SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 18
EE Profª Irene Dias Ribeiro  Amar, verbo Intransitivo  2011                        Mario Andrade Michele Trindade KarolyneKenya Cássio  Grosso Fábio José 3ºA
Biografia do Autor  Mário Raul de Morais Andrade nasceu em São Paulo em 1893. Além de poeta e escritor, foi musicólogo, folclorista e conferencista, estreou em 1917 com o livro de versos sob o pseudônimo de Mário Sobral "Há uma gota de sangue em Cada Poema". Liberta-se, porém, das primitivas influências com os versos que iriam compor a "Paulicéia Desvairada", escritos numa noite em 1920. Mário de Andrade defendia a disciplina formal na elaboração poética e apontava o artesanato como sua fundamentação estética. Formula um verdadeiro manifesto em "Prefácio Interessantíssimo", que precede os versos de "Paulicéia Desvairada”, e que ajudou a estampar-lhe o rótulo de criador de novos rumos, valorizou a fala brasileira e procurava uma "estilização culta da linguagem popular da roça como da cidade, do passado e do presente".
Essa estilização utilizava vocábulos do linguajar nacional de todos os pontos do país, erros e impropriedades inventados pelo povo, construindo assim uma poesia coloquial e impressionista. Já no fim da vida passa a desenvolver uma poesia interessada no drama social contemporâneo, de vinculação política, apresentada em "Lira Paulistana". Entre outras instituições de ensino, lecionou por algum tempo na Universidade do Distrito Federal e exerceu vários cargos públicos ligados à cultura, de onde sobressaía sua faceta de importante pesquisador do folclore brasileiro. Foi um dos principais nomes da Semana de Arte Moderna de 1922
Filia-se ao Partido Democrático. Participou também de importantes publicações modernistas como a Revista "Klaxon" e a "Estética". Mário de Andrade morreu de ataque cardíaco no ano de 1945 em São Paulo 1927 - Mário, neste período, está empenhado em sua poesia, em sua ficção e em definir-se dentro do nacionalismo crítico. Desejando conhecer o Brasil e o povo brasileiro através da cultura popular, elege o Norte e o Nordeste como regiões privilegiadas que deveria visitar em viagens de estudo e pesquisa. Realiza entre maio e agosto a primeira "viagem etnográfica" ao norte, percorrendo parte da Amazônia e chegando a Iquitos, no Peru, sua única saída do país. Mário viaja em companhia de D. Olívia Guedes Penteado, sua sobrinha Mag e a filha de Tarsila, Dolour.
Obras Há uma Gota de Sangue em cada Poema (1917) Paulicéia Desvairada (1922) A Escrava que não É Isaura (1925) Amar, Verbo Intransitivo (1927) Macunaíma (1928) Remate dos Males (1930) A Costela do Grão Cão (1933) - contém o poema Quarenta Anos O Baile das Quatro Artes (1943) Aspectos da Literatura Brasileira (1943) Lira Paulistana (1947) Contos Novos (1947) - inclui o conto ''Tempo da Camisolinha'' Poesia Completa (1955) Danças Dramáticas do Brasil (1959)  
Enredo Souza Costa, homem burguês, bem posto na vida, contrata uma governanta alemã, de 35 anos, para a educação do filho, principalmente para a sua educação sexual.   Não me agradaria ser tomada por aventureira, sou séria, e tenho 35 anos, senhor. Certamente não irei se sua esposa não souber o que vou fazer lá.    Elza é o nome da moça. Mas vai ficar conhecida e será chamada sempre pela palavra alemã Fräulein. Chegou à mansão de Souza Costa, numa terça-feira. (Ganharia algum dinheiro... Voltaria para a Alemanha... Se casaria com um moço “comprido, magro”, muito alvo, quase transparente”...).   A família era formada pelo pai, por D. Laura, o rapazinho Carlos e as meninas: Maria Luísa, com 12 anos; Laurita com 7 e Aldinha com 5. Havia também na casa um criado japonês: Tanaka. A criançada toda começou logo aprendendo alemão e chamando a governanta de Fräulein. Carlos não está muito para o estudo. Fräulein logo se ajeitou na família, uma família “imóvel mas feliz”. Mas o papel principal da governanta é ensinar o “amor”.
Personagens Felisberto Sousa Costa - pai de Carlos. É, possivelmente um doutor em qualquer coisa, mania muito comum e que Eça de Queiróz criticou numa saborosa carta a Eduardo Prado: todo mundo é doutor, todo mundo tem a mania do diploma e do anel do dedo. É o centro, não afetivo, mas administrativo da casa em que mantém, mais ou menos, o regime patriarcalista. D. Laura - mãe de Carlos, esposa de Felisberto. Como devia, sempre obedece ao marido. É uma senhora bem composta, acomodada, burguesa. Uma senhora da sociedade e que mantém todas as aparências de seriedade religiosa e familiar. Concorda com os argumentos tão convincentes... do marido, na educação do único filho-homem.
Carlos Alberto - filho de Felisberto e D. Laura, com idade entre 15 e 16 anos. Uma espécie de “enfantgaté” (um queridinho da família, porque único) e que, certamente, deverá ser o principal herdeiro do nome, da fortuna e das realizações paternas. Como era costume, possivelmente, deveria ser a projeção do pai, a sua continuação. Centraliza a narrativa, é personagem do pequeno drama amoroso do livro, ao lado da governanta alemã, Elza.    Maria Luísa - irmã de Carlos, tem 12 anos. Ela vai ser o centro de uma narrativa dentro do romance: a sua doença e a viagem ao Rio de Janeiro, para um clima mais saudável em oposição ao frio paulistano
Elza - Fräulein (= senhorita), governanta alemã. Tão importante que ela dava nome ao romance. Como é Fräulein? Ela é a mais humana e real, mais de carne e osso. Talvez arrancada da vida. Ela, sem muito interesse, cuida também da educação ou instrução das meninas: principalmente para ensinar alemão e piano. São três meninas que, apenas, completam a família burguesa. São três meninas que brincam de casinha. Maria Luísa - irmã de Carlos, tem 12 anos. Ela vai ser o centro de uma narrativa dentro do romance: a sua doença e a viagem ao Rio de Janeiro, para um clima mais saudável em oposição ao frio paulistano. Laurita- irmã de Carlos, tem 7 anos. Aldina - irmã caçula de Carlos. Tem 5 anos
Tempo O tempo é cronológico, pois o autor narra a história como se fosse acontecendo naquele momento sem flash Black. A história toda é narrada para que em pensamento ela seja desenvolvida. Por exemplo: “O pequeno corredor de que o quarto dela era a ultima porta dava pra sala central.De lá vinham as flautas e os teco-tecos. Parava a música. A bulha dos passarinhos arranhava o corredor. De repente foge-fugia assustados sem motivo colibri. Plequepleque, pleque... Pleque...”
Espaço A história é narrada em um bairro de São Paulo chamado Higienópolis. A família burguesa é patriarca: o centro de tudo é o homem, o pai e o filho, Carlos. Todos têm que obedecer ao pater-familias. A começar de D. Laura que se submete, se adapta, aceita as idéias do marido, se conforma com a presença da Fräulein como professora de sexo do filho. E a família vai continuar patriarca porque já estão centralizando todas as atenções no filho varão.
Foco narrativo A narrativa é feita na terceira pessoa, por um narrador que não faz parte do romance.   É o narrador tradicional, um narrador onisciente e onipresente. Mas há ainda um outro ponto-de-vista: o autor se coloca dentro do livro para fazer suas numerosas observações marginais. Para comentar, criticar, expor idéias, concordar ou discordar... É uma velha mania do romance tradicional. E os comentários são feitos na primeira pessoa. Observe: Isto não sei se é bem se é mal, mas a culpa é toda de Elza. Isto sei e afirmo...   Volto a afirmar que o meu livro tem 50 leitores. Comigo 51.
Linguagem e Estrutura A narrativa corre sem divisões de capítulos. Mário de Andrade usa as formas conhecidas de discurso. É mais freqüente o discurso direto, nos diálogos, mas em algumas vezes, usa também o discurso indireto e o discurso indireto livre. A narrativa segue, de modo geral, uma linha linear: princípio, meio e fim. Começa com a chegada de Fräulein, se estende em episódios e incidentes, acaba com a saída de Fräulein. Quando termina o idílio, o autor escreve “Fim” e, depois, ainda narra um pequeno episódio:  
Um encontro de longe entre Carlos e Fräulein, num corso de carnaval. Freqüentemente a narrativa fica retardada pelos comentários marginais do autor: algumas vezes exposição de tese. Apesar de certos alongamentos em seus comentários marginais, o autor escreve com rapidez, dinamicamente, em frases e palavras com jeito cinematográfico. Mário de Andrade usa uma linguagem sincopada, cheia de elipses que obrigam o leitor a ligar e completar os pensamentos. Em vez de dizer e de explicar tudo, apenas sugere em frases curtas, mínimas.
A pontuação da frase é muito liberal. Conscientemente liberal. O ritmo de leitura depende muito da capacidade de cada leitor. Abandona a pontuação quando as frases se amontoam, acavalando-se umas sobre as outras, polifônicas, simultâneas, fugindo das regrinhas escolares de pontos e vírgulas. É preciso lembrar que Mário de Andrade é sempre um experimentador em busca de soluções novas para a linguagem. Para alcançar ou tentar suas inovações ele trabalhou suadamente: fazia e refazia suas redações em versões diferentes. Assim em Amar, Verbo Intransitivo e mais ainda em Macunaíma. Sobre Fräulein: Agora primeiro vou deixar o livro descansar uma semana ou mais sem pegar nele, depois principiarei a corrigir e a escrever o livro na forma definitiva. Definitiva? Não posso garantir nada, não. Fräulein teve quatro redações diferentes! (Carta a Manuel Bandeira, pág. 184).
Verossimilhança  Tudo começa pelas diferencias sociais. O amor por dinheiro, fazendo com que uma mulher se sujeite ao homem pelo dinheiro, pois é o que acontece hoje em dia em nossa sociedade, pois muitas mulheres passam por isso e colocam como um trabalho. Isso é visto no livro também pois Fraulen é contratada para um serviço ensinar a sexualidade ao menino.
Movimento literário  O movimento era do modernismo que naquele tempo  tinha a valorização do romance regionalista nordestino. E na história o autor coloca muito romance e um pouco de ironia pois o menino acaba se apaixonando por uma mulher q é 25 anos mais velha do que ele e é uma “professora de sexo”. Isso que chama toda a atenção para o modernismo.
Conclusão “O livro é uma mistura incrível. Tem de tudo; Crítica, teoria, psicologia e até romance; com pronomes oblíquos ; foge um pouco do sistema do português , e não se importa com falhas no livro.” Se coloca em posição de leitor ao escrever seu livro fazendo com que o leitor possa telo como um filme em seus pensamentos. Na nossa opinião um ótimo livro.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

SEMINÁRIO DE LITERATURA - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
SEMINÁRIO DE LITERATURA - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADESEMINÁRIO DE LITERATURA - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
SEMINÁRIO DE LITERATURA - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADEMarcelo Fernandes
 
Apresentação para décimo segundo ano, aula 4
Apresentação para décimo segundo ano, aula 4Apresentação para décimo segundo ano, aula 4
Apresentação para décimo segundo ano, aula 4luisprista
 
Fernando Pessoa e os seus heterónimos
Fernando Pessoa e os seus heterónimosFernando Pessoa e os seus heterónimos
Fernando Pessoa e os seus heterónimosguest472d02
 
Literatura de Cordel
Literatura de CordelLiteratura de Cordel
Literatura de CordelLuciano Dias
 
Poesia de cordel e cultura popular brasileira
Poesia de cordel e cultura popular brasileiraPoesia de cordel e cultura popular brasileira
Poesia de cordel e cultura popular brasileiraAndrea Nascimento
 
Biografia Ricardo reis
Biografia Ricardo reisBiografia Ricardo reis
Biografia Ricardo reisFagner Aquino
 
Prosa conto e romance.
Prosa conto e romance.Prosa conto e romance.
Prosa conto e romance.Mara Magaña
 
SLIDES – LITERATURA DE CORDEL.
SLIDES – LITERATURA DE CORDEL.SLIDES – LITERATURA DE CORDEL.
SLIDES – LITERATURA DE CORDEL.Tissiane Gomes
 
Slides - Oficina de Córdeis
Slides - Oficina de CórdeisSlides - Oficina de Córdeis
Slides - Oficina de CórdeisLeonardo Lira
 
Literatura de cordel
Literatura de cordelLiteratura de cordel
Literatura de cordelGracita Fraga
 

Mais procurados (20)

SEMINÁRIO DE LITERATURA - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
SEMINÁRIO DE LITERATURA - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADESEMINÁRIO DE LITERATURA - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
SEMINÁRIO DE LITERATURA - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
 
Apresentação para décimo segundo ano, aula 4
Apresentação para décimo segundo ano, aula 4Apresentação para décimo segundo ano, aula 4
Apresentação para décimo segundo ano, aula 4
 
Fernando Pessoa
Fernando PessoaFernando Pessoa
Fernando Pessoa
 
Fernando Pessoa
Fernando PessoaFernando Pessoa
Fernando Pessoa
 
Clarice lispector
Clarice lispectorClarice lispector
Clarice lispector
 
Poetas do século xx
Poetas do século xx Poetas do século xx
Poetas do século xx
 
Virgílio ferreira1
Virgílio ferreira1Virgílio ferreira1
Virgílio ferreira1
 
Fernando Pessoa e os seus heterónimos
Fernando Pessoa e os seus heterónimosFernando Pessoa e os seus heterónimos
Fernando Pessoa e os seus heterónimos
 
Bernardo soares
Bernardo soaresBernardo soares
Bernardo soares
 
O mito florbela espanca
O mito florbela espancaO mito florbela espanca
O mito florbela espanca
 
Literatura de Cordel
Literatura de CordelLiteratura de Cordel
Literatura de Cordel
 
Poesia de cordel e cultura popular brasileira
Poesia de cordel e cultura popular brasileiraPoesia de cordel e cultura popular brasileira
Poesia de cordel e cultura popular brasileira
 
Capitães da Areia, Jorge Amado
Capitães da Areia,  Jorge AmadoCapitães da Areia,  Jorge Amado
Capitães da Areia, Jorge Amado
 
Biografia Ricardo reis
Biografia Ricardo reisBiografia Ricardo reis
Biografia Ricardo reis
 
Heterônimos de Fernando Pessoa
Heterônimos de Fernando PessoaHeterônimos de Fernando Pessoa
Heterônimos de Fernando Pessoa
 
Prosa conto e romance.
Prosa conto e romance.Prosa conto e romance.
Prosa conto e romance.
 
SLIDES – LITERATURA DE CORDEL.
SLIDES – LITERATURA DE CORDEL.SLIDES – LITERATURA DE CORDEL.
SLIDES – LITERATURA DE CORDEL.
 
Clarice lispector- A hora da Estrela
Clarice lispector- A hora da EstrelaClarice lispector- A hora da Estrela
Clarice lispector- A hora da Estrela
 
Slides - Oficina de Córdeis
Slides - Oficina de CórdeisSlides - Oficina de Córdeis
Slides - Oficina de Córdeis
 
Literatura de cordel
Literatura de cordelLiteratura de cordel
Literatura de cordel
 

Destaque (20)

Apresentação paulo freire 2013 fundamental ii
Apresentação paulo freire  2013   fundamental iiApresentação paulo freire  2013   fundamental ii
Apresentação paulo freire 2013 fundamental ii
 
50's day power point
50's day power point50's day power point
50's day power point
 
Slide Solution: Retrô
Slide Solution: Retrô Slide Solution: Retrô
Slide Solution: Retrô
 
Proverbios 14
Proverbios 14Proverbios 14
Proverbios 14
 
Macunaíma
MacunaímaMacunaíma
Macunaíma
 
trabalho de literatura sobre Mário de Andrade
trabalho de literatura sobre Mário de Andradetrabalho de literatura sobre Mário de Andrade
trabalho de literatura sobre Mário de Andrade
 
Modelo de mapa mental literário
Modelo de mapa mental literárioModelo de mapa mental literário
Modelo de mapa mental literário
 
Steampunk
SteampunkSteampunk
Steampunk
 
Aula machado de assis
Aula   machado de assisAula   machado de assis
Aula machado de assis
 
Macunaíma uma experiência literária
Macunaíma   uma experiência literáriaMacunaíma   uma experiência literária
Macunaíma uma experiência literária
 
Macunaína
MacunaínaMacunaína
Macunaína
 
Macunaíma – Mário de Andrade
Macunaíma – Mário de AndradeMacunaíma – Mário de Andrade
Macunaíma – Mário de Andrade
 
Machado De Assis
Machado De AssisMachado De Assis
Machado De Assis
 
Mário de andrade
Mário de andradeMário de andrade
Mário de andrade
 
Macunaíma
MacunaímaMacunaíma
Macunaíma
 
Visitante seja bem vindo sua presença é um prazer ok
Visitante seja bem vindo sua presença é um prazer  okVisitante seja bem vindo sua presença é um prazer  ok
Visitante seja bem vindo sua presença é um prazer ok
 
Mário de andrade
Mário de andradeMário de andrade
Mário de andrade
 
Mário de andrade
Mário de andradeMário de andrade
Mário de andrade
 
Realismo e Naturalismo - Literatura
Realismo e Naturalismo - LiteraturaRealismo e Naturalismo - Literatura
Realismo e Naturalismo - Literatura
 
Estados unidos da américa
Estados unidos da américaEstados unidos da américa
Estados unidos da américa
 

Semelhante a Amar, Verbo Intransitivo - 3ª Série A

10 livros para se ler
10 livros para se ler10 livros para se ler
10 livros para se lerDavid Souza
 
Lygia Fagundes Telles
Lygia Fagundes TellesLygia Fagundes Telles
Lygia Fagundes Tellescvp
 
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1BiiancaAlvees
 
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1BiiancaAlvees
 
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1BiiancaAlvees
 
Biografia de Fernando Sabino
Biografia de Fernando SabinoBiografia de Fernando Sabino
Biografia de Fernando SabinoFernandabiiiia
 
Jorge Amado Capitaes De Areia
Jorge Amado Capitaes De AreiaJorge Amado Capitaes De Areia
Jorge Amado Capitaes De AreiaFlaviacristina74
 
Erico verissimo 02
Erico verissimo 02Erico verissimo 02
Erico verissimo 02Marli Maciel
 
Triste fim de policarpo completo (1)
Triste fim de policarpo  completo (1)Triste fim de policarpo  completo (1)
Triste fim de policarpo completo (1)Marcela Rodrigues
 
Livros da literatura brasileira
Livros da literatura brasileiraLivros da literatura brasileira
Livros da literatura brasileiraGabriel Martins
 
Biografia De Fernando Pessoa
Biografia De Fernando PessoaBiografia De Fernando Pessoa
Biografia De Fernando Pessoaguest029d56
 
Clara dos Anjos - 3ª B - 2011
Clara dos Anjos - 3ª B - 2011Clara dos Anjos - 3ª B - 2011
Clara dos Anjos - 3ª B - 2011Daniel Leitão
 

Semelhante a Amar, Verbo Intransitivo - 3ª Série A (20)

10 livros para se ler
10 livros para se ler10 livros para se ler
10 livros para se ler
 
Lygia Fagundes Telles
Lygia Fagundes TellesLygia Fagundes Telles
Lygia Fagundes Telles
 
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
 
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
 
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
 
Biografia 4º B
Biografia 4º BBiografia 4º B
Biografia 4º B
 
Apresentação dos livros
Apresentação dos livrosApresentação dos livros
Apresentação dos livros
 
Biografia de Fernando Sabino
Biografia de Fernando SabinoBiografia de Fernando Sabino
Biografia de Fernando Sabino
 
Jorge Amado Capitaes De Areia
Jorge Amado Capitaes De AreiaJorge Amado Capitaes De Areia
Jorge Amado Capitaes De Areia
 
Erico verissimo 02
Erico verissimo 02Erico verissimo 02
Erico verissimo 02
 
A painful cas1
A painful cas1A painful cas1
A painful cas1
 
Biografia 4º C
Biografia 4º CBiografia 4º C
Biografia 4º C
 
Triste fim de policarpo completo (1)
Triste fim de policarpo  completo (1)Triste fim de policarpo  completo (1)
Triste fim de policarpo completo (1)
 
Português-10 livros.
Português-10 livros.Português-10 livros.
Português-10 livros.
 
Livros acafe
Livros acafeLivros acafe
Livros acafe
 
Livros da literatura brasileira
Livros da literatura brasileiraLivros da literatura brasileira
Livros da literatura brasileira
 
Portugues4em
Portugues4emPortugues4em
Portugues4em
 
Memorias Sentimentais de João Miramar - 3ª A - 2011
Memorias Sentimentais de João Miramar - 3ª A - 2011Memorias Sentimentais de João Miramar - 3ª A - 2011
Memorias Sentimentais de João Miramar - 3ª A - 2011
 
Biografia De Fernando Pessoa
Biografia De Fernando PessoaBiografia De Fernando Pessoa
Biografia De Fernando Pessoa
 
Clara dos Anjos - 3ª B - 2011
Clara dos Anjos - 3ª B - 2011Clara dos Anjos - 3ª B - 2011
Clara dos Anjos - 3ª B - 2011
 

Mais de Maria Inês de Souza Vitorino Justino

Mais de Maria Inês de Souza Vitorino Justino (20)

Triste fim de policarpo quaresma 3ª a 2015
Triste fim de policarpo quaresma 3ª a   2015Triste fim de policarpo quaresma 3ª a   2015
Triste fim de policarpo quaresma 3ª a 2015
 
Triste fim de policarpo quaresma 3ª a 2015
Triste fim de policarpo quaresma 3ª a   2015Triste fim de policarpo quaresma 3ª a   2015
Triste fim de policarpo quaresma 3ª a 2015
 
Clara dos anjos 3ª a - 2015
Clara dos anjos   3ª a - 2015Clara dos anjos   3ª a - 2015
Clara dos anjos 3ª a - 2015
 
Clara dos anjos 3ª a - 2015
Clara dos anjos   3ª a - 2015Clara dos anjos   3ª a - 2015
Clara dos anjos 3ª a - 2015
 
Triste fim de Policarpo Quaresma 3º A - 2015
Triste fim de Policarpo Quaresma 3º A -  2015Triste fim de Policarpo Quaresma 3º A -  2015
Triste fim de Policarpo Quaresma 3º A - 2015
 
Clara dos Anjos 3º A - 2015
Clara dos Anjos   3º A - 2015Clara dos Anjos   3º A - 2015
Clara dos Anjos 3º A - 2015
 
Slides revolução industrial
Slides revolução industrialSlides revolução industrial
Slides revolução industrial
 
Sociologia sobre a cidade e as serras
Sociologia   sobre a cidade e as serrasSociologia   sobre a cidade e as serras
Sociologia sobre a cidade e as serras
 
Breve histórico
Breve históricoBreve histórico
Breve histórico
 
Apontamentos sobre livros da fuvest
Apontamentos sobre livros da fuvestApontamentos sobre livros da fuvest
Apontamentos sobre livros da fuvest
 
A Cidade e as Serras 3ª B - 2013
A Cidade e as Serras   3ª B - 2013A Cidade e as Serras   3ª B - 2013
A Cidade e as Serras 3ª B - 2013
 
O cortiço 3ª b - 2013
O cortiço   3ª b - 2013O cortiço   3ª b - 2013
O cortiço 3ª b - 2013
 
Memórias de um Sargento de Milícias - 3ª A - 2013
Memórias de um Sargento de Milícias - 3ª A - 2013Memórias de um Sargento de Milícias - 3ª A - 2013
Memórias de um Sargento de Milícias - 3ª A - 2013
 
Viagens na minha Terra - 3ª A - 2013
Viagens na minha Terra - 3ª A -  2013Viagens na minha Terra - 3ª A -  2013
Viagens na minha Terra - 3ª A - 2013
 
Til 3ª C - 2013
Til 3ª C -  2013Til 3ª C -  2013
Til 3ª C - 2013
 
Capitães da Areia 3ª C - 2013
Capitães da Areia   3ª C - 2013Capitães da Areia   3ª C - 2013
Capitães da Areia 3ª C - 2013
 
Vidas secas graciliano ramos (1)
Vidas secas   graciliano ramos (1)Vidas secas   graciliano ramos (1)
Vidas secas graciliano ramos (1)
 
Til 3ª C 2013
Til 3ª C 2013Til 3ª C 2013
Til 3ª C 2013
 
Til 3ª A - 2013
Til   3ª A - 2013Til   3ª A - 2013
Til 3ª A - 2013
 
Til 3ª B - 2013
Til  3ª B -  2013Til  3ª B -  2013
Til 3ª B - 2013
 

Amar, Verbo Intransitivo - 3ª Série A

  • 1. EE Profª Irene Dias Ribeiro Amar, verbo Intransitivo 2011 Mario Andrade Michele Trindade KarolyneKenya Cássio Grosso Fábio José 3ºA
  • 2. Biografia do Autor Mário Raul de Morais Andrade nasceu em São Paulo em 1893. Além de poeta e escritor, foi musicólogo, folclorista e conferencista, estreou em 1917 com o livro de versos sob o pseudônimo de Mário Sobral "Há uma gota de sangue em Cada Poema". Liberta-se, porém, das primitivas influências com os versos que iriam compor a "Paulicéia Desvairada", escritos numa noite em 1920. Mário de Andrade defendia a disciplina formal na elaboração poética e apontava o artesanato como sua fundamentação estética. Formula um verdadeiro manifesto em "Prefácio Interessantíssimo", que precede os versos de "Paulicéia Desvairada”, e que ajudou a estampar-lhe o rótulo de criador de novos rumos, valorizou a fala brasileira e procurava uma "estilização culta da linguagem popular da roça como da cidade, do passado e do presente".
  • 3. Essa estilização utilizava vocábulos do linguajar nacional de todos os pontos do país, erros e impropriedades inventados pelo povo, construindo assim uma poesia coloquial e impressionista. Já no fim da vida passa a desenvolver uma poesia interessada no drama social contemporâneo, de vinculação política, apresentada em "Lira Paulistana". Entre outras instituições de ensino, lecionou por algum tempo na Universidade do Distrito Federal e exerceu vários cargos públicos ligados à cultura, de onde sobressaía sua faceta de importante pesquisador do folclore brasileiro. Foi um dos principais nomes da Semana de Arte Moderna de 1922
  • 4. Filia-se ao Partido Democrático. Participou também de importantes publicações modernistas como a Revista "Klaxon" e a "Estética". Mário de Andrade morreu de ataque cardíaco no ano de 1945 em São Paulo 1927 - Mário, neste período, está empenhado em sua poesia, em sua ficção e em definir-se dentro do nacionalismo crítico. Desejando conhecer o Brasil e o povo brasileiro através da cultura popular, elege o Norte e o Nordeste como regiões privilegiadas que deveria visitar em viagens de estudo e pesquisa. Realiza entre maio e agosto a primeira "viagem etnográfica" ao norte, percorrendo parte da Amazônia e chegando a Iquitos, no Peru, sua única saída do país. Mário viaja em companhia de D. Olívia Guedes Penteado, sua sobrinha Mag e a filha de Tarsila, Dolour.
  • 5. Obras Há uma Gota de Sangue em cada Poema (1917) Paulicéia Desvairada (1922) A Escrava que não É Isaura (1925) Amar, Verbo Intransitivo (1927) Macunaíma (1928) Remate dos Males (1930) A Costela do Grão Cão (1933) - contém o poema Quarenta Anos O Baile das Quatro Artes (1943) Aspectos da Literatura Brasileira (1943) Lira Paulistana (1947) Contos Novos (1947) - inclui o conto ''Tempo da Camisolinha'' Poesia Completa (1955) Danças Dramáticas do Brasil (1959)  
  • 6. Enredo Souza Costa, homem burguês, bem posto na vida, contrata uma governanta alemã, de 35 anos, para a educação do filho, principalmente para a sua educação sexual.   Não me agradaria ser tomada por aventureira, sou séria, e tenho 35 anos, senhor. Certamente não irei se sua esposa não souber o que vou fazer lá.   Elza é o nome da moça. Mas vai ficar conhecida e será chamada sempre pela palavra alemã Fräulein. Chegou à mansão de Souza Costa, numa terça-feira. (Ganharia algum dinheiro... Voltaria para a Alemanha... Se casaria com um moço “comprido, magro”, muito alvo, quase transparente”...).   A família era formada pelo pai, por D. Laura, o rapazinho Carlos e as meninas: Maria Luísa, com 12 anos; Laurita com 7 e Aldinha com 5. Havia também na casa um criado japonês: Tanaka. A criançada toda começou logo aprendendo alemão e chamando a governanta de Fräulein. Carlos não está muito para o estudo. Fräulein logo se ajeitou na família, uma família “imóvel mas feliz”. Mas o papel principal da governanta é ensinar o “amor”.
  • 7. Personagens Felisberto Sousa Costa - pai de Carlos. É, possivelmente um doutor em qualquer coisa, mania muito comum e que Eça de Queiróz criticou numa saborosa carta a Eduardo Prado: todo mundo é doutor, todo mundo tem a mania do diploma e do anel do dedo. É o centro, não afetivo, mas administrativo da casa em que mantém, mais ou menos, o regime patriarcalista. D. Laura - mãe de Carlos, esposa de Felisberto. Como devia, sempre obedece ao marido. É uma senhora bem composta, acomodada, burguesa. Uma senhora da sociedade e que mantém todas as aparências de seriedade religiosa e familiar. Concorda com os argumentos tão convincentes... do marido, na educação do único filho-homem.
  • 8. Carlos Alberto - filho de Felisberto e D. Laura, com idade entre 15 e 16 anos. Uma espécie de “enfantgaté” (um queridinho da família, porque único) e que, certamente, deverá ser o principal herdeiro do nome, da fortuna e das realizações paternas. Como era costume, possivelmente, deveria ser a projeção do pai, a sua continuação. Centraliza a narrativa, é personagem do pequeno drama amoroso do livro, ao lado da governanta alemã, Elza.   Maria Luísa - irmã de Carlos, tem 12 anos. Ela vai ser o centro de uma narrativa dentro do romance: a sua doença e a viagem ao Rio de Janeiro, para um clima mais saudável em oposição ao frio paulistano
  • 9. Elza - Fräulein (= senhorita), governanta alemã. Tão importante que ela dava nome ao romance. Como é Fräulein? Ela é a mais humana e real, mais de carne e osso. Talvez arrancada da vida. Ela, sem muito interesse, cuida também da educação ou instrução das meninas: principalmente para ensinar alemão e piano. São três meninas que, apenas, completam a família burguesa. São três meninas que brincam de casinha. Maria Luísa - irmã de Carlos, tem 12 anos. Ela vai ser o centro de uma narrativa dentro do romance: a sua doença e a viagem ao Rio de Janeiro, para um clima mais saudável em oposição ao frio paulistano. Laurita- irmã de Carlos, tem 7 anos. Aldina - irmã caçula de Carlos. Tem 5 anos
  • 10. Tempo O tempo é cronológico, pois o autor narra a história como se fosse acontecendo naquele momento sem flash Black. A história toda é narrada para que em pensamento ela seja desenvolvida. Por exemplo: “O pequeno corredor de que o quarto dela era a ultima porta dava pra sala central.De lá vinham as flautas e os teco-tecos. Parava a música. A bulha dos passarinhos arranhava o corredor. De repente foge-fugia assustados sem motivo colibri. Plequepleque, pleque... Pleque...”
  • 11. Espaço A história é narrada em um bairro de São Paulo chamado Higienópolis. A família burguesa é patriarca: o centro de tudo é o homem, o pai e o filho, Carlos. Todos têm que obedecer ao pater-familias. A começar de D. Laura que se submete, se adapta, aceita as idéias do marido, se conforma com a presença da Fräulein como professora de sexo do filho. E a família vai continuar patriarca porque já estão centralizando todas as atenções no filho varão.
  • 12. Foco narrativo A narrativa é feita na terceira pessoa, por um narrador que não faz parte do romance.   É o narrador tradicional, um narrador onisciente e onipresente. Mas há ainda um outro ponto-de-vista: o autor se coloca dentro do livro para fazer suas numerosas observações marginais. Para comentar, criticar, expor idéias, concordar ou discordar... É uma velha mania do romance tradicional. E os comentários são feitos na primeira pessoa. Observe: Isto não sei se é bem se é mal, mas a culpa é toda de Elza. Isto sei e afirmo...   Volto a afirmar que o meu livro tem 50 leitores. Comigo 51.
  • 13. Linguagem e Estrutura A narrativa corre sem divisões de capítulos. Mário de Andrade usa as formas conhecidas de discurso. É mais freqüente o discurso direto, nos diálogos, mas em algumas vezes, usa também o discurso indireto e o discurso indireto livre. A narrativa segue, de modo geral, uma linha linear: princípio, meio e fim. Começa com a chegada de Fräulein, se estende em episódios e incidentes, acaba com a saída de Fräulein. Quando termina o idílio, o autor escreve “Fim” e, depois, ainda narra um pequeno episódio:  
  • 14. Um encontro de longe entre Carlos e Fräulein, num corso de carnaval. Freqüentemente a narrativa fica retardada pelos comentários marginais do autor: algumas vezes exposição de tese. Apesar de certos alongamentos em seus comentários marginais, o autor escreve com rapidez, dinamicamente, em frases e palavras com jeito cinematográfico. Mário de Andrade usa uma linguagem sincopada, cheia de elipses que obrigam o leitor a ligar e completar os pensamentos. Em vez de dizer e de explicar tudo, apenas sugere em frases curtas, mínimas.
  • 15. A pontuação da frase é muito liberal. Conscientemente liberal. O ritmo de leitura depende muito da capacidade de cada leitor. Abandona a pontuação quando as frases se amontoam, acavalando-se umas sobre as outras, polifônicas, simultâneas, fugindo das regrinhas escolares de pontos e vírgulas. É preciso lembrar que Mário de Andrade é sempre um experimentador em busca de soluções novas para a linguagem. Para alcançar ou tentar suas inovações ele trabalhou suadamente: fazia e refazia suas redações em versões diferentes. Assim em Amar, Verbo Intransitivo e mais ainda em Macunaíma. Sobre Fräulein: Agora primeiro vou deixar o livro descansar uma semana ou mais sem pegar nele, depois principiarei a corrigir e a escrever o livro na forma definitiva. Definitiva? Não posso garantir nada, não. Fräulein teve quatro redações diferentes! (Carta a Manuel Bandeira, pág. 184).
  • 16. Verossimilhança Tudo começa pelas diferencias sociais. O amor por dinheiro, fazendo com que uma mulher se sujeite ao homem pelo dinheiro, pois é o que acontece hoje em dia em nossa sociedade, pois muitas mulheres passam por isso e colocam como um trabalho. Isso é visto no livro também pois Fraulen é contratada para um serviço ensinar a sexualidade ao menino.
  • 17. Movimento literário O movimento era do modernismo que naquele tempo tinha a valorização do romance regionalista nordestino. E na história o autor coloca muito romance e um pouco de ironia pois o menino acaba se apaixonando por uma mulher q é 25 anos mais velha do que ele e é uma “professora de sexo”. Isso que chama toda a atenção para o modernismo.
  • 18. Conclusão “O livro é uma mistura incrível. Tem de tudo; Crítica, teoria, psicologia e até romance; com pronomes oblíquos ; foge um pouco do sistema do português , e não se importa com falhas no livro.” Se coloca em posição de leitor ao escrever seu livro fazendo com que o leitor possa telo como um filme em seus pensamentos. Na nossa opinião um ótimo livro.