O documento discute três metodologias ativas de aprendizagem: 1) Estudo de Caso, que estimula a compreensão de contextos complexos por meio da análise de problemas; 2) Aprendizagem por Mapa Mental, que organiza graficamente as ideias sobre um tema central; 3) Sala de Aula Invertida, que antecipa conteúdos por vídeos para debates e exercícios em sala de aula.
2. 1 ESTUDO DE CASO (EC)
Como metodologia ativa, o Estudo de Caso está voltado para estimular a
exploração, a compreensão e a descrição dos elementos e das relações que
compõem e se estabelecem num contexto complexo específico, bem
delimitado em termos de objeto, analisando a integralidade do problema
proposto.
Proposição
do
problema
Consulta às
fontes
Decisão
sobre a
abordagem
Etapas Iniciais:
3. A proposta é motivar o aperfeiçoamento da
autonomia individual e coletiva entre as turmas
discentes. A partir da participação ativa em
todas as etapas de apreensão dos elementos
do caso proposto. e, inclusive, nos processos
de avaliação permanente, os estudantes
tomam decisões sobre os rumos e sobre a
forma de expressar os resultados.
A metodologia baseada em Estudo de Caso tem um
caráter investigativo, que requer fundamentação teórica e
instrumentos de aplicação, para a busca de soluções para
um problema original e singular.
4. Etapas de desenvolvimento da reflexão e da criticidade
Exploração inicial do caso
Discussão sobre a leitura inicial do material proposto,
quando é possível aferir as primeiras percepções e a
capacidade discente em justificar a relevância do tema.
Síntese individual
Trabalho em grupos de apresentação de debates acerca das
resenhas resultantes da exploração do tema, para apurar o
engajamento e as diferentes percepções.
Repactuação orientada
Releitura do caso a partir dos debates e tomada de
decisão sobre a melhor abordagem sobre o mesmo, em
busca de respostas ao problema proposto.
Avaliação conjunta dos estudos
As atividades coletivas são debatidas e avaliadas, no
que tange à produção do conhecimento e às
habilidades construídas para responder ao problema.
5. Operacionalização das atividades
Docente
Discentes
Formular um caso contextualizado (comum, ou, diferenciado
entre as equipes) e expor didaticamente.
Preparar e apresentar um roteiro de atividades.
Selecionar e disponibilizar o material de estudos.
Dividir a turma em equipes de 3 a 6 discentes.
Mediar, orientar e fomentar a avaliação coletiva sobre cada
passo da aprendizagem.
Estudar o material disponível e expor seu ponto de vista.
Discutir e decidir coletivamente caminhos a seguir e respostas
ao problema a partir da aplicação dos conceitos apreendidos.
Participar ativamente da avaliação permanente.
6. Capacidade de observar e analisar profundamente.
Resultados esperados em termos de habilidades
Compreensão crítica das relações observadas.
Aptidão em se expressar nítida e assertivamente.
Disposição para estudos e debates em equipe.
Debater respeitando as diferenças de interpretação.
7. 2 APRENDIZAGEM POR MAPA MENTAL
Essa metodologia se constitui no uso de
diagramas e símbolos, mais simples ou mais
complexos, como tática didática de
processamento das informações por meio da
expressão gráfica de suas relações com um
tema central ou numa palavra-chave.
8. Em geral, o Mapa Mental permite a organização gráfica das ideias.
Características Fundamentais
As relações entre o tema central, os tópicos e os subtópicos, quando
houver, devem obedecer a uma abordagem lógica e precisa.
Todas as expressões devem ser registradas e ficar visíveis.
O método pode ser realizado em qualquer momento em sala e,
também, em atividade prévias e posteriores a cada aula.
9. Cores e símbolos
As cores das linhas e dos símbolos gráficos devem indicar alguma informação
Seguir um padrão nas formas geométricas para cada aspecto das conexões,
deixando mais nítido quando o tema central envolver, por exemplo, relações
entre política, economia, elementos ambientais etc.
Votação
Parlamentar
Investimentos Proposta do
Executivo
Taxa de
juros
Poluição
Saneamento
10. Caminhos
Tem sido usual começar centralizando o
tema principal no campo de visualização
Ordene as conexões como troncos e ramos,
distinguindo os tópicos e subtópicos
Linhas curvas tendem a estimular mais que
linhas retas
11. Critérios de avaliação
Compreensão do tema
proposto
Habilidade na expressão
das ideias
Criatividade
Capacidade de
memorização
Busca por
encadeamento lógico
das associações
12. 3 SALA DE AULA INVERTIDA – FLIPPED CLASSROOM
Vídeo-aula
em casa
Atividade
em grupo
Debate
do tema
A dinâmica dessa metodologia ativa é a alternância,
na medida em que parte das atividades típicas das
salas de aula podem ser realizadas em casa.
13. As tarefas discentes passam a ser: ver, ouvir, ou ler o
material disponibilizado e se preparar, em casa, para
participar ativamente das atividades de discussão do
conteúdo, organizadas para ocorrer em sala de aula.
O objetivo fundamental é antecipar os conteúdos das
aulas, especialmente por meio digital, por exemplo,
na forma de vídeo-aulas, podcasts, slides etc.
14. Para motivar o protagonismo discente, primeiro,
são disponibilizados os materiais para o estudo em
casa.
Inversão e alternância
A ideia é alterar as rotinas baseadas em aulas
expositivas presenciais, promovendo as condições
para estudos individuais do conteúdo, em casa.
Depois, nas atividades de sala de aula, são
organizados os momentos para tirar dúvidas e
para o debate, para fazer exercícios
complementares, realizar projetos, entre outros.
15. Essa dinâmica abre oportunidades para o surgimento de
proposições discentes sobre temas complementares e,
até, para a realização de aplicações práticas do conteúdo.
Estímulo à criatividade
Estudo individual Trabalho de grupo Intervenção
=
17. Na Sala de Aula Invertida, à docência cabe o papel de guia
e de facilitação das atividades de execução e de
avaliação.
Função docente
Planejar, preparar
e disponibilizar
o material
com o conteúdo
Planejar e conduzir
a realização das
dinâmicas ativas
presenciais
19. Referências
SASSAKI, Claudio. O que muda nas aulas quando se aplica a sala de aula
invertida? Nova Escola, 22 nov./2016. Disponível em:
<https://novaescola.org.br/conteudo/3376/blog-tecnologia-educacao-comofunciona-
sala-de-aula-invertida.
SANTOS, Josiana Tavares Silva, CUPERTINO, Marli do Carmo. Metodologias
ativas: guia de estratégias de ensino. Ponte Nova: FADIP/PROCISA, 2019.
NOVO, Benigno Núñez. O que é um mapa mental? Para que serve? Passos para
fazer um. JUSBRASIL. Disponível em: <https://benignonovonovo
.jusbrasil.com.br/artigos/916473889/o-que-e-um-mapa-mental-para-que-serve-
passos-para-fazer-um>.
SANTOS, Marcele Silva dos, ALVARENGA, Elda. Sala de aula invertida:
alternativa frente aos novos desafios educacionais. Cachoeiro de Itapemirim-
ES: IFES, 2021.
20. Referências
SEGURA, Eduardo, KALHIL, Josefina Barrera. A metodologia ativa como proposta
para o ensino de Ciências. REAMEC. N. 3, dez./2015. Cuiabá: Rede Amazônica de
Educação em Matemática, 2015. p. 87-98.