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REPRESENTAÇÃO SOCIAL E
CIDADANIA
@mmarinhomkt – marcos@mmarinhomkt.com.br
Marcos Marinho
Plano de Aula
Tema: Apresentar o conceito de Teoria das Representações Sociais e sua relação com Cidadania e
Mídia. Será usado como recorte o campo da comunicação política, a fim de proporcionar uma
exposição de conceitos e exemplos de formas de construção e veiculação de conteúdos que
interagem, e se integram, com as significações produzidas pela sociedade.
Objetivo da aula:
• Apresentar a Teoria da Representação Social
• Pontuar o conceito de Cidadania
• Debater exemplos de Representação social da política na mídia
Duração: 40 minutos
Você já refletiu sobre por que pensa da forma que
pensa?
Serge Moscovici (1925 – 2014)
“Teoria das Representações Sociais” (TRS) - A Psicanálise,
sua imagem e seu público (1961)
Émile Durkheim (1858 – 1917)
“Representações Coletivas” - As formas elementares da
vida religiosa (1912)
Representação
“Na prática, podem dividir-se em: a) significados que se referem a uma dimensão da ação,— o
representar é uma ação segundo determinados cânones de comportamento; b) significados que
levam a uma dimensão de reprodução de prioridades ou peculiaridades existenciais; representar
é possuir certas características que espelham ou evocam as dos sujeitos ou objetos
representados”. (BOBBIO, 1909, p.1102)
“Sempre necessitamos saber o que temos a ver com o mundo que nos
cerca. É necessário ajustar-se, conduzir-se, localizar-se física e
intelectualmente, identificar e resolver problemas que ele põe. Eis porquê
construímos representações. (JODELET, 1989)
“A ciência bombardeia o cotidiano do sujeito que se empenha em
transformar esses acontecimentos “estranhos” em algo familiar, integrado
em seu sistema de teorias explicativas do real”. (MAZZOTTI E CAMPOS,
2011, P.472)
Teoria do Senso Comum?!
Teoria das Representações Sociais (TRS)
“O conhecimento estudado via representações sociais é sempre um “conhecimento
prático”; é sempre uma forma comprometida e/ou negociada de interpretar a realidade”.
(SPINK, M. J. P, 1993, p.303)
“Por representações sociais, nós queremos dizer um conjunto de conceitos, afirmações e
explicações originadas no quotidiano, no decurso de comunicações interindividuais. Elas
são equivalentes, em nossa sociedade, aos mitos e sistemas de crenças nas sociedades
tradicionais; elas podem até mesmo serem vistas como uma versão contemporânea do
senso comum”. (MOSCOVICI, 1981, p. 1)
“Os indivíduos e grupos são os sujeitos que elaboram representações sociais. Deixa claro
que elas só existem na interação entre o indivíduo e o grupo, na verdade o grupo é
mediador da relação entre o indivíduo e sociedade; deixa claro que o sujeito é coletivo: de
um lado são representações mentais ou psicológicas porque estão no indivíduo, mas só
se mantém porque esse indivíduo está em um grupo que tem sua experiência na vida
social. Assim são representações ao mesmo tempo, psicológicas (no sentido restrito) e
sociais”. (CAMPOS, 2014, p.1)
“A representação é sempre a atribuição da posição que as pessoas ocupam na sociedade,
toda representação social é representação de alguma coisa ou de alguém. Ela não é cópia
do real, nem cópia do ideal, nem a parte subjetiva do objeto, nem a parte objetiva do
sujeito, ela e o processo pelo qual se estabelece a relação entre o mundo e as coisas”.
(SÊGA, 2000, p.128)
“La representación funciona como un sistema de interpretación de la realidade que rige las
relaciones de los individuos con su entorno físico y social, ya que determinará sus
comportamientos o sus prácticas. Es una guia para la acción, orienta las acciones y las
relaciones sociales. Es un sistema de pre-decodificación de la realidad puesto que
determina un conjunto de antecipaciones y expectativas”. (ABRIC, 2001, p.13)
“[...] é um conjunto amplo de significados criados e partilhados socialmente. É todo um
sistema de crenças e valores que todos possuímos e que não é apenas individual, mas que
é também social”. (GUARESCCHI, 2003, p.70)
Funções das Representações Sociais
(ABRIC, 2001)
• Funções de saber: permitem entender e explicar a realidade.
• Função identitária: define a identidade e permite a salvaguarda da especificidade dos
grupos.
• Função de orientação: conduz os comportamentos e as práticas.(define o lícito, tolerável e
inaceitável)
• Função justificadora: permite justificar a posteriori as posturas e comportamentos.
• Ancoragem, Classificação, Nomeação e Objetificação – MOSCOVICI
• Relacionar – Categorizar – Identificar – Materializar (ícone)
• Teoria do Núcleo central e campos periféricos – ABRIC
• Zona muda – ABRIC
• Espiral do silêncio – ELIZABETH NOELLE-NEUMANN
• Teoria da Agenda setting - MCCOMBS E DONALD SHAW
• Psicologia das Minorias Ativas - MOSCOVICI
Aprofundamento e correlações
“É fundamental, para entendermos a comunicação política em sua complexidade de formatação e
disseminação em direção ao seu público-alvo, também pesquisarmos como esse público perceberá e
significará a mensagem que lhe é direcionada. O eleitor, alvo da comunicação político-eleitoral,
recebe essas mensagens em um contexto social, o mesmo que lhe circunda em todas as suas
relações cotidianas. Sendo assim não podemos desconsiderar as possíveis interações e influências
que a relação eleitor – grupos de pertença – mensagem político-eleitoral produzirá”. (QUEIROZ, 2015,
p.85)
TRS na Comunicação Política
“A política, outrora, era ideias. Hoje, é pessoas. Ou melhor,
personagens.” (SCHWARTZENBERG, 1978, p.1)
“O homem político vem procurando cada vez mais impor uma
imagem de si mesmo que capte e fixe a atenção do público”
(SCHWARTZENBERG, 1978, p. 3)
O Estado Espetáculo (1978)
Roger-Gérard Schwartzenberg (1943)
Herói
Homem Ordinário
(commom man)
Líder “Charmoso”
Nosso Pai
A CAMPANHA –
IRIS REZENDE 15
Análise do 1º programa
eleitoral:
Palavras chave: cuidador,
doce, protetor, presente,
carinhoso, entre outros
adjetivos.
Construção, desconstrução e influência
TRS na Política - Pesquisa
As Representações sociais de política foram categorizadas em: Manipulação e Dominação, Coisa
ruim e Sujeira, Falta de educação e Alienação, Cidadania e Participação, Esperança, Desilusão e
Injustiça, Religião e Idealização, Mídia e Outros (GUARESCHI, et al, 2000, p.268).
“[...] nas RS em geral, e na RS da política em particular, notam-se elementos heterogêneos e até
contraditórios. Se a RS da política possui, por exemplo, características ligadas à manipulação,
dominação, sujeira, corrupção etc, ela possui, também, elementos ligados à cidadania, esperança
e participação. As RS não são, por conseguinte, unívocas e uniformes” (GUARESCHI, et al,
2000, p.269).
Representações na mídia
Minissérie JK – Tv Globo (2006)
Filme Lula – O filho do Brasil (2009)
O case...
Novela veiculada pela Rede Globo
entre Janeiro e Agosto de 1989.
“Quando Schwartzemberg (1978) nos apresenta as quatro imagens do político em busca de
conquista e manutenção de seu projeto de poder, observamos que o autor não considerava haver
recepção ativa por parte dos cidadãos, e assim acreditava que estes seriam facilmente
manipulados pelas mensagens emitidas. Moscovici (1981) nos afirmou, através da TRS, que os
receptores não são apáticos frente às mensagens recebidas, e que as significam e ancoram a
partir de referências preexistentes, advindas do convívio social, do senso comum. Neste estudo
de Guareschi (2000), temos uma comprovação científica de que realmente já existe alguma
referência sobre o tema nas mentes das pessoas, e que essas referências, boas ou ruins,
servirão de filtro para as mensagens que serão recebidas”. (QUEIROZ, 2015, p.147)
Considerações finais
“Este tema é concernente a dois assuntos que, efetivamente, condicionam a vida em sociedade:
comunicação e política. Pelo viés da comunicação, o aprofundamento deste estudo pode
representar uma maior compreensão dos processos e percepções desencadeados pelo discurso
político e seu eco na sociedade. Pelo viés da política, faz-se importante, pois reflete na
participação ativa do cidadão na polis, tornando-o não mais um simples joguete nas mãos dos
grupos de poder, mas um ser capaz de influenciar e alterar os processos e acontecimentos
sociais em prol do bem comum.
Compreender as relações entre a sociedade e o poder político, bem como as representações
sociais formuladas a partir deste contato é importante por ser capaz de nos direcionar rumo a
uma comunicação mais produtiva para ambos os lados. É premente aos comunicadores e
políticos entenderem que os cidadãos/eleitores não são simples massa de manobra, e que não
basta apenas frequência e sequência na divulgação de mensagens e imagens deliberadas, sem
que sejam levadas em conta as demandas, perspectivas e transformações que afetam esse
público”. (QUEIROZ, 2015, P.151)
Referências
ABRIC, Jean-Claude. Prácticas sociales y representaciones. Trad. José Dacosta Cheurel y Fátima Flores Palacios.
México. D.F: Coyoacan, 2001.
Bobbio, Norberto. Dicionário de política. Trad. Carmen C, Varriale et ai.; coord. trad. João Ferreira; rev. geral João
Ferreira e Luis Guerreiro Pinto Cacais. - Brasília : Editora Universidade de Brasília, 1 ed., 1998.
CAMPOS, P. H. F. O dilema dos "herdeiros de Durkheim": classes, grupos ou instituições? In E. M. Q. O. Chamon; P.
A. Guareschi; & P. H. F. Campos (Orgs.), Textos e debates em representações sociais. Porto Alegre: ABRAPSO, 2014.
GUARESCHI, Pedrinho A. (org). Os construtores da informação: meios de comunicação, ideologia e ética. Petrópolis:
Vozes, 2000.
JODELET, D. Représentations sociales: un domaine en expansion. Trad. Tarso Bonilha Mazzotti. Rio de Janeiro: UFRJ
– Faculdade de Educação, 1993.
MAZZOTTI, Alda J. A, CAMPOS, Pedro H. F. Cibercultura: uma nova “era das representações sociais”? InALMEIDA,
Angela M. O, SANTOS, Maria de Fátima S. e TRINDADE, Zeide A .( Orgs.).Teorias das representações sócias 50
anos. Brasília: TechnoPolitik Editora, 2011.
MOSCOVICI, S. La psychanalyse son image, son public. Paris: PUF, 1976.
_____________. (1981). On social representation. In: Forgas, J. P. (ED.). Social Cognition (pp. 181 – 209). London:
European Association of Experimental Social psychology/ Academic Press.Tradução Ciélia Maria Nascimento-Schulze.
Laccos, UFSC, 1985.
_____________. Por que estudar representações sociais em psicologia? Tradução Pedro Humberto F. Campos e Ana
Raquel R. Torres. Em: Estudos Goiânia v.30 n.1, p. 11 – 30, 2003.
NERY, V. C. A.; TEMER, A. C. R. P. Para entender as teorias da comunicação. EDUFU: Uberlândia, 2009.
QUEIROZ, Marcos Marinho M. ; BRAGA, C. F. . Representações Sociais da Comunicação Política: Moscovici e
Schwartzenberg na Propaganda Eleitoral. In: José Antônio Ferreira Cirino; Cloudomilson Fernandes Braga..
(Org.). Comunicação, Cidadania & Cultura. 1ed.Goiânia: Marcos, 2015, v. 1, p. 77-94.
_______________. Comunicação Política e Representação Social: Uma relação entre a imagem pretendida pelo
político e a significada pelo eleitor. In: José Antônio Ferreira Cirino; Braga, Cloudomilson Fernandes.. (Org.).
Representações Sociais & Comunicação: Diálogos em construção. 1ed.Goiânia: , 2015, v. 1, p. 135-152
SCHWARTZENBERG, Roger-Gérard. O Estado Espetáculo. Tradução Heloysa de Lima Dantas. São Paulo: Difel
Difusão Editora S. A., 1978.
SÊGA, Rafael A. O conceito de Representação Social nas Obras de Denise Jodelet e Serge Moscovici. In: Anos
90. Porto Alegre, n.13, 2000.
SPINK. Mary Jane P. O conceito de Representação Social na Abordagem Psicossocial. In: Cad. Saúde Públi. Rio
de Janeiro, 1993.

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Teoria das Representações Sociais e Cidadania, pelo viés da Comunicação Política

  • 1. REPRESENTAÇÃO SOCIAL E CIDADANIA @mmarinhomkt – marcos@mmarinhomkt.com.br Marcos Marinho
  • 2. Plano de Aula Tema: Apresentar o conceito de Teoria das Representações Sociais e sua relação com Cidadania e Mídia. Será usado como recorte o campo da comunicação política, a fim de proporcionar uma exposição de conceitos e exemplos de formas de construção e veiculação de conteúdos que interagem, e se integram, com as significações produzidas pela sociedade. Objetivo da aula: • Apresentar a Teoria da Representação Social • Pontuar o conceito de Cidadania • Debater exemplos de Representação social da política na mídia Duração: 40 minutos
  • 3. Você já refletiu sobre por que pensa da forma que pensa?
  • 4. Serge Moscovici (1925 – 2014) “Teoria das Representações Sociais” (TRS) - A Psicanálise, sua imagem e seu público (1961) Émile Durkheim (1858 – 1917) “Representações Coletivas” - As formas elementares da vida religiosa (1912)
  • 5. Representação “Na prática, podem dividir-se em: a) significados que se referem a uma dimensão da ação,— o representar é uma ação segundo determinados cânones de comportamento; b) significados que levam a uma dimensão de reprodução de prioridades ou peculiaridades existenciais; representar é possuir certas características que espelham ou evocam as dos sujeitos ou objetos representados”. (BOBBIO, 1909, p.1102)
  • 6. “Sempre necessitamos saber o que temos a ver com o mundo que nos cerca. É necessário ajustar-se, conduzir-se, localizar-se física e intelectualmente, identificar e resolver problemas que ele põe. Eis porquê construímos representações. (JODELET, 1989) “A ciência bombardeia o cotidiano do sujeito que se empenha em transformar esses acontecimentos “estranhos” em algo familiar, integrado em seu sistema de teorias explicativas do real”. (MAZZOTTI E CAMPOS, 2011, P.472)
  • 7. Teoria do Senso Comum?!
  • 8. Teoria das Representações Sociais (TRS) “O conhecimento estudado via representações sociais é sempre um “conhecimento prático”; é sempre uma forma comprometida e/ou negociada de interpretar a realidade”. (SPINK, M. J. P, 1993, p.303) “Por representações sociais, nós queremos dizer um conjunto de conceitos, afirmações e explicações originadas no quotidiano, no decurso de comunicações interindividuais. Elas são equivalentes, em nossa sociedade, aos mitos e sistemas de crenças nas sociedades tradicionais; elas podem até mesmo serem vistas como uma versão contemporânea do senso comum”. (MOSCOVICI, 1981, p. 1) “Os indivíduos e grupos são os sujeitos que elaboram representações sociais. Deixa claro que elas só existem na interação entre o indivíduo e o grupo, na verdade o grupo é mediador da relação entre o indivíduo e sociedade; deixa claro que o sujeito é coletivo: de um lado são representações mentais ou psicológicas porque estão no indivíduo, mas só se mantém porque esse indivíduo está em um grupo que tem sua experiência na vida social. Assim são representações ao mesmo tempo, psicológicas (no sentido restrito) e sociais”. (CAMPOS, 2014, p.1)
  • 9. “A representação é sempre a atribuição da posição que as pessoas ocupam na sociedade, toda representação social é representação de alguma coisa ou de alguém. Ela não é cópia do real, nem cópia do ideal, nem a parte subjetiva do objeto, nem a parte objetiva do sujeito, ela e o processo pelo qual se estabelece a relação entre o mundo e as coisas”. (SÊGA, 2000, p.128) “La representación funciona como un sistema de interpretación de la realidade que rige las relaciones de los individuos con su entorno físico y social, ya que determinará sus comportamientos o sus prácticas. Es una guia para la acción, orienta las acciones y las relaciones sociales. Es un sistema de pre-decodificación de la realidad puesto que determina un conjunto de antecipaciones y expectativas”. (ABRIC, 2001, p.13) “[...] é um conjunto amplo de significados criados e partilhados socialmente. É todo um sistema de crenças e valores que todos possuímos e que não é apenas individual, mas que é também social”. (GUARESCCHI, 2003, p.70)
  • 10. Funções das Representações Sociais (ABRIC, 2001) • Funções de saber: permitem entender e explicar a realidade. • Função identitária: define a identidade e permite a salvaguarda da especificidade dos grupos. • Função de orientação: conduz os comportamentos e as práticas.(define o lícito, tolerável e inaceitável) • Função justificadora: permite justificar a posteriori as posturas e comportamentos.
  • 11. • Ancoragem, Classificação, Nomeação e Objetificação – MOSCOVICI • Relacionar – Categorizar – Identificar – Materializar (ícone) • Teoria do Núcleo central e campos periféricos – ABRIC • Zona muda – ABRIC • Espiral do silêncio – ELIZABETH NOELLE-NEUMANN • Teoria da Agenda setting - MCCOMBS E DONALD SHAW • Psicologia das Minorias Ativas - MOSCOVICI Aprofundamento e correlações
  • 12. “É fundamental, para entendermos a comunicação política em sua complexidade de formatação e disseminação em direção ao seu público-alvo, também pesquisarmos como esse público perceberá e significará a mensagem que lhe é direcionada. O eleitor, alvo da comunicação político-eleitoral, recebe essas mensagens em um contexto social, o mesmo que lhe circunda em todas as suas relações cotidianas. Sendo assim não podemos desconsiderar as possíveis interações e influências que a relação eleitor – grupos de pertença – mensagem político-eleitoral produzirá”. (QUEIROZ, 2015, p.85) TRS na Comunicação Política
  • 13. “A política, outrora, era ideias. Hoje, é pessoas. Ou melhor, personagens.” (SCHWARTZENBERG, 1978, p.1) “O homem político vem procurando cada vez mais impor uma imagem de si mesmo que capte e fixe a atenção do público” (SCHWARTZENBERG, 1978, p. 3) O Estado Espetáculo (1978) Roger-Gérard Schwartzenberg (1943)
  • 17. Nosso Pai A CAMPANHA – IRIS REZENDE 15 Análise do 1º programa eleitoral: Palavras chave: cuidador, doce, protetor, presente, carinhoso, entre outros adjetivos.
  • 19. TRS na Política - Pesquisa As Representações sociais de política foram categorizadas em: Manipulação e Dominação, Coisa ruim e Sujeira, Falta de educação e Alienação, Cidadania e Participação, Esperança, Desilusão e Injustiça, Religião e Idealização, Mídia e Outros (GUARESCHI, et al, 2000, p.268). “[...] nas RS em geral, e na RS da política em particular, notam-se elementos heterogêneos e até contraditórios. Se a RS da política possui, por exemplo, características ligadas à manipulação, dominação, sujeira, corrupção etc, ela possui, também, elementos ligados à cidadania, esperança e participação. As RS não são, por conseguinte, unívocas e uniformes” (GUARESCHI, et al, 2000, p.269).
  • 20. Representações na mídia Minissérie JK – Tv Globo (2006) Filme Lula – O filho do Brasil (2009)
  • 21. O case... Novela veiculada pela Rede Globo entre Janeiro e Agosto de 1989.
  • 22. “Quando Schwartzemberg (1978) nos apresenta as quatro imagens do político em busca de conquista e manutenção de seu projeto de poder, observamos que o autor não considerava haver recepção ativa por parte dos cidadãos, e assim acreditava que estes seriam facilmente manipulados pelas mensagens emitidas. Moscovici (1981) nos afirmou, através da TRS, que os receptores não são apáticos frente às mensagens recebidas, e que as significam e ancoram a partir de referências preexistentes, advindas do convívio social, do senso comum. Neste estudo de Guareschi (2000), temos uma comprovação científica de que realmente já existe alguma referência sobre o tema nas mentes das pessoas, e que essas referências, boas ou ruins, servirão de filtro para as mensagens que serão recebidas”. (QUEIROZ, 2015, p.147)
  • 23. Considerações finais “Este tema é concernente a dois assuntos que, efetivamente, condicionam a vida em sociedade: comunicação e política. Pelo viés da comunicação, o aprofundamento deste estudo pode representar uma maior compreensão dos processos e percepções desencadeados pelo discurso político e seu eco na sociedade. Pelo viés da política, faz-se importante, pois reflete na participação ativa do cidadão na polis, tornando-o não mais um simples joguete nas mãos dos grupos de poder, mas um ser capaz de influenciar e alterar os processos e acontecimentos sociais em prol do bem comum. Compreender as relações entre a sociedade e o poder político, bem como as representações sociais formuladas a partir deste contato é importante por ser capaz de nos direcionar rumo a uma comunicação mais produtiva para ambos os lados. É premente aos comunicadores e políticos entenderem que os cidadãos/eleitores não são simples massa de manobra, e que não basta apenas frequência e sequência na divulgação de mensagens e imagens deliberadas, sem que sejam levadas em conta as demandas, perspectivas e transformações que afetam esse público”. (QUEIROZ, 2015, P.151)
  • 24. Referências ABRIC, Jean-Claude. Prácticas sociales y representaciones. Trad. José Dacosta Cheurel y Fátima Flores Palacios. México. D.F: Coyoacan, 2001. Bobbio, Norberto. Dicionário de política. Trad. Carmen C, Varriale et ai.; coord. trad. João Ferreira; rev. geral João Ferreira e Luis Guerreiro Pinto Cacais. - Brasília : Editora Universidade de Brasília, 1 ed., 1998. CAMPOS, P. H. F. O dilema dos "herdeiros de Durkheim": classes, grupos ou instituições? In E. M. Q. O. Chamon; P. A. Guareschi; & P. H. F. Campos (Orgs.), Textos e debates em representações sociais. Porto Alegre: ABRAPSO, 2014. GUARESCHI, Pedrinho A. (org). Os construtores da informação: meios de comunicação, ideologia e ética. Petrópolis: Vozes, 2000. JODELET, D. Représentations sociales: un domaine en expansion. Trad. Tarso Bonilha Mazzotti. Rio de Janeiro: UFRJ – Faculdade de Educação, 1993. MAZZOTTI, Alda J. A, CAMPOS, Pedro H. F. Cibercultura: uma nova “era das representações sociais”? InALMEIDA, Angela M. O, SANTOS, Maria de Fátima S. e TRINDADE, Zeide A .( Orgs.).Teorias das representações sócias 50 anos. Brasília: TechnoPolitik Editora, 2011. MOSCOVICI, S. La psychanalyse son image, son public. Paris: PUF, 1976. _____________. (1981). On social representation. In: Forgas, J. P. (ED.). Social Cognition (pp. 181 – 209). London: European Association of Experimental Social psychology/ Academic Press.Tradução Ciélia Maria Nascimento-Schulze. Laccos, UFSC, 1985. _____________. Por que estudar representações sociais em psicologia? Tradução Pedro Humberto F. Campos e Ana Raquel R. Torres. Em: Estudos Goiânia v.30 n.1, p. 11 – 30, 2003.
  • 25. NERY, V. C. A.; TEMER, A. C. R. P. Para entender as teorias da comunicação. EDUFU: Uberlândia, 2009. QUEIROZ, Marcos Marinho M. ; BRAGA, C. F. . Representações Sociais da Comunicação Política: Moscovici e Schwartzenberg na Propaganda Eleitoral. In: José Antônio Ferreira Cirino; Cloudomilson Fernandes Braga.. (Org.). Comunicação, Cidadania & Cultura. 1ed.Goiânia: Marcos, 2015, v. 1, p. 77-94. _______________. Comunicação Política e Representação Social: Uma relação entre a imagem pretendida pelo político e a significada pelo eleitor. In: José Antônio Ferreira Cirino; Braga, Cloudomilson Fernandes.. (Org.). Representações Sociais & Comunicação: Diálogos em construção. 1ed.Goiânia: , 2015, v. 1, p. 135-152 SCHWARTZENBERG, Roger-Gérard. O Estado Espetáculo. Tradução Heloysa de Lima Dantas. São Paulo: Difel Difusão Editora S. A., 1978. SÊGA, Rafael A. O conceito de Representação Social nas Obras de Denise Jodelet e Serge Moscovici. In: Anos 90. Porto Alegre, n.13, 2000. SPINK. Mary Jane P. O conceito de Representação Social na Abordagem Psicossocial. In: Cad. Saúde Públi. Rio de Janeiro, 1993.