SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 55
O MUSEU DA ESCOLA DE
LAVRA
Apresentação
Museu da Escola de Lavra
O Museu da Escola de Lavra é um Museu etnográfico, ou
seja, expõe objectos que eram usuais no séc. XIX /
princípios do séc. XX e que, neste caso, caracterizam toda
a vivência das populações de Lavra nessas épocas.
Tratando-se de uma freguesia acentuadamente rural,
caracteriza-se pelas actividades agrícola e pesqueira,
podendo encontrar-se outros ofícios como o de moleiro,
ferreiro ou o do fabrico do linho, actividade actualmente
muito prestigiada.
Museu da Escola de Lavra
Museu da Escola de Lavra
A apresentação do Museu far-se-á tendo em
conta as instalações dos objectos,
organizadas segundo os ciclos de produção e
vivências. Começamos, assim pela Casa
Rural, base de toda a estrutura social, para,
de seguida, se apresentar todo o conjunto de
núcleos patente no acervo do Museu.
A Casa rural
A casa rural é uma unidade de três
elementos conjugados: a parte construída, o
complexo produtivo e a família. As pessoas
são identificadas pela casa a que pertencem,
que também define o estatuto social, que se
traduz em obrigações e direitos, bem como
em benefícios colhidos no usufruto do que é
comum, como as águas e os baldios.
Casa rural
Casa rural: o quinteiro
Por vezes isolada, esta casa está estruturada de
forma a responder às necessidades da exploração.
Pode apresentar-se em construções organizadas em
volta de um espaço central, o pátio, constituídas pela
habitação, cortes de gado, a pocilga, o galinheiro,
coelheiras, as lojas onde se guardam as alfaias
agrícolas e colheitas, o lagar, a adega e o alambique.
O quinteiro é, assim, o espaço de lavoura, onde estão
os carros de bois, o limpador de cereais, os
semeadores, as alfaias agrícolas.
Casa rural: Tararia - limpador de cereal
Casa rural: semeadores
Casa rural: roda de carro de bois
A Casa rural: a cozinha
Na casa rural, é no espaço da cozinha que decorre toda a
vida familiar.
Compartimento por vezes térreo ou no sobrado, forma
um corpo destacado. É aqui que se encontra a lareira, se
recebe quem chega, se preparam as refeições e se come,
em família, ou com os que trabalham para a casa.
 Sobre o lume, mantêm-se as caldeiras da vianda e do
porco e, no forno, prepara-se semanalmente a cozedura
do pão.
Em volta da lareira, imanando calor e luz, faziam-se os
serões, a fiar o linho ou a lã, ao mesmo tempo que se
entoavam vozes e contavam histórias de encantar.
Casa rural: cozinha
Cozinha: sobre o lume, mantêm-se as caldeiras
da vianda e do porco (…)
Casa rural:
cozinha
Em volta da
lareira, imanando
calor e luz, faziam-
se os serões, a fiar
o linho ou a lã, ao
mesmo tempo que
se entoavam vozes
e contavam
histórias de
encantar.
Casa rural:
cozinha
(…) no forno,
prepara-se
semanalmente
a cozedura do
pão
A farinha
guarda-se na
masseira e as
pás tiram o
pão do forno.
O linho
O cultivo do linho tem uma forte implantação no
Entre Douro e Minho desde a época medieval e, a
partir da época Moderna, começa a sofrer a
concorrência do milho maís que lhe disputa terras e
regadios.
Mesmo assim, continuou até ao séc. XVIII a ser a
fibra têxtil por excelência, fabricado em produção
caseira.
É então que se dá a vulgarização do algodão, fácil de
trabalhar em produção industrial.
O linho
A velha fibra está condenada, passando a ser
semeada em pequenas quantidades nas casas de
lavoura, tendendo a desaparecer.
O golpe final será dado a partir do séc. XIX, em que
as máquinas industriais promovem a progressiva
derrota do linho no quotidiano urbano, persistindo
no mundo rural como meio de troca e auto-consumo.
Actualmente, com o desenvolvimento da valorização
da identidade regional, regressou-se, em certas
zonas, ao trabalho do linho feito à “moda antiga”.
O Ciclo do linho
O linho deve ser semeado em Março, no
início da Primavera.
No Verão, procede-se à arrinca – arrancar
o linho, para se aproveitar bem a fibra têxtil,
já que é no caule que se encontra a fibra.
Em seguida, deve-se ripar o linho, que
consiste em tirar a semente com o ripo
(pente em ferro).
O ciclo do linho – o ripo
O ciclo do linho: empoçar e secar
A próxima acção é empoçar ou demolhar – o linho fica
duas semanas em água corrente não muito forte.
Depois, vai a secar, num campo previamente cortado e
limpo. Dispõem-se os novelos sobre esse campo.
Depois de seco, o linho vai a espadelar. Esta acção é feita
num espadeladouro, com uma espadela (placa em
madeira) e um cortiço (cilindro em cortiça). O objectivo
é a separação das fibras. Retiram-se os tomentos (fibra
áspera, grossa e curta, com que se faz certo tipo de pano,
como forros de colchões, rodilhas de cozinha, sacos de
farinha).
O ciclo do linho: espadela e cortiço
O ciclo do linho – o maço
A fibra que fica, depois de se separar os tomentos,
vai a maçar – num engenho de maçar o linho no
rio (sendo o engenheiro que maça o linho), ou feito
com um mangual ou maço. Serve para espremer o
linho.
Maço
Ciclo do linho: o sedeiro
É altura de passar à sedagem, que consiste em
passar a fibra que ficou, num sedeiro, separando o
linho da estopa (que fica presa aos dentes do sedeiro,
deixando passar o linho, mais fino).
Ciclo do linho: a roca e o fuso
O linho está agora pronto para ser fiado. Para a
fiação, utiliza-se a roca e o fuso ou roda de fiar,
que transforma a fibra em fio.
Ciclo do linho: a fiandeira
É a fiandeira que fica na soleira da porta, ao sol, com
a roca e fuso, a fiar.
Ciclo do linho: a roda de fiar
Este é um instrumento mais evoluído que a roca e o
fuso.
Ciclo do linho: o sarilho
Está na hora de fazer as meadas: passar o fio do
fuso para meadas, através do sarilho.
Ciclo do linho: lavagem, dobagem e urdidura
Para o linho ficar branco, faz-se uma barrela
de lavagem da meada.
Em seguida, o linho vai para a dobadoira ou
dobadoura, para se fazerem novelos.
O linho está quase pronto para ser tecido;
como acção prévia, faz-se uma urdidura, ou
seja, faz-se a teia, que é depois levada ao
tear.
Ciclo do linho:
a tecelagem
O tear pode ser
horizontal ou
tear de grade;
para tecer,
deve-se encher
a canela (tubo
de linhas) e,
com a
lançadeira,
fazer a trama
na urdidura.
Ciclo do linho: fiandeiras e bordadeiras e
tecedeiras do linho
Ciclo do linho: produto do trabalho do linho - as
camisas, as toalhas e os panos
Ciclo do linho: mostra de roca de fiar e mecha de
linho para ser fiado
Ciclo do linho: conjunto do linho
Os ofícios: o ferreiro
Um dos ofícios que ocupava algumas pessoas em Lavra,
era o ofício de ferreiro. Actualmente já são raros os
ferreiros que ainda trabalham com a forja tradicional e
são pessoas de muita idade.
Este ofício, como grande parte dos ofícios nos tempos
passados, passava de pais para filhos, era uma actividade
que se perpetuava na família com óbvias vantagens:
existiam a oficina e os instrumentos, não sendo
necessário nenhum investimento. Apenas a arte de saber
fazer…
Agora, já ninguém quer seguir essa arte, pois a
industrialização roubou o lugar ao pequeno artesanato.
Os ofícios: o ferreiro na bigorna
Os ofícios: o ferreiro na forja
Os ofícios: o moleiro
O moinho do cereal, outra estrutura
outrora indispensável e muito
difundida em Lavra, era geralmente de
utilização colectiva e encontrava-se
perto de um curso de água, como, por
exemplo, no rio Onda.
Os ofícios: o moinho
Os ofícios: o moinho
Os ofícios: o moinho
Os ofícios: a pesca
A pesca é outra das actividades tradicionais
fortemente implantada em Lavra.
Servindo como complemento à actividade agrícola,
dela participavam, quer directa, quer
indirectamente as pessoas do agregado familiar: os
pescadores na faina propriamente dita, as
sargaceiras, os carreteiros, nas pessoas das
mulheres e outros familiares.
Actividade de fortíssima devoção religiosa, revela
múltiplas facetas de que o Museu dá uma pálida
imagem.
Os ofícios: a
pesca
A carrela para
transportar o
sargaço, junto a
uma bóia de
salvação,
indispensável a
qualquer
embarcação.
Os ofícios: a pesca – a cabaça, o baú, o côvo, as
bóias, o búzio, os camaroeiros, …
Os ofícios: a pesca – fazendo nós e construindo a
rede…
Os ofícios: a pesca – a rede concluída
O novo Museu
Em Maio de 2008, no Dia Internacional dos Museus, o
Museu sofreu uma profunda alteração que requalificou os
espaços expositivos e criou uma Reserva para a conservação
das peças não expostas.
Deste trabalho resultou um novo Museu, dividido em várias
secções: o Quinteiro, que relata a vida agrícola em Lavra;
a Cozinha Rural, que recria o ambiente das cozinhas
antigas; a Escola tradicional e as Curiosidades, com
objectos de prestígio das casas mais abastadas; o Ciclo do
Linho; a Pesca; a Taberna, local de venda e acolhimento
dos trabalhadores em fim de jornada; o Vestuário, com
roupas domingueiras, bragal do bebé e roupas de trabalho.
O QuinteiroO Quinteiro
A Escola e as
Curiosidades
A Cozinha Rural
O Ciclo do Linho
A Taberna
A Pesca

Mais conteúdo relacionado

Destaque

Delcídio do Amaral - 2010 Assembléia Legislativa - Campo Grande - Divisão dos...
Delcídio do Amaral - 2010 Assembléia Legislativa - Campo Grande - Divisão dos...Delcídio do Amaral - 2010 Assembléia Legislativa - Campo Grande - Divisão dos...
Delcídio do Amaral - 2010 Assembléia Legislativa - Campo Grande - Divisão dos...Delcídio do Amaral
 
01 Aula a História do Petróleo no Brasil
01 Aula a História do Petróleo no Brasil01 Aula a História do Petróleo no Brasil
01 Aula a História do Petróleo no BrasilHomero Alves de Lima
 
Mineração e DNPM (The Brazilian Mining Sector and The Mineral Agency)
Mineração e DNPM (The Brazilian Mining Sector and The Mineral Agency)Mineração e DNPM (The Brazilian Mining Sector and The Mineral Agency)
Mineração e DNPM (The Brazilian Mining Sector and The Mineral Agency)Saulo Melo
 
07 aula campos de petróleo e plataformas
07 aula campos de petróleo e plataformas07 aula campos de petróleo e plataformas
07 aula campos de petróleo e plataformasHomero Alves de Lima
 
12 aula corrosão tanque e purgadores
12 aula corrosão tanque e purgadores12 aula corrosão tanque e purgadores
12 aula corrosão tanque e purgadoresHomero Alves de Lima
 
09 aula valvulas da industria de petroleo
09 aula valvulas da industria de petroleo09 aula valvulas da industria de petroleo
09 aula valvulas da industria de petroleoHomero Alves de Lima
 
Caulim-métodos de lavra Ipixuma-PA
Caulim-métodos de lavra Ipixuma-PACaulim-métodos de lavra Ipixuma-PA
Caulim-métodos de lavra Ipixuma-PAFelipe Vages
 
Aula 1 lavra a ceu aberto
Aula 1   lavra a ceu abertoAula 1   lavra a ceu aberto
Aula 1 lavra a ceu abertoETEEPA
 
10 aula tubos de aço e mangueiras de alta pressão
10 aula tubos de aço e mangueiras de alta pressão10 aula tubos de aço e mangueiras de alta pressão
10 aula tubos de aço e mangueiras de alta pressãoHomero Alves de Lima
 
Conteúdo programático auxiliar logística intergrada
Conteúdo programático auxiliar logística intergradaConteúdo programático auxiliar logística intergrada
Conteúdo programático auxiliar logística intergradaHomero Alves de Lima
 

Destaque (20)

02 aula cadeia de fornecimento
02 aula cadeia de fornecimento02 aula cadeia de fornecimento
02 aula cadeia de fornecimento
 
Delcídio do Amaral - 2010 Assembléia Legislativa - Campo Grande - Divisão dos...
Delcídio do Amaral - 2010 Assembléia Legislativa - Campo Grande - Divisão dos...Delcídio do Amaral - 2010 Assembléia Legislativa - Campo Grande - Divisão dos...
Delcídio do Amaral - 2010 Assembléia Legislativa - Campo Grande - Divisão dos...
 
01 Aula a História do Petróleo no Brasil
01 Aula a História do Petróleo no Brasil01 Aula a História do Petróleo no Brasil
01 Aula a História do Petróleo no Brasil
 
02 aula industria do petróleo
02 aula industria do petróleo02 aula industria do petróleo
02 aula industria do petróleo
 
Mineração e DNPM (The Brazilian Mining Sector and The Mineral Agency)
Mineração e DNPM (The Brazilian Mining Sector and The Mineral Agency)Mineração e DNPM (The Brazilian Mining Sector and The Mineral Agency)
Mineração e DNPM (The Brazilian Mining Sector and The Mineral Agency)
 
07 aula campos de petróleo e plataformas
07 aula campos de petróleo e plataformas07 aula campos de petróleo e plataformas
07 aula campos de petróleo e plataformas
 
DSF 2012 - Votorantim, Mina Vazante
DSF 2012 - Votorantim, Mina VazanteDSF 2012 - Votorantim, Mina Vazante
DSF 2012 - Votorantim, Mina Vazante
 
02 aula cadeia de fornecimento
02 aula cadeia de fornecimento02 aula cadeia de fornecimento
02 aula cadeia de fornecimento
 
12 aula corrosão tanque e purgadores
12 aula corrosão tanque e purgadores12 aula corrosão tanque e purgadores
12 aula corrosão tanque e purgadores
 
09 aula valvulas da industria de petroleo
09 aula valvulas da industria de petroleo09 aula valvulas da industria de petroleo
09 aula valvulas da industria de petroleo
 
17 aula sistema de monitoração
17 aula sistema de  monitoração17 aula sistema de  monitoração
17 aula sistema de monitoração
 
03 aula métodos sismicos
03 aula métodos sismicos03 aula métodos sismicos
03 aula métodos sismicos
 
16 aula cimentação de poços
16 aula cimentação de poços16 aula cimentação de poços
16 aula cimentação de poços
 
13 aula instrumentação
13 aula instrumentação13 aula instrumentação
13 aula instrumentação
 
18 aula brocas
18 aula brocas18 aula brocas
18 aula brocas
 
04 aula estocagem
04 aula estocagem04 aula estocagem
04 aula estocagem
 
Caulim-métodos de lavra Ipixuma-PA
Caulim-métodos de lavra Ipixuma-PACaulim-métodos de lavra Ipixuma-PA
Caulim-métodos de lavra Ipixuma-PA
 
Aula 1 lavra a ceu aberto
Aula 1   lavra a ceu abertoAula 1   lavra a ceu aberto
Aula 1 lavra a ceu aberto
 
10 aula tubos de aço e mangueiras de alta pressão
10 aula tubos de aço e mangueiras de alta pressão10 aula tubos de aço e mangueiras de alta pressão
10 aula tubos de aço e mangueiras de alta pressão
 
Conteúdo programático auxiliar logística intergrada
Conteúdo programático auxiliar logística intergradaConteúdo programático auxiliar logística intergrada
Conteúdo programático auxiliar logística intergrada
 

Semelhante a Museu da Escola de Lavra: preservando a história rural

Content publicacoes caderno4_caderno 4 atq - a fiadeira
Content publicacoes caderno4_caderno 4 atq - a fiadeiraContent publicacoes caderno4_caderno 4 atq - a fiadeira
Content publicacoes caderno4_caderno 4 atq - a fiadeiraRicardo Afonso
 
História de Casco de Rolha
História de Casco de RolhaHistória de Casco de Rolha
História de Casco de Rolhacascoderolha
 
Primeiros povos
Primeiros povosPrimeiros povos
Primeiros povoscapell18
 
As comunidades agropastoris- 5ºano- Prof .Alice
As comunidades agropastoris- 5ºano- Prof .AliceAs comunidades agropastoris- 5ºano- Prof .Alice
As comunidades agropastoris- 5ºano- Prof .Alicealicebernardo
 
Folheto VII Festival Folclore - Barreiros - 2012
Folheto VII Festival Folclore - Barreiros - 2012Folheto VII Festival Folclore - Barreiros - 2012
Folheto VII Festival Folclore - Barreiros - 2012rfvlis
 
Comunid humanas
Comunid humanasComunid humanas
Comunid humanascattonia
 
Mini manual do pão
Mini manual do pãoMini manual do pão
Mini manual do pãoMaria Rocha
 
Mini manual do pão
Mini manual do pãoMini manual do pão
Mini manual do pãoMaria Rocha
 
A bela Angola, Os Chokwe
A bela Angola,  Os ChokweA bela Angola,  Os Chokwe
A bela Angola, Os ChokweOracy Filho
 
Trabalho rainha santa_grupo2
Trabalho rainha santa_grupo2Trabalho rainha santa_grupo2
Trabalho rainha santa_grupo2Maria Figueiredo
 
Resumo neolítico
Resumo neolíticoResumo neolítico
Resumo neolíticoMaria Gomes
 
A vida no neolítico
A vida no neolíticoA vida no neolítico
A vida no neolíticorafaforte
 
Património Cultural Português - Olaria Negra de Bisalhães Património da Human...
Património Cultural Português - Olaria Negra de Bisalhães Património da Human...Património Cultural Português - Olaria Negra de Bisalhães Património da Human...
Património Cultural Português - Olaria Negra de Bisalhães Património da Human...Artur Filipe dos Santos
 

Semelhante a Museu da Escola de Lavra: preservando a história rural (20)

Identidade regional
Identidade regionalIdentidade regional
Identidade regional
 
Trajos
TrajosTrajos
Trajos
 
Content publicacoes caderno4_caderno 4 atq - a fiadeira
Content publicacoes caderno4_caderno 4 atq - a fiadeiraContent publicacoes caderno4_caderno 4 atq - a fiadeira
Content publicacoes caderno4_caderno 4 atq - a fiadeira
 
História de Casco de Rolha
História de Casco de RolhaHistória de Casco de Rolha
História de Casco de Rolha
 
Primeiros povos
Primeiros povosPrimeiros povos
Primeiros povos
 
Mulheres de Bucos
Mulheres de BucosMulheres de Bucos
Mulheres de Bucos
 
As comunidades agropastoris- 5ºano- Prof .Alice
As comunidades agropastoris- 5ºano- Prof .AliceAs comunidades agropastoris- 5ºano- Prof .Alice
As comunidades agropastoris- 5ºano- Prof .Alice
 
Folheto VII Festival Folclore - Barreiros - 2012
Folheto VII Festival Folclore - Barreiros - 2012Folheto VII Festival Folclore - Barreiros - 2012
Folheto VII Festival Folclore - Barreiros - 2012
 
Comunid humanas
Comunid humanasComunid humanas
Comunid humanas
 
Mini manual do pão
Mini manual do pãoMini manual do pão
Mini manual do pão
 
Mini manual do pão
Mini manual do pãoMini manual do pão
Mini manual do pão
 
Benavente
BenaventeBenavente
Benavente
 
Newsletter7
Newsletter7Newsletter7
Newsletter7
 
A bela Angola, Os Chokwe
A bela Angola,  Os ChokweA bela Angola,  Os Chokwe
A bela Angola, Os Chokwe
 
Trabalho rainha santa_grupo2
Trabalho rainha santa_grupo2Trabalho rainha santa_grupo2
Trabalho rainha santa_grupo2
 
Resumo neolítico
Resumo neolíticoResumo neolítico
Resumo neolítico
 
A vida no neolítico
A vida no neolíticoA vida no neolítico
A vida no neolítico
 
Caleiras da Escusa
Caleiras da EscusaCaleiras da Escusa
Caleiras da Escusa
 
Património Cultural Português - Olaria Negra de Bisalhães Património da Human...
Património Cultural Português - Olaria Negra de Bisalhães Património da Human...Património Cultural Português - Olaria Negra de Bisalhães Património da Human...
Património Cultural Português - Olaria Negra de Bisalhães Património da Human...
 
Arte Baniwa
Arte BaniwaArte Baniwa
Arte Baniwa
 

Mais de Margarida Mota

Como fazer banda desenhada Diogo Carvalho
Como fazer banda desenhada  Diogo CarvalhoComo fazer banda desenhada  Diogo Carvalho
Como fazer banda desenhada Diogo CarvalhoMargarida Mota
 
Para mim, a matemática é...
Para mim, a matemática é...Para mim, a matemática é...
Para mim, a matemática é...Margarida Mota
 
Para mim a Matemática é...
Para mim a Matemática é...Para mim a Matemática é...
Para mim a Matemática é...Margarida Mota
 
Instrumentos musicais antigos
Instrumentos musicais antigosInstrumentos musicais antigos
Instrumentos musicais antigosMargarida Mota
 
Resultados Boa Lógica - março
Resultados Boa Lógica - marçoResultados Boa Lógica - março
Resultados Boa Lógica - marçoMargarida Mota
 
Resultados Bom Português - março
Resultados Bom Português - marçoResultados Bom Português - março
Resultados Bom Português - marçoMargarida Mota
 
Resultados sessões Boa Lógica
Resultados sessões Boa LógicaResultados sessões Boa Lógica
Resultados sessões Boa LógicaMargarida Mota
 
Resultados sessões Bom Português
Resultados sessões Bom PortuguêsResultados sessões Bom Português
Resultados sessões Bom PortuguêsMargarida Mota
 
Resultados do concurso dia 18 de janeiro
Resultados do concurso dia 18 de janeiroResultados do concurso dia 18 de janeiro
Resultados do concurso dia 18 de janeiroMargarida Mota
 
Resultados do concurso Boa Lógica 23 de novembro
Resultados do concurso Boa Lógica 23 de novembroResultados do concurso Boa Lógica 23 de novembro
Resultados do concurso Boa Lógica 23 de novembroMargarida Mota
 
Resultados do concurso Boa Lógica 23 de Novembro
Resultados do concurso Boa Lógica 23 de NovembroResultados do concurso Boa Lógica 23 de Novembro
Resultados do concurso Boa Lógica 23 de NovembroMargarida Mota
 
Dia Internacional da Pessoa com Deficiência
Dia Internacional da Pessoa com DeficiênciaDia Internacional da Pessoa com Deficiência
Dia Internacional da Pessoa com DeficiênciaMargarida Mota
 
Resultados boa lógica 26 de outubro
Resultados boa lógica 26 de outubroResultados boa lógica 26 de outubro
Resultados boa lógica 26 de outubroMargarida Mota
 
Resultados sessão Boa Lógica 26 de outubro
Resultados sessão Boa Lógica 26 de outubroResultados sessão Boa Lógica 26 de outubro
Resultados sessão Boa Lógica 26 de outubroMargarida Mota
 
Concurso Bom Português 19 de outubro
Concurso Bom Português  19 de outubroConcurso Bom Português  19 de outubro
Concurso Bom Português 19 de outubroMargarida Mota
 
Resposta correcta Bom Português 19 de outubro
Resposta correcta Bom Português 19 de outubroResposta correcta Bom Português 19 de outubro
Resposta correcta Bom Português 19 de outubroMargarida Mota
 

Mais de Margarida Mota (20)

Como fazer banda desenhada Diogo Carvalho
Como fazer banda desenhada  Diogo CarvalhoComo fazer banda desenhada  Diogo Carvalho
Como fazer banda desenhada Diogo Carvalho
 
Para mim, a matemática é...
Para mim, a matemática é...Para mim, a matemática é...
Para mim, a matemática é...
 
Para mim a Matemática é...
Para mim a Matemática é...Para mim a Matemática é...
Para mim a Matemática é...
 
Instrumentos musicais antigos
Instrumentos musicais antigosInstrumentos musicais antigos
Instrumentos musicais antigos
 
Maismat2011
Maismat2011Maismat2011
Maismat2011
 
Poema
PoemaPoema
Poema
 
Guião de pesquisa
Guião de pesquisaGuião de pesquisa
Guião de pesquisa
 
Resultados Boa Lógica - março
Resultados Boa Lógica - marçoResultados Boa Lógica - março
Resultados Boa Lógica - março
 
Resultados Bom Português - março
Resultados Bom Português - marçoResultados Bom Português - março
Resultados Bom Português - março
 
Resultados sessões Boa Lógica
Resultados sessões Boa LógicaResultados sessões Boa Lógica
Resultados sessões Boa Lógica
 
Resultados sessões Bom Português
Resultados sessões Bom PortuguêsResultados sessões Bom Português
Resultados sessões Bom Português
 
Resultados do concurso dia 18 de janeiro
Resultados do concurso dia 18 de janeiroResultados do concurso dia 18 de janeiro
Resultados do concurso dia 18 de janeiro
 
Resultados do concurso Boa Lógica 23 de novembro
Resultados do concurso Boa Lógica 23 de novembroResultados do concurso Boa Lógica 23 de novembro
Resultados do concurso Boa Lógica 23 de novembro
 
Resultados do concurso Boa Lógica 23 de Novembro
Resultados do concurso Boa Lógica 23 de NovembroResultados do concurso Boa Lógica 23 de Novembro
Resultados do concurso Boa Lógica 23 de Novembro
 
Dia Internacional da Pessoa com Deficiência
Dia Internacional da Pessoa com DeficiênciaDia Internacional da Pessoa com Deficiência
Dia Internacional da Pessoa com Deficiência
 
Resultados boa lógica 26 de outubro
Resultados boa lógica 26 de outubroResultados boa lógica 26 de outubro
Resultados boa lógica 26 de outubro
 
Resultados sessão Boa Lógica 26 de outubro
Resultados sessão Boa Lógica 26 de outubroResultados sessão Boa Lógica 26 de outubro
Resultados sessão Boa Lógica 26 de outubro
 
Concurso Bom Português 19 de outubro
Concurso Bom Português  19 de outubroConcurso Bom Português  19 de outubro
Concurso Bom Português 19 de outubro
 
Resposta correcta Bom Português 19 de outubro
Resposta correcta Bom Português 19 de outubroResposta correcta Bom Português 19 de outubro
Resposta correcta Bom Português 19 de outubro
 
Prémios Nobel 2010
Prémios Nobel 2010Prémios Nobel 2010
Prémios Nobel 2010
 

Último

UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Centro Jacques Delors
 
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Susana Stoffel
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresaulasgege
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxIsabellaGomes58
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptxthaisamaral9365923
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniCassio Meira Jr.
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfaulasgege
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduraAdryan Luiz
 
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptxLírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptxfabiolalopesmartins1
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 

Último (20)

UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
 
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditadura
 
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptxLírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 

Museu da Escola de Lavra: preservando a história rural

  • 1. O MUSEU DA ESCOLA DE LAVRA Apresentação
  • 2. Museu da Escola de Lavra O Museu da Escola de Lavra é um Museu etnográfico, ou seja, expõe objectos que eram usuais no séc. XIX / princípios do séc. XX e que, neste caso, caracterizam toda a vivência das populações de Lavra nessas épocas. Tratando-se de uma freguesia acentuadamente rural, caracteriza-se pelas actividades agrícola e pesqueira, podendo encontrar-se outros ofícios como o de moleiro, ferreiro ou o do fabrico do linho, actividade actualmente muito prestigiada.
  • 3. Museu da Escola de Lavra
  • 4. Museu da Escola de Lavra A apresentação do Museu far-se-á tendo em conta as instalações dos objectos, organizadas segundo os ciclos de produção e vivências. Começamos, assim pela Casa Rural, base de toda a estrutura social, para, de seguida, se apresentar todo o conjunto de núcleos patente no acervo do Museu.
  • 5. A Casa rural A casa rural é uma unidade de três elementos conjugados: a parte construída, o complexo produtivo e a família. As pessoas são identificadas pela casa a que pertencem, que também define o estatuto social, que se traduz em obrigações e direitos, bem como em benefícios colhidos no usufruto do que é comum, como as águas e os baldios.
  • 7. Casa rural: o quinteiro Por vezes isolada, esta casa está estruturada de forma a responder às necessidades da exploração. Pode apresentar-se em construções organizadas em volta de um espaço central, o pátio, constituídas pela habitação, cortes de gado, a pocilga, o galinheiro, coelheiras, as lojas onde se guardam as alfaias agrícolas e colheitas, o lagar, a adega e o alambique. O quinteiro é, assim, o espaço de lavoura, onde estão os carros de bois, o limpador de cereais, os semeadores, as alfaias agrícolas.
  • 8. Casa rural: Tararia - limpador de cereal
  • 10. Casa rural: roda de carro de bois
  • 11. A Casa rural: a cozinha Na casa rural, é no espaço da cozinha que decorre toda a vida familiar. Compartimento por vezes térreo ou no sobrado, forma um corpo destacado. É aqui que se encontra a lareira, se recebe quem chega, se preparam as refeições e se come, em família, ou com os que trabalham para a casa.  Sobre o lume, mantêm-se as caldeiras da vianda e do porco e, no forno, prepara-se semanalmente a cozedura do pão. Em volta da lareira, imanando calor e luz, faziam-se os serões, a fiar o linho ou a lã, ao mesmo tempo que se entoavam vozes e contavam histórias de encantar.
  • 13. Cozinha: sobre o lume, mantêm-se as caldeiras da vianda e do porco (…)
  • 14. Casa rural: cozinha Em volta da lareira, imanando calor e luz, faziam- se os serões, a fiar o linho ou a lã, ao mesmo tempo que se entoavam vozes e contavam histórias de encantar.
  • 15. Casa rural: cozinha (…) no forno, prepara-se semanalmente a cozedura do pão A farinha guarda-se na masseira e as pás tiram o pão do forno.
  • 16. O linho O cultivo do linho tem uma forte implantação no Entre Douro e Minho desde a época medieval e, a partir da época Moderna, começa a sofrer a concorrência do milho maís que lhe disputa terras e regadios. Mesmo assim, continuou até ao séc. XVIII a ser a fibra têxtil por excelência, fabricado em produção caseira. É então que se dá a vulgarização do algodão, fácil de trabalhar em produção industrial.
  • 17. O linho A velha fibra está condenada, passando a ser semeada em pequenas quantidades nas casas de lavoura, tendendo a desaparecer. O golpe final será dado a partir do séc. XIX, em que as máquinas industriais promovem a progressiva derrota do linho no quotidiano urbano, persistindo no mundo rural como meio de troca e auto-consumo. Actualmente, com o desenvolvimento da valorização da identidade regional, regressou-se, em certas zonas, ao trabalho do linho feito à “moda antiga”.
  • 18. O Ciclo do linho O linho deve ser semeado em Março, no início da Primavera. No Verão, procede-se à arrinca – arrancar o linho, para se aproveitar bem a fibra têxtil, já que é no caule que se encontra a fibra. Em seguida, deve-se ripar o linho, que consiste em tirar a semente com o ripo (pente em ferro).
  • 19. O ciclo do linho – o ripo
  • 20. O ciclo do linho: empoçar e secar A próxima acção é empoçar ou demolhar – o linho fica duas semanas em água corrente não muito forte. Depois, vai a secar, num campo previamente cortado e limpo. Dispõem-se os novelos sobre esse campo. Depois de seco, o linho vai a espadelar. Esta acção é feita num espadeladouro, com uma espadela (placa em madeira) e um cortiço (cilindro em cortiça). O objectivo é a separação das fibras. Retiram-se os tomentos (fibra áspera, grossa e curta, com que se faz certo tipo de pano, como forros de colchões, rodilhas de cozinha, sacos de farinha).
  • 21. O ciclo do linho: espadela e cortiço
  • 22. O ciclo do linho – o maço A fibra que fica, depois de se separar os tomentos, vai a maçar – num engenho de maçar o linho no rio (sendo o engenheiro que maça o linho), ou feito com um mangual ou maço. Serve para espremer o linho. Maço
  • 23. Ciclo do linho: o sedeiro É altura de passar à sedagem, que consiste em passar a fibra que ficou, num sedeiro, separando o linho da estopa (que fica presa aos dentes do sedeiro, deixando passar o linho, mais fino).
  • 24. Ciclo do linho: a roca e o fuso O linho está agora pronto para ser fiado. Para a fiação, utiliza-se a roca e o fuso ou roda de fiar, que transforma a fibra em fio.
  • 25. Ciclo do linho: a fiandeira É a fiandeira que fica na soleira da porta, ao sol, com a roca e fuso, a fiar.
  • 26. Ciclo do linho: a roda de fiar Este é um instrumento mais evoluído que a roca e o fuso.
  • 27. Ciclo do linho: o sarilho Está na hora de fazer as meadas: passar o fio do fuso para meadas, através do sarilho.
  • 28. Ciclo do linho: lavagem, dobagem e urdidura Para o linho ficar branco, faz-se uma barrela de lavagem da meada. Em seguida, o linho vai para a dobadoira ou dobadoura, para se fazerem novelos. O linho está quase pronto para ser tecido; como acção prévia, faz-se uma urdidura, ou seja, faz-se a teia, que é depois levada ao tear.
  • 29. Ciclo do linho: a tecelagem O tear pode ser horizontal ou tear de grade; para tecer, deve-se encher a canela (tubo de linhas) e, com a lançadeira, fazer a trama na urdidura.
  • 30. Ciclo do linho: fiandeiras e bordadeiras e tecedeiras do linho
  • 31. Ciclo do linho: produto do trabalho do linho - as camisas, as toalhas e os panos
  • 32. Ciclo do linho: mostra de roca de fiar e mecha de linho para ser fiado
  • 33. Ciclo do linho: conjunto do linho
  • 34. Os ofícios: o ferreiro Um dos ofícios que ocupava algumas pessoas em Lavra, era o ofício de ferreiro. Actualmente já são raros os ferreiros que ainda trabalham com a forja tradicional e são pessoas de muita idade. Este ofício, como grande parte dos ofícios nos tempos passados, passava de pais para filhos, era uma actividade que se perpetuava na família com óbvias vantagens: existiam a oficina e os instrumentos, não sendo necessário nenhum investimento. Apenas a arte de saber fazer… Agora, já ninguém quer seguir essa arte, pois a industrialização roubou o lugar ao pequeno artesanato.
  • 35. Os ofícios: o ferreiro na bigorna
  • 36. Os ofícios: o ferreiro na forja
  • 37. Os ofícios: o moleiro O moinho do cereal, outra estrutura outrora indispensável e muito difundida em Lavra, era geralmente de utilização colectiva e encontrava-se perto de um curso de água, como, por exemplo, no rio Onda.
  • 38. Os ofícios: o moinho
  • 39. Os ofícios: o moinho
  • 40. Os ofícios: o moinho
  • 41. Os ofícios: a pesca A pesca é outra das actividades tradicionais fortemente implantada em Lavra. Servindo como complemento à actividade agrícola, dela participavam, quer directa, quer indirectamente as pessoas do agregado familiar: os pescadores na faina propriamente dita, as sargaceiras, os carreteiros, nas pessoas das mulheres e outros familiares. Actividade de fortíssima devoção religiosa, revela múltiplas facetas de que o Museu dá uma pálida imagem.
  • 42. Os ofícios: a pesca A carrela para transportar o sargaço, junto a uma bóia de salvação, indispensável a qualquer embarcação.
  • 43. Os ofícios: a pesca – a cabaça, o baú, o côvo, as bóias, o búzio, os camaroeiros, …
  • 44. Os ofícios: a pesca – fazendo nós e construindo a rede…
  • 45. Os ofícios: a pesca – a rede concluída
  • 46. O novo Museu Em Maio de 2008, no Dia Internacional dos Museus, o Museu sofreu uma profunda alteração que requalificou os espaços expositivos e criou uma Reserva para a conservação das peças não expostas. Deste trabalho resultou um novo Museu, dividido em várias secções: o Quinteiro, que relata a vida agrícola em Lavra; a Cozinha Rural, que recria o ambiente das cozinhas antigas; a Escola tradicional e as Curiosidades, com objectos de prestígio das casas mais abastadas; o Ciclo do Linho; a Pesca; a Taberna, local de venda e acolhimento dos trabalhadores em fim de jornada; o Vestuário, com roupas domingueiras, bragal do bebé e roupas de trabalho.
  • 48.
  • 49. A Escola e as Curiosidades
  • 51. O Ciclo do Linho
  • 52.
  • 54.