquisa da Gartner apontou que já havia sido ultrapassada a marca de um bilhão de unidades de computadores pessoais. Atualmente o número de internautas no mundo ultrapassa dois bilhões de usuários, segundo anúncio da União Internacional de Telecomunicações (UIT). Considerando que a população mundial está acima de 6,8 bilhões de pessoas, há a relação de uma em cada três pessoas conectadas à internet. As assinaturas de banda larga no mundo ultrapassaram meio bilhão em 2010, com 555 milhões e as de banda larga móvel chegaram a 940 milhões. 2.2 Internet no Brasil No Brasil, os primeiros passos da rede foram dados em 1988 quando a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) realizou a primeira conexão à rede. No mesmo período, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o Laboratório Nacional de Computação Gráfica (LNCC) também se
  • 38. 36 conectaram a internet ligando as universidades brasileiras a instituições norte- americanas. Paralelo a isso, em 1990, o BBS (Bulletin Board System), sistema de comunicação semelhante a um quadro de avisos eletrônico se tornou febre no Brasil e no mundo, podendo ser encarado como o precursor da internet comercial. O BBS funcionava de forma semelhante a uma tela de chat sofisticada sem muito conteúdo e com bastante interação. Em pouco tempo, se tornou um provedor de internet e figurou como um dos maiores do país. Em 1992, o Governo Federal criou a Rede Nacional de Pesquisa (RNP) através do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). A RNP criou uma gigantesca infraestrutura de cabos, chamada de espinha dorsal ou backbone, para suportar a rede mundial de computadores e com isso receber o link internacional. Além disso, espalhou pontos de conexão pelas principais capitais brasileiras começando a operar a infraestrutura de funcionamento da internet, possibilitando o acesso para universidades, órgãos governamentais e fundações de pesquisa no país. Paralelamente às ações da RNP, a organização não governamental (ONG) Instituto Brasileiro de Análise Sociais e Econômicas (Ibase), foi a primeira instituição não acadêmica a fazer uso da Internet ao utilizar o AlterNex, serviço de correio eletrônico e grupos de discussão conectado à rede em 1989. O grande teste do AlterNex ocorreu durante a Conferência Internacional ECO-92, onde o acompanhamento dos debates era feito por um sistema de veiculação de informações eletronicamente. Nos anos seguintes a Internet cresceu gradualmente no meio acadêmico e nos Estados Unidos, gerando uma disputa no Brasil pelos direitos de acesso à rede. Em 1993 foi estabelecida a primeira conexão à longa distância, entre São Paulo e Porto Alegre, utilizando uma velocidade de 64 kbps. O Governo Brasileiro em 1994, por meio de uma ação conjunta entre os Ministérios da Ciência e Tecnologia (MCT) e das Comunicações (MC) demonstrou interesse em investir e promover o desenvolvimento da Internet no país. Caberia a RNP gerenciar a infraestrutura da operação e à Embratel, que na época pertencia ao sistema Telebrás, a exploração comercial do serviço, indicando que haveria um monopólio estatal da Embratel na exploração dos serviços de comunicação de dados.
  • 39. 37 Porém, a eleição de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República alterou esse cenário. Um dos principais programas do presidente era a privatização de estatais, que atingiria o mercado das telecomunicações. Assim, os Ministérios da Ciência e Tecnologia e das Comunicações determinaram que o serviço de acesso à internet ofertado ao consumidor final só poderia ser oferecido por empresas privadas e ao mercado corporativo distribuído pelas estatais, extinguindo a possibilidade de um monopólio. No ano seguinte o governo brasileiro deu o primeiro passo para a disseminação da internet no país ao abrir o backbone para fornecimento de conectividade a provedores de acesso comercial. Nesse ano, foram iniciadas as operações da Embratel, que são consideradas o marco da internet comercial no país. Esse ano também é marcado pela fundação do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI) que gerencia o uso da rede, incluindo os domínios (nomes) dos sites e também pela criação da versão online do Jornal do Brasil, o primeiro no segmento. Foi também neste ano que a internet foi apresentada aos brasileiros por meio da novela Explode Coração, onde teve papel fundamental no desenlace do folhetim. A trama contava a história da cigana Dara, que contrariando os costumes de seu povo rejeitou casamento com o também cigano Ygor e por meio da internet conheceu o empresário Júlio Falcão. Através de chat (bate papo), os dois trocaram juras de amor e superaram as distâncias e diferenças culturais que os separavam. A divulgação massiva da internet através da maior rede de televisão do país foi o estímulo para que muitos empreendedores resolvessem investir nesse campo em expansão. Em 1995 a Nutec, que já havia sido a pioneira em distribuição de soluções de TCP/IP no Brasil, transforma-se em NutecNet e como provedor de acesso espalhou- se rapidamente por todo o país ultrapassando 50 mil assinantes, algo surpreendente para um país que acabava de receber a internet. Foi nesse ano também que surgiu na rede o Cadê? primeiro site de buscas brasileiro. O site, que inicialmente contava com trezentas páginas catalogadas à mão logo cresceu e no ano seguinte já possuía mais de 1.200 páginas e 20 mil usuários. O ano de 1996 é marcado pela chegada dos grandes portais brasileiros e pelo início das vendas de assinaturas de acesso à rede. A era dos portais foi iniciada pela Editora Abril com o BOL (Brasil Online) e posteriormente pelo Portal UOL (Universo
  • 40. 38 Online), do Grupo Folha, que em setembro do mesmo ano incorporou o BOL às suas operações. Em 1998 é criado o primeiro blog em português, o Diário da Megalópole que tinha por objetivo registrar o cotidiano da cidade de São Paulo. É nesse ano que chega ao mercado o primeiro serviço de e-mail genuinamente brasileiro, o Zipmail, que em menos de doze meses já ultrapassava a marca de um milhão de usuários. No ano seguinte, é lançado o portal Zip.Net, construído para os usuários do Zipmail, com conteúdo gratuito da Rádio Jovem Pan, MTV, Pelé.net, entre outros e que em pouco tempo consolidou-se como uma das quatro maiores forças da internet no país. A NutecNet que havia se consolidado como o maior provedor de internet no país e segundo maior em número de assinantes, é comprada pelo grupo Rede Brasil Sul (RBS) no fim de 1996 e no ano seguinte ressurge no mercado com o nome de ZAZ beirando os 100 mil assinantes. Em 1998, o ZAZ já possuía 190 mil assinantes e faturamento de mais de 42 milhões de reais. Porém a cada dia entravam novos concorrentes no mercado, como Starmedia, O Site e a gigantesca América Online (AOL), tornando a internet um espaço cada vez mais acirrado. Para evitar uma perda de mercado, o grupo detentor do ZAZ buscou um parceiro global que tivesse força para encarar os concorrentes que surgiam a cada dia. Assim, o ZAZ foi vendido para o Grupo Telefónica e um ano depois desaparecia do mercado sendo substituído pela Terra Networks, em outubro de 1999. A Terra Networks, apenas no primeiro ano de vida, faturou em torno de 80 milhões de dólares. No ano 2000, mudou novamente de nome, ao fundir-se com o portal americano Lycos e passou a chamar-se Terra Lycos. O ano de 1999 é marcado por mudanças na rede. O Cadê?, que à época era o maior site de buscas do país, foi comprado pelo StarMedia. O Yahoo!, até então o site mais acessado do mundo, lança sua versão em português. A Folha Online passa a substituir o BOL como um site de notícias e o BOL torna-se apenas serviço de e-mail. A AOL, então o maior provedor mundial de acesso à internet, chega ao Brasil utilizando como estratégia a distribuição de CDs de instalação que apresentou problemas já que o sistema mudava automaticamente as configurações do computador do usuário. Mas a maior mudança foi a chegada da internet banda larga.
  • 41. 39 Nos primórdios da internet no Brasil, o único meio existente para ter conexão à rede era a internet discada, que trazia vários problemas. Com velocidade máxima de 56,6 kbps, a conexão era instável, ocupava a linha telefônica e o valor cobrado pela conexão equivalia ao valor normal de uma ligação telefônica, ou seja, se um usuário permanecesse conectado por 20 minutos pagaria o valor equivalente ao de uma ligação telefônica de mesmo tempo. A banda larga, assim como a conexão discada, utiliza a linha telefônica para se conectar a internet, porém não dispõe dos mesmos problemas que sua antecessora. A banda larga cobra uma mensalidade pelo serviço oferecido ao contrário da conexão discada e isso possibilita que o usuário possa utilizar a rede pelo tempo que desejar sem ocupar a linha telefônica. A principal vantagem trazida pela banda larga foi o ganho de velocidade, que mesmo variável, torna a navegação mais rápida e eficiente. A partir dos anos 2000 começaram a surgir no Brasil diversos serviços de internet de alta velocidade, a exemplo do Cabonet da Esc 90/Net Vitória, do PapaLéguas da Horizon, do Zumm da Viacabo e o Flash, da BIG TV, entre outros. O crescimento da rede banda larga foi crescendo gradativamente até interligar todos os 27 estados do Brasil. Quatro anos depois da chegada da banda larga o Brasil já possuía cerca de 30 milhões de internautas. Em 2005 a banda larga ultrapassou a conexão discada em número de usuários e o governo, como medida incentivadora para a expansão da internet lançou o projeto “Computador para Todos” com redução de tributos e formas de financiamento para computadores com sistema operacional livre, como o Linux, com valor máximo de R$ 1.400,00. Nesse mesmo ano, o país tornou-se o primeiro país com maior tempo de navegação familiar e o usuário brasileiro bateu recorde de navegação com a média de 15 horas e 14 minutos. A medida do governo refletiu positivamente e no ano seguinte a venda de computadores cresceu 43% chegando a vender 8,3 milhões de unidades. Ao final de 2006, já eram mais de 14,4 milhões de brasileiros com acesso residencial a internet e o tempo de navegação havia subido para 21 horas e 39 minutos, tornando o Brasil pela oitava vez consecutiva o líder em tempo de navegação na internet. Em 2007, o número de usuários residenciais ativos no país superava a marca de 16,3 milhões e o número de pessoas com acesso à internet em outros locais chegava a 32,9 milhões. Dois anos depois, o número de usuários com mais de 16 anos havia saltado para 64,8 milhões.
  • 42. 40 Em abril deste ano a Nielsen divulgou a pesquisa NetSpeed Online Report sobre o acesso do brasileiro à internet, tendo como critérios a qualidade das conexões de banda larga no país, o número total de internautas e o local de acesso à rede. A pesquisa aponta que 27,1% dos brasileiros usa conexão rápida (2mb a 8mb), 45,0% usa conexão média (512 Kbps a 2 Mbps) e 13,0% possui conexão lenta (até 512 Kbps), dados referentes a fevereiro de 2012. As conexões super- rápidas (acima de 8mb) somam apenas 10,0%. Comparando esses dados com os números do mesmo período de 2010 é possível verificar o rápido crescimento do número de usuários ativos. As conexões rápidas subiram de 9,4% para 27,7%, já as médias mantiveram maior porcentagem com aumento de 42,5% de 2010 para 45,0% esse ano e as conexões super-rápidas duplicaram sua representatividade passado de 3,2% para 6% em 2012. Houve também uma diminuição drástica no número de conexões lentas que caiu de 28,8% em 2010 para apenas 13% em 2012. O crescimento leva a crer que houve migração de consumidores para serviços melhores. Em apenas dois anos, a quantidade de usuários ativos com conexão rápida teve crescimento de mais de 300%, acompanhado por crescimento também nas conexões médias, mais popular no Brasil, de 47%. Apesar das conexões brasileiras ainda não atingirem o nível considerado ideal, o Brasil já atingiu a meta de 10,04 milhões de conexões, alcançada em 2010. O relatório ainda afirma que o Brasil possui 79,9 milhões de internautas, marca alcançada no último trimestre de 2011, representando um crescimento de 8% em relação ao mesmo período de 2010. Destes, 48,7 milhões foram considerados usuários ativos em fevereiro. Dentre as categorias com maior crescimento mensal no número de usuários únicos, a de Informações Corporativas foi a que mais evoluiu com 3,3% de crescimento, seguida por Educação e Carreiras, com 3,1%. Sites de empregos e principalmente de pesquisas escolares foram os mais buscados em Educação e Carreiras. Para a Fecomércio – RJ/Ipsos Isso faz com que o país seja o 5º maior em número de conexões com a Internet, com um aumento no percentual de usuários acessando a internet de 27,0% para 48,0% entre 2007 e 2011. Apesar do crescimento do percentual de brasileiros conectados, a desigualdade social ainda impede uma maior inclusão digital. Nas classes mais pobres apenas 0,6% tem acesso à Internet, já entre os mais ricos a porcentagem é
  • 43. 41 de 56,3%. Também há uma desigualdade étnica no uso à Internet, somente 13,3% dos negros tem acesso, enquanto entre os brancos a taxa é de 28,3%. Na localização geográfica também há um diferencial de acesso, as regiões Sul (25,6%) e Sudeste (26,6%) se sobressaem às regiões Norte (12,0%) e Nordeste (11,9%). Para minimizar essa discrepância, o Governo Federal lançou o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), que pretende levar internet a baixo custo para pelo menos 80,0% da população brasileira no prazo de quatro anos. A cada dia, meio milhão de pessoas entram na internet pela primeira vez. Estima-se que até o fim desse ano o número de usuários de computador no mundo vá chegar a 2 bilhões. Hoje, 70,0% das pessoas consideram a Internet indispensável. Em 1982 havia apenas 315 sites na Internet, hoje existem 174 milhões. De acordo com Alexandre Sanches Magalhães, gerente de análise do Ibope//NetRatings, “o ritmo de crescimento da internet brasileira é intenso. A entrada da classe C para o clube dos internautas deve continuar a manter esse mesmo compasso forte de aumento no número de usuários residenciais”. 2.3 E-commerce e empreendedorismo digital O comércio eletrônico ou e-commerce é uma transação comercial intermediada por um meio eletrônico ou digital, tendo surgido na década de 1970 utilizando tecnologias que facilitavam as transações permitindo o envio de ordens de compras e contas de forma eletrônica. Já nos anos 80 mudanças como a aceitação de cartão de crédito e os serviços de atendimento ao cliente (SAC) também foram caracterizados como comércio eletrônico. O marco zero para a Internet comercial no mundo surgiu em 1995. Foi nesse ano que surgiram alguns dos grandes nomes da rede mundial, como Yahoo! e Amazon.com. As duas empresas surgiram aproveitando o crescimento acelerado da internet baseados em necessidades e oportunidades que o novo mercado trazia. Em um curto prazo de tempo a Amazon.com tornou-se a maior livraria on line do mundo e um ano após sua criação valia mais de 300 milhões de dólares. Com história semelhante, o Yahoo! em apenas um ano tinha quase 100 milhões de páginas visitadas e lucro de 40 milhões de dólares, tornando-se os pioneiros da indústria norte americana.
  • 44. 42 Foi também em 1995 que no Brasil surgiram os primeiros protagonistas da web, acompanhando o surgimento de centenas de pequenos provedores de acesso à internet. Pela primeira vez na história, a venda de televisores foi ultrapassada pela de computadores e o consumo de linhas telefônicas foi aumentando gradualmente até a explosão de 1998, quando houve a privatização do setor. Desde a chegada da internet no Brasil, o instinto empreendedor do brasileiro foi aflorado em busca de oportunidades nesse mercado desconhecido que surgia. Na mesma proporção em que muitos prosperaram outros tantos não obtiveram êxito em suas jornadas. Nascia o embrião do empreendedorismo digital brasileiro. Empreendedorismo digital pode ser entendido como o desenvolvimento um modelo de negócio intermediado por um meio eletrônico para oferecer um produto e/ou serviço e com isso obter lucro. Um dos casos mais prósperos da internet brasileira foi a criação do Booknet, primeira loja 100% virtual do Brasil e também primeiro empreendimento brasileiro em e-commerce. Em viagem a Nova York a trabalho, o consultor literário Jack London conheceu a novidade que mudaria sua vida e a história do empreendedorismo digital brasileiro para sempre. Era fim de 1994 e Jack foi apresentado à Amazon.com, livraria virtual no ar há apenas algumas semanas. Encantado com a novidade, London foi até a sede da empresa buscar mais informações sobre o funcionamento da empresa. Cinco meses depois, já em maio de 1995, entra na rede a Booknet, primeira livraria online do Brasil, porém o lançamento só foi feito em janeiro do ano seguinte. Inicialmente, a proposta de London, vender livros pela internet sem a utilização de estoques, gerou descrença entre os possíveis fornecedores que encaravam a nova modalidade de negócio como absurda. Mesmo com desconfianças, a Booknet ganhou credibilidade após seu lançamento e iniciou suas operações com 17 editoras e mais de 2.000 títulos a venda. Em dois anos, o empreendimento que custou cerca de 500 mil reais a London, já operava no azul com uma margem de lucro de 10%. A partir de 1998 um sistema de franquias foi instaurado, onde os franquiados montavam quiosques com acesso à internet e alcançou mais de 80 parceiros em todo o país. O rápido crescimento trouxe consigo a falta de estoque. A solução foi a compra de seis lojas da Ediouro no Rio de Janeiro. Assim, a livraria saiu do virtual para ganhar o mundo real. A estratégia funcionou e somente naquele ano o
  • 45. 43 faturamento da empresa alcançou a casa dos 12 milhões de dólares. No ano seguinte, London vendeu 100% da Booknet à GP Investimentos, dando início ao que mais tarde se tornaria o Submarino.com. Bancos e instituições financeiras começaram a fazer uso da rede em suas operações e o Brasil tornou-se referência internacional em internet banking. Outros setores, como os meios de comunicação, passaram a utilizar a rede ofertando versões digitais de seus produtos. Mas pode-se afirmar que a maior prova da consolidação da Internet no país deu-se com a criação da declaração on-line do Imposto de Renda, onde atualmente a Receita Federal recebe 100% das declarações digitalmente, eliminando o uso do papel. No final dos anos 2000, empresas europeias e americanas passaram a oferecer seus serviços pela internet o que fez com que, desde então, as pessoas associassem o termo “comércio eletrônico” ao ato de adquirir produtos ou serviços através das facilidades da rede mundial de computadores. De acordo com a pesquisa Webshoppers de 2010, nos últimos 10 anos o crescimento médio anual do comercio eletrônico no Brasil foi de 43,5%. Em 2007, o faturamento do e-commerce foi de R$ 6,7 bilhões e quatro anos depois esse montante triplicou. Somente no ano passado o comércio eletrônico brasileiro movimentou R$ 18,7 bilhões em mais de 53,7 milhões de pedidos pela internet, com um tíquete médio de R$ 350,00, valor 6,5% abaixo do que do ano anterior. Isso representa um crescimento de 26,0% em relação a 2010. Somaram-se a essa massa mais de nove milhões de novos e-consumidores, sendo 61,0% da Classe C, totalizando mais de 32 milhões de pessoas que já compraram online pelo menos uma vez. A previsão de crescimento para 2012 é manter o mesmo ritmo de 2011, podendo sofrer influência do cenário internacional com a crise europeia, a recuperação dos Estados Unidos e a redução do crescimento chinês. Fatores como a redução de impostos e na taxa básica de juros, além de incentivos governamentais podem equilibrar esse cenário. Espera-se que até o fim deste ano, o e-commerce fature R$ 23,4 bilhões. Mas, qual a razão deste sucesso? A internet traz mais conforto e praticidade ao dia a dia. Hoje é possível realizar pesquisas, buscar informações, realizar compras e outras tarefas sem sair de casa, enfrentar filas ou procurar vagas de