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Terias da aprendizagem:
Teorias Comportamentalistas
Princípios Psicopedagógicos
Definir com maior exactidío possível os
objectivos finais da aprendizagem;
Análise cuidada da estrutura das tarefas, de
modo a determinar os objectivos do percurso;
Apresentação da matéria em sequências curtas
de forma a permitir um melhor
condicionamento do sujeito, conduzindo-o
através de experiências positivas de
aprendizagem;
Apresentar estímulos capazes de suscitar as
reacções adequadas às aprendizagens
desejadas;
Reforçar as reacções desejadas;
Proporcionar o conhecimento dos resultados da
aprendizagem como forma de retroalimentação
do processo;
Recompensar, retirar a recompensa ou punir,
em função da relação entre o comportamento
expresso e a aprendizagem desejada;
Exercitar os comportamentos aprendidos.
Técnicas de Ensino
Exercícios de repetição;
Ensino individualizado, tipo programado;
Demonstrações para imitação;
Memorização.
Teorias Cognitivistas
Princípios Psicopedagógicos
Motivação, motivar o sujeito para
aprendizagem, relacionando as suas
necessidades pessoais com os objectivos da
própria aprendizagem;
Valorização da experiência anterior, reconhecer
que a estrutura cognitiva do sujeito depende da
sua visão do mundo e das suas experiências
anteriores;
Estratégias de ensino adaptadas ao nível de
desenvolvimento dos sujeitos;
Relacionar o novo com o adquirido, ajudar os
sujeitos a relacionar conhecimentos e
habilidades novos com conhecimentos e
habilidades anteriormente adquiridos;
Valorização da compreensão em detrimento da
memorização;
Fornecer informações, indicar factos, fornecer
pistas que facilitem a compreensão, organização
e retenção dos conhecimentos;
Valorizar a prática, a experimentação de novos
conhecimentos, não equacionar a prática como
repetição, mas concebê-la como uma série de
tentativas sucessivas e variadas, que facilitem a
transferência de habilidades e conhecimentos
para novas situações;
Sistematização: iniciar cada unidade de ensino
apresentando conjuntos significativos e descer
gradualmente ao pormenor.
Técnicas de Ensino
Ensino pela descoberta;
Apresentação dos objectivos;
Introduções;
Sumários;
Questionários orientados para a compreensão;
Esquemas;
Debates;
Discussões;
Estudo de casos.
Teorias Humanistas
Princípios Psicopedagógicos
A preocupação central não deve ser com o
ensino, mas sim com a aprendizagem numa
perspectiva de desenvolvimento da pessoa
humana;
Centrar a aprendizagem no sujeito e nas suas
necessidades, na sua vontade e nos seus
sentimentos;
Desenvolver no indivíduo a responsabilidade
pela auto-aprendizagem e incutir-lhe o espírito
de auto-avaliação;
Centrar a aprendizagem em actividades e
experiências significativas para o educando;
Desenvolver no seio do grupo relações
interpessoais baseadas na empatia;
Ensinar também a sentir e não apenas a pensar;
Técnicas de Ensino
Ensino individualizado;
Discussões;
Debates;
Painéis;
Simulações;
Jogos de Papéis;
Resolução de Problemas
Ensinar a aprender;
Criar no seio do grupo uma atmosfera
emocional positiva, que ajude o educando a
integrar novas experiências e novas ideias;
Promover a aprendizagem activa, orientada para
processos de descoberta, autónomos e
reflectidos.
Concepção Inatista(Anterior a Vigotsky)
Parte do princípio de que fatores hereditários ou de maturação são mais importantes para aprendizagem do
que os fatores relacionados ao ensino e à experiência.
Conforme aponta Pozo (2002), nessa concepção, a aprendizagem tem uma função muito limitada, pois a partir
dela se considera que não aprendemos nada novo e a única coisa que podemos fazer é refletir e usar a razão
para desenvolver os conhecimentos que já nasceram conosco.
cada indivíduo já traz o programa pronto em seu sistema nervoso, isto significa que, ao nascermos, já está
determinado quem será inteligente ou não. Assim, uns nasceram para aprender, e aprendem facilmente; outros
não nasceram para o estudo, se fracassam o fracasso é só deles. (Darsie, 1999:13)
O professor tem o simples papel de despertar no sujeito aquilo que ele já sabe e atualizar os conhecimentos
inatos; digamos que a figura do professor é meramente ilustrativa, sua função restringe-se a um auxiliar do
aluno, interferindo o mínimo possível em seu processo de aprendizagem (DAMIANI e NEVES, 2006).
Concepção Comportamentalista (Behaviorismo)
Destaca a importância dos fatores externos – do ambiente e das experiências – nos processos de aprendizagem
e desenvolvimento dos indivíduos.
“nada está no intelecto que não tenha passado antes pelos sentidos” (Aristóteles)
Todo conhecimento deriva de uma base empírica, de percepções ou impressões sensíveis sobre o real, sendo
elaborado e desenvolvido a partir desses dados.Assim, o conhecimento é visto como estando no mundo
externo, na realidade, nos objetos.
“o sujeito é totalmente determinado pelo mundo do objeto ou meio físico e social. Quem representa este mundo,
na sala de aula, é, por excelência, o professor. No seu imaginário, ele, e somente ele, pode produzir algum novo
conhecimento no aluno. O aluno aprende se, e somente se, o professor ensina. O professor acredita no mito da
transferência do conhecimento *…+ Tudo o que o aluno tem a fazer é submeter-se à fala do professor: ficar em
silêncio, prestar atenção, ficar quieto e repetir tantas vezes quantas forem necessárias”. (Becker, 1994:90)
Concepção Construtivista (Kant e Piaget)
De acordo com Pozo (2002), as origens filosóficas da concepção construtivista são encontradas em Immanuel
Kant, filósofo alemão, que ficou famoso, sobretudo, pela sua concepção conhecida como transcendentalismo,
a qual propõe que os homens trazem formas e conceitos a priori para a experiência concreta com o mundo.
Jean Piaget, considerado um neokantiano, foi um dos grandes seguidores dessa corrente. A aprendizagem
acontece por meio do equilíbrio entre a assimilação e a acomodação (Piaget)
As ideias expressas no texto acima sugerem que nenhum conhecimento nos chega do exterior sem que sofra
alguma alteração de nossa parte. Isto é, tudo aquilo que aprendemos é influenciado por aquilo que já tinhamos
aprendido. Desse pressuposto piagetiano deriva a concepção construtivista da aprendizagem. Nesse contexto, o
professor é o responsável por interagir com o sujeito que aprende e o conteúdo a ser aprendido, devendo criar
um “ambiente rico em desafios que leve o aluno a produzir e explorar ideias” (DARSIE, 1999, p. 20).
O aluno assimila e acomoda as novas informações com as quais entra em contato. O seu conhecimento, então,
passa a ser resultado de um processo de construção, ao contrário de algo pronto e elaborado pelo professor.
Como vimos até então, a proposta construtivista vai de encontro às concepções inatistas e
comportamentalistas, no sentido de conceber o sujeito da aprendizagem como alguém essencialmente ativo.
Concepção Histórico-Cultural (Vigotsky)
O ser humano não nasce humano, mas aprende a ser humano com as outras pessoas – com as gerações adultas e
com as crianças mais velhas – com as situações que vive, no momento histórico em que vive e com a cultura a
que tem acesso. O ser humano é, pois, um ser histórico-cultural. As habilidades, capacidades e aptidões humanas
criadas e necessárias à vida eram umas na pré-história, outras na idade média, outras ainda no início da
Revolução Industrial e são outras neste momento da nossa história. E cada ser humano, em seu tempo, apropria-
se daquelas qualidades humanas disponíveis e necessárias para viver em sua época (Mello, 2004:136-137).
A abordagem vigotskiana concebe o homem da seguinte forma: ao mesmo tempo em que este se relaciona e
interfere na sociedade, esta também deixa marcas que o constituíram; ao mesmo tempo em que realiza uma
ação, o homem também é receptor dessa ação.
A abordagem histórico-cultural entende que o desenvolvimento das pessoas ocorre por meio de uma
“interação dialética que se dá, desde o nascimento, entre o ser humano e o meio social e cultural em que se
insere” (Damiani e Neves, 2006:7).
O professor é peça fundamental nestes processos, pois tem como função ser o mediador entre o conhecimento
e o aluno e, sobretudo, conforme Facci (2004), ele deve encaminhar o ensino de maneira a favorecer o
desenvolvimento máximo das capacidades do aluno.
BIBLIOGRAFIA:
BECKER, Fernando (1994). Modelos pedagógicos e modelos epistemológicos. Porto Alegre. Educação &
Realidade, vol. 19, p. 89-96.
DAMIANI, Magda Floriana; NEVES, Rita de Araújo(2006). Vygotsky e as teorias da aprendizagem. UNIrevista, vol.
1, nº.2.
DARSIE, Marta Maria Pontin (1999). Perspectivas epistemológicas e suas implicações no processo de ensino e
de aprendizagem. Cuiabá, Uniciências, vol. 3, p. 9-21,
FACCI, Marilda Gonçalves Dias (2004). Valorização ou Esvaziamento do Trabalho do Professor?:um estudo
crítico-comparativo da teoria do professor reflexivo, do construtivismo e da psicologia vigotskiana. Campinas,
SP: Autores Associados.
MELLO, Suely Amaral (2004). A escola de Vygotsky. IN: CARRARA, Kester (org.). Introdução à psicologia da
educação: seis abordagens. São Paulo: Avercamp.
POZO, Juan Ignácio (2002). Aprendizes e Mestres: a nova cultura da aprendizagem. Porto Alegre: Artmed.
MOTIVAÇÃO
Motivação extrínseca e motivação intrínseca:
Motivação extrínseca
Na motivação extrínseca, o controlo da conduta é decisivamente influenciado pelo meio exterior, não sendo os
factores motivacionais inerentes nem ao sujeito nem à tarefa, mas simplesmente ao resultado da interacção
entre ambos.
A motivação extrínseca está assim relacionada, tal como reforça Tapia (1997), com metas externas (metas de
rendimento), ou seja, com situações em que a conduta se produz com a finalidade de apenas se receber uma
recompensa ou se evitar qualquer punição ou castigo. Nessas situações, o sujeito preocupa-se, sobretudo com
a sua imagem, com o seu “eu”.
Os alunos estão mais preocupados em demonstrar os seus níveis de competência e com os juízos positivos que
deles se possa fazer.
Os alunos motivados por motivação extrínseca são, sobretudo, impulsionados por mecanismos de motivação
extrínseca, o seu objectivo é apenas obter avaliações positivas.
Motivação intrínseca
Na motivação intrínseca, ao contrário, o controlo da conduta dependesobretudo do sujeito em si, dos seus
próprios interesses e disposições.
A motivação intrínseca corresponde, por seu turno, a situações em que não há necessariamente recompensa
deliberada, ou seja, relaciona-se com tarefas que satisfazem por si só o sujeito; correspondem-lhe, por isso,
metas internas (metas de aprendizagem).
Os alunos envolvem-se mais facilmente na própria aprendizagem, de forma a adquirir conhecimentos e
desenvolver competências.
Os alunos movidos por motivação intrínseca têm, assim, face às tarefas escolares, o objectivo de desenvolver as
suas competências.
O professor deve descobrir estratégias, recursos para fazer com que o aluno queira aprender, deve fornecer
estímulos para que o aluno se sinta motivado a aprender.
Ao estimular o aluno, o educador desafia-o sempre, para ele, aprendizagem é também motivação, onde os
motivos provocam o interesse para aquilo que vai ser aprendido.
É fundamental que o aluno queira dominar alguma competência. O desejo de realização é a própria motivação,
assim o professor deve fornecer sempre ao aluno o conhecimento de seus avanços, captando a atenção do
aluno.
A motivação é um processo que se dá no interior do sujeito, estando, entretanto, intimamente ligado às
relações de troca que o mesmo estabelece com o meio.
A motivação é um fator que deve ser equacionado no contexto da educação, ciência e tecnologia, tendo grande
importância na análise do processo educativo.
A motivação apresenta-se como o aspecto dinâmico da ação: é o que leva o sujeito a agir, ou seja, o que o leva
a iniciar uma ação, a orientá-la em função de certos objetivos, a decidir a sua prossecução e o seu termo.
A motivação é, portanto, o processo que mobiliza o organismo para a ação, a partir de uma relação
estabelecida entre o ambiente, a necessidade e o objeto de satisfação. Isso significa que, na base da motivação,
está sempre um organismo que apresenta uma necessidade, um desejo, uma intenção, um interesse, uma
vontade ou uma predisposição para agir. A motivação está também incluídano ambiente que estimula o
organismo e que oferece o objeto de satisfação. E, por fim, na motivação está incluído o objeto que aparece
como a possibilidade de satisfação da necessidade. (BOCK, 1999)
Objetivo da motivação:
Uma das grandes virtudes da motivação é melhorar a atenção e a concentração, nessa perspectiva pode-se
dizer que a motivação é a força que move o sujeito a realizar atividades.
Ao sentir-se motivado o individuo tem vontade de fazer alguma coisa e se torna capaz de manter o esforço
necessário durante o tempo necessário para atingir o objetivo proposto.
Torna-se tarefa primordial do professor identificar e aproveitar aquilo que atrai a criança, aquilo do que ela
gosta, como modo de privilegiar seus interesses.
COMO CRIAR SITUAÇÕES DE MOTIVAÇÃO?
1. Propiciando a descoberta. O aluno deve ser desafiado, para que deseje saber, e uma forma de criar este
interesse é dar-lhe a possibilidade de descobrir.
2. Desenvolver nos alunos uma atitude de investigação, uma atitude que garanta o desejo mais duradouro de
saber, de querer saber sempre. Desejar saber deve passar a ser um estilo de vida. Essa atitude pode ser
desenvolvida com atividades muito simples, que começam pelo incentivo à observação da realidade próxima
ao aluno – sua vida cotidiana -, os objetos que fazem parte de seu mundo físico e social. Essas observações
sistematizadas vão gerar dúvidas (por que as coisas são como são?), sendo preciso investigar, descobrir.
3. Falar ao sempre numa linguagem acessível, de fácil compreensão.
4. Os exercícios e tarefas deverão ter um grau adequado de complexidade. Tarefas muito difíceisgeram
fracasso, e tarefas fáceis, que não desafiam, levam à perda do interesse.
5. Compreender a utilidade daquilo que se está a aprender é também fundamental. Não é difícil para o
professor estar sempre a elevar a importância e utilidade que o conhecimento tem e poderá ter para o
aluno. Estamos sempre com vontade de aprender coisas que são úteis e têm sentido para nossa vida.
(BOCK, 1999, p. 122)
O professor deve descobrir estratégias, recursos para fazer com que o aluno queira aprender, deve fornecer
estímulos para que o aluno se sinta motivado a aprender.
Ao estimular o aluno, o educador desafia-o sempre, para ele, aprendizagem é também motivação, onde os
motivos provocam o interesse para aquilo que vai ser aprendido.
É fundamental que o aluno queira dominar alguma competência. O desejo de realização é a própria motivação,
assim o professor deve fornecer sempre ao aluno o conhecimento de seus avanços, captando a atenção do
aluno.
BIBLIOGRAFIA:
Arias, J. F. (2004). Perspectivas recientes en el estúdio de la motivación: la teoría de la orientación de meta.
Revista Electrónica de Investigación Psicoeducativa, 2 (1), 35-62.
Disponívelem: http://www.investigacion-psicopedagogica.org
BOCK, Ana M. Bahia (1999). Psicologias: uma introdução ao estudo de Psicologia. 13ª ed. São Paulo: Saraiva.
Fontaine, A. M. (1990). Motivação e realização escolar. In B. Campos (Coord.), Psicologia do desenvolvimento e
educação de jovens. Lisboa: Universidade Aberta.
Tapia, A. (1997). Motivar para el aprendizagem. Teoria y estrategias. Barcelona: Edebé
Ausubel (psicólogo americano)

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  • 2. Teorias Comportamentalistas Princípios Psicopedagógicos Definir com maior exactidío possível os objectivos finais da aprendizagem; Análise cuidada da estrutura das tarefas, de modo a determinar os objectivos do percurso; Apresentação da matéria em sequências curtas de forma a permitir um melhor condicionamento do sujeito, conduzindo-o através de experiências positivas de aprendizagem; Apresentar estímulos capazes de suscitar as reacções adequadas às aprendizagens desejadas; Reforçar as reacções desejadas; Proporcionar o conhecimento dos resultados da aprendizagem como forma de retroalimentação do processo; Recompensar, retirar a recompensa ou punir, em função da relação entre o comportamento expresso e a aprendizagem desejada; Exercitar os comportamentos aprendidos. Técnicas de Ensino Exercícios de repetição; Ensino individualizado, tipo programado; Demonstrações para imitação; Memorização.
  • 3. Teorias Cognitivistas Princípios Psicopedagógicos Motivação, motivar o sujeito para aprendizagem, relacionando as suas necessidades pessoais com os objectivos da própria aprendizagem; Valorização da experiência anterior, reconhecer que a estrutura cognitiva do sujeito depende da sua visão do mundo e das suas experiências anteriores; Estratégias de ensino adaptadas ao nível de desenvolvimento dos sujeitos; Relacionar o novo com o adquirido, ajudar os sujeitos a relacionar conhecimentos e habilidades novos com conhecimentos e habilidades anteriormente adquiridos; Valorização da compreensão em detrimento da memorização; Fornecer informações, indicar factos, fornecer pistas que facilitem a compreensão, organização e retenção dos conhecimentos; Valorizar a prática, a experimentação de novos conhecimentos, não equacionar a prática como repetição, mas concebê-la como uma série de tentativas sucessivas e variadas, que facilitem a transferência de habilidades e conhecimentos para novas situações; Sistematização: iniciar cada unidade de ensino apresentando conjuntos significativos e descer gradualmente ao pormenor. Técnicas de Ensino Ensino pela descoberta; Apresentação dos objectivos; Introduções; Sumários; Questionários orientados para a compreensão; Esquemas; Debates; Discussões; Estudo de casos. Teorias Humanistas Princípios Psicopedagógicos A preocupação central não deve ser com o ensino, mas sim com a aprendizagem numa perspectiva de desenvolvimento da pessoa humana; Centrar a aprendizagem no sujeito e nas suas necessidades, na sua vontade e nos seus sentimentos; Desenvolver no indivíduo a responsabilidade pela auto-aprendizagem e incutir-lhe o espírito de auto-avaliação; Centrar a aprendizagem em actividades e experiências significativas para o educando; Desenvolver no seio do grupo relações interpessoais baseadas na empatia; Ensinar também a sentir e não apenas a pensar; Técnicas de Ensino Ensino individualizado; Discussões; Debates; Painéis; Simulações; Jogos de Papéis; Resolução de Problemas
  • 4. Ensinar a aprender; Criar no seio do grupo uma atmosfera emocional positiva, que ajude o educando a integrar novas experiências e novas ideias; Promover a aprendizagem activa, orientada para processos de descoberta, autónomos e reflectidos. Concepção Inatista(Anterior a Vigotsky) Parte do princípio de que fatores hereditários ou de maturação são mais importantes para aprendizagem do que os fatores relacionados ao ensino e à experiência. Conforme aponta Pozo (2002), nessa concepção, a aprendizagem tem uma função muito limitada, pois a partir dela se considera que não aprendemos nada novo e a única coisa que podemos fazer é refletir e usar a razão para desenvolver os conhecimentos que já nasceram conosco. cada indivíduo já traz o programa pronto em seu sistema nervoso, isto significa que, ao nascermos, já está determinado quem será inteligente ou não. Assim, uns nasceram para aprender, e aprendem facilmente; outros não nasceram para o estudo, se fracassam o fracasso é só deles. (Darsie, 1999:13) O professor tem o simples papel de despertar no sujeito aquilo que ele já sabe e atualizar os conhecimentos inatos; digamos que a figura do professor é meramente ilustrativa, sua função restringe-se a um auxiliar do aluno, interferindo o mínimo possível em seu processo de aprendizagem (DAMIANI e NEVES, 2006). Concepção Comportamentalista (Behaviorismo) Destaca a importância dos fatores externos – do ambiente e das experiências – nos processos de aprendizagem e desenvolvimento dos indivíduos. “nada está no intelecto que não tenha passado antes pelos sentidos” (Aristóteles) Todo conhecimento deriva de uma base empírica, de percepções ou impressões sensíveis sobre o real, sendo elaborado e desenvolvido a partir desses dados.Assim, o conhecimento é visto como estando no mundo externo, na realidade, nos objetos. “o sujeito é totalmente determinado pelo mundo do objeto ou meio físico e social. Quem representa este mundo, na sala de aula, é, por excelência, o professor. No seu imaginário, ele, e somente ele, pode produzir algum novo conhecimento no aluno. O aluno aprende se, e somente se, o professor ensina. O professor acredita no mito da transferência do conhecimento *…+ Tudo o que o aluno tem a fazer é submeter-se à fala do professor: ficar em silêncio, prestar atenção, ficar quieto e repetir tantas vezes quantas forem necessárias”. (Becker, 1994:90) Concepção Construtivista (Kant e Piaget) De acordo com Pozo (2002), as origens filosóficas da concepção construtivista são encontradas em Immanuel Kant, filósofo alemão, que ficou famoso, sobretudo, pela sua concepção conhecida como transcendentalismo, a qual propõe que os homens trazem formas e conceitos a priori para a experiência concreta com o mundo. Jean Piaget, considerado um neokantiano, foi um dos grandes seguidores dessa corrente. A aprendizagem acontece por meio do equilíbrio entre a assimilação e a acomodação (Piaget) As ideias expressas no texto acima sugerem que nenhum conhecimento nos chega do exterior sem que sofra alguma alteração de nossa parte. Isto é, tudo aquilo que aprendemos é influenciado por aquilo que já tinhamos aprendido. Desse pressuposto piagetiano deriva a concepção construtivista da aprendizagem. Nesse contexto, o
  • 5. professor é o responsável por interagir com o sujeito que aprende e o conteúdo a ser aprendido, devendo criar um “ambiente rico em desafios que leve o aluno a produzir e explorar ideias” (DARSIE, 1999, p. 20). O aluno assimila e acomoda as novas informações com as quais entra em contato. O seu conhecimento, então, passa a ser resultado de um processo de construção, ao contrário de algo pronto e elaborado pelo professor. Como vimos até então, a proposta construtivista vai de encontro às concepções inatistas e comportamentalistas, no sentido de conceber o sujeito da aprendizagem como alguém essencialmente ativo. Concepção Histórico-Cultural (Vigotsky) O ser humano não nasce humano, mas aprende a ser humano com as outras pessoas – com as gerações adultas e com as crianças mais velhas – com as situações que vive, no momento histórico em que vive e com a cultura a que tem acesso. O ser humano é, pois, um ser histórico-cultural. As habilidades, capacidades e aptidões humanas criadas e necessárias à vida eram umas na pré-história, outras na idade média, outras ainda no início da Revolução Industrial e são outras neste momento da nossa história. E cada ser humano, em seu tempo, apropria- se daquelas qualidades humanas disponíveis e necessárias para viver em sua época (Mello, 2004:136-137). A abordagem vigotskiana concebe o homem da seguinte forma: ao mesmo tempo em que este se relaciona e interfere na sociedade, esta também deixa marcas que o constituíram; ao mesmo tempo em que realiza uma ação, o homem também é receptor dessa ação. A abordagem histórico-cultural entende que o desenvolvimento das pessoas ocorre por meio de uma “interação dialética que se dá, desde o nascimento, entre o ser humano e o meio social e cultural em que se insere” (Damiani e Neves, 2006:7). O professor é peça fundamental nestes processos, pois tem como função ser o mediador entre o conhecimento e o aluno e, sobretudo, conforme Facci (2004), ele deve encaminhar o ensino de maneira a favorecer o desenvolvimento máximo das capacidades do aluno. BIBLIOGRAFIA: BECKER, Fernando (1994). Modelos pedagógicos e modelos epistemológicos. Porto Alegre. Educação & Realidade, vol. 19, p. 89-96. DAMIANI, Magda Floriana; NEVES, Rita de Araújo(2006). Vygotsky e as teorias da aprendizagem. UNIrevista, vol. 1, nº.2. DARSIE, Marta Maria Pontin (1999). Perspectivas epistemológicas e suas implicações no processo de ensino e de aprendizagem. Cuiabá, Uniciências, vol. 3, p. 9-21, FACCI, Marilda Gonçalves Dias (2004). Valorização ou Esvaziamento do Trabalho do Professor?:um estudo crítico-comparativo da teoria do professor reflexivo, do construtivismo e da psicologia vigotskiana. Campinas, SP: Autores Associados. MELLO, Suely Amaral (2004). A escola de Vygotsky. IN: CARRARA, Kester (org.). Introdução à psicologia da educação: seis abordagens. São Paulo: Avercamp. POZO, Juan Ignácio (2002). Aprendizes e Mestres: a nova cultura da aprendizagem. Porto Alegre: Artmed.
  • 6. MOTIVAÇÃO Motivação extrínseca e motivação intrínseca: Motivação extrínseca Na motivação extrínseca, o controlo da conduta é decisivamente influenciado pelo meio exterior, não sendo os factores motivacionais inerentes nem ao sujeito nem à tarefa, mas simplesmente ao resultado da interacção entre ambos. A motivação extrínseca está assim relacionada, tal como reforça Tapia (1997), com metas externas (metas de rendimento), ou seja, com situações em que a conduta se produz com a finalidade de apenas se receber uma recompensa ou se evitar qualquer punição ou castigo. Nessas situações, o sujeito preocupa-se, sobretudo com a sua imagem, com o seu “eu”. Os alunos estão mais preocupados em demonstrar os seus níveis de competência e com os juízos positivos que deles se possa fazer. Os alunos motivados por motivação extrínseca são, sobretudo, impulsionados por mecanismos de motivação extrínseca, o seu objectivo é apenas obter avaliações positivas. Motivação intrínseca Na motivação intrínseca, ao contrário, o controlo da conduta dependesobretudo do sujeito em si, dos seus próprios interesses e disposições. A motivação intrínseca corresponde, por seu turno, a situações em que não há necessariamente recompensa deliberada, ou seja, relaciona-se com tarefas que satisfazem por si só o sujeito; correspondem-lhe, por isso, metas internas (metas de aprendizagem). Os alunos envolvem-se mais facilmente na própria aprendizagem, de forma a adquirir conhecimentos e desenvolver competências. Os alunos movidos por motivação intrínseca têm, assim, face às tarefas escolares, o objectivo de desenvolver as suas competências. O professor deve descobrir estratégias, recursos para fazer com que o aluno queira aprender, deve fornecer estímulos para que o aluno se sinta motivado a aprender. Ao estimular o aluno, o educador desafia-o sempre, para ele, aprendizagem é também motivação, onde os motivos provocam o interesse para aquilo que vai ser aprendido. É fundamental que o aluno queira dominar alguma competência. O desejo de realização é a própria motivação, assim o professor deve fornecer sempre ao aluno o conhecimento de seus avanços, captando a atenção do aluno. A motivação é um processo que se dá no interior do sujeito, estando, entretanto, intimamente ligado às relações de troca que o mesmo estabelece com o meio. A motivação é um fator que deve ser equacionado no contexto da educação, ciência e tecnologia, tendo grande importância na análise do processo educativo. A motivação apresenta-se como o aspecto dinâmico da ação: é o que leva o sujeito a agir, ou seja, o que o leva a iniciar uma ação, a orientá-la em função de certos objetivos, a decidir a sua prossecução e o seu termo. A motivação é, portanto, o processo que mobiliza o organismo para a ação, a partir de uma relação estabelecida entre o ambiente, a necessidade e o objeto de satisfação. Isso significa que, na base da motivação, está sempre um organismo que apresenta uma necessidade, um desejo, uma intenção, um interesse, uma vontade ou uma predisposição para agir. A motivação está também incluídano ambiente que estimula o
  • 7. organismo e que oferece o objeto de satisfação. E, por fim, na motivação está incluído o objeto que aparece como a possibilidade de satisfação da necessidade. (BOCK, 1999) Objetivo da motivação: Uma das grandes virtudes da motivação é melhorar a atenção e a concentração, nessa perspectiva pode-se dizer que a motivação é a força que move o sujeito a realizar atividades. Ao sentir-se motivado o individuo tem vontade de fazer alguma coisa e se torna capaz de manter o esforço necessário durante o tempo necessário para atingir o objetivo proposto. Torna-se tarefa primordial do professor identificar e aproveitar aquilo que atrai a criança, aquilo do que ela gosta, como modo de privilegiar seus interesses. COMO CRIAR SITUAÇÕES DE MOTIVAÇÃO? 1. Propiciando a descoberta. O aluno deve ser desafiado, para que deseje saber, e uma forma de criar este interesse é dar-lhe a possibilidade de descobrir. 2. Desenvolver nos alunos uma atitude de investigação, uma atitude que garanta o desejo mais duradouro de saber, de querer saber sempre. Desejar saber deve passar a ser um estilo de vida. Essa atitude pode ser desenvolvida com atividades muito simples, que começam pelo incentivo à observação da realidade próxima ao aluno – sua vida cotidiana -, os objetos que fazem parte de seu mundo físico e social. Essas observações sistematizadas vão gerar dúvidas (por que as coisas são como são?), sendo preciso investigar, descobrir. 3. Falar ao sempre numa linguagem acessível, de fácil compreensão. 4. Os exercícios e tarefas deverão ter um grau adequado de complexidade. Tarefas muito difíceisgeram fracasso, e tarefas fáceis, que não desafiam, levam à perda do interesse. 5. Compreender a utilidade daquilo que se está a aprender é também fundamental. Não é difícil para o professor estar sempre a elevar a importância e utilidade que o conhecimento tem e poderá ter para o aluno. Estamos sempre com vontade de aprender coisas que são úteis e têm sentido para nossa vida. (BOCK, 1999, p. 122) O professor deve descobrir estratégias, recursos para fazer com que o aluno queira aprender, deve fornecer estímulos para que o aluno se sinta motivado a aprender. Ao estimular o aluno, o educador desafia-o sempre, para ele, aprendizagem é também motivação, onde os motivos provocam o interesse para aquilo que vai ser aprendido. É fundamental que o aluno queira dominar alguma competência. O desejo de realização é a própria motivação, assim o professor deve fornecer sempre ao aluno o conhecimento de seus avanços, captando a atenção do aluno. BIBLIOGRAFIA: Arias, J. F. (2004). Perspectivas recientes en el estúdio de la motivación: la teoría de la orientación de meta. Revista Electrónica de Investigación Psicoeducativa, 2 (1), 35-62. Disponívelem: http://www.investigacion-psicopedagogica.org BOCK, Ana M. Bahia (1999). Psicologias: uma introdução ao estudo de Psicologia. 13ª ed. São Paulo: Saraiva. Fontaine, A. M. (1990). Motivação e realização escolar. In B. Campos (Coord.), Psicologia do desenvolvimento e educação de jovens. Lisboa: Universidade Aberta. Tapia, A. (1997). Motivar para el aprendizagem. Teoria y estrategias. Barcelona: Edebé