2. O QUE SÃO GÊNEROS NARRATIVOS?
São gêneros responsáveis por englobar relatos
devidamente organizados, que podem ser reais
ou imagináveis, em geral, às ações e/ou
acontecimentos são contados por um narrador.
3. RELATO INFORMATIVO
É um texto narrativo curto, que prioriza a
transmissão de informação através da
memorização e documentação das
experiências humanas, situando-as no
tempo.
Exemplo: diários íntimos, diários de viagem,
notícias, reportagens, crônicas, jornalísticas,
relatos históricos, biografias, autobiografias,
testemunhos, cartas entre outros.
4. Belém 05, fevereiro de 2013.
Querida Coordenadora Magali,
Na Quinta-Feira da gincana foi muito divertido, porque teve, a
dança do “Treme”, se vira nos 30, concurso de poesia, troca de
sexo, o grito de guerra, parodia, o sósia, desfile de monstro, e
imitação do professor. Eu estava na frente do palco, e vi tudo de
pertinho, todas as salas participaram, e eu tirei foto de tudo, e de
todos para colocar no Facebook.
Na Sexta-Feira da gincana também foi legal, porque teve a dança
livre, a caricatura, o mais brega, o R.G. mais antigo, karaokê, passa
ou repassa, , vinil e livro mais antigo, embaixadinha só que minha
sala não participou. Alguns professores dançaram, ”Dança
Kuduro". E esteva também aqui na escola o DJ Edilson 360⁰, e sua
aparelhagem com cenário 3D. Foi a gincana mais divertida da
minha vida!
Muitas felicidades para você,
Uma aluna da classe.
5. RELATO FICCIONAL
É um gênero narrativo que leva em
consideração o imaginário, fantasia ou
criação. Fatos possivelmente ocorridos.
Exemplo: o relato do povo paraense sobre a
Moça do taxi.
6.
7. Fábula: narrativa inverossímil, com fundo
didático, que tem como objetivo transmitir
uma lição de moral. Normalmente a fábula
trabalha com animais como personagens.
ESOPO
8.
9.
10. A fábula é das mais antigas narrativas, coincidindo
seu aparecimento, segundo alguns estudiosos,
com o da própria linguagem. No mundo ocidental,
o primeiro grande nome da fábula foi Esopo, um
escravo grego que teria vivido no século VI a.C.
Modernamente, muitas das fábulas de Esopo
foram retomadas por La Fontaine, poeta francês
que viveu de 1621 a 1695. O grande mérito de La
Fontaine reside no apurado trabalho realizado com
a linguagem, ao recriar os temas tradicionais da
fábula. No Brasil, Monteiro Lobato realizou tarefa
semelhante, acrescentando, às fábulas
tradicionais, curiosos e certeiros comentários dos
personagens que viviam no Sítio do Pica-Pau
Amarelo
11. APÓLOGO
Bem parecido com a fábula em sua estrutura, o
apólogo é um tipo de narrativa que personifica
os seres inanimados, transformando-os em
personagens da história. Mas pode se utilizar
das mais diversas e alegóricas personagens:
animadas ou inanimadas, reais ou fantásticas,
humanas ou não. Da mesma forma, ilustra uma
lição de sabedoria.
12.
13. CONTO
É a mais breve e simples narrativa
centrada em um episódio da vida.
Sendo que este pode ser real ou pode
ser também fictício, ou seja, algo
resultante de uma invenção.
14. A Verdade
Uma donzela estava um dia sentada à beira de um riacho,
deixando a água do riacho passar por entre os seus dedos muito
brancos, quando sentiu o seu anel de diamante ser levado pelas
águas. Temendo o castigo do pai, a donzela contou em casa que
fora assaltada por um homem no bosque e que ele arrancara o
anel de diamante do seu dedo e a deixara desfalecida sobre um
canteiro de margarida. O pai e os irmãos da donzela foram atrás
do assaltante e encontraram um homem dormindo no bosque, e
o mataram, mas não encontraram o anel de diamante. E a
donzela disse:
- Agora me lembro, não era um homem, eram dois.
E o pai e os irmãos da donzela saíram atrás do segundo homem,
e o encontraram, e o mataram, mas ele também não tinha o
anel. E a donzela disse:
15. - Então está com o terceiro!
Pois se lembrara que havia um terceiro assaltante. E o pai e os irmãos da
donzela saíram no encalço do terceiro assaltante, e o encontraram no
bosque. Mas não o mataram, pois estavam fartos de sangue. E trouxeram o
homem para a aldeia, e o revistaram, e encontraram no seu bolso o anel de
diamante da donzela, para espanto dela.
- Foi ele que assaltou a donzela, e arrancou o anel de seu dedo, e a deixou
desfalecida - gritaram os aldeões. - Matem-no!
- Esperem! - gritou o homem, no momento em que passavam a corda da
forca pelo seu pescoço. - Eu não roubei o anel. Foi ela quem me deu!
E apontou para a donzela, diante do escândalo de todos.
O homem contou que estava sentado à beira do riacho, pescando, quando a
donzela se aproximou dele e pediu um beijo. Ele deu o beijo. Depois a
donzela tirara a roupa e pedira que ele a possuísse, pois queria saber o que
era o amor. Mas como era um homem honrado, ele resistira, e dissera que a
donzela devia ter paciência, pois conheceria o amor do marido no seu leito
de núpcias. Então a donzela lhe oferecera o anel, dizendo "Já que meus
encantos não o seduzem, este anel comprará o seu amor". E ele sucumbira,
pois era pobre, e a necessidade é o algoz da honra.
16. Todos se viraram contra a donzela e gritaram:
"Rameira! Impura! Diaba!" e exigiram seu sacrifício. E
o próprio pai da donzela passou a forca para o seu
pescoço.
Antes de morrer, a donzela disse para o pescador:
- A sua mentira era maior que a minha. Eles mataram
pela minha mentira e vão matar pela sua. Onde está,
afinal, a verdade?
O pescador deu de ombros e disse:
- A verdade é que eu achei o anel na barriga de um
peixe. Mas quem acreditaria nisso? O pessoal quer
violência e sexo, não histórias de pescador.
Luis Fernando Veríssimo