O Porto e as lutas pela liberdade ao longo dos séculos
1. O Porto nas lutas pela liberdade Gaspar Martins Pereira (FLUP/CITCEM) Escola Secundária Rodrigues de Freitas, 28 de Janeiro de 2009
2. TÓPICOS: 1. O Porto, «baluarte da liberdade»? Uma «democracia urbana»? «Liberdade» ou «liberdades»? 2. O protagonismo do Porto nos movimentos liberais e reformadores no século XIX 3. Decadência, nacionalismo, regeneração 4. O 31 de Janeiro, um momento de viragem 5. A participação do Porto nas lutas pela liberdade no século XX 6. O 31 de Janeiro como símbolo de liberdade
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4. Obrigações dos «vizinhos» da cidade do Porto (início do século XV), referindo a obrigação de defenderem os «privilégios e liberdades» da cidade
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7. « O liberalismo burguês primitivo foi sobretudo uma luta de retaguarda, e não desinteressada, contra o Antigo Regime aristocrático, um desafio aos direitos adquiridos que tradições velhas de meio milénio haviam feito sagrados. É assim que ele se insere entre o Antigo Regime e a sua sociedade aristocrática, que demoliu, e a sociedade industrial onde o proletariado operário reclama os seus direitos. Em resumo, esta pretensa procura da liberdade parece aproximar-se, mau grado as aparências, dos velhos combates dos grupos por liberdades, que são outros tantos privilégios » (Fernand Braudel — Gramática das Civilizações )
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10. Pronunciamento de 24 de Agosto de 1820 «A TROPA OUVINDO PRIMEIRO MISSA NA PRAÇA DA REGENERAÇÃO EM 24 DE AGOSTO DE 1820» «PRAÇA DA CONSTITUIÇÃO; AONDE NO MESMO DIA CONCORREU A TROPA, NOBREZA E POVO A DAR O JURAMENTO DE SE UNIREM NA REGENERAÇÃO DE PORTUGAL CONVOCANDO NOVAS CORTES»
15. A derrota do 31 de Janeiro e a centralização da vida política e económica: « O centralismo predominante da capital, entretido por causas de toda a espécie, entre as quais avulta uma viciosa orientação de política geral, essa absorção desmesurada e mórbida, quasi cancerosa, sobre todo o organismo nacional, tem abatido os foros seculares que o Porto selou ainda em nossos tempos com sangue e sacrifícios » (Ricardo JORGE, 1899).
20. Humberto Delgado abraça Eduardo Santos Silva que, em nome dos democratas do Porto, tinha proferido um discurso de boas-vindas ao general. Atrás, a imagem da República. Na rua, cerca de 200 mil pessoas ovacionavam Delgado…
21. « Sinto-me deslumbrado! Esta gente do Porto, insubmissa à tirania, acaba de me mostrar a luminosa estrada da Liberdade. O meu coração ficará no Porto, já que no Porto nasceu, como noutros momentos históricos, o indomável espírito de luta que só terminará com o triunfo da liberdade em Portugal » (Humberto DELGADO. Porto, 1958)