SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 108
Baixar para ler offline
9. Princípios sobre a Preparação de

        Catalisadores Sólidos




                                      1/100
SUMÁRIO (vínculos)
•   9. Princípios sobre Preparação de Catalisadores Sólidos
     Ø 9.1 – Etapas de Preparação de Catalisadores Sólidos
     Ø 9.2. Formação de precipitados
          • 9.2.1. Formação de sol e gel
          • 9.2.4. Métodos de precipitação
                –   Precipitação contínua
                –   Coprecipitação contínua

     Ø 9.3. O envelhecimento de precipitados
          • 9.3.1. Transformações químicas no envelhecimento
          • 9.3.2. Crescimento de partículas, no envelhecimento
     Ø 9.4. A filtração e lavagem do precursor
     Ø 9.5. Secagem do precursor
     Ø 9.6. Moagem e conformação do precursor
     Ø 9.7. Ativação do precursor
          • 9.7.1. Tipos de reação na ativação
          • 9.7.2. Análise térmica da ativação
          • 9.7.3. Cinética de ativação
          • 9.7.4. Modificação texturais na ativação

                                                                  2/100
9. Princípios sobre Preparação de Catalisadores Sólidos                        300

1.    Um catalisador necessita de propriedades bem definidas:
      Ø qualidade e quantidade de sítios ativos,
      Ø porosidade,
      Ø resistência mecânica.


2.    A preparação de catalisadores sólidos, envolve muitas etapas.
      Ø    cada uma possui vários fatores que influenciam nas suas propriedades,
           Ø incluindo nas propriedades superficiais.



     Portanto, cada etapa pode influir:
          Ø na atividade e na seletividade catalítica.



     Por isso, a preparação:
               Ø exige um controle muito bom das condições de cada etapa.
                                                                                   3/100
9.1 – Etapas de Preparação de Catalisadores Sólidos    301


A preparação envolve áreas bastante diversas:
   Ø Química de precipitados
   Ø Química de colóides
   Ø Equilíbrio iônico líquido-sólido
   Ø Lavagem
   Ø Secagem
   Ø Moagem
   Ø Calcinação


A preparação pode exigir cuidados especiais:
   Ø são sólidos altamente dispersos e, por isso
   Ø termodinamicamente instáveis (meta-estáveis).

                                                      4/100
9.1 – Etapas de Preparação de Catalisadores Sólidos                 302


Etapas envolvidas são muito diversas e dependem
   Ø Das matérias primas (sais, suportes)
   Ø Do tipo de catalisador (óxidos, metais suportados, zeólitas).



Grande parte das etapas não envolvem o catalisador,
  mas o seu precursor.



Catalisador propriamente dito:
   aparece geralmente só nas últimas etapas do processo.


                                                                     5/100
9.1 – Etapas de Preparação de Catalisadores Sólidos                                                     303

                                                 CATALISADOR NÃO                      CATALISADOR
MATERIAL                    ETAPA                   SUPORTADO                          SUPORTADO

Matéria prima              Preliminar                            Escolha dos sais e do suporte



      P                                              Precipitação ou              Troca
      R                    Dispersão                                                             Impregnação
                                                     Coprecipitação               Iônica
      E
      C
      U                  Purificação                    Envelhecimento,         Lavagem,          Secagem
      R
      S
      O                 Conformação
      R                                                    Moagem,                  Empastilhamento



Catalisador                Ativação                                      Calcinação              Redução


   Figura 9.1. Esquema geral da preparação de catalisadores sólidos.                                           6/100
9.1 – Etapas de Preparação de Catalisadores Sólidos            304



Forma mais comum para se obter um sólido C altamente disperso.

1 – Partir de um precursor P que já seja altamente disperso

2 – Que o precursor P libere a maior quantidade de gases na
   calcinação
       Δ
P(s)          C(Δ) + gases


3 – Que se decomponha à menor temperatura possível, evitando a
   sinterização


                                                                 7/100
9.1 – Etapas de Preparação de Catalisadores Sólidos                               305
I – Inorgânicos

Carbonatos: Mg CO3 . 3H2O                              Mg O(s) + 3H2O(g) + CO2 (g)
                                 (s)   400ºC           200 – 300m2/g
Hidróxidos: 2Al(OH)3                      Al2O3 + 3H2O(g)
                                                 (s)
                         500ºC
                                       200 – 350m2/g
Hidróxi-carbonatos:
  2AlNH4 CO3 (OH)2 (s)                     Al2O3 (s) + 2CO2(g) + NH3 (g) + H2O (g)
                                       400 – 500m2/g
Nitratos: Ni(NO3)2(s)                  NiO(s) + N2O4 (g) + 1/2O2 (g)
                         500ºC
                                       10 – 20m2/g




                                                                                     8/100
9.1 – Etapas de Preparação de Catalisadores Sólidos                                305
I – Inorgânicos

Carbonatos: Mg CO3 . 3H2O                               Mg O(s) + 3H2O(g) + CO2 (g)
                                  (s)   400ºC           200 – 300m2/g
Hidróxidos: 2Al(OH)3                       Al2O3 + 3H2O(g)
                                                  (s)
                          500ºC
                                        200 – 350m2/g
Hidróxi-carbonatos:
  2AlNH4 CO3 (OH)2 (s)                      Al2O3 (s) + 2CO2(g) + NH3 (g) + H2O (g)
                                        400 – 500m2/g
Nitratos: Ni(NO3)2(s)                   NiO(s) + N2O4 (g) + 1/2O2 (g)
                          500ºC
                                        10 – 20m2/g

II – Orgânicos

Formiatos: Ni (HCOO)2 (s)                   Ni(s) + CO2 (g) + H2O (g) + CO (g)
                              400ºC

Oxalatos: Zn (COO)2 (s)                   ZnO (s) + CO(g) + CO2 (g)
                           350ºC
                                         30 – 40m2/g
                                                                                      9/100
9.2. Formação de precipitados                                                               306



Se o precursor P é pouco solúvel em H2O, o método mais empregado para a sua obtenção é a
    precipitação, a partir de soluções de outras matérias primas:

       +m           -a
  aM         + mA                MaAm(s)
      (aq)          (aq)


Exemplos:


  Al2(SO4)3(aq) + 6 NaOH(aq)                2 Al(OH)3(s) + 3 Na2SO4(aq)

resumidamente:

    +3        -
  Al    + 3OH                  Al(OH)3(s)
   (aq)     (aq)




                                                                                           10/100
9.2. Formação de precipitados




                                11/100
9.2. Formação de precipitados




Ba2+(aq) + CO32-(aq) <==> BaCO3(s)                           Hg22+(aq) + 2Cl-(aq) <==> Hg2Cl2(s)


                  www.public.asu.edu/~jpbirk/qual/qualanal/catprop.html                       12/100
9.2. Formação de precipitados


• O crescimento de um precipitado cristalino




       ð


                                               13/100
9.2. Formação de precipitados
Cristais de água (neve):
 Ø uma estrutura (hexagonal)
   Ø vários hábitos (formatos)




                  Wilson Bentley (1902) http://en.wikipedia.org/wiki/Wilson_Bentley   14/100
9.2.1. Formação de sol e gel

              Schematic illustration a precipitate, a sol and a gel




                              Nucleação                               Decantação




  Sol




                             Gelificação                              Decantação   15/100
9.2.1. Formação de sol e gel

                  Polycondensation ≠ Precipitation

                                                      M+ + X-
Si-OH + HO-Si


                monomer        dimer
   Si-O-Si                                   trimer    MX
      +
     H2O




                tetramer



                                          particle
                                                           16/100
9.2.1. Formação de sol e gel

                               Liquid Crystals




                                            17/100
9.2.1. Formação de sol e gel

       Schematic representation of a
 fully hydroxylated colloidal silica surface




                                               First fully ordered nanospheres
                                                    Lu et al, Nature 1999


                                                                             18/100
9.2.1. Formação de sol e gel

                               Silicate gardens




  Aqueous solution
    of Na2SiO3




                                                      Solid
                                                      CuSO4
                 Solid FeCl3         Solid Ni(NO3)2
                                                              19/100
9.2.1. Formação de sol e gel




  A. Poyraz, C. Albayrak, Ö. Dag, Microporous & Mesoporous Materials 115 (2008) 548–555   20/100
9.2.1. Formação de sol e gel




TEM of ca. 6 nm amorphous SiO2                     SEM of ca. 250 nm amorphous SiO2
        spheres in a gel                                    spheres in opal

    www.pra-world.com/research/workshops/nano/john_hay_presentation.ppt
    www.minsocam.org/msa/collectors_corner/aam/opal.htm
                                                                                      21/100
9.2.1. Formação de sol e gel

           Os sólidos amorfos podem ter hábitos similares aos cristalinos




SEM image of SBA-1 mesoporous SiO2
  S. Che, Y. Sakamoto, O. Terasaki, T. Tatsumi,
      Microporous & Mesoporous Materials
               85, 207-218 (2005)                      SEM microphotograph of SBA-1
                                                  O.Anunziata, A. Beltramonea, M. Martíneza & L. Belona,
                                                    J. Colloid & Interface Science, 315, 184-190 (2007)

                                                                                                     22/100
9.2.1. Formação de sol e gel




                   www.rsc.org/   23/100
9.2.1. Formação de sol e gel
 Transition metal alkoxides are highly reactive
     toward hydrolysis and condensation




                                                  24/100
9.2.1. Formação de sol e gel

                                                       Extração do
                          Polimerização                 Solvente




                 Sol                      Gel                                Aerogel
                                                Evaporação do
                                                  solvente



   Fiação

                       Xerofilme


Fibra cerâmica             Calor                                Calcinação
                                                      Xerogel



                       Membrana                                               Cerâmica
                                                                                       25/100
9.2.1. Formação de sol e gel




    Isolamento térmico da sílica gel:
permite manter uma flor sobre uma chama

http://eande.lbl.gov/ECS/aerogels/sa-photos.html   Prakash et al., Nature 1995   26/100
9.2. Formação de precipitados                                                       307

A condição necessária para que se forme precipitado é que
[A-a]m . [M+m]a > Kps
Kps = [A-a]eqm . [M+m]eqa


Onde [A-a] e [M+m] são concentrações do composto A e M na solução em equilíbrio
      com AmMa sólido.
O grau de saturação S é:
    Concentração analítica                     Co
S=                                           = C
   Concentração de saturação                    s




Se:
       S < 1 : a solução não está saturada
       S = 1 : a solução está saturada
       S > 1 : a solução supersaturada, meta estável, podendo formar precipitado

                                                                                   27/100
9.2. Formação de precipitados                                      308



      Tabela 9.1. Produto de solubilidade de alguns compostos.
         Substância             Kps                Csat
           Aℓ(OH)3             4x10-13           1x10-3M
           Zn(OH)2             1x10-14           3x10-5M
           Fe(OH)3             1x10-36           1x10-9M
           MgCO3               5x10-5            7x10-3M
            CaCO3              6x10-9            8x10-5M
            BaCO3              4x10-10           2x10-5M




                                                                 28/100
9.2. Formação de precipitados                                                              308



    Se o grau de super saturação S>>1:
       a formação de precipitados se dará por nucleação homogênea ⇒

                 Ø   Geração de cristalitos do seio da solução:



    H       H             H       H              H       H
        O                     O                      O                     M+ A- M+...
             M+                                          M+ A-
                                  M+...A-                                  A- M+ A- ...
                                                         A- M+
   A- H                                 H
             O                            O              M+ A-             M+ A- M+...
      H                                 H                        O
                                                             H       H
Íons isolados (aq)        Par de Íons(aq)     Aglomerado de Íons(aq)     Cristalitos(s)   (d ≃ 0,1µ)




                                                                                              29/100
9.2. Formação de precipitados                                       308B




Como S > > 1 a velocidade de precipitação é muito alta, com
  formação de muitas partículas com pequenas dimensões.

A energia livre de precipitação por nucleação homogênea é:

     ΔGg = ΔGv + ΔGs



• ΔGg < 0 : energia livre para germinação

• ΔGv < 0 : energia livre para a nucleação dos n íons (volume)

• ΔGs > 0 : energia livre para criação da interface líquido-sólido

                                                                     30/100
9.2. Formação de precipitados                                                               309

                                                                        ΔGs

               ΔG


                                                                GERME CRÍTICO


                                                                        MENOR GERME ESTÁVEL

               ΔGg



                                                              rE




                                                                              ΔGg


                                                               ΔGv


Figura 9.2. Energia livre na formação de um germe de precipitado (45)
                                                                                          31/100
9.2. Formação de precipitados
    9.2. Formação de precipitados

                                      2



                                      1
            Energia de Gibbs (u.a.)




                                      0



                                      -1           ∆Gvolume
                                                   ∆Gsuperfície
                                                   ∆GGlobal
                                      -2
                                           0,0            0,5        1,0         1,5          2,0
                                                 Dimensão do germen ou partícula, rp (u.a.)
Figura 9.2. Energia livre na formação de um gérmen de precipitado (45)
                                                                                                    32/100
9.2. Formação de precipitados

                                      2



                                      1
            Energia de Gibbs (u.a.)




                                      0



                                      -1           ∆Gvolume
                                                   ∆Gsuperfície
                                                   ∆GGlobal
                                      -2
                                           0,0            0,5        1,0         1,5          2,0
                                                 Dimensão do germen ou partícula, rp (u.a.)
Figura 9.2. Energia livre na formação de um gérmen de precipitado (45)
                                                                                                    33/100
9.2. Formação de precipitados

                                      2



                                      1
            Energia de Gibbs (u.a.)




                                      0



                                      -1           ∆Gvolume
                                                   ∆Gsuperfície
                                                   ∆GGlobal
                                      -2
                                           0,0            0,5        1,0         1,5          2,0
                                                 Dimensão do germen ou partícula, rp (u.a.)
Figura 9.2. Energia livre na formação de um gérmen de precipitado (45)
                                                                                                    34/100
9.2. Formação de precipitados

                                      2



                                      1          Δ Ggerminação
            Energia de Gibbs (u.a.)

                                                                       gérmen
                                                                       crítico



                                      0
                                                                          rC          rE          estabilidade



                                      -1               ∆Gvolume                     menor
                                                                                 gérmen estável
                                                       ∆Gsuperfície
                                                       ∆GGlobal
                                      -2
                                           0,0                   0,5    1,0          1,5              2,0
                                                   Dimensão do germen ou partícula, rp (u.a.)
Figura 9.2. Energia livre na formação de um gérmen de precipitado (45)
                                                                                                                 35/100
9.2.1. Velocidade de nucleação homogênea                                                                                                          310


                                                                          k o Co                            vg                         1
                     vg =
                                                                          e (k’T3 / ln2S)                  ko.Co =         e       (k’T3 / ln2S)

                 Velocidade relativa de germinação, vg / koCo   1,0


                                                                0,8


                                                                0,6


                                                                0,4


                                                                0,2
                                                                                                                               o
                                                                                                                           20 C
                                                                0,0
                                                                   0,95        1,00     1,05       1,10      1,15   1,20           1,25
                                                                                            Grau de saturação, s


Figura 9.3. Velocidade de germinação de precipitados em função do grau de supersaturação (45)


                                                                                                                                                   36/100
9.2.1. Velocidade de nucleação homogênea                                                                                                            310


                                                                                                    vg                      1
                                                                                                   ko.Co =         e   (k’T3 / ln2S)

                 Velocidade relativa de germinação, vg / koCo   1,0


                                                                0,8

                                                                          solução diluída
                                                                0,6


                                                                0,4


                                                                0,2
                                                                                                                                          o
                                                                                                                                         20 C
                                                                0,0
                                                                   0,95                     1,00    1,05    1,10        1,15      1,20        1,25
                                                                                                     Grau de saturação, s


Figura 9.3. Velocidade de germinação de precipitados em função do grau de supersaturação (45)


                                                                                                                                                     37/100
9.2.1. Velocidade de nucleação homogênea                                                                                          310


                                                                                  vg                      1
                                                                                 ko.Co =         e   (k’T3 / ln2S)

                 Velocidade relativa de germinação, vg / koCo   1,0


                                                                0,8


                                                                0,6


                                                                0,4


                                                                0,2
                                                                                                                        o
                                                                                     s*                                20 C
                                                                0,0
                                                                   0,95   1,00    1,05    1,10        1,15      1,20        1,25
                                                                                   Grau de saturação, s


Figura 9.3. Velocidade de germinação de precipitados em função do grau de supersaturação (45)


                                                                                                                                   38/100
9.2.1. Velocidade de nucleação homogênea

                                                                    vg                      1
                                                                   ko.Co =        e     (k’T3 / ln2S)

                                                          0,95   1,00   1,05     1,10        1,15       1,20   1,25

         Derivada da velocidade relativa de germinação
                                                         14

                                                         12

                                                         10

                                                         8

                                                         6

                                                         4

                                                         2

                                                         0
                                                          0,95   1,00   1,05     1,10        1,15       1,20   1,25
                                                                        Grau de saturação, s




                                                                                                                      39/100
9.2.1. Velocidade de nucleação homogênea                                                                                          310


                                                                                  vg                      1
                                                                                 ko.Co =         e   (k’T3 / ln2S)

                 Velocidade relativa de germinação, vg / koCo   1,0


                                                                0,8


                                                                0,6


                                                                0,4


                                                                0,2
                                                                                                                        o
                                                                                                                       20 C
                                                                                                                          o
                                                                0,0                                                   100 C

                                                                   0,95   1,00    1,05    1,10       1,15      1,20         1,25
                                                                                   Grau de saturação, s


Figura 9.3. Velocidade de germinação de precipitados em função do grau de supersaturação (45)


                                                                                                                                   40/100
9.2.1. Velocidade de nucleação homogênea

                                                                       vg                      1
                                                                      ko.Co =         e   (k’T3 / ln2S)

      Velocidade relativa de germinação, vg / koCo   1,0


                                                     0,8


                                                     0,6


                                                     0,4


                                                     0,2
                                                                                                             o
                                                                                                            20 C
                                                                                                               o
                                                     0,0                                                   100 C

                                                        0,95   1,00    1,05    1,10       1,15      1,20         1,25
                                                                        Grau de saturação, s




                                                                                                                        41/100
9.2.2. Velocidade de nucleação heterogênea                                                                    312
A velocidade de nucleação heterogênea vc é função da diferença de concentração analítica, Co e de saturação, Csat:

vc = k (Co – Csat)α

               Co
Mas como                 = S logo     Co = SCsat        ∴
               Csat

vc = k (SCsat – Csat)α     ∴    vc = k Cαsat (S – 1) α      ∴   vc = k’ (S – 1)α       (25)


O expoente α depende do grau de supersaturação S, α = f(s) da seguinte maneira:



  α≈2     se 1 < S < S*


  α≈1     se S >> S *
                                          α
                                           3


                                           2


                                           1
                                                                                           S
                                                    1           S*                     Supersaturação          42/100
9.2.2. Velocidade de nucleação heterogênea                                    311




Se 1 < S < S*, a velocidade de germinação é muito lenta, mas se na solução
     colocarmos cristalitos do precipitado ou outras impurezas que induzam a
     formação de aglomerados, ocorrerá precipitação do soluto em excesso
     sobre esses centros, ou seja, uma nucleação heterogênea.


Portanto:


a)   A nucleação heterogênea não dá origem a novas partículas de
     precipitado, como a homogênea.
b)   Como não há aumento do número de partículas durante a nucleação
     heterogênea, esta se dá pelo aumento do tamanho das partículas do
     precipitado.


                                                                           43/100
9.2.3. Supersaturação e tamanho das partículas                                     313



Se 1 < S < S* a precipitação será lenta e predominantemente heterogênea.
Se S > S* a precipitação será rápida e homogênea.
No primeiro caso, haverá crescimento e no segundo geração de partículas.
       VELOCIDADE DE PRECIPITAÇÃO




                                                         vg

                                                                   vc


                                           (I)                  (II)
                                         POUCAS E
                                         GRANDES          MUITAS E PEQUENAS
                                        PARTÍCULAS            PARTÍCULAS




                                                                              S
                                    1                S
Figura 9.4. Velocidade de germinação e nucleação heterogênea em função do grau de
    supersaturação (45)

                                                                                  44/100
9.2.3. Supersaturação e tamanho das partículas


   Velocidade relativa de precipitação (adimensional)    1,0
                                                                                                                                   vg
                                                         0,5

                                                        0,10


                                                        0,08   solução diluída                                                     vc


                                                        0,06


                                                        0,04
                                                                                                              Tipo de precipitação
                                                                                                                    homogênea
                                                        0,02                                                             (germinação)
                                                                                                                    heterogênea
                                                        0,00                                                            (crescimento)

                                                                                 1,00                  1,05                       1,10
                                                                                        Grau de supersaturação, s

                                                                                                                                         45/100
9.2.3. Supersaturação e tamanho das partículas
                                                                                                314
A diminuição do tamanho das partículas quando S > S* está dada pela expressão:
             l*
     l=                     1≤β≤2
            Coβ

β varia conforme o tipo de substância e l* é o tamanho médio formado quando S = S*
Nota-se na figura que l decresce com a solubilidade do precipitado.
   l (µ)
    30                 C*

    25

    20

    15                                                            Mg CO3(Co x 10)

    10                                                                                Co CO3
                                                                                      Sr CO3
     5                                                                                Bo CO3

     0,5    1     2     3       4      5       6      7      8       9     10         Co (10-3M)

Figura 9.5. Tamanho das partículas de carbonatos alcalino terrosos a diferentes concentrações (37)
                                                                                              46/100
9.2.4. Métodos de precipitação                                                          315



Existem duas formas de se colocar em contato os dois íons (cátion e anion) que darão
      origem ao precipitado:


A)    Por geração interna de um dos componentes.
Neste método, um dos componentes do precipitado está desde o início na solução, e o
      outro vai sendo formado gradativamente, no interior da própria solução.
Como a concentração do 2º componente, inicialmente é baixa, o precipitado demora
      um certo tempo para se formar, simultaneamente, em todo o volume da solução.
Por isso, esta precipitação é chamada de homogênea, embora ocorra principalmente por
      nucleação heterogênea.




                                                                                       47/100
9.2.4. Métodos de precipitação
                                                                                   316
O precipitado formado por geração interna geralmente é formado por partículas de
     tamanho relativamente grande e bem formadas.

Reagentes usados na geração interna de ânions:

(NH2)2 CO(aq) + 3H2O        ⇌    2 OH       + 2NH       + CO2(g)

                        ⇌
                              –2             –                    +
2NH4 HCO3(aq)               CO3       +   HO(aq)+   CO2(g) +   2NH4(aq)
                               (aq)




Ambas hidrólises são reversíveis, mas consomem grande parte do reagente à
     medida que o OH – e CO3 – 2 reagem com o cátion metálico:


   +2              –
Ni          + 2OH(aq)                      Ni(OH)2(s)
  (aq)


                –2
Mg +2 + CO3             + 3H2O                Mg CO3 . 3H2O(s)
     (aq)        (aq)


                                                                               48/100
9.2.4. Métodos de precipitação                                                                    317

B)     Por mistura de dois componentes


É o método mais comum de realizar precipitação.
Cada solução contém um componente do precipitado e a precipitação, em geral, ocorre
       instantaneamente, durante a mistura.
O grau de supersaturação S > > S* e por isso, a nucleação predominante é homogênea.
       Consequentemente o tamanho médio das partículas é relativamente pequeno.
A mistura é feita com forte agitação, para melhor homogeneização, e pode ser realizada de três
       formas:


a)     Semicontínua     ( I e II )
b)     Continua          ( III )




                                                                                                 49/100
Precipitação semicontínua I e II                                                        318




É o método mais usado nas precipitações porque é mais simples, porém apresenta
   inconvenientes especialmente no de tipo I, onde a concentração do reagente B, CB,
   varia ao longo da precipitação.
Portanto, o grau de supersaturação S também varia, dando origem a precipitados finos
   no início (S > > S*) e de tamanho maior no fim da precipitação (S < S*).
A variação do grau de supersaturação S durante a precipitação em reator do tipo I pode
   ser analisada se fizermos algumas hipóteses:


1º) que a formação do precipitado, após a adição do segundo reagente, seja instantânea.


2º) que a solubilidade do precipitado seja despresível (Kps ≈ 0).




                                                                                      50/100
Precipitação semicontínua I e II
                                                                             319
Nessas condições temos:

  –         +
A(aq) + M(aq)          MA(s)

Se a concentração de A = CAo volume e concentração inicial de M: Vmo e Cmo

XM = fração de moles de M precipitados
       número de moles de M precipitados
XM =     número de moles de M iniciais

     nMA           nMA
XM = n          = C V
       Mo          MO MO



Como a estequiometria A: M = 1:1, a cada adição de um volume VA, são
   adicionados nA = CAoVA e são precipitados nMA = nM = nA = CAoVA
A concentração de M após a adição de VA será:
 moles não reagidos                 nMO – nMA
                           = CM =
    volume final                     VMO + VA                            51/100
9.2.4. Métodos de precipitação            320


       1 – (nMA / nMO)
CM =
        VMO +       VA     ∴
        nMO        nMO


           1 – XM                x CMO
CM =
         1     + XM
        CMO       CAO


               1 – XM
CM = CMO
             1 + CMO XM
                 CAO



CM     1 – XM
    = 1+C X
CMO       MO M
        CAO

                                         52/100
9.2.4. Métodos de precipitação                                               321
 CM     1 – XM
     = 1+C X
 CMO       MO M
         CAO


Da figura nota-se que se CM ≈ o ou seja CAO > > CMO temos uma queda
                              CMO

linear da supersaturação como grau de conversão XM.
 CB/CBO

     1

                                      a: CBO/CAo = 0
    0,8                               b: CBO/CAo = 1
                        a
                                      c: CBO/CAo = 1o
    0,6
                    b

    0,4        c

    0,2


              0,2       0,4     0,6   0,8        10     XB


Figura 9.7. Variação da concentração de um dos reagentes, em função do grau
   de conversão, em reator semicontínuo.                                   53/100
9.2.4. Métodos de precipitação
                                                                                                        322
 Tabela 9.3. Características dos reatores de precipitação
                    Reator                I                         II                     III

 Tipo                             Semicontínuo            Semicontínuo        Mistura (contínuo)
 Temperatura                      Constante               Constante           Constante
 CA / CB                          Variável                Constante           Constante
 pH                               Variável                Constante           Constante
 CA e CB                          Variável                Variável            Constante
 Volume                           Variável                Variável            Constante
 Grau de supersaturação           Variável                Variável            Constante
 Tempo médio de residência        Variável                Variável            Constante




FA, CAo                       FA, CAo                        CBO, FB     FA, CAo                   CBO, FB

          A                             A             B                            A         B




          B

                I                                II                                    III
                                                                                                      54/100
Figura 9.6. Reatores utilizados em precipitação de sólidos (39)
Precipitação contínua - III                                        323




A maior desvantagem dos reatores semi-contínuos está na
  precipitação de dois ou mais íons metálicos (co-precipitação)
  pois em geral estes possuem Kps diferentes.
A co-precipitação em reator semi-contínuo produz partículas de
  composição muito diferentes:
• No início da co-precipitação as partículas são ricas no
  composto menos solúvel.
• No final da co-precipitação as partículas são ricas do composto
  mais solúvel.

                                                                  55/100
Coprecipitação contínua                                                                                        324

A obtenção de composto co-precipitados, com composição química constante só é
   possível em reator contínuo.
Neste, as concentrações, pH, temperatura, etc, ficam constantes durante o processo de
   precipitação




Figura 9.8. Precipitação seqüencial de carbonatos em reator semi-contínuo (39) Catalisador para Metanol CuO:
                                                                                                        CuO:
    ZnO: Al2O3
    ZnO:

                                                                                                               56/100
Coprecipitação contínua
                                                                                                              325
Nos reatores contínuos, e para a reação, por exemplo:

A
    –   +   B+           k
                         AB(s)
                           1
                                          Kps1
                                                                B
  (aq)
A    + C                   AC (s)         Kps2
    –            +         k2
                                                                C
A(aq)      (aq)
  composição da fase sólida está dada pela relação de Doermer-Hoskins:




   CBs            CBl
O coeficiente λ depende muito da velocidade de precipitação, ou seja, dos graus de supersaturação SB e SC.
          = λ
   C saturações não cl
Se as cs          C forem altas (1 < S < S*) o coeficiente λ tende a ser igual à relação dos Kps




                                        Co-precipitação seletiva

                                                                    C
             Kps1    C                           CBs
    λ =                             e                       Kps1 . CBl
             Kps2    B                           Ccs    =
                                                            Kps2 . Ccl
                                                                    B                                        57/100
Coprecipitação contínua                                                                            326

Se a saturação for S > S* as velocidades de precipitação de B+ e C+ serão tão altas que a formação
    do precipitado fica limitada pela velocidade de difusão dos íons B+ e C+ em direção à
    superfície do precipitado.


Nessas condições:

        k’1                C          C
λ =     k’2   ≈ 1 ∴ CBS ≅ CBl
                     CS    Cl



k’1 ≈ k’2 = coeficientes de difusão dos íons B+ e C+




                                                                                                 58/100
9.3. O envelhecimento de precipitados
                                                                                   328
O envelhecimento pode propiciar dois tipos de mudanças no precipitado:
1.    Transformações químicas
2.    Crescimento das partículas



9.3.1. Transformações químicas no envelhecimento

Diversos sistemas químicos que visam a precipitação de um determinado composto
      químico permitem que se formem também outros tipos de sólidos que portanto
      são meta estáveis.
Exemplo: se adicionarmos uma fase a uma solução de sulfato de alumínio,
      esquematicamente ocorre a seguinte reação:



Al
   +3
       + n OH
               –
              (aq)
                   → precipitado P
  (aq)

                                                                               59/100
9.3.1. Transformações químicas no envelhecimento                      329

Dependendo das condições da precipitação a saber: pH, temperatura,
  concentração dos íons, poderão se formar os seguintes compostos, em
  ordem crescente de estabilidade:
•   Sulfato básico de alumínio   Al(SO4)n (OH)3 – 2n n ≤ 1,5
•   Boehmita microcristalina      AlOOH . mH2O
•   Bayerita
                     Al (OH)3
•   Hidrargilita
•   Boehmita       Al O(OH)


Quando se adiciona uma base à solução de sulfato de alumínio, forma-se
  inicialmente o sulfato básico de alumínio, o qual, dependendo do pH e
  temperatura, vai transforma-se nos outros sólidos:



                                                                      60/100
9.3.1. Transformações químicas no envelhecimento                                                            330
Al+3 + (3 – 2n) OH – + nSO4 = Al(SO4)n (OH)3 – 2n 1,5 > n > o

O valor de n depende do pH, e do tempo de envelhecimento, para uma mesma
   temperatura.
% SO4 = no
PRECIPITADO

         17,5

           15

                                                                     pH = 8
         12,5

          10

          7,5
                                                                      pH = 9
          5,0

          2,5                                                         pH = 10

                    10           20           30             40                50   TEMPO
                                                                                      (h)

Figura 9.9. Teor de íon sulfato nos precipitados obtidos a diferentes valores de pH e tempo de envelhecimento,
    a 30ºC (51)
                                                                                                             61/100
9.3.1. Transformações químicas no envelhecimento
                                                                                                      331
Paralelamente à queda no teor de íons sulfato, o sólido sofre outras transformações,
   como por exemplo, na sua área específica.

     S (m2/g)



         300

                                             pH = 10


                                              pH = 9
          200




          100
                                              pH = 8


                   20               40            60              80      TEMPO
                                                                            (h)



Figura 9.10. Área específica de hidróxidos de alumínio obtidos entre pH 8 e 10, a diferentes tempos de
    envelhecimento a 30ºC (51)                                                                       62/100
9.3.1. Transformações químicas no envelhecimento                              332
A estrutura química dos sólidos também muda com o tempo de envelhecimento e com
   o pH:

P = Boehmita microcristalina
B = Bayerita
H = Hidrargilita




Figura 9.11. Difratograma de precipitados descritos nas figuras 9.9 e 9.10 (51)   63/100
9.3.1. Transformações químicas no envelhecimento                                       333
Se acompanharmos a evolução dos compostos durante o envelhecimento temos:
             %        BOEHMITA
              50
                          MICROCRISTALINA
              40
                                             BAYERITA
                                                                       material amorfo
              30                                                       hidrargilita

              20


              10


                      5              10              15        TEMPO
                                                                 (h)
Figura 9.12. Transformação da boehmita microcristalina em bayerita a pH = 10,7

Assim sendo, o mecanismo provável seja um conjunto de reações em série
   paralela.

                             9 < pH < 10
             pH > 4                         boehmita microcristalina
Al+3 + OH –           Sulfato básico
                             10 < pH < 11   bayerita         hidrargilita
                                                          pH > 11                        64/100
9.3.2. Crescimento de partículas, no envelhecimento              339



Se deixarmos um sólido disperso em um líquido o tempo
  suficiente, observa-se que a tendência é haver um aumento do
  tamanho médio das partículas.
Esse comportamento foi explicado por GIBBS (1878) no sentido
  de que as partículas tendem a satisfazer a condição de um
  mínimo de energia, e as menores tem mais energia em relação
  as maiores. Se houver um líquido onde o sólido possa se
  dissolver (ainda que com baixo Kps), as partículas menores
  tendem a se dissolver e se despontar nas partículas maiores.


                                                                 65/100
9.3.2. Crescimento de partículas, no envelhecimento           340

Quantitativamente:

ΔGr = RT ln         C=
                     r           2 γ VM
                    COO              r
Onde:
ΔGr = energia livre de uma partícula de dimensão r
Cr, COO = solubilidade da partícula de dimensão r e infinita
γ = tensão superficial partícula/líquido
r = dimensão da partícula

Ou seja:




                                           B
               (2 γ VM / r RT)
 Cr  =l                             =l     r
 COO


           2 γ VM                         Cr
 B=
             RT      >0         ∴             >1
                                          COO
                                                               66/100
9.3.2. Crescimento de partículas, no envelhecimento




        Preparação de proteínas, via cristalização

                                 Ø Total: 15 fotos
                                 Ø Intervalo entre cada foto: 20 min
                                 Ø Duração total da cristalização: 5 h




                     200 µm                     Proteinase K
                                  (enzima utilizada para análise de DNA)


                                                                           67/100
9.3.2. Crescimento de partículas, no envelhecimento                                            341
Se h for a dimensão característica da partícula, a e b, os fatores de forma bi e tri-
    dimensionais.
A = a h2 área da partícula
V = b h3 volume da partícula

          A                a . 1                        k
S=                 =                      ∴        S=
         V.ρ               bρ r                         r

A área específica deve cair com aumento da dimensão da partícula.
             Ch        6
             CO
                       5

                       4
                                     BaSO4
                       3
                              AgCl
                       2

                       1

                                                                                        h (µ)
                        0,1                  0,5                  1,0

Figura 9.16. Solubilidade relativa de precipitado em função do tamanho das partículas (6)
                                                                                                68/100
9.3.2. Crescimento de partículas, no envelhecimento                                 341B

      h (µ)



         100

                                                            90ºC
          80


                                                            70ºC
          60



                                                             50ºC
          40



          20                                              pH = 10


                                                                        T (horas)
                             100                                200



   Figura 9.17. Crescimento das partículas de boehmita microcristalina (38)

                                                                                    69/100
9.3.2. Crescimento de partículas, no envelhecimento                                       342
   S (m2 / g)

         350



         300

                                                              30ºC
         250



         200
                                                              70ºC



         150                                                 90ºC


         100



          50
                                                                          T (horas)
                        50                  100                     150



 Figura 9.18. Área específica da boehmita microcristalina descrita na figura 9.17 (38)

                                                                                         70/100
9.5. Secagem do precursor                                                    200




Objetivo: Eliminar o solvente usado na lavagem do precursor. Dependendo da
  porosidade do precursor, até 90% de seu peso pode ser de líquido (silica-
  gel, por exemplo)          Solvente                       Camada limite

                                                                     Pg tS
                                                                         gás

                                                             PS

                                                           convecção




PS = pressão de vapor do solvente contido no sólido, à temperatura de
   secagem, tS
Pg = pressão do solvente no gás de secagem.
A secagem ocorre quando PS > Pg
                                                                            71/100
9.4. A filtração e lavagem do precursor




                                          72/100
9.5.1. Secagem de sólido macroporoso                                   201
O comportamento da secagem é diferente quando o sólido é macroporoso ou
   microporoso.



9.5.1. Secagem de sólido macroporoso
Macroporoso para secagem de água ≈ rp > 500
Como o diâmetro em poros é relativamente grande a velocidade de
   secagem é determinada pela convecção do vapor do solvente:

    dm    = a kV (PS – Pg)         massa solvente
    dt                                 tempo


a = área de contato (externa) líquido-gás
kv = coeficiente de transporte do vapor do líquido


                                                                      73/100
9.5.1. Secagem de sólido macroporoso                                        202



Durante a secagem, a temperatura do sólido TS, também varia, pois a secagem
   é um processo endotérmico.
A velocidade de transferência de calor é proporcional à de massa:


        dq          dm           calorias
           = cv
        dt          dt            tempo




cv = calor de vaporização do solvente
As condições de secagem variam da seguinte forma:




                                                                              74/100
9.5.1. Secagem de sólido macroporoso
                                   Temperatura do                                                          203
                                                                                      sólido




                 VELOCIDADE (g/h)
                                                                                        Tg
                                            B         C




                                                                                        Te
                                    A
                                                                               D
                                                                                         To
                                            B   C               D             E TEMPO
Figura 9.21. Secagem de sólidos macroporosos: evolução da velocidade de secagem e temperatura
             do sólido (30)

 AB: aquecimento da torta, de To a Ts. A velocidade de secagem aumenta devido ao aumento da pressão de vapor.
 BC: equilíbrio da velocidade de secagem e de aquecimento. A superfície continua úmida, e a secagem limitada pela
     convecção.
 CD: retração da superfície do líquido para o interior do sólido ⇒ menor área de contato a. Velocidade de
     secagem limitada pela difusão: - DAB = difusividade




                                        dm           d PA
                                           = – DAB   dx                                                   75/100
                                        dt
9.5.1. Secagem de sólido macroporoso                                                    204
A velocidade de retração da superfície do líquido não é uniforme, mas
depende do raio do poro, rp, pois a altura do capilar será:

     2γ                     h1         r2
 h=                e
    ρ g rp                  h2 =       r1




     Figura 9.22. Avanço do menisco do líquido contido nos poros durante a secagem (53)



As impurezas se concentram nos poros de menor tamanho. Em impregnação
contorna-se esse comportamento pela diminuição de p e aumento de η.
Nestas condições a secagem não depende do fluxo do gás de secagem.                        76/100
9.5.2. Secagem de sólido meso e microporoso                                          205



  vo
                                                                                Temperatura do gel
       VELOCIDADE (g/h)
       VOLUME DO GEL




                                                                         II     Tg
                              B       C




                                                                                Ti


                          A           D
    vf


                                                       E                        To

Figura 9.23. Secagem de um gel: evolução da velocidade de secagem, temperatura e volume do gel (52)


ABC: comportamento semelhante ao aos macroporos;
CD: a velocidade de secagem cai bruscamente devido à limitação por difusão nos meso
  e microporos. A temperatura do sólido se aproxima rapidamente à do gás.          77/100
9.5.1. Secagem de sólido macroporoso                                               206
Se o sólido tiver microporos (rp < 100Å para a água) a secagem também fica mais lente
    devido à diminuição da pressão de vapor PS (equação de Kelvin), pois:

                           – 2γVm          – 11                 (27ºC)
       ln PS/PO =
                           RT ρ rp
                                      ≈     rp
                    dmA
        e                    = – DAB dPA
                     dt
                                      dx
            PS
                                                                     P (Atm)
            PO
                      II
            1,0                                                      250
                                  I           I = 27ºC
             0,8                              II = 100ºC             200

             0,6                                                     150


             0,4                                                     100

             0,2                                                     50


                       30
                                                                           r (Å)
Figura 9.24. Pressão parcial da água100
                                     adsorvida em sólidos microporosos.
                                              300       1000


                                                                                    78/100
9.5.1. Secagem de sólido macroporoso                                                 207
Se o sólido micro ou mesoporoso tiver alta plasticidade, (silica-gel, boehmita
   microcristalina, etc) a secagem poderá ser acompanhada de grande
   diminuição de volume do sólido (até ∼ 80%), pois a pressão aplicada pela
   tensão superficial será: P = 2γ / rp

             TENSÃO SUPERFICIAL




                           SECAGEM                         SECAGEM



                                                                             GEL SECO
                                                                                OU
           GEL INICIAL                                                       XEROGEL


                    Figura 9.25. Contração de um gel durante a secagem (3)



Pode-se diminuir esse efeito com solventes de alta pressão de vapor (acetona)
   ou baixa tensão superficial (tenso-ativos)
                                                                                        79/100
9.6. Moagem e conformação do precursor                                   208


Moagem: operação unitárias
Conformação: prensagem → (cilindros)
             aglomeração → (esferas)
             20Å         250Å                 10.000Å
                                 MACROPOROS


     dv                                           P1 > P2
   d log r




                                                            rp (Å)
                   102          103     104         105


Prensagem: influência de pressão
• Aumento da resistência mecânica
• Diminuição da quantidade de macroporos → menor transporte de reagentes
   e produtos
                                                                       80/100
9.6. Moagem e conformação do precursor
                      Esferas de α-alumina




              www.asia.ru/Catalog/?page=5&category_id=14772
                                                              81/100
9.6. Moagem e conformação do precursor
                                           Anéis de cerâmica
                                    (orifícios para dissipar o calor)




www.unicatcatalyst.com/Traditionalgrading.htm
http://img.alibaba.com/photo/11378242/Raschig_Ring_Ceramic_Ring_.jpg
www.made-in-china.com/showroom/chemshun/product-list/Chemical-Filling-1.html
                                                                               82/100
9.6. Moagem e conformação do precursor




www.sud-chemie-jp.com/ja/mind.shtml   www.ysmetal.kr/eng/html/business/business_011.htm   83/100
9.7. Ativação do precursor                                     209



Ativação: tratamento térmico para obtenção do catalisador final


Objetivo:
Æ     Formação dos sítios
Æ     Criação ou aumento da porosidade e área específica
Æ     Formação de estrutura estável quimicamente
Æ     Aumento da resistência mecânica




                                                                  84/100
9.7. Ativação do precursor




                             85/100
9.7. Ativação do precursor




                             86/100
9.7.1. Tipos de reação na ativação             210


       1º ) Calcinação (Termólise ou Decomposição)

P(s)   →
       Δ
            C(s) + gases

          → Al2O3 (s) + 3H2O
2Al(OH)3(s)
            Δ

   + -      Δ      -
NH Y
   4 (s)
         → H+ Y(s)+ NH3 (g)
              Δ
Ni(HCOO)2(s) → Ni(s) + CO(g) + CO2(g) + H2O(g)



       2º ) Reações do precursor com gases

P(s) + gas1→ C(s) + B(g,s)
               Δ
NiO(s) + H2(g) → Ni(s) + H2O(g)
                 Δ
MoO2(s) + 2H2S → MoS2(s) + 2H2O(g)
                 Δ
HY(s) + 3H2O(g) → HY ’ + Al2O3(s)
                        (s)
                                                     87/100
9.7. Ativação do precursor

Calcinação:
    Aquecimento para obtenção da cal   ou...“a transformação de um corpo em sua essência”,




                     ð

 Símbolo do fogo, na Alquimia,
um dos 4 elementos fundamentais




                                                  www.alchemylab.com/AJ2-1.htm



                                                                                        88/100
9.7. Ativação do precursor
O exemplo do Al(OH)3




                             www.physorg.com/news122897190.html   89/100
9.7. Ativação do precursor




                         http://www.sciencedaily.com/releases/2008/02/080222095427.htm
                                                                                      90/100
9.7. Ativação do precursor




                             91/100
9.6. Moagem e conformação do precursor




Electron micrograph of a supported metal
catalyst, Rh/SiO2. The metal crystallites
are present on the surfaces of primary
particles of SiO2
www.chemeng.queensu.ca/courses/CHEE323/lectures/




                                                      Microscopia Eletrônica de Transmissão
                                                            de catalisador de Pd/TiO2
                                              www.cardiff.ac.uk/chemy/contactsandpeople/academicstaff/taylor.html

                                                                                                            92/100
9.7.1. Tipos de reação na ativação                 211

    3º ) Transformações de fase
         Transformaç



P(S) + (B)(s)   → C(s)

γ - Al2O3(s)    →   Ө - Al2O3(s   →    ∝ - Al2O3(s)


MoO2(s) + CoO(s)     →    Co MoO3(s)


Zn O(s) + Al2O3(s)    →    Zn Al2O4(s)


Observação: há casos em que a
ativação rápida pode melhorar
as propriedades do catalisador




                                                      93/100
9.7.2. Análise térmica da ativação                                                          212


  Determinação das condições para ativação:


                                                                 CONTRAPESO




                                              FORNO
TERMOPARES


              mo                                                    Mg(OH)2(s) → MgO(s)+ H2O(g)

              mf                                                    T (ºC)
                        100 200 300 400 500 600 700 800 900


              Ti-TP


                        ENDOTÉRMICA


  Figura 9.26. Análise térmica diferencial do hidróxido de magnésio (41)
                                                                                                  94/100
9.7.2. Análise térmica da ativação                                                          212


  Determinação das condições para ativação:


                                                                 CONTRAPESO




                                              FORNO
TERMOPARES


              Ti-TP                                                 Mg(OH)2(s) → MgO(s)+ H2O(g)
                       ENDOTÉRMICA
              mo

              mf                                                    T (ºC)
                        100 200 300 400 500 600 700 800 900


                       EXOTÉRMICA




  Figura 9.26. Análise térmica diferencial do hidróxido de magnésio (41)
                                                                                                  95/100
Sinterização




Fig. 8: 2D reconstructions (virtual slices) perpendicular to the cylindrical axis showing
 Cu particles at different stages of the sintering process: (a) before sintering,
 (b) after sintering at 1000°C, and (c) after sintering at 1050°C.
Identical regions (inside the rectangle of (a)) are shown at a higher magnification below


                http://www.esrf.eu/UsersAndScience/Publications/Highlights/2002/Materials/MAT3

                                                                                                 96/100
9.7.3. Cinética de ativação                                                                                       212B



A análise térmica tem sentido indicativo por ser processo dinâmico T = f (t)
A decomposição do Mg(OH)2 pode ocorrer a partir de 250ºC

∝    =
               moles (massa) do sólido transformado
                 moles (massa) iniciais do sólido
                                                                          Similar a reações irreversíveis em série
    ∝                                                                    1,0
    1,0                                                                                                                   A
                                                                         0,8            A      P     S                    P
    0,8                                                                                                                   S




                                                          Concentração
                I (300ºC)        II (250ºC)                              0,6
    0,6                                                                                                            kp = 0,1
                                                                         0,4                                       ks = 0,03
    0,4
                                                                         0,2
    0,2

                                                                         0,0
                                              TEMPO (h)
          ti   1        2    3           4                                     0   5   10     15    20   25   30
                                                                                            Tempo
Figura 9.27. Grau de desidratação do hidróxido de magnésio (32)


ti = tempo de indução
ke = velocidade máxima de transformação = (d∝ / dt) max
                                                                                                                        97/100
9.7.3. Cinética de ativação                                                                              213


  d∝
   dt
               A

                                                         I

                          A’
    ke
                                                    II


                                                   III

                   0,2          0,4          0,6             0,8           1,0   ∝
  Figura 9.28. Velocidade de transformação de um sólido em função do grau de conversão (32)


d∝ = f () passa por um máximo, como se fosse a velocidade de formação de         um produto B em reação em
 dt série: A → B → C
Explicação: existência de três velocidades durante a transformação.
vg = velocidade de germinação
vi = velocidade da reação na interface
va = velocidade de assimilação
                                                                                                             98/100
9.7.3. Cinética de ativação                                                   214



vg = velocidade de germinação
Velocidade de surgimento dos sítios onde se inicia a transformação do sólido.
   É proporcional ao número de defeitos ou impurezas no sólido (pontos com
   excesso de energia).
vi = velocidade da reação na interface
Velocidade de avanço da reação.
va = velocidade de assimilação
Velocidade de desaparecimento da interface da reação devido ao encontro com
   outras interfaces.


      vt = v g + vi − va

                                                                                99/100
9.7.3. Cinética de ativação                                                                        215

Tabela 9.5. Evolução dos sítios do sólido da figura 9.29.
                                                 Situação do sítio número
Tempo
                       1           2               3                 4          5             6

        t1             vg          vg           potencial        potencial   potencial    potencial
        t2             vi          vi              vg               vg       potencial    potencial
        t3             vi          va              va               vi          vg           vg


vg = germinação; vi = crescimento; va = assimilação
                              1             2

                t1
               (I)

                              1         3   2                4
                t2
               (II)

                              1         3   2          5     4       6

                 t3
               (III)
                                                                                                      100/100
Figura 9.29. Germinação, crescimento e assimilação da interface de reação em um sólido (32)
9.7.3. Cinética de ativação                                                     216



Se ZO = número de sítios potenciais para germinação
    Z = número de sítios que germinaram num instante t

vg =
        dz = kg (Z – Z) ∴ integrando
                  O
        dt
vg = kg ZO e –kgt

Casos extremos:
•    Germinação instantânea:
Sítios ZO com grande excesso de energia (por ex.: pólvora) kg > > 0      (curva I)

•      Germinação constante:
Sítios com baixo excesso de energia kg ≁ 0          vg = kg ZO   (curva (II)




                                                                                     101/100
9.7.3. Cinética de ativação                                                          217
                        (I)                                        (II)

           vi                                          vi

                              viz



                                                                               vix

                                       vik



    viy         (III)                                       (IV)

Figura 9.30. Evolução da interface de reação com germinação constante (I),
   germinação instantânea em partícula esférica (II), cristal isotrópico (III) e não
   isotrópico (IV).

Velocidade global de transformação, v      v = vg + vi – va
Casos extremos: germinação instantânea
∝i = 1 – exp [ - Bi (263 – 3 64)]
                            4
            2
Bi = Zo / r         re = raio da partícula
            e
C = kt / re                                                                            102/100
9.7.3. Cinética de ativação
                                                                                                                          218
∝i = te se i > 2                                  1,0
                                                  ∝i               1
                                                           ∞           0,4
                                                  0,5                        0,2

                                                                               0,1
                                                                                0,02

                                                                                                               ....
                                                                   1                   2              3

Figura 9.31. Influência da densidade de sítios na transformação de sólidos com germinação instantânea (32)


∝c = 1 – exp[ - Bc (τ4 - τ5)               ∝↑τ ↑
                           8     80                 1,0
                                                    ∝i ∞        100        4


                                                    0,5                            1

                                                                                               0,4
                                                                                                     0,1

                                                                                                                 ....
                                                                       1                   2               3

Figura 9.32. Influência da constante de velocidade na conversão de sólidos com germinação constante (32)
                                                                                                                        103/100
9.7.4. Modificação texturais na ativação                                         219


A ativação térmica, além de transformar quimicamente o precursor pode provocar
   alterações em sua textura (diâmetro dos poros, porosidade, área específica).
Motivos:
• As tensões internas do sólido, ou a formação de gases pode provocar a
   fragmentação das partículas.
• Temperaturas muito altas de ativação podem provocar sinterização das partículas.

   1º) Fragmentação
Sp = área específica do precursor
Sc = área específica do catalisador

Se não houver sinterização
S’p = Sp (1 – ∝)     S’c = Sc∝        ∴
ST = S’p + S’c       ST = (Sc – Sp)∝ + Sp



                                                                                104/100
S
                                                                                                      220
    (m2 / g)
                                                     Sc
          100


           80                Eq. 937

                                                                   ST = (Sc – Sp)∝ + Sp
           60


           40

           20

          Sp

                     0,2        0,4        0,6            0,8         1,0              ∝
Figura 9.33. Área específica e grau de desidratação do hidróxido de cálcio a 350º, sob vácuo (36)

          2º) Sinterização do sólido
Ocorre por três processos:
a) Adesão das partículas Ta ≈ 0,2 TF (k)                Ta
       (formação de pontes de contato entre as partículas)
b) Difusão superficial Td ≈ 0,35 TF (k)
                                                  Td
       (arredondamento das arestas)
c) Crescimento das partículas Tc = TT ≅ 0,5 TF                   Tc
       (transporte do sólido fluído) provoca diminuição do volume dos poros                         105/100
9.7.4. Modificação texturais na ativação
                                                                                                                                                   221
                                            Fragmentação                         Sinterização

                              300                                                                                          1,00
                        S
                                                                   (II)
                      (m2 / g)
                              200                                                                                          0,80



                              150                                                                                          0,60

                                                                                        (I)
                               100                                                                                         0,40




                                50                                                                                           0,20




                                          100     200 300         400     500     600      700     800        900      1000
                                                                                                   TEMPERATURA (ºc)

Figura 9.34. Desidratação do hidróxido de magnésio por 24 horas, em função da temperatura, (I) área específica, (II) grau de desidratação (41)



                                                                                                                                                 106/100
Ta = adesão Td = arredondamento TT = crescimento                                      222
 Tabela 9.6. Temperatura de sinterização de óxidos
        Óxido               TF (ºC)               Ta (ºC)            Td (ºC)             TT (ºC)

        CuO                  1330                     50              290                 530
        Fe2O3                1560                     95              370                 645
        SiO2                 1600                     100             380                 665
         ZnO                 1980                     180             515                 855
        Al2O3                2070                     195             550                 900
         CaO                 2600                     300             730                 1165
        MgO                  2850                     350             820                 1290




Temperatura são indicativas: não informam sobre a cinética de cada etapa
         Sinterização por adesão                                                  Sinterização por difusão
                           d log V
                              dr                  A                       C
Nos dois casos:
                2v
So > S pois S =
                r
1 => Vo > V, r =cte
                                             B
2 => ro < r, V = cte
                                              1                       2
Figura 9.35. Distribuição do volume dos poros durante a ativação. A→B: raio médio dos poros constante;
                                                                                                   107/100
                                                                  A→C: volume dos poros constante (3)
---///---




               108/100

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Developments in Ammonia Production Technology
Developments in Ammonia Production TechnologyDevelopments in Ammonia Production Technology
Developments in Ammonia Production Technology
Jahanzeb Khan
 
Trabalho de Mineralogia - Bauxita
Trabalho de Mineralogia - BauxitaTrabalho de Mineralogia - Bauxita
Trabalho de Mineralogia - Bauxita
Thiago Meira
 
Chemistry related damage of components in thermal power plant
Chemistry related damage of components in thermal power plantChemistry related damage of components in thermal power plant
Chemistry related damage of components in thermal power plant
SHIVAJI CHOUDHURY
 

Mais procurados (20)

Catalyst preparation methods
Catalyst preparation methodsCatalyst preparation methods
Catalyst preparation methods
 
Experiência de obtenção de Dióxido de carbono
Experiência de obtenção  de Dióxido de carbonoExperiência de obtenção  de Dióxido de carbono
Experiência de obtenção de Dióxido de carbono
 
Aula de gravimetria
Aula de gravimetriaAula de gravimetria
Aula de gravimetria
 
Homogeneous Photocatalytic Degradation of Acid Alizarin Black Using Hydrogen ...
Homogeneous Photocatalytic Degradation of Acid Alizarin Black Using Hydrogen ...Homogeneous Photocatalytic Degradation of Acid Alizarin Black Using Hydrogen ...
Homogeneous Photocatalytic Degradation of Acid Alizarin Black Using Hydrogen ...
 
Developments in Ammonia Production Technology
Developments in Ammonia Production TechnologyDevelopments in Ammonia Production Technology
Developments in Ammonia Production Technology
 
HETEROGENOUS CATALYSIS [CHEMISTRY IS LOVE]
HETEROGENOUS CATALYSIS [CHEMISTRY IS LOVE]HETEROGENOUS CATALYSIS [CHEMISTRY IS LOVE]
HETEROGENOUS CATALYSIS [CHEMISTRY IS LOVE]
 
Renewable Fuels by Photocatalytic Reduction of carbondioxide (CO2); (Artifici...
Renewable Fuels by Photocatalytic Reduction of carbondioxide (CO2); (Artifici...Renewable Fuels by Photocatalytic Reduction of carbondioxide (CO2); (Artifici...
Renewable Fuels by Photocatalytic Reduction of carbondioxide (CO2); (Artifici...
 
Cap.4-3-ATextura dos Catalisadores-6.pdf
Cap.4-3-ATextura dos Catalisadores-6.pdfCap.4-3-ATextura dos Catalisadores-6.pdf
Cap.4-3-ATextura dos Catalisadores-6.pdf
 
Química Inorgânica - Estudo da família dos Halogênios
Química Inorgânica - Estudo da família dos Halogênios Química Inorgânica - Estudo da família dos Halogênios
Química Inorgânica - Estudo da família dos Halogênios
 
Trabalho de Mineralogia - Bauxita
Trabalho de Mineralogia - BauxitaTrabalho de Mineralogia - Bauxita
Trabalho de Mineralogia - Bauxita
 
Nadirah Ismail IWA Young Water Professionals 2015
Nadirah Ismail IWA Young Water Professionals 2015Nadirah Ismail IWA Young Water Professionals 2015
Nadirah Ismail IWA Young Water Professionals 2015
 
Aula cations e anions via umida
Aula cations e anions via umidaAula cations e anions via umida
Aula cations e anions via umida
 
Chemistry related damage of components in thermal power plant
Chemistry related damage of components in thermal power plantChemistry related damage of components in thermal power plant
Chemistry related damage of components in thermal power plant
 
Feedstock Purificatiion in Hydrogen Plants
Feedstock Purificatiion in Hydrogen PlantsFeedstock Purificatiion in Hydrogen Plants
Feedstock Purificatiion in Hydrogen Plants
 
Chemical Cleaning of Boiler in a Thermal Power Plant
Chemical Cleaning of Boiler in a Thermal Power PlantChemical Cleaning of Boiler in a Thermal Power Plant
Chemical Cleaning of Boiler in a Thermal Power Plant
 
Síntese e caracterização do cloreto de hexaamminníquel (ii)
Síntese e caracterização do cloreto de hexaamminníquel (ii)Síntese e caracterização do cloreto de hexaamminníquel (ii)
Síntese e caracterização do cloreto de hexaamminníquel (ii)
 
Aula 11 petroquimica - prof. nelson (area 1) - 15.04.11
Aula 11   petroquimica - prof. nelson (area 1) - 15.04.11Aula 11   petroquimica - prof. nelson (area 1) - 15.04.11
Aula 11 petroquimica - prof. nelson (area 1) - 15.04.11
 
Corrosion
CorrosionCorrosion
Corrosion
 
Aula 3_Volumetria.ppt
Aula 3_Volumetria.pptAula 3_Volumetria.ppt
Aula 3_Volumetria.ppt
 
Recovery of pulping liquors
Recovery of pulping liquorsRecovery of pulping liquors
Recovery of pulping liquors
 

Destaque

Capitulo 6. caracterización de materiales
Capitulo 6. caracterización de materialesCapitulo 6. caracterización de materiales
Capitulo 6. caracterización de materiales
raul cabrera f
 
APRESENTAÇÃO CIGAM
APRESENTAÇÃO CIGAMAPRESENTAÇÃO CIGAM
APRESENTAÇÃO CIGAM
wagnerberr21
 
Analisis metalografico
Analisis metalograficoAnalisis metalografico
Analisis metalografico
PEDRO VAL MAR
 
Características e funções Gerais Enzimática
Características e funções Gerais EnzimáticaCaracterísticas e funções Gerais Enzimática
Características e funções Gerais Enzimática
Aline Paiva
 
Quimica Alimentos Proteinas Aplicações
Quimica Alimentos Proteinas AplicaçõesQuimica Alimentos Proteinas Aplicações
Quimica Alimentos Proteinas Aplicações
Ricardo Stefani
 
51187144 lista-de-exercicios-1-cinetica
51187144 lista-de-exercicios-1-cinetica51187144 lista-de-exercicios-1-cinetica
51187144 lista-de-exercicios-1-cinetica
Alcoa
 

Destaque (20)

Catalizadores quimicos
Catalizadores quimicosCatalizadores quimicos
Catalizadores quimicos
 
Catalisadores
CatalisadoresCatalisadores
Catalisadores
 
Catálise 1 introdução
Catálise   1 introduçãoCatálise   1 introdução
Catálise 1 introdução
 
Tecnicas de Caracterizacion
Tecnicas de CaracterizacionTecnicas de Caracterizacion
Tecnicas de Caracterizacion
 
Capitulo 6. caracterización de materiales
Capitulo 6. caracterización de materialesCapitulo 6. caracterización de materiales
Capitulo 6. caracterización de materiales
 
Guia onda solgel
Guia onda solgelGuia onda solgel
Guia onda solgel
 
SARCOMAS E MESENQUIMOPATIAS TUMORES AULAS.Catalani
SARCOMAS  E  MESENQUIMOPATIAS  TUMORES  AULAS.CatalaniSARCOMAS  E  MESENQUIMOPATIAS  TUMORES  AULAS.Catalani
SARCOMAS E MESENQUIMOPATIAS TUMORES AULAS.Catalani
 
RVQ
RVQRVQ
RVQ
 
APRESENTAÇÃO CIGAM
APRESENTAÇÃO CIGAMAPRESENTAÇÃO CIGAM
APRESENTAÇÃO CIGAM
 
Conceitos de cinética química
Conceitos de cinética químicaConceitos de cinética química
Conceitos de cinética química
 
Surimi e derivados
Surimi e derivadosSurimi e derivados
Surimi e derivados
 
Catalisadores biológicos (1)
Catalisadores biológicos (1)Catalisadores biológicos (1)
Catalisadores biológicos (1)
 
Analisis metalografico
Analisis metalograficoAnalisis metalografico
Analisis metalografico
 
Materiales magneticos
Materiales magneticosMateriales magneticos
Materiales magneticos
 
42951 carboidratos --introdução.2012
42951 carboidratos --introdução.201242951 carboidratos --introdução.2012
42951 carboidratos --introdução.2012
 
Características e funções Gerais Enzimática
Características e funções Gerais EnzimáticaCaracterísticas e funções Gerais Enzimática
Características e funções Gerais Enzimática
 
Materiales magneticos
Materiales magneticosMateriales magneticos
Materiales magneticos
 
Quimica Alimentos Proteinas Aplicações
Quimica Alimentos Proteinas AplicaçõesQuimica Alimentos Proteinas Aplicações
Quimica Alimentos Proteinas Aplicações
 
Metalografia de un acero eutectoide
Metalografia de un acero eutectoideMetalografia de un acero eutectoide
Metalografia de un acero eutectoide
 
51187144 lista-de-exercicios-1-cinetica
51187144 lista-de-exercicios-1-cinetica51187144 lista-de-exercicios-1-cinetica
51187144 lista-de-exercicios-1-cinetica
 

Semelhante a Cap7-Preparacao de Catalisadores-7.pdf

Tecnologia tratamento de aguas
Tecnologia tratamento de aguasTecnologia tratamento de aguas
Tecnologia tratamento de aguas
Jupira Silva
 
Tecnologia tratamento de aguas (2)
Tecnologia tratamento de aguas (2)Tecnologia tratamento de aguas (2)
Tecnologia tratamento de aguas (2)
Jupira Silva
 
Revisão rendimento excesso pureza e consecutivas 3 ano
Revisão rendimento excesso pureza e consecutivas 3 anoRevisão rendimento excesso pureza e consecutivas 3 ano
Revisão rendimento excesso pureza e consecutivas 3 ano
Rodrigo Sampaio
 
Revisão rendimento excesso pureza e consecutivas 3 ano
Revisão rendimento excesso pureza e consecutivas 3 anoRevisão rendimento excesso pureza e consecutivas 3 ano
Revisão rendimento excesso pureza e consecutivas 3 ano
Rodrigo Sampaio
 
Cadernoexerciciosquiminorg2ano
Cadernoexerciciosquiminorg2anoCadernoexerciciosquiminorg2ano
Cadernoexerciciosquiminorg2ano
Monique Ayala
 

Semelhante a Cap7-Preparacao de Catalisadores-7.pdf (20)

tratamento de efluentes 2022 - primário - parte 2.pdf
tratamento de efluentes 2022 - primário - parte 2.pdftratamento de efluentes 2022 - primário - parte 2.pdf
tratamento de efluentes 2022 - primário - parte 2.pdf
 
Relatorio analitica 2 determinação de cloro ativo em produto para piscina
Relatorio analitica 2 determinação de cloro ativo em produto para piscinaRelatorio analitica 2 determinação de cloro ativo em produto para piscina
Relatorio analitica 2 determinação de cloro ativo em produto para piscina
 
AULA_01_TECNOLOGIA CLORO-ÁLCALIS_p2.ppt
AULA_01_TECNOLOGIA CLORO-ÁLCALIS_p2.pptAULA_01_TECNOLOGIA CLORO-ÁLCALIS_p2.ppt
AULA_01_TECNOLOGIA CLORO-ÁLCALIS_p2.ppt
 
Fund Eletroq Ambiental Mod 6_Aula 1_de_6 AJM.pptx
Fund Eletroq Ambiental Mod 6_Aula 1_de_6 AJM.pptxFund Eletroq Ambiental Mod 6_Aula 1_de_6 AJM.pptx
Fund Eletroq Ambiental Mod 6_Aula 1_de_6 AJM.pptx
 
Aula 6 gravimetria - 12-09-13
Aula 6   gravimetria - 12-09-13Aula 6   gravimetria - 12-09-13
Aula 6 gravimetria - 12-09-13
 
56553431 1ª-aula-extra-quimica-2011-professor
56553431 1ª-aula-extra-quimica-2011-professor56553431 1ª-aula-extra-quimica-2011-professor
56553431 1ª-aula-extra-quimica-2011-professor
 
Estequiometria simples
Estequiometria simplesEstequiometria simples
Estequiometria simples
 
Tecnologia tratamento de aguas
Tecnologia tratamento de aguasTecnologia tratamento de aguas
Tecnologia tratamento de aguas
 
Tecnologia tratamento de aguas (2)
Tecnologia tratamento de aguas (2)Tecnologia tratamento de aguas (2)
Tecnologia tratamento de aguas (2)
 
Os catalisadores automotivos
Os catalisadores automotivosOs catalisadores automotivos
Os catalisadores automotivos
 
Actividade laboratorial 1.2 SÍNTESE DO SULFATO DE TETRAAMINACOBRE (II) MONO-...
Actividade laboratorial 1.2  SÍNTESE DO SULFATO DE TETRAAMINACOBRE (II) MONO-...Actividade laboratorial 1.2  SÍNTESE DO SULFATO DE TETRAAMINACOBRE (II) MONO-...
Actividade laboratorial 1.2 SÍNTESE DO SULFATO DE TETRAAMINACOBRE (II) MONO-...
 
Revisão rendimento excesso pureza e consecutivas 3 ano
Revisão rendimento excesso pureza e consecutivas 3 anoRevisão rendimento excesso pureza e consecutivas 3 ano
Revisão rendimento excesso pureza e consecutivas 3 ano
 
Pdca
PdcaPdca
Pdca
 
ApresentaçãO VersãO Fim
ApresentaçãO VersãO FimApresentaçãO VersãO Fim
ApresentaçãO VersãO Fim
 
Revisão rendimento excesso pureza e consecutivas 3 ano
Revisão rendimento excesso pureza e consecutivas 3 anoRevisão rendimento excesso pureza e consecutivas 3 ano
Revisão rendimento excesso pureza e consecutivas 3 ano
 
Cadernoexerciciosquiminorg2ano
Cadernoexerciciosquiminorg2anoCadernoexerciciosquiminorg2ano
Cadernoexerciciosquiminorg2ano
 
Uso de oxigênio na hidrometalurgia do ouro
Uso de oxigênio na hidrometalurgia do ouroUso de oxigênio na hidrometalurgia do ouro
Uso de oxigênio na hidrometalurgia do ouro
 
Eletrolise exercícios
Eletrolise exercíciosEletrolise exercícios
Eletrolise exercícios
 
Workshop - Estudo de Tratabilidade para Definição de Processo
Workshop - Estudo de Tratabilidade para Definição de ProcessoWorkshop - Estudo de Tratabilidade para Definição de Processo
Workshop - Estudo de Tratabilidade para Definição de Processo
 
Ap 15
Ap 15Ap 15
Ap 15
 

Cap7-Preparacao de Catalisadores-7.pdf

  • 1. 9. Princípios sobre a Preparação de Catalisadores Sólidos 1/100
  • 2. SUMÁRIO (vínculos) • 9. Princípios sobre Preparação de Catalisadores Sólidos Ø 9.1 – Etapas de Preparação de Catalisadores Sólidos Ø 9.2. Formação de precipitados • 9.2.1. Formação de sol e gel • 9.2.4. Métodos de precipitação – Precipitação contínua – Coprecipitação contínua Ø 9.3. O envelhecimento de precipitados • 9.3.1. Transformações químicas no envelhecimento • 9.3.2. Crescimento de partículas, no envelhecimento Ø 9.4. A filtração e lavagem do precursor Ø 9.5. Secagem do precursor Ø 9.6. Moagem e conformação do precursor Ø 9.7. Ativação do precursor • 9.7.1. Tipos de reação na ativação • 9.7.2. Análise térmica da ativação • 9.7.3. Cinética de ativação • 9.7.4. Modificação texturais na ativação 2/100
  • 3. 9. Princípios sobre Preparação de Catalisadores Sólidos 300 1. Um catalisador necessita de propriedades bem definidas: Ø qualidade e quantidade de sítios ativos, Ø porosidade, Ø resistência mecânica. 2. A preparação de catalisadores sólidos, envolve muitas etapas. Ø cada uma possui vários fatores que influenciam nas suas propriedades, Ø incluindo nas propriedades superficiais. Portanto, cada etapa pode influir: Ø na atividade e na seletividade catalítica. Por isso, a preparação: Ø exige um controle muito bom das condições de cada etapa. 3/100
  • 4. 9.1 – Etapas de Preparação de Catalisadores Sólidos 301 A preparação envolve áreas bastante diversas: Ø Química de precipitados Ø Química de colóides Ø Equilíbrio iônico líquido-sólido Ø Lavagem Ø Secagem Ø Moagem Ø Calcinação A preparação pode exigir cuidados especiais: Ø são sólidos altamente dispersos e, por isso Ø termodinamicamente instáveis (meta-estáveis). 4/100
  • 5. 9.1 – Etapas de Preparação de Catalisadores Sólidos 302 Etapas envolvidas são muito diversas e dependem Ø Das matérias primas (sais, suportes) Ø Do tipo de catalisador (óxidos, metais suportados, zeólitas). Grande parte das etapas não envolvem o catalisador, mas o seu precursor. Catalisador propriamente dito: aparece geralmente só nas últimas etapas do processo. 5/100
  • 6. 9.1 – Etapas de Preparação de Catalisadores Sólidos 303 CATALISADOR NÃO CATALISADOR MATERIAL ETAPA SUPORTADO SUPORTADO Matéria prima Preliminar Escolha dos sais e do suporte P Precipitação ou Troca R Dispersão Impregnação Coprecipitação Iônica E C U Purificação Envelhecimento, Lavagem, Secagem R S O Conformação R Moagem, Empastilhamento Catalisador Ativação Calcinação Redução Figura 9.1. Esquema geral da preparação de catalisadores sólidos. 6/100
  • 7. 9.1 – Etapas de Preparação de Catalisadores Sólidos 304 Forma mais comum para se obter um sólido C altamente disperso. 1 – Partir de um precursor P que já seja altamente disperso 2 – Que o precursor P libere a maior quantidade de gases na calcinação Δ P(s) C(Δ) + gases 3 – Que se decomponha à menor temperatura possível, evitando a sinterização 7/100
  • 8. 9.1 – Etapas de Preparação de Catalisadores Sólidos 305 I – Inorgânicos Carbonatos: Mg CO3 . 3H2O Mg O(s) + 3H2O(g) + CO2 (g) (s) 400ºC 200 – 300m2/g Hidróxidos: 2Al(OH)3 Al2O3 + 3H2O(g) (s) 500ºC 200 – 350m2/g Hidróxi-carbonatos: 2AlNH4 CO3 (OH)2 (s) Al2O3 (s) + 2CO2(g) + NH3 (g) + H2O (g) 400 – 500m2/g Nitratos: Ni(NO3)2(s) NiO(s) + N2O4 (g) + 1/2O2 (g) 500ºC 10 – 20m2/g 8/100
  • 9. 9.1 – Etapas de Preparação de Catalisadores Sólidos 305 I – Inorgânicos Carbonatos: Mg CO3 . 3H2O Mg O(s) + 3H2O(g) + CO2 (g) (s) 400ºC 200 – 300m2/g Hidróxidos: 2Al(OH)3 Al2O3 + 3H2O(g) (s) 500ºC 200 – 350m2/g Hidróxi-carbonatos: 2AlNH4 CO3 (OH)2 (s) Al2O3 (s) + 2CO2(g) + NH3 (g) + H2O (g) 400 – 500m2/g Nitratos: Ni(NO3)2(s) NiO(s) + N2O4 (g) + 1/2O2 (g) 500ºC 10 – 20m2/g II – Orgânicos Formiatos: Ni (HCOO)2 (s) Ni(s) + CO2 (g) + H2O (g) + CO (g) 400ºC Oxalatos: Zn (COO)2 (s) ZnO (s) + CO(g) + CO2 (g) 350ºC 30 – 40m2/g 9/100
  • 10. 9.2. Formação de precipitados 306 Se o precursor P é pouco solúvel em H2O, o método mais empregado para a sua obtenção é a precipitação, a partir de soluções de outras matérias primas: +m -a aM + mA MaAm(s) (aq) (aq) Exemplos: Al2(SO4)3(aq) + 6 NaOH(aq) 2 Al(OH)3(s) + 3 Na2SO4(aq) resumidamente: +3 - Al + 3OH Al(OH)3(s) (aq) (aq) 10/100
  • 11. 9.2. Formação de precipitados 11/100
  • 12. 9.2. Formação de precipitados Ba2+(aq) + CO32-(aq) <==> BaCO3(s) Hg22+(aq) + 2Cl-(aq) <==> Hg2Cl2(s) www.public.asu.edu/~jpbirk/qual/qualanal/catprop.html 12/100
  • 13. 9.2. Formação de precipitados • O crescimento de um precipitado cristalino ð 13/100
  • 14. 9.2. Formação de precipitados Cristais de água (neve): Ø uma estrutura (hexagonal) Ø vários hábitos (formatos) Wilson Bentley (1902) http://en.wikipedia.org/wiki/Wilson_Bentley 14/100
  • 15. 9.2.1. Formação de sol e gel Schematic illustration a precipitate, a sol and a gel Nucleação Decantação Sol Gelificação Decantação 15/100
  • 16. 9.2.1. Formação de sol e gel Polycondensation ≠ Precipitation M+ + X- Si-OH + HO-Si monomer dimer Si-O-Si trimer MX + H2O tetramer particle 16/100
  • 17. 9.2.1. Formação de sol e gel Liquid Crystals 17/100
  • 18. 9.2.1. Formação de sol e gel Schematic representation of a fully hydroxylated colloidal silica surface First fully ordered nanospheres Lu et al, Nature 1999 18/100
  • 19. 9.2.1. Formação de sol e gel Silicate gardens Aqueous solution of Na2SiO3 Solid CuSO4 Solid FeCl3 Solid Ni(NO3)2 19/100
  • 20. 9.2.1. Formação de sol e gel A. Poyraz, C. Albayrak, Ö. Dag, Microporous & Mesoporous Materials 115 (2008) 548–555 20/100
  • 21. 9.2.1. Formação de sol e gel TEM of ca. 6 nm amorphous SiO2 SEM of ca. 250 nm amorphous SiO2 spheres in a gel spheres in opal www.pra-world.com/research/workshops/nano/john_hay_presentation.ppt www.minsocam.org/msa/collectors_corner/aam/opal.htm 21/100
  • 22. 9.2.1. Formação de sol e gel Os sólidos amorfos podem ter hábitos similares aos cristalinos SEM image of SBA-1 mesoporous SiO2 S. Che, Y. Sakamoto, O. Terasaki, T. Tatsumi, Microporous & Mesoporous Materials 85, 207-218 (2005) SEM microphotograph of SBA-1 O.Anunziata, A. Beltramonea, M. Martíneza & L. Belona, J. Colloid & Interface Science, 315, 184-190 (2007) 22/100
  • 23. 9.2.1. Formação de sol e gel www.rsc.org/ 23/100
  • 24. 9.2.1. Formação de sol e gel Transition metal alkoxides are highly reactive toward hydrolysis and condensation 24/100
  • 25. 9.2.1. Formação de sol e gel Extração do Polimerização Solvente Sol Gel Aerogel Evaporação do solvente Fiação Xerofilme Fibra cerâmica Calor Calcinação Xerogel Membrana Cerâmica 25/100
  • 26. 9.2.1. Formação de sol e gel Isolamento térmico da sílica gel: permite manter uma flor sobre uma chama http://eande.lbl.gov/ECS/aerogels/sa-photos.html Prakash et al., Nature 1995 26/100
  • 27. 9.2. Formação de precipitados 307 A condição necessária para que se forme precipitado é que [A-a]m . [M+m]a > Kps Kps = [A-a]eqm . [M+m]eqa Onde [A-a] e [M+m] são concentrações do composto A e M na solução em equilíbrio com AmMa sólido. O grau de saturação S é: Concentração analítica Co S= = C Concentração de saturação s Se: S < 1 : a solução não está saturada S = 1 : a solução está saturada S > 1 : a solução supersaturada, meta estável, podendo formar precipitado 27/100
  • 28. 9.2. Formação de precipitados 308 Tabela 9.1. Produto de solubilidade de alguns compostos. Substância Kps Csat Aℓ(OH)3 4x10-13 1x10-3M Zn(OH)2 1x10-14 3x10-5M Fe(OH)3 1x10-36 1x10-9M MgCO3 5x10-5 7x10-3M CaCO3 6x10-9 8x10-5M BaCO3 4x10-10 2x10-5M 28/100
  • 29. 9.2. Formação de precipitados 308 Se o grau de super saturação S>>1: a formação de precipitados se dará por nucleação homogênea ⇒ Ø Geração de cristalitos do seio da solução: H H H H H H O O O M+ A- M+... M+ M+ A- M+...A- A- M+ A- ... A- M+ A- H H O O M+ A- M+ A- M+... H H O H H Íons isolados (aq) Par de Íons(aq) Aglomerado de Íons(aq) Cristalitos(s) (d ≃ 0,1µ) 29/100
  • 30. 9.2. Formação de precipitados 308B Como S > > 1 a velocidade de precipitação é muito alta, com formação de muitas partículas com pequenas dimensões. A energia livre de precipitação por nucleação homogênea é: ΔGg = ΔGv + ΔGs • ΔGg < 0 : energia livre para germinação • ΔGv < 0 : energia livre para a nucleação dos n íons (volume) • ΔGs > 0 : energia livre para criação da interface líquido-sólido 30/100
  • 31. 9.2. Formação de precipitados 309 ΔGs ΔG GERME CRÍTICO MENOR GERME ESTÁVEL ΔGg rE ΔGg ΔGv Figura 9.2. Energia livre na formação de um germe de precipitado (45) 31/100
  • 32. 9.2. Formação de precipitados 9.2. Formação de precipitados 2 1 Energia de Gibbs (u.a.) 0 -1 ∆Gvolume ∆Gsuperfície ∆GGlobal -2 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 Dimensão do germen ou partícula, rp (u.a.) Figura 9.2. Energia livre na formação de um gérmen de precipitado (45) 32/100
  • 33. 9.2. Formação de precipitados 2 1 Energia de Gibbs (u.a.) 0 -1 ∆Gvolume ∆Gsuperfície ∆GGlobal -2 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 Dimensão do germen ou partícula, rp (u.a.) Figura 9.2. Energia livre na formação de um gérmen de precipitado (45) 33/100
  • 34. 9.2. Formação de precipitados 2 1 Energia de Gibbs (u.a.) 0 -1 ∆Gvolume ∆Gsuperfície ∆GGlobal -2 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 Dimensão do germen ou partícula, rp (u.a.) Figura 9.2. Energia livre na formação de um gérmen de precipitado (45) 34/100
  • 35. 9.2. Formação de precipitados 2 1 Δ Ggerminação Energia de Gibbs (u.a.) gérmen crítico 0 rC rE estabilidade -1 ∆Gvolume menor gérmen estável ∆Gsuperfície ∆GGlobal -2 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 Dimensão do germen ou partícula, rp (u.a.) Figura 9.2. Energia livre na formação de um gérmen de precipitado (45) 35/100
  • 36. 9.2.1. Velocidade de nucleação homogênea 310 k o Co vg 1 vg = e (k’T3 / ln2S) ko.Co = e (k’T3 / ln2S) Velocidade relativa de germinação, vg / koCo 1,0 0,8 0,6 0,4 0,2 o 20 C 0,0 0,95 1,00 1,05 1,10 1,15 1,20 1,25 Grau de saturação, s Figura 9.3. Velocidade de germinação de precipitados em função do grau de supersaturação (45) 36/100
  • 37. 9.2.1. Velocidade de nucleação homogênea 310 vg 1 ko.Co = e (k’T3 / ln2S) Velocidade relativa de germinação, vg / koCo 1,0 0,8 solução diluída 0,6 0,4 0,2 o 20 C 0,0 0,95 1,00 1,05 1,10 1,15 1,20 1,25 Grau de saturação, s Figura 9.3. Velocidade de germinação de precipitados em função do grau de supersaturação (45) 37/100
  • 38. 9.2.1. Velocidade de nucleação homogênea 310 vg 1 ko.Co = e (k’T3 / ln2S) Velocidade relativa de germinação, vg / koCo 1,0 0,8 0,6 0,4 0,2 o s* 20 C 0,0 0,95 1,00 1,05 1,10 1,15 1,20 1,25 Grau de saturação, s Figura 9.3. Velocidade de germinação de precipitados em função do grau de supersaturação (45) 38/100
  • 39. 9.2.1. Velocidade de nucleação homogênea vg 1 ko.Co = e (k’T3 / ln2S) 0,95 1,00 1,05 1,10 1,15 1,20 1,25 Derivada da velocidade relativa de germinação 14 12 10 8 6 4 2 0 0,95 1,00 1,05 1,10 1,15 1,20 1,25 Grau de saturação, s 39/100
  • 40. 9.2.1. Velocidade de nucleação homogênea 310 vg 1 ko.Co = e (k’T3 / ln2S) Velocidade relativa de germinação, vg / koCo 1,0 0,8 0,6 0,4 0,2 o 20 C o 0,0 100 C 0,95 1,00 1,05 1,10 1,15 1,20 1,25 Grau de saturação, s Figura 9.3. Velocidade de germinação de precipitados em função do grau de supersaturação (45) 40/100
  • 41. 9.2.1. Velocidade de nucleação homogênea vg 1 ko.Co = e (k’T3 / ln2S) Velocidade relativa de germinação, vg / koCo 1,0 0,8 0,6 0,4 0,2 o 20 C o 0,0 100 C 0,95 1,00 1,05 1,10 1,15 1,20 1,25 Grau de saturação, s 41/100
  • 42. 9.2.2. Velocidade de nucleação heterogênea 312 A velocidade de nucleação heterogênea vc é função da diferença de concentração analítica, Co e de saturação, Csat: vc = k (Co – Csat)α Co Mas como = S logo Co = SCsat ∴ Csat vc = k (SCsat – Csat)α ∴ vc = k Cαsat (S – 1) α ∴ vc = k’ (S – 1)α (25) O expoente α depende do grau de supersaturação S, α = f(s) da seguinte maneira: α≈2 se 1 < S < S* α≈1 se S >> S * α 3 2 1 S 1 S* Supersaturação 42/100
  • 43. 9.2.2. Velocidade de nucleação heterogênea 311 Se 1 < S < S*, a velocidade de germinação é muito lenta, mas se na solução colocarmos cristalitos do precipitado ou outras impurezas que induzam a formação de aglomerados, ocorrerá precipitação do soluto em excesso sobre esses centros, ou seja, uma nucleação heterogênea. Portanto: a) A nucleação heterogênea não dá origem a novas partículas de precipitado, como a homogênea. b) Como não há aumento do número de partículas durante a nucleação heterogênea, esta se dá pelo aumento do tamanho das partículas do precipitado. 43/100
  • 44. 9.2.3. Supersaturação e tamanho das partículas 313 Se 1 < S < S* a precipitação será lenta e predominantemente heterogênea. Se S > S* a precipitação será rápida e homogênea. No primeiro caso, haverá crescimento e no segundo geração de partículas. VELOCIDADE DE PRECIPITAÇÃO vg vc (I) (II) POUCAS E GRANDES MUITAS E PEQUENAS PARTÍCULAS PARTÍCULAS S 1 S Figura 9.4. Velocidade de germinação e nucleação heterogênea em função do grau de supersaturação (45) 44/100
  • 45. 9.2.3. Supersaturação e tamanho das partículas Velocidade relativa de precipitação (adimensional) 1,0 vg 0,5 0,10 0,08 solução diluída vc 0,06 0,04 Tipo de precipitação homogênea 0,02 (germinação) heterogênea 0,00 (crescimento) 1,00 1,05 1,10 Grau de supersaturação, s 45/100
  • 46. 9.2.3. Supersaturação e tamanho das partículas 314 A diminuição do tamanho das partículas quando S > S* está dada pela expressão: l* l= 1≤β≤2 Coβ β varia conforme o tipo de substância e l* é o tamanho médio formado quando S = S* Nota-se na figura que l decresce com a solubilidade do precipitado. l (µ) 30 C* 25 20 15 Mg CO3(Co x 10) 10 Co CO3 Sr CO3 5 Bo CO3 0,5 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Co (10-3M) Figura 9.5. Tamanho das partículas de carbonatos alcalino terrosos a diferentes concentrações (37) 46/100
  • 47. 9.2.4. Métodos de precipitação 315 Existem duas formas de se colocar em contato os dois íons (cátion e anion) que darão origem ao precipitado: A) Por geração interna de um dos componentes. Neste método, um dos componentes do precipitado está desde o início na solução, e o outro vai sendo formado gradativamente, no interior da própria solução. Como a concentração do 2º componente, inicialmente é baixa, o precipitado demora um certo tempo para se formar, simultaneamente, em todo o volume da solução. Por isso, esta precipitação é chamada de homogênea, embora ocorra principalmente por nucleação heterogênea. 47/100
  • 48. 9.2.4. Métodos de precipitação 316 O precipitado formado por geração interna geralmente é formado por partículas de tamanho relativamente grande e bem formadas. Reagentes usados na geração interna de ânions: (NH2)2 CO(aq) + 3H2O ⇌ 2 OH + 2NH + CO2(g) ⇌ –2 – + 2NH4 HCO3(aq) CO3 + HO(aq)+ CO2(g) + 2NH4(aq) (aq) Ambas hidrólises são reversíveis, mas consomem grande parte do reagente à medida que o OH – e CO3 – 2 reagem com o cátion metálico: +2 – Ni + 2OH(aq) Ni(OH)2(s) (aq) –2 Mg +2 + CO3 + 3H2O Mg CO3 . 3H2O(s) (aq) (aq) 48/100
  • 49. 9.2.4. Métodos de precipitação 317 B) Por mistura de dois componentes É o método mais comum de realizar precipitação. Cada solução contém um componente do precipitado e a precipitação, em geral, ocorre instantaneamente, durante a mistura. O grau de supersaturação S > > S* e por isso, a nucleação predominante é homogênea. Consequentemente o tamanho médio das partículas é relativamente pequeno. A mistura é feita com forte agitação, para melhor homogeneização, e pode ser realizada de três formas: a) Semicontínua ( I e II ) b) Continua ( III ) 49/100
  • 50. Precipitação semicontínua I e II 318 É o método mais usado nas precipitações porque é mais simples, porém apresenta inconvenientes especialmente no de tipo I, onde a concentração do reagente B, CB, varia ao longo da precipitação. Portanto, o grau de supersaturação S também varia, dando origem a precipitados finos no início (S > > S*) e de tamanho maior no fim da precipitação (S < S*). A variação do grau de supersaturação S durante a precipitação em reator do tipo I pode ser analisada se fizermos algumas hipóteses: 1º) que a formação do precipitado, após a adição do segundo reagente, seja instantânea. 2º) que a solubilidade do precipitado seja despresível (Kps ≈ 0). 50/100
  • 51. Precipitação semicontínua I e II 319 Nessas condições temos: – + A(aq) + M(aq) MA(s) Se a concentração de A = CAo volume e concentração inicial de M: Vmo e Cmo XM = fração de moles de M precipitados número de moles de M precipitados XM = número de moles de M iniciais nMA nMA XM = n = C V Mo MO MO Como a estequiometria A: M = 1:1, a cada adição de um volume VA, são adicionados nA = CAoVA e são precipitados nMA = nM = nA = CAoVA A concentração de M após a adição de VA será: moles não reagidos nMO – nMA = CM = volume final VMO + VA 51/100
  • 52. 9.2.4. Métodos de precipitação 320 1 – (nMA / nMO) CM = VMO + VA ∴ nMO nMO 1 – XM x CMO CM = 1 + XM CMO CAO 1 – XM CM = CMO 1 + CMO XM CAO CM 1 – XM = 1+C X CMO MO M CAO 52/100
  • 53. 9.2.4. Métodos de precipitação 321 CM 1 – XM = 1+C X CMO MO M CAO Da figura nota-se que se CM ≈ o ou seja CAO > > CMO temos uma queda CMO linear da supersaturação como grau de conversão XM. CB/CBO 1 a: CBO/CAo = 0 0,8 b: CBO/CAo = 1 a c: CBO/CAo = 1o 0,6 b 0,4 c 0,2 0,2 0,4 0,6 0,8 10 XB Figura 9.7. Variação da concentração de um dos reagentes, em função do grau de conversão, em reator semicontínuo. 53/100
  • 54. 9.2.4. Métodos de precipitação 322 Tabela 9.3. Características dos reatores de precipitação Reator I II III Tipo Semicontínuo Semicontínuo Mistura (contínuo) Temperatura Constante Constante Constante CA / CB Variável Constante Constante pH Variável Constante Constante CA e CB Variável Variável Constante Volume Variável Variável Constante Grau de supersaturação Variável Variável Constante Tempo médio de residência Variável Variável Constante FA, CAo FA, CAo CBO, FB FA, CAo CBO, FB A A B A B B I II III 54/100 Figura 9.6. Reatores utilizados em precipitação de sólidos (39)
  • 55. Precipitação contínua - III 323 A maior desvantagem dos reatores semi-contínuos está na precipitação de dois ou mais íons metálicos (co-precipitação) pois em geral estes possuem Kps diferentes. A co-precipitação em reator semi-contínuo produz partículas de composição muito diferentes: • No início da co-precipitação as partículas são ricas no composto menos solúvel. • No final da co-precipitação as partículas são ricas do composto mais solúvel. 55/100
  • 56. Coprecipitação contínua 324 A obtenção de composto co-precipitados, com composição química constante só é possível em reator contínuo. Neste, as concentrações, pH, temperatura, etc, ficam constantes durante o processo de precipitação Figura 9.8. Precipitação seqüencial de carbonatos em reator semi-contínuo (39) Catalisador para Metanol CuO: CuO: ZnO: Al2O3 ZnO: 56/100
  • 57. Coprecipitação contínua 325 Nos reatores contínuos, e para a reação, por exemplo: A – + B+ k AB(s) 1 Kps1 B (aq) A + C AC (s) Kps2 – + k2 C A(aq) (aq) composição da fase sólida está dada pela relação de Doermer-Hoskins: CBs CBl O coeficiente λ depende muito da velocidade de precipitação, ou seja, dos graus de supersaturação SB e SC. = λ C saturações não cl Se as cs C forem altas (1 < S < S*) o coeficiente λ tende a ser igual à relação dos Kps Co-precipitação seletiva C Kps1 C CBs λ = e Kps1 . CBl Kps2 B Ccs = Kps2 . Ccl B 57/100
  • 58. Coprecipitação contínua 326 Se a saturação for S > S* as velocidades de precipitação de B+ e C+ serão tão altas que a formação do precipitado fica limitada pela velocidade de difusão dos íons B+ e C+ em direção à superfície do precipitado. Nessas condições: k’1 C C λ = k’2 ≈ 1 ∴ CBS ≅ CBl CS Cl k’1 ≈ k’2 = coeficientes de difusão dos íons B+ e C+ 58/100
  • 59. 9.3. O envelhecimento de precipitados 328 O envelhecimento pode propiciar dois tipos de mudanças no precipitado: 1. Transformações químicas 2. Crescimento das partículas 9.3.1. Transformações químicas no envelhecimento Diversos sistemas químicos que visam a precipitação de um determinado composto químico permitem que se formem também outros tipos de sólidos que portanto são meta estáveis. Exemplo: se adicionarmos uma fase a uma solução de sulfato de alumínio, esquematicamente ocorre a seguinte reação: Al +3 + n OH – (aq) → precipitado P (aq) 59/100
  • 60. 9.3.1. Transformações químicas no envelhecimento 329 Dependendo das condições da precipitação a saber: pH, temperatura, concentração dos íons, poderão se formar os seguintes compostos, em ordem crescente de estabilidade: • Sulfato básico de alumínio Al(SO4)n (OH)3 – 2n n ≤ 1,5 • Boehmita microcristalina AlOOH . mH2O • Bayerita Al (OH)3 • Hidrargilita • Boehmita Al O(OH) Quando se adiciona uma base à solução de sulfato de alumínio, forma-se inicialmente o sulfato básico de alumínio, o qual, dependendo do pH e temperatura, vai transforma-se nos outros sólidos: 60/100
  • 61. 9.3.1. Transformações químicas no envelhecimento 330 Al+3 + (3 – 2n) OH – + nSO4 = Al(SO4)n (OH)3 – 2n 1,5 > n > o O valor de n depende do pH, e do tempo de envelhecimento, para uma mesma temperatura. % SO4 = no PRECIPITADO 17,5 15 pH = 8 12,5 10 7,5 pH = 9 5,0 2,5 pH = 10 10 20 30 40 50 TEMPO (h) Figura 9.9. Teor de íon sulfato nos precipitados obtidos a diferentes valores de pH e tempo de envelhecimento, a 30ºC (51) 61/100
  • 62. 9.3.1. Transformações químicas no envelhecimento 331 Paralelamente à queda no teor de íons sulfato, o sólido sofre outras transformações, como por exemplo, na sua área específica. S (m2/g) 300 pH = 10 pH = 9 200 100 pH = 8 20 40 60 80 TEMPO (h) Figura 9.10. Área específica de hidróxidos de alumínio obtidos entre pH 8 e 10, a diferentes tempos de envelhecimento a 30ºC (51) 62/100
  • 63. 9.3.1. Transformações químicas no envelhecimento 332 A estrutura química dos sólidos também muda com o tempo de envelhecimento e com o pH: P = Boehmita microcristalina B = Bayerita H = Hidrargilita Figura 9.11. Difratograma de precipitados descritos nas figuras 9.9 e 9.10 (51) 63/100
  • 64. 9.3.1. Transformações químicas no envelhecimento 333 Se acompanharmos a evolução dos compostos durante o envelhecimento temos: % BOEHMITA 50 MICROCRISTALINA 40 BAYERITA material amorfo 30 hidrargilita 20 10 5 10 15 TEMPO (h) Figura 9.12. Transformação da boehmita microcristalina em bayerita a pH = 10,7 Assim sendo, o mecanismo provável seja um conjunto de reações em série paralela. 9 < pH < 10 pH > 4 boehmita microcristalina Al+3 + OH – Sulfato básico 10 < pH < 11 bayerita hidrargilita pH > 11 64/100
  • 65. 9.3.2. Crescimento de partículas, no envelhecimento 339 Se deixarmos um sólido disperso em um líquido o tempo suficiente, observa-se que a tendência é haver um aumento do tamanho médio das partículas. Esse comportamento foi explicado por GIBBS (1878) no sentido de que as partículas tendem a satisfazer a condição de um mínimo de energia, e as menores tem mais energia em relação as maiores. Se houver um líquido onde o sólido possa se dissolver (ainda que com baixo Kps), as partículas menores tendem a se dissolver e se despontar nas partículas maiores. 65/100
  • 66. 9.3.2. Crescimento de partículas, no envelhecimento 340 Quantitativamente: ΔGr = RT ln C= r 2 γ VM COO r Onde: ΔGr = energia livre de uma partícula de dimensão r Cr, COO = solubilidade da partícula de dimensão r e infinita γ = tensão superficial partícula/líquido r = dimensão da partícula Ou seja: B (2 γ VM / r RT) Cr =l =l r COO 2 γ VM Cr B= RT >0 ∴ >1 COO 66/100
  • 67. 9.3.2. Crescimento de partículas, no envelhecimento Preparação de proteínas, via cristalização Ø Total: 15 fotos Ø Intervalo entre cada foto: 20 min Ø Duração total da cristalização: 5 h 200 µm Proteinase K (enzima utilizada para análise de DNA) 67/100
  • 68. 9.3.2. Crescimento de partículas, no envelhecimento 341 Se h for a dimensão característica da partícula, a e b, os fatores de forma bi e tri- dimensionais. A = a h2 área da partícula V = b h3 volume da partícula A a . 1 k S= = ∴ S= V.ρ bρ r r A área específica deve cair com aumento da dimensão da partícula. Ch 6 CO 5 4 BaSO4 3 AgCl 2 1 h (µ) 0,1 0,5 1,0 Figura 9.16. Solubilidade relativa de precipitado em função do tamanho das partículas (6) 68/100
  • 69. 9.3.2. Crescimento de partículas, no envelhecimento 341B h (µ) 100 90ºC 80 70ºC 60 50ºC 40 20 pH = 10 T (horas) 100 200 Figura 9.17. Crescimento das partículas de boehmita microcristalina (38) 69/100
  • 70. 9.3.2. Crescimento de partículas, no envelhecimento 342 S (m2 / g) 350 300 30ºC 250 200 70ºC 150 90ºC 100 50 T (horas) 50 100 150 Figura 9.18. Área específica da boehmita microcristalina descrita na figura 9.17 (38) 70/100
  • 71. 9.5. Secagem do precursor 200 Objetivo: Eliminar o solvente usado na lavagem do precursor. Dependendo da porosidade do precursor, até 90% de seu peso pode ser de líquido (silica- gel, por exemplo) Solvente Camada limite Pg tS gás PS convecção PS = pressão de vapor do solvente contido no sólido, à temperatura de secagem, tS Pg = pressão do solvente no gás de secagem. A secagem ocorre quando PS > Pg 71/100
  • 72. 9.4. A filtração e lavagem do precursor 72/100
  • 73. 9.5.1. Secagem de sólido macroporoso 201 O comportamento da secagem é diferente quando o sólido é macroporoso ou microporoso. 9.5.1. Secagem de sólido macroporoso Macroporoso para secagem de água ≈ rp > 500 Como o diâmetro em poros é relativamente grande a velocidade de secagem é determinada pela convecção do vapor do solvente: dm = a kV (PS – Pg) massa solvente dt tempo a = área de contato (externa) líquido-gás kv = coeficiente de transporte do vapor do líquido 73/100
  • 74. 9.5.1. Secagem de sólido macroporoso 202 Durante a secagem, a temperatura do sólido TS, também varia, pois a secagem é um processo endotérmico. A velocidade de transferência de calor é proporcional à de massa: dq dm calorias = cv dt dt tempo cv = calor de vaporização do solvente As condições de secagem variam da seguinte forma: 74/100
  • 75. 9.5.1. Secagem de sólido macroporoso Temperatura do 203 sólido VELOCIDADE (g/h) Tg B C Te A D To B C D E TEMPO Figura 9.21. Secagem de sólidos macroporosos: evolução da velocidade de secagem e temperatura do sólido (30) AB: aquecimento da torta, de To a Ts. A velocidade de secagem aumenta devido ao aumento da pressão de vapor. BC: equilíbrio da velocidade de secagem e de aquecimento. A superfície continua úmida, e a secagem limitada pela convecção. CD: retração da superfície do líquido para o interior do sólido ⇒ menor área de contato a. Velocidade de secagem limitada pela difusão: - DAB = difusividade dm d PA = – DAB dx 75/100 dt
  • 76. 9.5.1. Secagem de sólido macroporoso 204 A velocidade de retração da superfície do líquido não é uniforme, mas depende do raio do poro, rp, pois a altura do capilar será: 2γ h1 r2 h= e ρ g rp h2 = r1 Figura 9.22. Avanço do menisco do líquido contido nos poros durante a secagem (53) As impurezas se concentram nos poros de menor tamanho. Em impregnação contorna-se esse comportamento pela diminuição de p e aumento de η. Nestas condições a secagem não depende do fluxo do gás de secagem. 76/100
  • 77. 9.5.2. Secagem de sólido meso e microporoso 205 vo Temperatura do gel VELOCIDADE (g/h) VOLUME DO GEL II Tg B C Ti A D vf E To Figura 9.23. Secagem de um gel: evolução da velocidade de secagem, temperatura e volume do gel (52) ABC: comportamento semelhante ao aos macroporos; CD: a velocidade de secagem cai bruscamente devido à limitação por difusão nos meso e microporos. A temperatura do sólido se aproxima rapidamente à do gás. 77/100
  • 78. 9.5.1. Secagem de sólido macroporoso 206 Se o sólido tiver microporos (rp < 100Å para a água) a secagem também fica mais lente devido à diminuição da pressão de vapor PS (equação de Kelvin), pois: – 2γVm – 11 (27ºC) ln PS/PO = RT ρ rp ≈ rp dmA e = – DAB dPA dt dx PS P (Atm) PO II 1,0 250 I I = 27ºC 0,8 II = 100ºC 200 0,6 150 0,4 100 0,2 50 30 r (Å) Figura 9.24. Pressão parcial da água100 adsorvida em sólidos microporosos. 300 1000 78/100
  • 79. 9.5.1. Secagem de sólido macroporoso 207 Se o sólido micro ou mesoporoso tiver alta plasticidade, (silica-gel, boehmita microcristalina, etc) a secagem poderá ser acompanhada de grande diminuição de volume do sólido (até ∼ 80%), pois a pressão aplicada pela tensão superficial será: P = 2γ / rp TENSÃO SUPERFICIAL SECAGEM SECAGEM GEL SECO OU GEL INICIAL XEROGEL Figura 9.25. Contração de um gel durante a secagem (3) Pode-se diminuir esse efeito com solventes de alta pressão de vapor (acetona) ou baixa tensão superficial (tenso-ativos) 79/100
  • 80. 9.6. Moagem e conformação do precursor 208 Moagem: operação unitárias Conformação: prensagem → (cilindros) aglomeração → (esferas) 20Å 250Å 10.000Å MACROPOROS dv P1 > P2 d log r rp (Å) 102 103 104 105 Prensagem: influência de pressão • Aumento da resistência mecânica • Diminuição da quantidade de macroporos → menor transporte de reagentes e produtos 80/100
  • 81. 9.6. Moagem e conformação do precursor Esferas de α-alumina www.asia.ru/Catalog/?page=5&category_id=14772 81/100
  • 82. 9.6. Moagem e conformação do precursor Anéis de cerâmica (orifícios para dissipar o calor) www.unicatcatalyst.com/Traditionalgrading.htm http://img.alibaba.com/photo/11378242/Raschig_Ring_Ceramic_Ring_.jpg www.made-in-china.com/showroom/chemshun/product-list/Chemical-Filling-1.html 82/100
  • 83. 9.6. Moagem e conformação do precursor www.sud-chemie-jp.com/ja/mind.shtml www.ysmetal.kr/eng/html/business/business_011.htm 83/100
  • 84. 9.7. Ativação do precursor 209 Ativação: tratamento térmico para obtenção do catalisador final Objetivo: Æ Formação dos sítios Æ Criação ou aumento da porosidade e área específica Æ Formação de estrutura estável quimicamente Æ Aumento da resistência mecânica 84/100
  • 85. 9.7. Ativação do precursor 85/100
  • 86. 9.7. Ativação do precursor 86/100
  • 87. 9.7.1. Tipos de reação na ativação 210 1º ) Calcinação (Termólise ou Decomposição) P(s) → Δ C(s) + gases → Al2O3 (s) + 3H2O 2Al(OH)3(s) Δ + - Δ - NH Y 4 (s) → H+ Y(s)+ NH3 (g) Δ Ni(HCOO)2(s) → Ni(s) + CO(g) + CO2(g) + H2O(g) 2º ) Reações do precursor com gases P(s) + gas1→ C(s) + B(g,s) Δ NiO(s) + H2(g) → Ni(s) + H2O(g) Δ MoO2(s) + 2H2S → MoS2(s) + 2H2O(g) Δ HY(s) + 3H2O(g) → HY ’ + Al2O3(s) (s) 87/100
  • 88. 9.7. Ativação do precursor Calcinação: Aquecimento para obtenção da cal ou...“a transformação de um corpo em sua essência”, ð Símbolo do fogo, na Alquimia, um dos 4 elementos fundamentais www.alchemylab.com/AJ2-1.htm 88/100
  • 89. 9.7. Ativação do precursor O exemplo do Al(OH)3 www.physorg.com/news122897190.html 89/100
  • 90. 9.7. Ativação do precursor http://www.sciencedaily.com/releases/2008/02/080222095427.htm 90/100
  • 91. 9.7. Ativação do precursor 91/100
  • 92. 9.6. Moagem e conformação do precursor Electron micrograph of a supported metal catalyst, Rh/SiO2. The metal crystallites are present on the surfaces of primary particles of SiO2 www.chemeng.queensu.ca/courses/CHEE323/lectures/ Microscopia Eletrônica de Transmissão de catalisador de Pd/TiO2 www.cardiff.ac.uk/chemy/contactsandpeople/academicstaff/taylor.html 92/100
  • 93. 9.7.1. Tipos de reação na ativação 211 3º ) Transformações de fase Transformaç P(S) + (B)(s) → C(s) γ - Al2O3(s) → Ө - Al2O3(s → ∝ - Al2O3(s) MoO2(s) + CoO(s) → Co MoO3(s) Zn O(s) + Al2O3(s) → Zn Al2O4(s) Observação: há casos em que a ativação rápida pode melhorar as propriedades do catalisador 93/100
  • 94. 9.7.2. Análise térmica da ativação 212 Determinação das condições para ativação: CONTRAPESO FORNO TERMOPARES mo Mg(OH)2(s) → MgO(s)+ H2O(g) mf T (ºC) 100 200 300 400 500 600 700 800 900 Ti-TP ENDOTÉRMICA Figura 9.26. Análise térmica diferencial do hidróxido de magnésio (41) 94/100
  • 95. 9.7.2. Análise térmica da ativação 212 Determinação das condições para ativação: CONTRAPESO FORNO TERMOPARES Ti-TP Mg(OH)2(s) → MgO(s)+ H2O(g) ENDOTÉRMICA mo mf T (ºC) 100 200 300 400 500 600 700 800 900 EXOTÉRMICA Figura 9.26. Análise térmica diferencial do hidróxido de magnésio (41) 95/100
  • 96. Sinterização Fig. 8: 2D reconstructions (virtual slices) perpendicular to the cylindrical axis showing Cu particles at different stages of the sintering process: (a) before sintering, (b) after sintering at 1000°C, and (c) after sintering at 1050°C. Identical regions (inside the rectangle of (a)) are shown at a higher magnification below http://www.esrf.eu/UsersAndScience/Publications/Highlights/2002/Materials/MAT3 96/100
  • 97. 9.7.3. Cinética de ativação 212B A análise térmica tem sentido indicativo por ser processo dinâmico T = f (t) A decomposição do Mg(OH)2 pode ocorrer a partir de 250ºC ∝ = moles (massa) do sólido transformado moles (massa) iniciais do sólido Similar a reações irreversíveis em série ∝ 1,0 1,0 A 0,8 A P S P 0,8 S Concentração I (300ºC) II (250ºC) 0,6 0,6 kp = 0,1 0,4 ks = 0,03 0,4 0,2 0,2 0,0 TEMPO (h) ti 1 2 3 4 0 5 10 15 20 25 30 Tempo Figura 9.27. Grau de desidratação do hidróxido de magnésio (32) ti = tempo de indução ke = velocidade máxima de transformação = (d∝ / dt) max 97/100
  • 98. 9.7.3. Cinética de ativação 213 d∝ dt A I A’ ke II III 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 ∝ Figura 9.28. Velocidade de transformação de um sólido em função do grau de conversão (32) d∝ = f () passa por um máximo, como se fosse a velocidade de formação de um produto B em reação em dt série: A → B → C Explicação: existência de três velocidades durante a transformação. vg = velocidade de germinação vi = velocidade da reação na interface va = velocidade de assimilação 98/100
  • 99. 9.7.3. Cinética de ativação 214 vg = velocidade de germinação Velocidade de surgimento dos sítios onde se inicia a transformação do sólido. É proporcional ao número de defeitos ou impurezas no sólido (pontos com excesso de energia). vi = velocidade da reação na interface Velocidade de avanço da reação. va = velocidade de assimilação Velocidade de desaparecimento da interface da reação devido ao encontro com outras interfaces. vt = v g + vi − va 99/100
  • 100. 9.7.3. Cinética de ativação 215 Tabela 9.5. Evolução dos sítios do sólido da figura 9.29. Situação do sítio número Tempo 1 2 3 4 5 6 t1 vg vg potencial potencial potencial potencial t2 vi vi vg vg potencial potencial t3 vi va va vi vg vg vg = germinação; vi = crescimento; va = assimilação 1 2 t1 (I) 1 3 2 4 t2 (II) 1 3 2 5 4 6 t3 (III) 100/100 Figura 9.29. Germinação, crescimento e assimilação da interface de reação em um sólido (32)
  • 101. 9.7.3. Cinética de ativação 216 Se ZO = número de sítios potenciais para germinação Z = número de sítios que germinaram num instante t vg = dz = kg (Z – Z) ∴ integrando O dt vg = kg ZO e –kgt Casos extremos: • Germinação instantânea: Sítios ZO com grande excesso de energia (por ex.: pólvora) kg > > 0 (curva I) • Germinação constante: Sítios com baixo excesso de energia kg ≁ 0 vg = kg ZO (curva (II) 101/100
  • 102. 9.7.3. Cinética de ativação 217 (I) (II) vi vi viz vix vik viy (III) (IV) Figura 9.30. Evolução da interface de reação com germinação constante (I), germinação instantânea em partícula esférica (II), cristal isotrópico (III) e não isotrópico (IV). Velocidade global de transformação, v v = vg + vi – va Casos extremos: germinação instantânea ∝i = 1 – exp [ - Bi (263 – 3 64)] 4 2 Bi = Zo / r re = raio da partícula e C = kt / re 102/100
  • 103. 9.7.3. Cinética de ativação 218 ∝i = te se i > 2 1,0 ∝i 1 ∞ 0,4 0,5 0,2 0,1 0,02 .... 1 2 3 Figura 9.31. Influência da densidade de sítios na transformação de sólidos com germinação instantânea (32) ∝c = 1 – exp[ - Bc (τ4 - τ5) ∝↑τ ↑ 8 80 1,0 ∝i ∞ 100 4 0,5 1 0,4 0,1 .... 1 2 3 Figura 9.32. Influência da constante de velocidade na conversão de sólidos com germinação constante (32) 103/100
  • 104. 9.7.4. Modificação texturais na ativação 219 A ativação térmica, além de transformar quimicamente o precursor pode provocar alterações em sua textura (diâmetro dos poros, porosidade, área específica). Motivos: • As tensões internas do sólido, ou a formação de gases pode provocar a fragmentação das partículas. • Temperaturas muito altas de ativação podem provocar sinterização das partículas. 1º) Fragmentação Sp = área específica do precursor Sc = área específica do catalisador Se não houver sinterização S’p = Sp (1 – ∝) S’c = Sc∝ ∴ ST = S’p + S’c ST = (Sc – Sp)∝ + Sp 104/100
  • 105. S 220 (m2 / g) Sc 100 80 Eq. 937 ST = (Sc – Sp)∝ + Sp 60 40 20 Sp 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 ∝ Figura 9.33. Área específica e grau de desidratação do hidróxido de cálcio a 350º, sob vácuo (36) 2º) Sinterização do sólido Ocorre por três processos: a) Adesão das partículas Ta ≈ 0,2 TF (k) Ta (formação de pontes de contato entre as partículas) b) Difusão superficial Td ≈ 0,35 TF (k) Td (arredondamento das arestas) c) Crescimento das partículas Tc = TT ≅ 0,5 TF Tc (transporte do sólido fluído) provoca diminuição do volume dos poros 105/100
  • 106. 9.7.4. Modificação texturais na ativação 221 Fragmentação Sinterização 300 1,00 S (II) (m2 / g) 200 0,80 150 0,60 (I) 100 0,40 50 0,20 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 TEMPERATURA (ºc) Figura 9.34. Desidratação do hidróxido de magnésio por 24 horas, em função da temperatura, (I) área específica, (II) grau de desidratação (41) 106/100
  • 107. Ta = adesão Td = arredondamento TT = crescimento 222 Tabela 9.6. Temperatura de sinterização de óxidos Óxido TF (ºC) Ta (ºC) Td (ºC) TT (ºC) CuO 1330 50 290 530 Fe2O3 1560 95 370 645 SiO2 1600 100 380 665 ZnO 1980 180 515 855 Al2O3 2070 195 550 900 CaO 2600 300 730 1165 MgO 2850 350 820 1290 Temperatura são indicativas: não informam sobre a cinética de cada etapa Sinterização por adesão Sinterização por difusão d log V dr A C Nos dois casos: 2v So > S pois S = r 1 => Vo > V, r =cte B 2 => ro < r, V = cte 1 2 Figura 9.35. Distribuição do volume dos poros durante a ativação. A→B: raio médio dos poros constante; 107/100 A→C: volume dos poros constante (3)
  • 108. ---///--- 108/100