Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Evolução de pacientes com depressão do segmento ST induzido pela adenosina e com cintilografia do miocárdio normal
1. Evolução de pacientes com
depressão do segmento ST induzida
pela adenosina e com cintilografia
do miocárdio normal
2.
3. ● A cintilografia do miocárdio com estresse
farmacológico (adenosina) é uma
modalidade de imagem usada para o
diagnóstico de DAC e avaliação de risco de
coronariopatia em pacientes que não podem
ser submetidos ao teste ergométrico.
● Os pacientes que apresentam este exame
normal têm um risco de morte ou IAM de
menos de 1% até um ano após a realização
do exame.
4. ● A maioria dos pacientes com depressão ST, quer
durante o estresse farmacológico ou durante o teste
ergométrico, apresenta defeitos de perfusão reversíveis
na cintilografia do miocárdio.
● Embora a depressão do segmento ST durante o teste
ergométrico não acrescente dados prognósticos às
imagens da cintilografia de perfusão, o valor das
mudanças isquêmicas eletrocardiográficas durante a
infusão de adenosina em pacientes com cintilografia
normal tem sido debatido na literatura científica.
● Dois destes trabalhos (ver próximo slide) indicam que
estes pacientes mostram um risco aumentado de
eventos cardiovasculares futuros.
● O atual trabalho revisa este hipótese e compara seus
resultados com o de trabalhos anteriores.
5. Prognostic significance of ischemic electrocardiographic
changes during adenosine infusion in patients with normal
myocardial perfusion imaging.
Abbott BG, Afshar M, Berger AK, Wackers FJ.
J Nucl Cardiol. 2003 Jan-Feb;10(1):9-16.
Prognostic significance of ischemic electrocardiographic
changes during vasodilator stress testing in patients with
normal SPECT images.
Klodas E, Miller TD, Christian TF, Hodge DO, Gibbons RJ.
J Nucl Cardiol. 2003 Jan-Feb;10(1):4-8.
6. ● 65 pacientes foram escolhidos de um grupo de mais de
5.000 pessoas que foram submetidas à cintilografia do
miocárdio com adenosina no Centro de Cardiologia
Nuclear da Universidade de Birmingham.
● Estes pacientes foram selecionados de acordo com os
seguintes critérios:
○ ausência de IAM prévio ou revascularização do
miocárdio
○ todos apresentavam rítmo sinusal
○ ausência de BCRE
○ todos apresentavam cintilografia de perfusão do
miocárdio normal mas resposta ST isquêmica
(depressão ≥ 1mm)
7. ● O grupo de 65 pacientes era composto de 52 mulheres
e 13 homens com idade média de 66 ± 13 anos.
● 16 (25%) dos pacientes tinha diabetes mellitus.
● 48 deles (74%) apresentavam hipertensão arterial.
● Em um "follow-up" de 24 meses não foram registrados
mortes cardíacas ou IAM.
● Foram realizados 6 procedimentos de revascularização:
2 cirurgias de revascularização miocárdica e 4
angioplastias com stent.
● Um paciente faleceu devido a doença neoplásica.
8. Conclusão
Pacientes sem história de IAM ou revascularização, com cintilografia de perfusão do
miocárdio normal e apesar da depressão do
segmento ST apresentam um bom prognóstico: 0% de morte cardíaca ou IAM e 4,6% de
procedimentos de revascularização por ano.
9. ● Nossos resultados mostram que os pacientes com
cintilografia do miocárdio com estresse farmacológico
(adenosina) normais, apresentam um bom prognóstico,
mesmo com depressão do segmento ST.
● Isso mostra que a isquemia equilibrada não constitui
um mecanismo comum para as imagens de perfusão
normais.
● Acredita-se que a depressão do segmento ST
represente um roubo da artéria coronária ou diminuição
da pressão coronária distal associada com um pequeno
aumento do produto duplo (pressão sistólica X
batimentos cardíacos no pico do exercício).
● A presença de vasos colaterais intercoronarianos pode
ser considerada uma prova do roubo da artéria
coronária (ver próximo slide)
10.
11. ● Apesar da discordância entre vários
trabalhos, este trabalho mostra
concordância com um trabalho mais recente
por Chow e cols. que mostrou excelente
prognóstico em pacientes com perfusão
miocárdica normal submetidos a PET
cardíaco com estresse farmacológico com
dipiridamol.
12. ● As mulheres apresentam um maior índice de falsopositivo para depressão de ST durante o teste de
esforço que os homens.
● Isto nos leva a acreditar que parece haver uma
diferença ligada ao sexo na resposta do ST ao
exercício ou vasodilatação com fármacos.
● O estrogênio parece ter um efeito semelhante à
digoxina sobre o segmento ST.
● Esta hipótese é reforçada pelo fato de que as mulheres
na pré menopausa apresentam mais falso-positivos
para a depressão ST que as mulheres pós
menopausadas sem reposição hormonal.