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Amar, verbo intransitivo Mário de Andrade

Este romance é definido pelo autor como Idílio (s. m. Pequena composição poética, campestre ou pastoril;
amor simples e terno; sonho; devaneio.) e abusa das técnicas modernas, usando uma linguagem coloquial,
perto do falar brasileiro (por exemplo, começando frases por pronomes oblíquos), sem capítulos definidos,
prosa telegráfica, expressionismo, construído através de flashs, resgatando o passado ou fixando o presente.
Publicado em 1927, o Idílio causou impacto. Desafiou preconceitos, inovou na técnica narrativa. Sem nenhum
prêambulo, Souza Costa e Elza surgem no livro. Souza Costa é o pai de uma típica família burguesa paulista
do início do século.

Elza, uma alemã que tinha por profissão iniciar sexualmente os jovens. Professora de amor. Souza Costa
contrata os "serviços" de Elza (que por todo o livro é tratada por Fräulein - senhora em alemão) com o intuito
de que seu filho inicie sua vida sexual de forma limpa, asséptica, sem se "sujar" com prostitutas e
aproveitadoras. Ela afirma naturalmente que é uma profissional, séria, e que não gostaria de ser tomada como
aventureira. Oficialmente, Fräulein seria a professora de alemão e piano da família Souza Costa. Carlos
aparece brincando com as irmã, ainda muito "menino". Fräulein se ressente por não prender a atenção de
Carlos no início, ele era muito disperso, mas gradualmente vai envolvendo-o na sua sedução. Eles tinham
todas as tardes aulas de alemão e cada vez mais Carlos se esforçava para aprender (o alemão?!) e aguardava
ansioso as aulas.

Fräulein, em momentos de devaneios, criticava os modos dos latinos, se sentia uma raça superior, admirava e
lia incessantemente os clássicos alemães, Goethe, Schiller e Wagner. Compreendia o expressionismo mas
voltava à Goethe e Schiller. A esposa de Souza Costa, vendo as intimidades do filho para com ela, resolve falar
com Elza e pedir para que deixem a família. Fräulein esclarece seu propósito de forma incrivelmente natural, e
após uma conversa com o marido, a mãe decide que é melhor para seu filho que ela continuasse com suas
lições. O livro é permeado de digressões. Mário de Andrade freqüentemente justifica alguns pontos (antes que
o critiquem), analisa fatos, alude à psicologia, à música e até mesmo à Castro Alves e Gonçalves Dias. Mário
compara a vida dos extrangeiros nos trópicos, entre Fräulein e um copeiro japonês.

Mostra a dicotomia de pensamento de Fräulein entre o homem-da-vida (prático, interessado no dinheiro do
serviço) simbolizado por Bismarck - responsável pela unificação da Alemanha em 1870 à ferro e fogo e
Wagner, retratando o homem-do-sonho. O homem-do-sonho representa seus desejos, suas vontades, voltar a
terra natal, casar e levar uma vida normal. Mas quem vence em Fräulein é o homem-da-vida, que permite que
ela continue o serviço sem se questionar. Carlos após ter tido "a"aula mestra, começa a viciar-se em "estudar".
Certamente a didática de Fräulein era muito boa. Era tempo para Fräulein se despedir, tendo este trabalho
concluído. Ela sabia que os afastamentos eram sempre seguidos de muitos protestos e gritos.

Souza Costa surpreende Carlos com Fräulein (tudo já armado) e utiliza-se deste pretexto para separá-los.
Carlos reage defende Fräulein, mas mesmo ele fica aturdido diante do argumento do pai: e se ele tivesse um
filho? Ainda relutante, ele deixa-a ir. Depois algumas semanas apático, Carlos volta a viver normal. O livro
acaba mas continua. Escreve Mário de Andrade - "E o idílio de Fräulein realmente acaba aqui. O idílio dos dois.
O livro está acabado. Fim. (...) O idílio acabou. Porém se quiserem seguir Carlos mais um poucadinho,
voltemos para a avenida Higienópolis. Eu volto." Após se recupear, Carlos avista acidentalmente Fräulein, já
em um novo trabalho, e apenas saudou-a com a cabeça. A vida continua para Carlos. Fräulein ainda iria seguir
com 2 ou mais trabalhos para voltar à sua terra.

Beijo no Asfalto Nelson Rodrigues

Tragédia contemporânea contrastando poesia e vulgaridade. Conserva-se fiel ao expressionismo freudiano e
realismo, o autor vem de encontro a preconceitos e inseguranças bem como à falsidade, ao juízo fundado na
aparência e a condições unânimes. Arandir testemunha um atropelamento e ao socorrer a vítima, dá-lhe um
beijo na boca a pedido do agonizante. É imediatamente acusado de homossexualismo pela imprensa e pela
polícia.

Ridicularizado perante a opinião pública os amigos e desamparado pela esposa (Selminha) vem a refugiar-se
em uma pensão É visitado pelo sogro (Aprígio) que declara-lhe seu ódio, revelando-se apaixonado por ele e
com ciúmes pelo fato de Arandir ter-se casado com Selminha e por vir a beijar outro . Com dos tiros Arandir é
morto por Aprígio.
Fragmento "(...) Em toda a minha vida, a única coisa que salva é o beijo no asfalto (...) É lindo! é lindo, eles não
entendem. Lindo beijar quem está morrendo (grita). Eu não me arrependo! Eu não me arrependo." Cale-se.
Preste Atenção "O morto é o grande personagem invisível, Arandir ao beijar o agonizante, beijou a morte na
boca".

Capitães de Areia Jorge Amado

Os Capitães da Areia é um grupo de meninos de rua. O livro é dividido em três partes. Antes delas, no entanto,
via uma seqüência de pseudo- reportagens, explica-se que os Capitães da Areia é um grupo de menores
abandonados e marginalizados, que aterrorizam Salvador. Os únicos que se relacionam com eles são Padre
José Pedro e uma mãe-de-santo. O Reformatório é um antro de crueldades, e a polícia os caçam como os
adultos antes do tempo que são. A primeira parte em si, "Sob a lua, num velho trapiche abandonado" conta
algumas histórias quase independentes sobre alguns dos principais Capitães da Areia (o grupo chegava a
quase cem, morando num trapiche abandonado, mas tinha líderes).

Pedro Bala, o líder, de longos cabelos loiros e uma cicatriz no rosto, uma espécie de pai para os garotos,
mesmo sendo tão jovem quanto os outros, e depois descobre ser filho de um líder sindical morto durante uma
greve; Volta Seca, afilhado de Lampião, que tem ódio das autoridades e o desejo de se tornar cangaceiro;
Professor, que lê e desenha vorazmente, sendo muito talentoso; Gato, que com seu jeito malandro acaba
conquistando uma prostituta, Dalva; Sem- Pernas, o garoto coxo que serve de espião se fingindo de órfão
desamparado (e numa das casas que vai é bem acolhido, mas trai a família ainda assim, mesmo sem querer
fazê-lo de verdade); João Grande, o "negro bom" como diz Pedro Bala, segundo em comando; Querido- de-
Deus, um capoeirista que é só amigo do grupo; e Pirulito, que em grande fervor religioso. O ápice da primeira
parte vem em duas partes: quando os meninos se envolvem com um carrossel mambembe que chegou na
cidade, e exercem sua meninez; e quando a varíola ataca a cidade e acaba matando um deles, mesmo com
Padre José Pedro tentando ajudá-los e se encrencando por isso. A segunda parte, "Noite da Grande Paz, da
Grande Paz dos teus olhos", surge uma história de amor quando a menina Dora torna-se a primeira "Capitã da
Areia", e mesmo que inicialmente os garotos tentem tomá-la a força, ela se torna como mãe e irmã para todos.
(O homossexualismo é comum no grupo, mesmo que em dado momento Pedro Bala tente impedi-lo de
continuar, e todos eles costumam "derrubar negrinhas" na orla.) Mas Professor e Pedro bala se apaixonam por
ela, e Dora se apaixona por Pedro Bala.

Quando Pedro e ela são capturados (ela em pouco tempo passa a roubar como um dos meninos), eles são
muito castigados, respectivamente no Reformatório e no Orfanato. Quando escapam, muito enfraquecidos, se
amam pela primeira vez na praia e ela morre, marcando o começo do fim para os principais membros do grupo.
"Canção da Bahia, Canção da Liberdade", a terceira parte, vai nos mostrando a desintegração dos líderes.
Sem-Pernas se mata antes de ser capturado pela polícia que odeia; Professor parte para o RJ para se tornar
um pintor de sucesso, entristecido coma morte de Dora; Gato se torna uma malandro de verdade,
abandonando eventualmente sua amante Dalva, e passando por ilhéus; Pirulito se torna frade; Padre José
Pedro finalmente consegue uma paróquia no interior, e vai para lá ajudar os desgarrados do rebanho do
Sertão; Volta Seca se torna um cangaceiro do grupo de Lampião e mata mais de 60 soldados antes de ser
capturado e condenado; João Grande torna-se marinheiro; Querido-de-Deus continua sua vida de capoeirista e
malandro; Pedro Bala, cada vez mais fascinado com as histórias de seu pai sindicalista, vai se envolvendo com
os doqueiros e finalmente os Capitães da Areia ajudam numa greve.

Pedro Bala abandona a liderança do grupo, mas antes os transforma numa espécie de grupo de choque. Assim
Pedro Bala deixa de ser o líder dos Capitães da Areia e se torna um líder revolucionário comunista. Este livro
foi escrito na primeira fase da carreira de Jorge Amado, e nota-se grandes preocupações sociais. As
autoridades e o clero são sempre retratados como opressores (Padre José Pedro é uma exceção mas nem
tanto; antes de ser um bom padre foi um operário), cruéis e responsáveis pelos males. Os Capitães de Areia
são heróicos, "Robin Hood"'s que tiram dos ricos e guardam para si (os pobres). O Comunismo é mostrado
como algo bom, e o Padre José Pedro tem dúvidas quanto a posição da Igreja quanto ao assunto. No geral, as
preocupações sociais dominam, mas os problemas existenciais dos garotos os transforma em personagens
únicos e corajosos, corajosos Capitães da Areia de Salvador.

Poesia Marginal Diversos autores

O amor, o sexo, a poesia, a política, o medo e a vontade de cair fora, tudo isso aparece nos poemas reunidos neste livro.
Todo o clima dos anos 70 você vai reencontrar aqui, nos versos breves e contundentes de cinco dos mais representativos
autores da geração mimeógrafo: Ana Cristina César, Cacaso, Chacal, Francisco Alvim e Paulo Leminski.
Memórias Sentimentais de João Miramar Oswald de Andrade

Análise da obra

É o primeiro grande romance da prosa modernista brasileira. Redigido entre 1916 e 1923, foi publicado em 1924.

Estrutura da obra

Composto de 163 episódios numerados, tem por personagem principal João Miramar. A montagem fragmentária do
romance impossibilita uma leitura tradicional e linear da história.

Uma série de inventivos traços de estilo e um agudo senso crítico da sociedade da época fazem desse texto uma grande
obra de vanguarda.

De fato, o estilo fragmentário e sintético do texto é revolucionário na nossa prosa, assim como seu caráter cinematográfico.
Os episódios assemelham-se mais a seqüências de um filme do que a capítulos de romance. Há uma ênfase muito grande
no elemento visual e muitas das descrições adotam uma linha geométrica e sintética, bastante próximas dos princípios
cubistas, que visa a apresentar fragmentos justapostos da realidade, numa tentativa de captá-la na sua totalidade.

Enredo

O enredo da obra é simples: João Miramar relata, ou melhor sugere, sua história pessoal; e se inicia na infância do herói,
sugerida pela linguagem propositadamente infantil dos primeiros capítulos. Ainda adolescente, e com grande inclinação
para a boêmia, Miramar faz a sua primeira viagem à Europa, a bordo do navio Marta. O romance assume, a partir daí, a
forma de um verdadeiro diário de viagem, que acentua o cosmopolitismo dos pontos turísticos da Europa. De volta ao
Brasil, por causa do falecimento de sua mãe, João Miramar casa-se com Célia, sua prima, mantendo, ao mesmo tempo, um
romance com a atriz Rocambola, o que vai provocar o seu posterior desquite.

No final do romance, o herói fica viúvo, é abandonado pela amante e vai à falência, em virtude da má aplicação de fundos
na indústria cinematográfica.

Nos últimos fragmentos, nota-se o amadurecimento de João Miramar que, retrospectivamente, redige as Memórias que o
leitor está lendo.

Ao longo de capítulos revolucionariamente curtos, repassa os principais fatos que marcaram sua existência. As impressões
deixadas pela infância, pela viagem ao exterior; o retorno ao Brasil; a 1ª Guerra Mundial; o namoro com Célia; o casamento;
o nascimento de sua única filha (Celiazinha); o caso extraconjugal; a falência; o divórcio motivado pelo insucesso
financeiro; a morte da ex-esposa; a recuperação da guarda da filha e da fortuna.

A história do narrador é banal. Não tem nada de especial. Nem acontecimentos bombásticos que orientam para um final
que exprima a vitória do verdadeiro amor, nem conseqüências necessárias resultantes de um determinismo psicosocial. Já
aí vemos o quanto Oswald distancia-se de toda literatura que o precedeu tanto na escolha quanto no tratamento do tema.

Além destas, a outra grande inovação é o trabalho de Oswald com a linguagem. Ao longo da obra o que mais chama
atenção não é a narrativa mas a maneira que o narrador emprega para sugerir sua trajetória pessoal. Contudo, esta é uma
questão que será tratada em outro momento.

Tempo / Espaço / Personagens

Memórias Sentimentais de João Miramar é uma obra até certo ponto caótica. Em virtude disso, a análise de categorias
como tempo, espaço e personagens é quase impossível.

A época o local em que os fatos ocorreram não tem importância. O que importa é a maneira pela qual o narrador filtrou
aquelas experiências e, principalmente, a linguagem que emprega para contá-las ao leitor.

A obra parece seguir uma ordem vagamente cronológica.

Os espaços não existissem para além das sugestões, das emoções que provocaram no narrador. Por isso, ele não se dá
ao trabalho de fazer descrições, remetendo o leitor aos locais onde os fatos ocorreram pela simples menção de seus
nomes (São Paulo, Paris, etc.).
Cada personagem tem sua vida própria, mas sua interferência na narrativa só existe sob a perspectiva do narrador. Por
isso, com exceção de algumas características muitos gerais, nenhuma delas (nem mesmo o narrador) foi delineada,
descrita física e psicologicamente. Tem um nome, isto basta. Contudo, há um traço que une-as:- seu apego excessivo ao
dinheiro. É a partir deste ponto que a narrativa foi construída com o intuito de desmascarar, de satirizar suas relações
sociais (ou devemos dizer econômicas?)

Foco narrativo

O foco narrativo na obra é predominantemente de 1ª pessoa. João Miramar relata os principais momentos de sua trajetória.

"Entrei para a escola mista de D. Matilde." (Cap. 5)

"Não disse nada do que queria dizer a Madô." (Cap. 10)

"Molhei secas pestanas para o rincão corcunda que vira nascer meu pai." (Cap. 58)

Em alguns momentos, o narrador de 1ª pessoa cede espaço a outros narradores também de 1ª pessoa. Isto ocorre quando
são transcritas cartas e bilhetes:

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Amar, verbo intransitivo Mário de Andrade: romance expressionista sobre iniciação sexual

  • 1. Amar, verbo intransitivo Mário de Andrade Este romance é definido pelo autor como Idílio (s. m. Pequena composição poética, campestre ou pastoril; amor simples e terno; sonho; devaneio.) e abusa das técnicas modernas, usando uma linguagem coloquial, perto do falar brasileiro (por exemplo, começando frases por pronomes oblíquos), sem capítulos definidos, prosa telegráfica, expressionismo, construído através de flashs, resgatando o passado ou fixando o presente. Publicado em 1927, o Idílio causou impacto. Desafiou preconceitos, inovou na técnica narrativa. Sem nenhum prêambulo, Souza Costa e Elza surgem no livro. Souza Costa é o pai de uma típica família burguesa paulista do início do século. Elza, uma alemã que tinha por profissão iniciar sexualmente os jovens. Professora de amor. Souza Costa contrata os "serviços" de Elza (que por todo o livro é tratada por Fräulein - senhora em alemão) com o intuito de que seu filho inicie sua vida sexual de forma limpa, asséptica, sem se "sujar" com prostitutas e aproveitadoras. Ela afirma naturalmente que é uma profissional, séria, e que não gostaria de ser tomada como aventureira. Oficialmente, Fräulein seria a professora de alemão e piano da família Souza Costa. Carlos aparece brincando com as irmã, ainda muito "menino". Fräulein se ressente por não prender a atenção de Carlos no início, ele era muito disperso, mas gradualmente vai envolvendo-o na sua sedução. Eles tinham todas as tardes aulas de alemão e cada vez mais Carlos se esforçava para aprender (o alemão?!) e aguardava ansioso as aulas. Fräulein, em momentos de devaneios, criticava os modos dos latinos, se sentia uma raça superior, admirava e lia incessantemente os clássicos alemães, Goethe, Schiller e Wagner. Compreendia o expressionismo mas voltava à Goethe e Schiller. A esposa de Souza Costa, vendo as intimidades do filho para com ela, resolve falar com Elza e pedir para que deixem a família. Fräulein esclarece seu propósito de forma incrivelmente natural, e após uma conversa com o marido, a mãe decide que é melhor para seu filho que ela continuasse com suas lições. O livro é permeado de digressões. Mário de Andrade freqüentemente justifica alguns pontos (antes que o critiquem), analisa fatos, alude à psicologia, à música e até mesmo à Castro Alves e Gonçalves Dias. Mário compara a vida dos extrangeiros nos trópicos, entre Fräulein e um copeiro japonês. Mostra a dicotomia de pensamento de Fräulein entre o homem-da-vida (prático, interessado no dinheiro do serviço) simbolizado por Bismarck - responsável pela unificação da Alemanha em 1870 à ferro e fogo e Wagner, retratando o homem-do-sonho. O homem-do-sonho representa seus desejos, suas vontades, voltar a terra natal, casar e levar uma vida normal. Mas quem vence em Fräulein é o homem-da-vida, que permite que ela continue o serviço sem se questionar. Carlos após ter tido "a"aula mestra, começa a viciar-se em "estudar". Certamente a didática de Fräulein era muito boa. Era tempo para Fräulein se despedir, tendo este trabalho concluído. Ela sabia que os afastamentos eram sempre seguidos de muitos protestos e gritos. Souza Costa surpreende Carlos com Fräulein (tudo já armado) e utiliza-se deste pretexto para separá-los. Carlos reage defende Fräulein, mas mesmo ele fica aturdido diante do argumento do pai: e se ele tivesse um filho? Ainda relutante, ele deixa-a ir. Depois algumas semanas apático, Carlos volta a viver normal. O livro acaba mas continua. Escreve Mário de Andrade - "E o idílio de Fräulein realmente acaba aqui. O idílio dos dois. O livro está acabado. Fim. (...) O idílio acabou. Porém se quiserem seguir Carlos mais um poucadinho, voltemos para a avenida Higienópolis. Eu volto." Após se recupear, Carlos avista acidentalmente Fräulein, já em um novo trabalho, e apenas saudou-a com a cabeça. A vida continua para Carlos. Fräulein ainda iria seguir com 2 ou mais trabalhos para voltar à sua terra. Beijo no Asfalto Nelson Rodrigues Tragédia contemporânea contrastando poesia e vulgaridade. Conserva-se fiel ao expressionismo freudiano e realismo, o autor vem de encontro a preconceitos e inseguranças bem como à falsidade, ao juízo fundado na aparência e a condições unânimes. Arandir testemunha um atropelamento e ao socorrer a vítima, dá-lhe um beijo na boca a pedido do agonizante. É imediatamente acusado de homossexualismo pela imprensa e pela polícia. Ridicularizado perante a opinião pública os amigos e desamparado pela esposa (Selminha) vem a refugiar-se em uma pensão É visitado pelo sogro (Aprígio) que declara-lhe seu ódio, revelando-se apaixonado por ele e com ciúmes pelo fato de Arandir ter-se casado com Selminha e por vir a beijar outro . Com dos tiros Arandir é morto por Aprígio.
  • 2. Fragmento "(...) Em toda a minha vida, a única coisa que salva é o beijo no asfalto (...) É lindo! é lindo, eles não entendem. Lindo beijar quem está morrendo (grita). Eu não me arrependo! Eu não me arrependo." Cale-se. Preste Atenção "O morto é o grande personagem invisível, Arandir ao beijar o agonizante, beijou a morte na boca". Capitães de Areia Jorge Amado Os Capitães da Areia é um grupo de meninos de rua. O livro é dividido em três partes. Antes delas, no entanto, via uma seqüência de pseudo- reportagens, explica-se que os Capitães da Areia é um grupo de menores abandonados e marginalizados, que aterrorizam Salvador. Os únicos que se relacionam com eles são Padre José Pedro e uma mãe-de-santo. O Reformatório é um antro de crueldades, e a polícia os caçam como os adultos antes do tempo que são. A primeira parte em si, "Sob a lua, num velho trapiche abandonado" conta algumas histórias quase independentes sobre alguns dos principais Capitães da Areia (o grupo chegava a quase cem, morando num trapiche abandonado, mas tinha líderes). Pedro Bala, o líder, de longos cabelos loiros e uma cicatriz no rosto, uma espécie de pai para os garotos, mesmo sendo tão jovem quanto os outros, e depois descobre ser filho de um líder sindical morto durante uma greve; Volta Seca, afilhado de Lampião, que tem ódio das autoridades e o desejo de se tornar cangaceiro; Professor, que lê e desenha vorazmente, sendo muito talentoso; Gato, que com seu jeito malandro acaba conquistando uma prostituta, Dalva; Sem- Pernas, o garoto coxo que serve de espião se fingindo de órfão desamparado (e numa das casas que vai é bem acolhido, mas trai a família ainda assim, mesmo sem querer fazê-lo de verdade); João Grande, o "negro bom" como diz Pedro Bala, segundo em comando; Querido- de- Deus, um capoeirista que é só amigo do grupo; e Pirulito, que em grande fervor religioso. O ápice da primeira parte vem em duas partes: quando os meninos se envolvem com um carrossel mambembe que chegou na cidade, e exercem sua meninez; e quando a varíola ataca a cidade e acaba matando um deles, mesmo com Padre José Pedro tentando ajudá-los e se encrencando por isso. A segunda parte, "Noite da Grande Paz, da Grande Paz dos teus olhos", surge uma história de amor quando a menina Dora torna-se a primeira "Capitã da Areia", e mesmo que inicialmente os garotos tentem tomá-la a força, ela se torna como mãe e irmã para todos. (O homossexualismo é comum no grupo, mesmo que em dado momento Pedro Bala tente impedi-lo de continuar, e todos eles costumam "derrubar negrinhas" na orla.) Mas Professor e Pedro bala se apaixonam por ela, e Dora se apaixona por Pedro Bala. Quando Pedro e ela são capturados (ela em pouco tempo passa a roubar como um dos meninos), eles são muito castigados, respectivamente no Reformatório e no Orfanato. Quando escapam, muito enfraquecidos, se amam pela primeira vez na praia e ela morre, marcando o começo do fim para os principais membros do grupo. "Canção da Bahia, Canção da Liberdade", a terceira parte, vai nos mostrando a desintegração dos líderes. Sem-Pernas se mata antes de ser capturado pela polícia que odeia; Professor parte para o RJ para se tornar um pintor de sucesso, entristecido coma morte de Dora; Gato se torna uma malandro de verdade, abandonando eventualmente sua amante Dalva, e passando por ilhéus; Pirulito se torna frade; Padre José Pedro finalmente consegue uma paróquia no interior, e vai para lá ajudar os desgarrados do rebanho do Sertão; Volta Seca se torna um cangaceiro do grupo de Lampião e mata mais de 60 soldados antes de ser capturado e condenado; João Grande torna-se marinheiro; Querido-de-Deus continua sua vida de capoeirista e malandro; Pedro Bala, cada vez mais fascinado com as histórias de seu pai sindicalista, vai se envolvendo com os doqueiros e finalmente os Capitães da Areia ajudam numa greve. Pedro Bala abandona a liderança do grupo, mas antes os transforma numa espécie de grupo de choque. Assim Pedro Bala deixa de ser o líder dos Capitães da Areia e se torna um líder revolucionário comunista. Este livro foi escrito na primeira fase da carreira de Jorge Amado, e nota-se grandes preocupações sociais. As autoridades e o clero são sempre retratados como opressores (Padre José Pedro é uma exceção mas nem tanto; antes de ser um bom padre foi um operário), cruéis e responsáveis pelos males. Os Capitães de Areia são heróicos, "Robin Hood"'s que tiram dos ricos e guardam para si (os pobres). O Comunismo é mostrado como algo bom, e o Padre José Pedro tem dúvidas quanto a posição da Igreja quanto ao assunto. No geral, as preocupações sociais dominam, mas os problemas existenciais dos garotos os transforma em personagens únicos e corajosos, corajosos Capitães da Areia de Salvador. Poesia Marginal Diversos autores O amor, o sexo, a poesia, a política, o medo e a vontade de cair fora, tudo isso aparece nos poemas reunidos neste livro. Todo o clima dos anos 70 você vai reencontrar aqui, nos versos breves e contundentes de cinco dos mais representativos autores da geração mimeógrafo: Ana Cristina César, Cacaso, Chacal, Francisco Alvim e Paulo Leminski.
  • 3. Memórias Sentimentais de João Miramar Oswald de Andrade Análise da obra É o primeiro grande romance da prosa modernista brasileira. Redigido entre 1916 e 1923, foi publicado em 1924. Estrutura da obra Composto de 163 episódios numerados, tem por personagem principal João Miramar. A montagem fragmentária do romance impossibilita uma leitura tradicional e linear da história. Uma série de inventivos traços de estilo e um agudo senso crítico da sociedade da época fazem desse texto uma grande obra de vanguarda. De fato, o estilo fragmentário e sintético do texto é revolucionário na nossa prosa, assim como seu caráter cinematográfico. Os episódios assemelham-se mais a seqüências de um filme do que a capítulos de romance. Há uma ênfase muito grande no elemento visual e muitas das descrições adotam uma linha geométrica e sintética, bastante próximas dos princípios cubistas, que visa a apresentar fragmentos justapostos da realidade, numa tentativa de captá-la na sua totalidade. Enredo O enredo da obra é simples: João Miramar relata, ou melhor sugere, sua história pessoal; e se inicia na infância do herói, sugerida pela linguagem propositadamente infantil dos primeiros capítulos. Ainda adolescente, e com grande inclinação para a boêmia, Miramar faz a sua primeira viagem à Europa, a bordo do navio Marta. O romance assume, a partir daí, a forma de um verdadeiro diário de viagem, que acentua o cosmopolitismo dos pontos turísticos da Europa. De volta ao Brasil, por causa do falecimento de sua mãe, João Miramar casa-se com Célia, sua prima, mantendo, ao mesmo tempo, um romance com a atriz Rocambola, o que vai provocar o seu posterior desquite. No final do romance, o herói fica viúvo, é abandonado pela amante e vai à falência, em virtude da má aplicação de fundos na indústria cinematográfica. Nos últimos fragmentos, nota-se o amadurecimento de João Miramar que, retrospectivamente, redige as Memórias que o leitor está lendo. Ao longo de capítulos revolucionariamente curtos, repassa os principais fatos que marcaram sua existência. As impressões deixadas pela infância, pela viagem ao exterior; o retorno ao Brasil; a 1ª Guerra Mundial; o namoro com Célia; o casamento; o nascimento de sua única filha (Celiazinha); o caso extraconjugal; a falência; o divórcio motivado pelo insucesso financeiro; a morte da ex-esposa; a recuperação da guarda da filha e da fortuna. A história do narrador é banal. Não tem nada de especial. Nem acontecimentos bombásticos que orientam para um final que exprima a vitória do verdadeiro amor, nem conseqüências necessárias resultantes de um determinismo psicosocial. Já aí vemos o quanto Oswald distancia-se de toda literatura que o precedeu tanto na escolha quanto no tratamento do tema. Além destas, a outra grande inovação é o trabalho de Oswald com a linguagem. Ao longo da obra o que mais chama atenção não é a narrativa mas a maneira que o narrador emprega para sugerir sua trajetória pessoal. Contudo, esta é uma questão que será tratada em outro momento. Tempo / Espaço / Personagens Memórias Sentimentais de João Miramar é uma obra até certo ponto caótica. Em virtude disso, a análise de categorias como tempo, espaço e personagens é quase impossível. A época o local em que os fatos ocorreram não tem importância. O que importa é a maneira pela qual o narrador filtrou aquelas experiências e, principalmente, a linguagem que emprega para contá-las ao leitor. A obra parece seguir uma ordem vagamente cronológica. Os espaços não existissem para além das sugestões, das emoções que provocaram no narrador. Por isso, ele não se dá ao trabalho de fazer descrições, remetendo o leitor aos locais onde os fatos ocorreram pela simples menção de seus nomes (São Paulo, Paris, etc.).
  • 4. Cada personagem tem sua vida própria, mas sua interferência na narrativa só existe sob a perspectiva do narrador. Por isso, com exceção de algumas características muitos gerais, nenhuma delas (nem mesmo o narrador) foi delineada, descrita física e psicologicamente. Tem um nome, isto basta. Contudo, há um traço que une-as:- seu apego excessivo ao dinheiro. É a partir deste ponto que a narrativa foi construída com o intuito de desmascarar, de satirizar suas relações sociais (ou devemos dizer econômicas?) Foco narrativo O foco narrativo na obra é predominantemente de 1ª pessoa. João Miramar relata os principais momentos de sua trajetória. "Entrei para a escola mista de D. Matilde." (Cap. 5) "Não disse nada do que queria dizer a Madô." (Cap. 10) "Molhei secas pestanas para o rincão corcunda que vira nascer meu pai." (Cap. 58) Em alguns momentos, o narrador de 1ª pessoa cede espaço a outros narradores também de 1ª pessoa. Isto ocorre quando são transcritas cartas e bilhetes: