O documento discute as zonas costeiras e de vertente, incluindo os acidentes geográficos, processos de erosão e deposição, e riscos associados à ocupação humana. Também aborda medidas para ordenamento do território e prevenção de riscos, como cartas de risco geológico e planos diretores municipais.
Zonas costeiras e de vertente: riscos e intervenção humana
1. Trabalho Elaborado por:
Ana Margarida nº1
Ana Micaela nº2
Cleide Morgana nº9
Cristiana Rafaela nº10
Ocupação Antrópica
Disciplina: Biologia e Geologia
Professora: Rosa Maria Lopes
Ano Letivo: 2012/2013
3. Zonas costeiras
As zonas costeiras correspondem às zonas de transição entre o
domínio continental e o domínio marinho. São faixas complexas,
dinâmicas, mutáveis e sujeitas a vários processos geológicos.
A ação mecânica das ondas, das correntes e das marés são
importantes fatores modeladores das zonas costeiras, cujos
resultados são formas de erosão ou formas de deposição.
4. Geomorfologia do litoral
A geomorfologia divide-se em duas partes: os
acidentes litorais que resultam de erosão e os
acidentes litorais que resultam de
acumulação.
5. Acidentes litorais que resultam da erosão:
Plataforma de abrasão – é uma faixa, entre o mar e a arriba,
que fica a descoberto na maré baixa.
Arriba morta ou arriba fóssil – é uma arriba marinha que já não
sofre a erosão activa das ondas do mar. Resulta quer do
abaixamento do nível do mar quer do levantamento dos
continentes.
As arribas mortas são desgastadas pela erosão subaérea que
muitas vezes dá origem a vertentes relativamente suaves e
muitas vezes cobertas de vegetação.
6. Baía- é uma porção de mar ou oceano rodeada por terra, em
oposição a um cabo.
Golfo- é uma porção de água que avança em terra firme
e desenha no litoral uma curva muito ampla, é uma baía de grandes
dimensões.
7. Península é uma extensão de terra rodeada de mar por todos os
lados menos por um, relativamente estreito, pelo qual está unida
a outra terra de maior extensão. A zona de união entre a
península e a terra designa-se por Ístmo.
Arribas ou falésias (C)- Formações rochosas, em escarpa sobre
o mar, constantemente sujeitas à força erosiva das ondas do
mar. Há arribas vivas quando o mar actua sobre elas e arribas
mortas ou fósseis quando o mar deixa de as desgastar.
Farilhão (D) – Quando a ponte de um arco cai, deixa no
mar uma rocha isolada.
8. Cabo (E) – Formações rochosas mais resistentes que se
projetam no mar, salientando-se em relação à costa.
Gruta Litoral (F) - Fenda formada pelo desgaste de uma
arriba provocado pelo mar.
9. Acidentes litorais que resultam da acumulação:
Praias - são depósitos de areia e seixos arrancados às arribas
ou transportados de outros troços do litoral que se acumulam nas
áreas abrigadas da costa, onde as correntes litorais exercem
menos força. Quando o depósito de areia se acumula
paralelamente à costa, formam-se as barras, barreiras ou bancos
de areia.
10. Estuário - é a parte terminal de um rio, constituída por um
único braço, que se alarga e aprofunda na foz e onde a
influência das correntes e marés é importante. Os estuários
formam-se em locais onde a força das marés e das correntes
marítimas é intensa, a água arrasta os aluviões até zonas
muito afastadas da foz e deposita-os no fundo do oceano.
Estuário do Tejo e do Sado
11. Dunas - areia transportada pelo vento para a parte superior da
praia, formando cordões, geralmente paralelos à costa.
As dunas litorais constituem uma zona de interacção entre o
continente e o oceano.
Ilha - barreira - Por vezes, a agua dos rios impede a formação
de uma barreira contínua.
Restinga - Acumulação de areia e seixos que forma uma barra à
entrada da baía.
12. Barreira – Assemelha-se a uma restinga, mas é muito maior.
Laguna - Extensão de agua mais ou menos salobra
separada do mar por ilhas-barreira .
13. Lido -Trata-se de uma zona lagunar obstruída por numerosas
ilhas e cordões de areia. Exemplo: Ria Formosa – Faro
Delta - Forma-se quando um rio deposita sedimentos, na área da
foz, mais rapidamente do que o mar os consegue remover.
Assim, as águas do rio desaguam no mar através de vários
canais.
14. Causas do recuo da linha da
costa
Intervenções humanas;
Ação abrasiva do mar;
Pressão urbanística, resultante do turismo;
Instalação de fábricas junto ao litoral;
Extração de inertes;
Extração petrolífera.
15. Formas de erosão
Resultam do desgaste provocado
pelo impacto dos movimentos da
água do mar sobre a costa. A este
desgaste dá-se o nome de abrasão
marinha. Os efeitos deste abrasão
são principalmente notórios em
costas altas e escarpadas chamadas
arribas.
16.
17. Formas de deposição
Acumulação de sedimentos de variadas dimensões na costa
litoral que podem constituir praias, restingas, ilhas barreiras e
tômbolos, etc.
18.
19. Situações de risco relativas à
ocupação antrópica
Erosão Costeira;
Pressão Urbanística.
20. Obras de intervenção na faixa
do litoral
As obras de intervenção são de três tipos:
Transversais à linha de costa, como esporões;
Construções paralelas aderentes à linha de costa, como
paredões;
Destacadas, como os quebra-mares.
21. Plano de Ordenamento da Orla
Costeira (POOC)
Os POOC são planos sectoriais que definem os
condicionamentos, vocações e uso dominantes e a
localização de infra-estruturas de apoio a esses usos e
orientam o desenvolvimento das actividades conexas.
Com os seguintes objetivos:
Ordenar os diferentes usos e actividades específicas da
orla costeira;
Classificar as praias e regulamentar o uso balnear;
Valorizar e qualificar as praias consideradas estratégicas
por motivos ambientais e turísticos;
Enquadra o desenvolvimento das actividades específicas
da orla costeira;
Assegurar a defesa e conservação da natureza;
23. Zonas de Vertente
Locais de desnível da topografia terrestre, as zonas de
vertente podem ter um declive mais ou menos acentuado
encontrando-se muito expostas à ação intensa e rápida dos
fenómenos erosivos. Devido às suas características, é
frequente ocorrer nessas zonas movimentos descendentes
de materiais do solo ou de materiais rochosos.
24. Zonas de Vertente de maior
risco em Portugal
Por todo o país existem zonas de vertente de risco.
Nas regiões costeiras devido às arribas e nas regiões mais
do centro, devido às construções muito perto de montanhas.
25. Situações de risco devido à
ocupação antrópica
Movimentos de massa;
Ação direta da gravidade;
Erosão hídrica.
Movimentos em massa
26. Movimentos em massa
Fatores Condicionantes:
Contexto Geológico:
Tipo e características das rochas;
Disposição das rochas nos terrenos;
Orientação e inclinação das camadas;
Grau de alteração e faturação das camadas rochosas;
Presença/ausência de vegetação.
Contexto Geomorfológico:
Declive dos terrenos;
Força da gravidade;
Força de atrito.
27. Fatores Desencadeantes:
Precipitação elevada;
Ação humana;
Destruição da cobertura vegetal;
Remoção de terrenos;
Ocorrência de sismos e vibrações;
Tempestades das zonas costeiras;
Variação da temperatura;
Contração e dilatação dos materiais rochosos.
30. Medidas de contenção e de
estabilização
Estudo das características geológicas e geomorfológicas do
local;
Elaboração de cartas do ordenamento do território;
Elaboração de cartas de risco geológico;
Risco elevado - não autorizar a construção.
31. Cartas de Ordenamento do
Território
O ordenamento do território consiste num processo de organi
zação do espaço biofísico, de forma apossibilitar a ocupação,
utilização e transformação do ambiente de acordo com as su
aspotencialidades. As regras de ordenamento do território as
seguram a organização do espaçobiofísico, controlando o au
mento da ocupação antrópica e evitando os problemas daí re
sultantes.
A elaboração de cartas de ordenamento do território permite
definir áreas destinadas às diferentesatividades humanas, co
mo, por exemplo, locais de habitação, locais para a prática ag
rícola, zonasde interesse ecológico, etc.
32. Planos Diretores Municipais
Os PDM estabelecem a estratégia de desenvolvimento
territorial, a política municipal de ordenamento do território e
de urbanismo e as demais políticas urbanas, integrando e
articulando as orientações estabelecidas pelos instrumentos
de gestão territorial de âmbito nacional e regional e
estabelecendo o modelo de organização espacial do território
municipal.