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Coulometria
Eletroquímica
Tipos de métodos eletroanalíticos
Métodos Eletroanalíticos
Métodos Interfaciais Métodos Não-Interfaciais
Estáticos Dinâmicos
Potenciometria Potencial Controlado
Corrente Constante
Voltametria
Amperometria
Eletrogravimetria
Coulometria a
Potencial Constante
Titulações
Coulométricas
Eletrogravimetria
Condutimetria Titulações
Condutimétricas
Titulações Potenciométricas
 Baseia-se na medida da quantidade de
eletricidade requerida para converter
quantitativamente um analito em uma outra
espécie com outro estado de oxidação.
 A coulometria (assim como os métodos
gravimétricos) têm como vantagem independer
de padrões, pois as respectivas grandezas
medidas (carga elétrica e massa) são
parâmetros que podem ser medidos com
precisão.
Quando posso utilizar a coulometria?
 Em princípio, qualquer reação (catódica ou anódica)
pode ser utilizada em uma determinação coulométrica
Dissolução de um metal
Oxidação ou redução de uma espécie solúvel
Condição imprescindível:
A ocorrência de apenas uma reação
Que a eficiência da corrente nesta reação seja 100%
Obs.: A eficiência de corrente pode ser obtida sem que o analito participe
diretamente do processo de transferência de elétrons junto ao eletrodo.
Grandezas importantes em coulometria:
Faraday: Carga correspondente a 1 mol de
elétrons (ou 6,022 x 1023 elétrons).
Coulomb: É a quantidade de carga elétrica
transportada por uma corrente de 1
ampere durante 1 segundo.
Carga do elétron = 1,60218 x 10-19 C/e-
1 F = 6,02218 x 1023 e- x 1,60218 x 10-19 C/e- = 96485 C
Características da coulometria:
Seletividade e rapidez moderada
Precisão
Exatidão
Não requer calibração contra padrões
Quantidade de eletricidade
A quantidade de eletricidade ou de carga pode ser estabelecida em unidades de
coulomb (C) ou de faraday (F). O coulomb é a quantidade de carga transportada em
um segundo por uma corrente constante de um ampere.
Para uma corrente variável, o número de coulombs é dado pela integral
O faraday é a carga em coulomb associada a um mol de elétron. Assim a constante de
faraday é 96485 C/mol.
Onde; F é a constante de faraday
N é o número de elétrons envolvidos
molFNnQ
IdtQ
ItQ
o




Exercício
Questão 1: Uma corrente constante de 0,800 A foi usada
para depositar cobre no cátodo e oxigênio no ânodo de
uma célula eletrolítica. Calcule quantas gramas de cobre é
formado em 15,2 minutos, assumindo que não ocorram
outras reações de oxi-redução.
Métodos Coulométricos
 Coulometria a corrente constante (amperostática):
Uma corrente fixa é aplicada ao longo de todo o experimento
e o potencial varia.
Desvantagem: Em amostras complexas, o potencial de
oxidação (ou redução) de outras espécies podem ser atingidos,
levando então a erros.
Vantagem: A integração da corrente é simples.
ItQ 
I,ampere
tempo, segundos
Q = It
 Coulometria a potencial controlado (potenciostática):
O potencial do eletrodo de trabalho é mantido constante ao longo de
toda a eletrólise, ocorrendo conseqüentemente um decréscimo da
corrente conforme o analito é removido da solução. Evita-se assim
reações paralelas, indesejáveis.
A carga (em coulombs) é obtida pela integração da curva
corrente/tempo:
 IdtQ
 IdtQ
I,ampere
tempo, segundos
Célula Coulométrica
Consiste de um eletrodo gerador, no qual o reagente é formado, e de um
eletrodo auxiliar para completar o circuito. O eletrodo gerador deve ter
uma área relativamente grande (uma tira retangular ou um fio enrolado
de platina)
Exemplo: Determinação coulométrica de ácido ascórbico com iodo.
Eletrodo gerador: 2 I- I2 + 2 e-
Eletrodo auxiliar: 2 H2O + 2 e- 2 OH- + H2(g)
Na célula anterior, um dos eletrodos é colocado
em compartimento separado.
Qual a razão deste arranjo ser assim?
Se os eletrodos não forem colocados em
compartimentos separados, caso a reação
envolvida não for completamente irreversível, o
produto oxidado no eletrodo 1 será reduzido no
eletrodo 2.
Esta regeneração introduzirá um erro significativo
na determinação em questão.
Coulometria com corrente constante
(Titulações coulométricas)
Neste caso, o experimento começa com uma determinada
corrente e finda com a mesma corrente fluindo pela célula.
São condições indispensáveis:
que a reação se dê com 100% de eficiência
que o potencial de eletrodo seja controlado
que haja uma forma de indicar o fim da reação
Princípio
 O reagente titulante é gerado eletroquimicamente
mediante a aplicação de um controle adequado da
corrente que flui no sistema.
 Ou ambos, reagente titulante e analito são gerados
eletroquimicamente sob condições controladas.
 Em ambos os casos a eficiência de corrente tem
que ser muito próxima de 100%. Ou seja, a
quantidade de mol de elétrons gerados deve estar
diretamente relacionada com a quantidade de mol
de reagente gerado.
O reagente pode ser gerado:
Internamente – reação primária (ou direta)
Pode ser aplicada apenas a poucos casos.
Ex: Determinação de ácidos
 Por eletrólise pode-se gerar H+ ou OH-
Internamente – reação secundária (ou indireta)
São as mais utilizadas.
Permitem quantificar espécies que não podem ser determinadas
diretamente e favorecem o estabelecimento de condições onde o
processo se dá com 100% de eficiência.
Formação externa do reagente
A geração externa de reagentes pode ser aplicada quando uma
amostra contém outras espécies que possam reagir a nível de
eletrodo.
 O caso mais comum é a geração coulométrica de H+ ou OH-.
Esquema de um sistema para titulações coulométricas
Ao se ligar a chave em 1, a
corrente começa a fluir através da
célula onde o titulante é gerado
eletroquimicamente.
Ao mesmo tempo o cronômetro é
disparado.
Quando um indicador apropriado
sinalizar para a chegada do ponto
de equivalência, o cronômetro é
desligado.
Conhecendo-se a corrente, e o
tempo de eletrólise, temos a
quantidade de carga gerada
durante o processo e, portanto, a
quantidade de titulante.
O cronômetro é a bureta e a chave
é a torneira da bureta.
Exercício
Questão 2: Uma solução de arsenito de concentração
exatamente conhecida (5,00 x 10-3 mol/L) foi titulada com I2
gerado eletroquimicamente em um experimento
coulométrico a corrente constante. Pergunta-se:
a)Quais são as reações que acontecem nos eletrodos?
b)Qual é o valor da corrente sabendo-se que o ponto de
equivalência para a 100,0 mL de amostra foi atingido após
4,00 minutos?
Titulação ácido-base
Ácidos fracos e fortes podem ser titulados com alto grau de precisão, usando
íons hidróxidos gerados em um cátodo pela reação.
2 H2O + 2 e- 2 OH- + H2(g)
Já a titulação coulométrica de bases fortes e fracas pode ser realizada com
íons hidrogênio gerados em um ânodo de platina.
H2O ½ O2(g) + 2 H+ + 2 e-
Titulações coulométricas envolvendo reações de
neutralização, precipitação e complexação
Titulações coulométricas envolvendo reações
de oxidação/redução
A determinação do ponto de equivalência (ponto
final) em titulações coulométricas
 Os mesmos indicadores, químicos ou eletroquímicos
podem ser utilizados.
 Numa titulação de neutralização podemos usar um
indicador universal de pH, um eletrodo de membrana
de vidro (potenciometria), ou ainda uma célula de
condutância (condutometria)
 Numa titulação de precipitação podemos usar um
indicador de adsorção (caso de haletos) ou um
eletrodo indicado de Ag (potenciometria).
 A concentração e tipo de analito é que vão indicar
qual o melhor método a ser escolhido.
Exercício
Questão 3: Um analista necessita determinar o teor de H2S em água
salobra. Optou por fazer esta determinação por via coulométrica,
utilizando KI em excesso.
a) Indique as reações que ocorrerão nos eletrodos e a subseqüente
reação química envolvida.
b) Sabendo que a titulação foi realizada empregando-se corrente
constante de 36,32 mA e que o ponto final foi alcançado após 10,12
minutos, determine o número de mol de íon S2- na amostra.
c) Calcule a concentração de H2S, em ppm, sabendo que o volume de
amostra utilizado foi de um litro.
Questão 4:
Em um potencial de -1,0 V (vs ECS), tetracloreto de carbono em metanol é
reduzido a clorofórmio em um cátodo de Hg:
2CCl4 + 2H+ + 2e- + 2Hg(l) 2CHCl3 + Hg2Cl2(s)
A -1,8 V, o clorofórmio ainda reage para formar metano:
2CHCl3 + 6H+ + 6e- 2CH4 + 3Hg2Cl2(s)
Uma amostra contendo 0,750 g de CCl4, CHCl3 e outras espécies
orgânicas inertes foi dissolvida em metanol e eletrolizada a -1,0 V até que
a corrente se aproximou de zero. Um coulômetro indicou que haviam sido
usados 11,63 C. A redução continuou até -1,8 V e ainda foram usados 68,6
C adicionais para completar a reação. Calcule a porcentagem de CCl4 e
CHCl3 na mistura.
Questão 5:
Uma amostra de 0,0809 g de ácido orgânico purificado foi dissolvida em
mistura de álcool/água e titulada com íons hidróxido gerados
coulometricamente. Com uma corrente de 0,0324 A, foram necessários
251 s para atingir o ponto final da titulação com a fenolftaleína. Calcule o
equivalente grama do ácido.
Determinação de água pelo método
de Karl Fischer
 É baseado na oxidação de SO2 pelo I2 em presença de água.
CH3OH + SO2 + RN [RNH]SO3CH3
I2 + [RNH]SO3CH3 + H2O + 2 RN [RNH]SO4CH3 + 2 [RNH]I
RN = base (imidazol)
 Karl Fischer propôs um reagente preparado pela ação de dióxido de enxofre
sobre uma solução de iodo numa mistura de imidazol e metanol anidros. A
água reage com este reagente num processo de duas etapas, no qual uma
molécula de iodo desaparece para cada molécula de água presente.
 A determinação do ponto final da reação pode ser visual, isto é, quando for
percebido um pequeno excesso de titulante. A viragem ocorre de amarelo para
uma coloração parda.
 Deve-se tomar bastante cuidado quando utilizamos Karl Fischer para evitar
contaminação do reagente e da amostra pela umidade atmosférica, todo
material deve ser devidamente seco antes do uso
Titulação Karl Fischer
 Titulação volumétrica com reagente KF: mg de água são titulados
 Faixa de aplicação de 0,1 a 100 %
 Depende da quantidade de amostra
Determinação coulométrica de água: µg de água são titulados
 Faixa de aplicação de 0,001 a 1 %
 10 µg – 200 mg de água pura
 Geralmente líquidos e gases
Detecção do ponto final:
 No ponto final da titulação, com o consumo total da água, ocorre a presença de
um ligeiro excesso de iodo (titulante) que causa a passagem de corrente ou
diminuição da resistência entre os 2 fios de platina do eletrodo.
Exercício
Questão 6: Para a análise da quantidade de H2O em uma amostra de
NaClO4.xH2O, inicialmente a água contida em metanol foi consumida
com a adição de reagente de Karl Fischer. A seguir, a padronização do
reagente foi feita por titulação, com adição de 0,0533 g de água,
levando ao consumo de 8,00 mL do reagente. Finalmente, uma
amostra de 0,3528 g de NaClO4.xH2O consumiu 6,80 mL do reagente
de Karl Fischer. Calcule o número de água(s) de hidratação deste sal.

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  • 2. Tipos de métodos eletroanalíticos Métodos Eletroanalíticos Métodos Interfaciais Métodos Não-Interfaciais Estáticos Dinâmicos Potenciometria Potencial Controlado Corrente Constante Voltametria Amperometria Eletrogravimetria Coulometria a Potencial Constante Titulações Coulométricas Eletrogravimetria Condutimetria Titulações Condutimétricas Titulações Potenciométricas
  • 3.  Baseia-se na medida da quantidade de eletricidade requerida para converter quantitativamente um analito em uma outra espécie com outro estado de oxidação.  A coulometria (assim como os métodos gravimétricos) têm como vantagem independer de padrões, pois as respectivas grandezas medidas (carga elétrica e massa) são parâmetros que podem ser medidos com precisão.
  • 4. Quando posso utilizar a coulometria?  Em princípio, qualquer reação (catódica ou anódica) pode ser utilizada em uma determinação coulométrica Dissolução de um metal Oxidação ou redução de uma espécie solúvel Condição imprescindível: A ocorrência de apenas uma reação Que a eficiência da corrente nesta reação seja 100% Obs.: A eficiência de corrente pode ser obtida sem que o analito participe diretamente do processo de transferência de elétrons junto ao eletrodo.
  • 5. Grandezas importantes em coulometria: Faraday: Carga correspondente a 1 mol de elétrons (ou 6,022 x 1023 elétrons). Coulomb: É a quantidade de carga elétrica transportada por uma corrente de 1 ampere durante 1 segundo. Carga do elétron = 1,60218 x 10-19 C/e- 1 F = 6,02218 x 1023 e- x 1,60218 x 10-19 C/e- = 96485 C
  • 6. Características da coulometria: Seletividade e rapidez moderada Precisão Exatidão Não requer calibração contra padrões
  • 7. Quantidade de eletricidade A quantidade de eletricidade ou de carga pode ser estabelecida em unidades de coulomb (C) ou de faraday (F). O coulomb é a quantidade de carga transportada em um segundo por uma corrente constante de um ampere. Para uma corrente variável, o número de coulombs é dado pela integral O faraday é a carga em coulomb associada a um mol de elétron. Assim a constante de faraday é 96485 C/mol. Onde; F é a constante de faraday N é o número de elétrons envolvidos molFNnQ IdtQ ItQ o    
  • 8. Exercício Questão 1: Uma corrente constante de 0,800 A foi usada para depositar cobre no cátodo e oxigênio no ânodo de uma célula eletrolítica. Calcule quantas gramas de cobre é formado em 15,2 minutos, assumindo que não ocorram outras reações de oxi-redução.
  • 9. Métodos Coulométricos  Coulometria a corrente constante (amperostática): Uma corrente fixa é aplicada ao longo de todo o experimento e o potencial varia. Desvantagem: Em amostras complexas, o potencial de oxidação (ou redução) de outras espécies podem ser atingidos, levando então a erros. Vantagem: A integração da corrente é simples. ItQ  I,ampere tempo, segundos Q = It
  • 10.  Coulometria a potencial controlado (potenciostática): O potencial do eletrodo de trabalho é mantido constante ao longo de toda a eletrólise, ocorrendo conseqüentemente um decréscimo da corrente conforme o analito é removido da solução. Evita-se assim reações paralelas, indesejáveis. A carga (em coulombs) é obtida pela integração da curva corrente/tempo:  IdtQ  IdtQ I,ampere tempo, segundos
  • 11. Célula Coulométrica Consiste de um eletrodo gerador, no qual o reagente é formado, e de um eletrodo auxiliar para completar o circuito. O eletrodo gerador deve ter uma área relativamente grande (uma tira retangular ou um fio enrolado de platina) Exemplo: Determinação coulométrica de ácido ascórbico com iodo. Eletrodo gerador: 2 I- I2 + 2 e- Eletrodo auxiliar: 2 H2O + 2 e- 2 OH- + H2(g)
  • 12. Na célula anterior, um dos eletrodos é colocado em compartimento separado. Qual a razão deste arranjo ser assim? Se os eletrodos não forem colocados em compartimentos separados, caso a reação envolvida não for completamente irreversível, o produto oxidado no eletrodo 1 será reduzido no eletrodo 2. Esta regeneração introduzirá um erro significativo na determinação em questão.
  • 13. Coulometria com corrente constante (Titulações coulométricas) Neste caso, o experimento começa com uma determinada corrente e finda com a mesma corrente fluindo pela célula. São condições indispensáveis: que a reação se dê com 100% de eficiência que o potencial de eletrodo seja controlado que haja uma forma de indicar o fim da reação
  • 14. Princípio  O reagente titulante é gerado eletroquimicamente mediante a aplicação de um controle adequado da corrente que flui no sistema.  Ou ambos, reagente titulante e analito são gerados eletroquimicamente sob condições controladas.  Em ambos os casos a eficiência de corrente tem que ser muito próxima de 100%. Ou seja, a quantidade de mol de elétrons gerados deve estar diretamente relacionada com a quantidade de mol de reagente gerado.
  • 15. O reagente pode ser gerado: Internamente – reação primária (ou direta) Pode ser aplicada apenas a poucos casos. Ex: Determinação de ácidos  Por eletrólise pode-se gerar H+ ou OH- Internamente – reação secundária (ou indireta) São as mais utilizadas. Permitem quantificar espécies que não podem ser determinadas diretamente e favorecem o estabelecimento de condições onde o processo se dá com 100% de eficiência. Formação externa do reagente A geração externa de reagentes pode ser aplicada quando uma amostra contém outras espécies que possam reagir a nível de eletrodo.  O caso mais comum é a geração coulométrica de H+ ou OH-.
  • 16. Esquema de um sistema para titulações coulométricas Ao se ligar a chave em 1, a corrente começa a fluir através da célula onde o titulante é gerado eletroquimicamente. Ao mesmo tempo o cronômetro é disparado. Quando um indicador apropriado sinalizar para a chegada do ponto de equivalência, o cronômetro é desligado. Conhecendo-se a corrente, e o tempo de eletrólise, temos a quantidade de carga gerada durante o processo e, portanto, a quantidade de titulante. O cronômetro é a bureta e a chave é a torneira da bureta.
  • 17. Exercício Questão 2: Uma solução de arsenito de concentração exatamente conhecida (5,00 x 10-3 mol/L) foi titulada com I2 gerado eletroquimicamente em um experimento coulométrico a corrente constante. Pergunta-se: a)Quais são as reações que acontecem nos eletrodos? b)Qual é o valor da corrente sabendo-se que o ponto de equivalência para a 100,0 mL de amostra foi atingido após 4,00 minutos?
  • 18. Titulação ácido-base Ácidos fracos e fortes podem ser titulados com alto grau de precisão, usando íons hidróxidos gerados em um cátodo pela reação. 2 H2O + 2 e- 2 OH- + H2(g) Já a titulação coulométrica de bases fortes e fracas pode ser realizada com íons hidrogênio gerados em um ânodo de platina. H2O ½ O2(g) + 2 H+ + 2 e-
  • 19. Titulações coulométricas envolvendo reações de neutralização, precipitação e complexação
  • 20. Titulações coulométricas envolvendo reações de oxidação/redução
  • 21. A determinação do ponto de equivalência (ponto final) em titulações coulométricas  Os mesmos indicadores, químicos ou eletroquímicos podem ser utilizados.  Numa titulação de neutralização podemos usar um indicador universal de pH, um eletrodo de membrana de vidro (potenciometria), ou ainda uma célula de condutância (condutometria)  Numa titulação de precipitação podemos usar um indicador de adsorção (caso de haletos) ou um eletrodo indicado de Ag (potenciometria).  A concentração e tipo de analito é que vão indicar qual o melhor método a ser escolhido.
  • 22. Exercício Questão 3: Um analista necessita determinar o teor de H2S em água salobra. Optou por fazer esta determinação por via coulométrica, utilizando KI em excesso. a) Indique as reações que ocorrerão nos eletrodos e a subseqüente reação química envolvida. b) Sabendo que a titulação foi realizada empregando-se corrente constante de 36,32 mA e que o ponto final foi alcançado após 10,12 minutos, determine o número de mol de íon S2- na amostra. c) Calcule a concentração de H2S, em ppm, sabendo que o volume de amostra utilizado foi de um litro.
  • 23. Questão 4: Em um potencial de -1,0 V (vs ECS), tetracloreto de carbono em metanol é reduzido a clorofórmio em um cátodo de Hg: 2CCl4 + 2H+ + 2e- + 2Hg(l) 2CHCl3 + Hg2Cl2(s) A -1,8 V, o clorofórmio ainda reage para formar metano: 2CHCl3 + 6H+ + 6e- 2CH4 + 3Hg2Cl2(s) Uma amostra contendo 0,750 g de CCl4, CHCl3 e outras espécies orgânicas inertes foi dissolvida em metanol e eletrolizada a -1,0 V até que a corrente se aproximou de zero. Um coulômetro indicou que haviam sido usados 11,63 C. A redução continuou até -1,8 V e ainda foram usados 68,6 C adicionais para completar a reação. Calcule a porcentagem de CCl4 e CHCl3 na mistura. Questão 5: Uma amostra de 0,0809 g de ácido orgânico purificado foi dissolvida em mistura de álcool/água e titulada com íons hidróxido gerados coulometricamente. Com uma corrente de 0,0324 A, foram necessários 251 s para atingir o ponto final da titulação com a fenolftaleína. Calcule o equivalente grama do ácido.
  • 24. Determinação de água pelo método de Karl Fischer  É baseado na oxidação de SO2 pelo I2 em presença de água. CH3OH + SO2 + RN [RNH]SO3CH3 I2 + [RNH]SO3CH3 + H2O + 2 RN [RNH]SO4CH3 + 2 [RNH]I RN = base (imidazol)  Karl Fischer propôs um reagente preparado pela ação de dióxido de enxofre sobre uma solução de iodo numa mistura de imidazol e metanol anidros. A água reage com este reagente num processo de duas etapas, no qual uma molécula de iodo desaparece para cada molécula de água presente.  A determinação do ponto final da reação pode ser visual, isto é, quando for percebido um pequeno excesso de titulante. A viragem ocorre de amarelo para uma coloração parda.  Deve-se tomar bastante cuidado quando utilizamos Karl Fischer para evitar contaminação do reagente e da amostra pela umidade atmosférica, todo material deve ser devidamente seco antes do uso
  • 25. Titulação Karl Fischer  Titulação volumétrica com reagente KF: mg de água são titulados  Faixa de aplicação de 0,1 a 100 %  Depende da quantidade de amostra Determinação coulométrica de água: µg de água são titulados  Faixa de aplicação de 0,001 a 1 %  10 µg – 200 mg de água pura  Geralmente líquidos e gases Detecção do ponto final:  No ponto final da titulação, com o consumo total da água, ocorre a presença de um ligeiro excesso de iodo (titulante) que causa a passagem de corrente ou diminuição da resistência entre os 2 fios de platina do eletrodo.
  • 26. Exercício Questão 6: Para a análise da quantidade de H2O em uma amostra de NaClO4.xH2O, inicialmente a água contida em metanol foi consumida com a adição de reagente de Karl Fischer. A seguir, a padronização do reagente foi feita por titulação, com adição de 0,0533 g de água, levando ao consumo de 8,00 mL do reagente. Finalmente, uma amostra de 0,3528 g de NaClO4.xH2O consumiu 6,80 mL do reagente de Karl Fischer. Calcule o número de água(s) de hidratação deste sal.