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OCUPAÇÃO ANTRÓPICA
    ZONAS COSTEIRAS


      MARGARIDA BARBOSA TEIXEIRA
Ocupação Antrópica
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 O crescimento da população gerou a ocupação de grandes áreas da
  superfície terrestre pelo Homem – Ocupação Antrópica – que
  acarretou alterações nas paisagens naturais.

 A ocupação desordenada do território, considerando os espaços
  urbanos e rurais, acarretou vários impactos negativos ao meio
  ambiente.

 Para evitar que a ocupação antrópica acentue cada vez mais os
  impactos negativos, é necessário definir regras de Ordenamento
  do Território.
Ocupação Antrópica
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 O Ordenamento do Território é o conjunto de processos
  integrados de organização do espaço biofísico, tendo como objetivo
  a sua ocupação, utilização e transformação de acordo com as
  capacidades do referido espaço.

 A ocupação antrópica gera situações de risco especialmente no que
  se refere a:
   bacias hidrográficas,

   zonas costeiras,

   zonas de vertente.
Zonas Costeiras
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       A zona costeira é uma faixa complexa, dinâmica, mutável e que está
        sujeita a variados processos geológicos.



       Os fatores modeladores das zonas costeiras são, fundamentalmente:
           ação mecânica das ondas,
                                                   •   erosão (abrasão marinha)
           subida e a descida das marés,
                                                   •   deposição
           correntes marinhas.


                                                                         • arribas
                                               Modelados costeiros
                                                                         • praias
                                                    mais comuns
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                                 Praias
                                    Formadas pela deposição de sedimentos não
                                     consolidados resultantes de materiais
                                     arrancados pelo mar ou de materiais
                                     transportados pelos rios.




       Podem observar-se dunas litorais que
        impedem o avanço do mar para o interior
        e constituem ecossistemas únicos de
        grande biodiversidade.
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    Arribas
       Resultantes da erosão – abrasão marinha.
       Costas altas e escarpadas constituídas
        por material rochoso consolidado, com
        pouca ou nenhuma vegetação.




                                                    Arriba fóssil
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    Arribas




                  Arriba fóssil
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 Formas de erosão




       Geradas pela abrasão marinha provocada pelo impacto dos movimentos
        das águas do mar (ondulação, correntes e marés) sobre a costa.
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 Formas de erosão




    A ação combinada do impacto constante da ondulação (abrasão) e da
    dissolução das rochas que, ao escavar a base da escarpa, a torna instável,
    acabando por desabar sob a ação da gravidade


                           Recuo da arriba ou escarpa
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  Formas de erosão
     Plataforma de abrasão



                                Superfície aplanada e irregular
                                 situada na base da arriba, entre
                                 marés.
                                Resulta do desmoronamento da
                                 arriba
                                É constituída por detritos rochosos
                                 caídos da arriba.
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  Formas de erosão
     Plataforma de abrasão




                     Praia de Ribeira d’Ilhas - Ericeira
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  Formas de erosão
     Plataforma de abrasão



                                Os materiais acumulados na superfície de
                                 abrasão irão ficar sujeitos à ação erosiva
                                 das ondas que, após a sua remoção,
                                 reiniciarão de novo a sua ação erosiva na
                                 base da escarpa, repetindo-se o
                                 processo.
                                A abrasão marinha torna-se mais intensa
                                 quando a água transporta partículas
                                 sólidas.
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  Formas de erosão




                Derrocada de arriba em
                S. Bernardino- Peniche
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  Formas de erosão




                 Arriba do Cabo Espichel
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  Formas de erosão




          Arcos - Algarve   Cavernas - Algarve
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  Formas de erosão




                  Cavernas - Berlenga
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  Formas de deposição
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  Formas de deposição
        Praia




            Acumulação de sedimentos de variadas dimensões na faixa litoral.
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  Formas de deposição
        Restinga ou Cabedelo




            Acumulação de areia ligada à faixa litoral por uma das suas
             extremidades com a outra livre.
Zonas Costeiras
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  Formas de deposição
        Restinga ou Cabedelo
Zonas Costeiras
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  Formas de deposição
        Restinga ou Cabedelo
Zonas Costeiras
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  Formas de deposição
        Restinga ou Cabedelo
Zonas Costeiras
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  Formas de deposição
        Tômbolo




            Acumulação de areia que liga uma praia a uma ilha.
Zonas Costeiras
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  Formas de deposição
        Tômbolo

                            Por ação das correntes marítimas
                             acumulam-se, entre uma pequena
                             ilha e a orla continental grandes
                             quantidades de sedimentos
                             arenosos que, acabando por
                             emergir, formam um istmo que faz
                             a ligação ao território continental.
                            É a este istmo arenoso, ligando
                             uma ilha ao continente, que se dá o
                             nome de tômbolo.
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  Formas de deposição
        Tômbolo




                   Tômbolos de Peniche e do Baleal
Zonas Costeiras
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  Formas de deposição
        Tômbolo




           Presumível evolução da linha da costa de Peniche desde o século
           XII até aos nossos dias
Zonas Costeiras
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  Formas de deposição
        Ilha-barreira




            Acumulação de areia paralela à costa e dela separada por uma
             laguna.
Zonas Costeiras
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  Formas de deposição
        Ilha-barreira
Zonas Costeiras
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  Formas de deposição
        Ilha-barreira
Zonas Costeiras
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  Formas de deposição
        Ilha-barreira




            Formação de barras submersas que evoluíram para ilhas-barreira de
             um sistema lagunar, como o da Ria Formosa.
Zonas Costeiras
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Zonas Costeiras
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  Evolução do litoral

        As áreas litorais são as mais densamente habitadas, albergando cerca de
         80% da população mundial em apenas 500 000 km de comprimento.
        Portugal possui cerca de 1450 km de costa e mais de metade da população
         portuguesa vive em concelhos do litoral.
        Neste espaço de inter-relação entre as áreas terrestre e marinha, a
         influência humana tem hoje um importante papel.
        As zonas litorais são um recurso insubstituível e não renovável do qual o
         Homem obtém alimentos, recursos minerais, lazer e turismo.
        São sistemas dinâmicos, condicionados por fatores naturais e antrópicos.
Zonas Costeiras
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  Evolução do litoral
     Causas naturais
         Alternância entre regressões (descida do nível médio da água do mar)
          e transgressões marinhas (subida do nível médio da água do mar);
         Alternância entre períodos de glaciação (formação de calotes
          glaciares) e interglaciação (fusão das calotes e consequente
          transgressão marinha);
         Movimentos tectónicos originam a deformação das margens dos
          continentes, provocando a elevação ou afundamento das zonas litorais.
Zonas Costeiras
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  Evolução do litoral
     Causas antrópicas
         Agravamento do efeito de estufa provocado pelo excesso de
          produção de CO2 e consequente transgressão marinha;
         Diminuição da quantidade de sedimentos que chegam ao litoral devido
          quer à sua extração quer à construção de barragens;
         Ocupação da faixa litoral e consequente:
             construção de estruturas de lazer,
             construção desordenada,
             arranque da cobertura vegetal,
             pisoteio das dunas…
Zonas Costeiras
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  Evolução do litoral
            Causas antrópicas                        Consequências
      Extração de sedimentos para a    • Falta de sedimentos no litoral.
       construção civil e retenção de
       sedimentos devido a barragens.

      Pisoteio das dunas, quer pelos   • Destruição das dunas e das plantas
       banhistas, quer pelas viaturas     fixadoras das areias.
       todo-o-terreno.

      Construção de estruturas fixas   • Obstáculo à movimentação constante
       sobre dunas e praias (pressão      das areias interrompendo-se um ciclo
       urbanística).                      natural de deposição e transporte de
                                          areias pelo vento e pelo mar.
Zonas Costeiras
36


  Evolução do litoral
        Alteração da linha de costa




                                          A linha tracejada representa a
                                           posição da linha de costa frente a
                                           Esposende em 1967.
                                          A linha vermelha representa a
                                           posição do nível da maré alta em
                                           Fevereiro de 2001.
                                          A mancha amarela representa a
                                           posição do nível de maré alta em
                                           Agosto de 2001.
Zonas Costeiras
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  Evolução do litoral
        Ação do avanço do mar
Zonas Costeiras
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  Evolução do litoral
        Ação do avanço do mar
Zonas Costeiras
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  Evolução do litoral
        Ação do avanço do mar
Zonas Costeiras
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  Medidas de prevenção

      Obras de engenharia (de proteção)

          esporões,
          paredões,
          quebra-mares,
          enrocamentos.
Zonas Costeiras
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  Medidas de prevenção
       Obras de engenharia (de proteção)




      A deriva litoral é a quantidade de sedimento que passa numa secção do litoral durante
       determinado período (normalmente utiliza-se um ano).
      A deriva litoral é induzida pela incidência da onda obliquamente à costa, em consequência
       da qual se geram correntes (ditas de deriva litoral) com resultante longitudinal.
Zonas Costeiras
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  Medidas de prevenção
      Obras de engenharia (de proteção) - esporões
Zonas Costeiras
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  Medidas de prevenção
      Obras de engenharia (de proteção) - esporões
Zonas Costeiras
44


  Medidas de prevenção
      Obras de engenharia (de proteção) - esporões




           Estruturas perpendiculares à linha de costa (a partir da praia) que se
            destinam a evitar o arrastamento de sedimentos e areias.
Zonas Costeiras
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  Medidas de prevenção
      Obras de engenharia (de proteção) - esporões
Zonas Costeiras
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  Medidas de prevenção
      Obras de engenharia (de proteção) - esporões
Zonas Costeiras
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  Medidas de prevenção
      Obras de engenharia (de proteção) - esporões
Zonas Costeiras
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  Medidas de prevenção
      Obras de engenharia (de proteção) - esporões
Zonas Costeiras
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  Medidas de prevenção
      Obras de engenharia (de proteção) - esporões
Zonas Costeiras
50


  Medidas de prevenção
      Obras de engenharia (de proteção) - esporões

        Constituem uma oposição ao transporte litoral de areias.
        Permitem a acumulação de areias do lado montante (relativamente ao
         sentido da deriva litoral).
        Originam uma erosão intensa e deficiente retenção de areias a jusante
         do esporão.
        Como consequência, verifica-se tendência para estas estruturas se
         multiplicarem , formando campos de esporões.
Zonas Costeiras
51


  Medidas de prevenção
      Obras de engenharia (de proteção) - Paredões




           Estruturas paralelas à linha de costa (sobre a praia) que se destinam a
            evitar o efeito abrasivo sobre a linha de costa.
Zonas Costeiras
52


  Medidas de prevenção
      Obras de engenharia (de proteção) - Paredões
Zonas Costeiras
53


  Medidas de prevenção
      Obras de engenharia (de proteção) - Paredões
Zonas Costeiras
54


  Medidas de prevenção
      Obras de engenharia (de proteção) - Paredões
Zonas Costeiras
55


  Medidas de prevenção
      Obras de engenharia (de proteção) – Quebra-mar




          Estruturas longitudinais, geralmente destacadas, paralelas à linha de
           costa.
Zonas Costeiras
56


  Medidas de prevenção
      Obras de engenharia (de proteção) – Quebra-mar
Zonas Costeiras
57


  Medidas de prevenção
      Obras de engenharia (de proteção) – Enrocamentos




           Estruturas formadas por grande quantidade de enormes blocos
            rochosos dispostos paralelamente à costa.
Zonas Costeiras
58


  Medidas de prevenção
      Obras de engenharia (de proteção)

         Têm elevados custos de construção e manutenção.
         Garantem apenas proteção local e reduzida no tempo.
         Muitas dessas obras não têm como objetivo principal proteger a costa,
          mas sim proteger a propriedade privada ou pública.
         Constituem obstáculos ao transporte litoral de areias, resultando num
          determinado local, mas agravando noutro (intensa erosão).
         São soluções localmente eficazes, mas que causam distúrbios na dinâmica
          litoral a nível regional.
Zonas Costeiras
59


  Medidas de prevenção
      Obras de engenharia (de proteção)

        Para além de serem uma solução muito dispendiosa, elas próprias podem ser
         uma causa para o aumento da erosão litoral.

        Só devem ser construídas estruturas de defesa costeira nos segmentos com
         valores sociais e económicos para o país (ou região) que as justifiquem;

        Nos outros segmentos costeiros deixar que a mudança natural ocorra sem
         qualquer intervenção (segundo o Geólogo, Gaspar de Carvalho, Professor Catedrático jubilado).
Zonas Costeiras
60


  Medidas de prevenção
      Recuperação de dunas




          Estruturas de estabilização dunar formadas por paliçadas de madeira
           para reter as areias e consolidar as dunas.
Zonas Costeiras
61


  Medidas de prevenção
      Recuperação de dunas




          Estruturas formadas por paliçadas de madeira para circulação,
           reduzindo a degradação das dunas.
Zonas Costeiras
62


  Medidas de prevenção
      Alimentação artificial das praias




               Praia de Albufeira - Antes e depois da alimentação da praia

         Mais económica do que as grandes obras de engenharia;
         Decisão controversa em litorais muito energéticos, como a costa
          ocidental portuguesa, pois requerem alimentação sistemática de
          sedimentos.
Zonas Costeiras
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  Medidas de prevenção
      Planos de ordenamento do território
       (Programa Finisterra – Programa de Intervenção na Orla Costeira Continental)

        Incluem medidas como:
           Recuperação de dunas;
           Alimentação artificial das praias;
           Estabilização das arribas;
           Manutenção e construção de esporões e muros de proteção;
           Remoção de estruturas localizadas em áreas de risco (p.ex. habitações).

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Ocupação Humana e Evolução das Zonas Costeiras

  • 1. OCUPAÇÃO ANTRÓPICA ZONAS COSTEIRAS MARGARIDA BARBOSA TEIXEIRA
  • 2. Ocupação Antrópica 2  O crescimento da população gerou a ocupação de grandes áreas da superfície terrestre pelo Homem – Ocupação Antrópica – que acarretou alterações nas paisagens naturais.  A ocupação desordenada do território, considerando os espaços urbanos e rurais, acarretou vários impactos negativos ao meio ambiente.  Para evitar que a ocupação antrópica acentue cada vez mais os impactos negativos, é necessário definir regras de Ordenamento do Território.
  • 3. Ocupação Antrópica 3  O Ordenamento do Território é o conjunto de processos integrados de organização do espaço biofísico, tendo como objetivo a sua ocupação, utilização e transformação de acordo com as capacidades do referido espaço.  A ocupação antrópica gera situações de risco especialmente no que se refere a:  bacias hidrográficas,  zonas costeiras,  zonas de vertente.
  • 4. Zonas Costeiras 4  A zona costeira é uma faixa complexa, dinâmica, mutável e que está sujeita a variados processos geológicos.  Os fatores modeladores das zonas costeiras são, fundamentalmente:  ação mecânica das ondas, • erosão (abrasão marinha)  subida e a descida das marés, • deposição  correntes marinhas. • arribas Modelados costeiros • praias mais comuns
  • 5. Zonas Costeiras 5 Praias  Formadas pela deposição de sedimentos não consolidados resultantes de materiais arrancados pelo mar ou de materiais transportados pelos rios.  Podem observar-se dunas litorais que impedem o avanço do mar para o interior e constituem ecossistemas únicos de grande biodiversidade.
  • 6. Zonas Costeiras 6 Arribas  Resultantes da erosão – abrasão marinha.  Costas altas e escarpadas constituídas por material rochoso consolidado, com pouca ou nenhuma vegetação.  Arriba fóssil
  • 7. Zonas Costeiras 7 Arribas Arriba fóssil
  • 8. Zonas Costeiras 8  Formas de erosão  Geradas pela abrasão marinha provocada pelo impacto dos movimentos das águas do mar (ondulação, correntes e marés) sobre a costa.
  • 9. Zonas Costeiras 9  Formas de erosão A ação combinada do impacto constante da ondulação (abrasão) e da dissolução das rochas que, ao escavar a base da escarpa, a torna instável, acabando por desabar sob a ação da gravidade Recuo da arriba ou escarpa
  • 10. Zonas Costeiras 10  Formas de erosão Plataforma de abrasão  Superfície aplanada e irregular situada na base da arriba, entre marés.  Resulta do desmoronamento da arriba  É constituída por detritos rochosos caídos da arriba.
  • 11. Zonas Costeiras 11  Formas de erosão Plataforma de abrasão Praia de Ribeira d’Ilhas - Ericeira
  • 12. Zonas Costeiras 12  Formas de erosão Plataforma de abrasão  Os materiais acumulados na superfície de abrasão irão ficar sujeitos à ação erosiva das ondas que, após a sua remoção, reiniciarão de novo a sua ação erosiva na base da escarpa, repetindo-se o processo.  A abrasão marinha torna-se mais intensa quando a água transporta partículas sólidas.
  • 13. Zonas Costeiras 13  Formas de erosão Derrocada de arriba em S. Bernardino- Peniche
  • 14. Zonas Costeiras 14  Formas de erosão Arriba do Cabo Espichel
  • 15. Zonas Costeiras 15  Formas de erosão Arcos - Algarve Cavernas - Algarve
  • 16. Zonas Costeiras 16  Formas de erosão Cavernas - Berlenga
  • 17. Zonas Costeiras 17  Formas de deposição
  • 18. Zonas Costeiras 18  Formas de deposição  Praia  Acumulação de sedimentos de variadas dimensões na faixa litoral.
  • 19. Zonas Costeiras 19  Formas de deposição  Restinga ou Cabedelo  Acumulação de areia ligada à faixa litoral por uma das suas extremidades com a outra livre.
  • 20. Zonas Costeiras 20  Formas de deposição  Restinga ou Cabedelo
  • 21. Zonas Costeiras 21  Formas de deposição  Restinga ou Cabedelo
  • 22. Zonas Costeiras 22  Formas de deposição  Restinga ou Cabedelo
  • 23. Zonas Costeiras 23  Formas de deposição  Tômbolo  Acumulação de areia que liga uma praia a uma ilha.
  • 24. Zonas Costeiras 24  Formas de deposição  Tômbolo  Por ação das correntes marítimas acumulam-se, entre uma pequena ilha e a orla continental grandes quantidades de sedimentos arenosos que, acabando por emergir, formam um istmo que faz a ligação ao território continental.  É a este istmo arenoso, ligando uma ilha ao continente, que se dá o nome de tômbolo.
  • 25. Zonas Costeiras 25  Formas de deposição  Tômbolo Tômbolos de Peniche e do Baleal
  • 26. Zonas Costeiras 26  Formas de deposição  Tômbolo Presumível evolução da linha da costa de Peniche desde o século XII até aos nossos dias
  • 27. Zonas Costeiras 27  Formas de deposição  Ilha-barreira  Acumulação de areia paralela à costa e dela separada por uma laguna.
  • 28. Zonas Costeiras 28  Formas de deposição  Ilha-barreira
  • 29. Zonas Costeiras 29  Formas de deposição  Ilha-barreira
  • 30. Zonas Costeiras 30  Formas de deposição  Ilha-barreira  Formação de barras submersas que evoluíram para ilhas-barreira de um sistema lagunar, como o da Ria Formosa.
  • 32. Zonas Costeiras 32  Evolução do litoral  As áreas litorais são as mais densamente habitadas, albergando cerca de 80% da população mundial em apenas 500 000 km de comprimento.  Portugal possui cerca de 1450 km de costa e mais de metade da população portuguesa vive em concelhos do litoral.  Neste espaço de inter-relação entre as áreas terrestre e marinha, a influência humana tem hoje um importante papel.  As zonas litorais são um recurso insubstituível e não renovável do qual o Homem obtém alimentos, recursos minerais, lazer e turismo.  São sistemas dinâmicos, condicionados por fatores naturais e antrópicos.
  • 33. Zonas Costeiras 33  Evolução do litoral Causas naturais  Alternância entre regressões (descida do nível médio da água do mar) e transgressões marinhas (subida do nível médio da água do mar);  Alternância entre períodos de glaciação (formação de calotes glaciares) e interglaciação (fusão das calotes e consequente transgressão marinha);  Movimentos tectónicos originam a deformação das margens dos continentes, provocando a elevação ou afundamento das zonas litorais.
  • 34. Zonas Costeiras 34  Evolução do litoral Causas antrópicas  Agravamento do efeito de estufa provocado pelo excesso de produção de CO2 e consequente transgressão marinha;  Diminuição da quantidade de sedimentos que chegam ao litoral devido quer à sua extração quer à construção de barragens;  Ocupação da faixa litoral e consequente:  construção de estruturas de lazer,  construção desordenada,  arranque da cobertura vegetal,  pisoteio das dunas…
  • 35. Zonas Costeiras 35  Evolução do litoral Causas antrópicas Consequências  Extração de sedimentos para a • Falta de sedimentos no litoral. construção civil e retenção de sedimentos devido a barragens.  Pisoteio das dunas, quer pelos • Destruição das dunas e das plantas banhistas, quer pelas viaturas fixadoras das areias. todo-o-terreno.  Construção de estruturas fixas • Obstáculo à movimentação constante sobre dunas e praias (pressão das areias interrompendo-se um ciclo urbanística). natural de deposição e transporte de areias pelo vento e pelo mar.
  • 36. Zonas Costeiras 36  Evolução do litoral  Alteração da linha de costa  A linha tracejada representa a posição da linha de costa frente a Esposende em 1967.  A linha vermelha representa a posição do nível da maré alta em Fevereiro de 2001.  A mancha amarela representa a posição do nível de maré alta em Agosto de 2001.
  • 37. Zonas Costeiras 37  Evolução do litoral  Ação do avanço do mar
  • 38. Zonas Costeiras 38  Evolução do litoral  Ação do avanço do mar
  • 39. Zonas Costeiras 39  Evolução do litoral  Ação do avanço do mar
  • 40. Zonas Costeiras 40  Medidas de prevenção  Obras de engenharia (de proteção)  esporões,  paredões,  quebra-mares,  enrocamentos.
  • 41. Zonas Costeiras 41  Medidas de prevenção  Obras de engenharia (de proteção)  A deriva litoral é a quantidade de sedimento que passa numa secção do litoral durante determinado período (normalmente utiliza-se um ano).  A deriva litoral é induzida pela incidência da onda obliquamente à costa, em consequência da qual se geram correntes (ditas de deriva litoral) com resultante longitudinal.
  • 42. Zonas Costeiras 42  Medidas de prevenção  Obras de engenharia (de proteção) - esporões
  • 43. Zonas Costeiras 43  Medidas de prevenção  Obras de engenharia (de proteção) - esporões
  • 44. Zonas Costeiras 44  Medidas de prevenção  Obras de engenharia (de proteção) - esporões  Estruturas perpendiculares à linha de costa (a partir da praia) que se destinam a evitar o arrastamento de sedimentos e areias.
  • 45. Zonas Costeiras 45  Medidas de prevenção  Obras de engenharia (de proteção) - esporões
  • 46. Zonas Costeiras 46  Medidas de prevenção  Obras de engenharia (de proteção) - esporões
  • 47. Zonas Costeiras 47  Medidas de prevenção  Obras de engenharia (de proteção) - esporões
  • 48. Zonas Costeiras 48  Medidas de prevenção  Obras de engenharia (de proteção) - esporões
  • 49. Zonas Costeiras 49  Medidas de prevenção  Obras de engenharia (de proteção) - esporões
  • 50. Zonas Costeiras 50  Medidas de prevenção  Obras de engenharia (de proteção) - esporões  Constituem uma oposição ao transporte litoral de areias.  Permitem a acumulação de areias do lado montante (relativamente ao sentido da deriva litoral).  Originam uma erosão intensa e deficiente retenção de areias a jusante do esporão.  Como consequência, verifica-se tendência para estas estruturas se multiplicarem , formando campos de esporões.
  • 51. Zonas Costeiras 51  Medidas de prevenção  Obras de engenharia (de proteção) - Paredões  Estruturas paralelas à linha de costa (sobre a praia) que se destinam a evitar o efeito abrasivo sobre a linha de costa.
  • 52. Zonas Costeiras 52  Medidas de prevenção  Obras de engenharia (de proteção) - Paredões
  • 53. Zonas Costeiras 53  Medidas de prevenção  Obras de engenharia (de proteção) - Paredões
  • 54. Zonas Costeiras 54  Medidas de prevenção  Obras de engenharia (de proteção) - Paredões
  • 55. Zonas Costeiras 55  Medidas de prevenção  Obras de engenharia (de proteção) – Quebra-mar  Estruturas longitudinais, geralmente destacadas, paralelas à linha de costa.
  • 56. Zonas Costeiras 56  Medidas de prevenção  Obras de engenharia (de proteção) – Quebra-mar
  • 57. Zonas Costeiras 57  Medidas de prevenção  Obras de engenharia (de proteção) – Enrocamentos  Estruturas formadas por grande quantidade de enormes blocos rochosos dispostos paralelamente à costa.
  • 58. Zonas Costeiras 58  Medidas de prevenção  Obras de engenharia (de proteção)  Têm elevados custos de construção e manutenção.  Garantem apenas proteção local e reduzida no tempo.  Muitas dessas obras não têm como objetivo principal proteger a costa, mas sim proteger a propriedade privada ou pública.  Constituem obstáculos ao transporte litoral de areias, resultando num determinado local, mas agravando noutro (intensa erosão).  São soluções localmente eficazes, mas que causam distúrbios na dinâmica litoral a nível regional.
  • 59. Zonas Costeiras 59  Medidas de prevenção  Obras de engenharia (de proteção)  Para além de serem uma solução muito dispendiosa, elas próprias podem ser uma causa para o aumento da erosão litoral.  Só devem ser construídas estruturas de defesa costeira nos segmentos com valores sociais e económicos para o país (ou região) que as justifiquem;  Nos outros segmentos costeiros deixar que a mudança natural ocorra sem qualquer intervenção (segundo o Geólogo, Gaspar de Carvalho, Professor Catedrático jubilado).
  • 60. Zonas Costeiras 60  Medidas de prevenção  Recuperação de dunas  Estruturas de estabilização dunar formadas por paliçadas de madeira para reter as areias e consolidar as dunas.
  • 61. Zonas Costeiras 61  Medidas de prevenção  Recuperação de dunas  Estruturas formadas por paliçadas de madeira para circulação, reduzindo a degradação das dunas.
  • 62. Zonas Costeiras 62  Medidas de prevenção  Alimentação artificial das praias Praia de Albufeira - Antes e depois da alimentação da praia  Mais económica do que as grandes obras de engenharia;  Decisão controversa em litorais muito energéticos, como a costa ocidental portuguesa, pois requerem alimentação sistemática de sedimentos.
  • 63. Zonas Costeiras 63  Medidas de prevenção  Planos de ordenamento do território (Programa Finisterra – Programa de Intervenção na Orla Costeira Continental) Incluem medidas como:  Recuperação de dunas;  Alimentação artificial das praias;  Estabilização das arribas;  Manutenção e construção de esporões e muros de proteção;  Remoção de estruturas localizadas em áreas de risco (p.ex. habitações).