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HERANÇA AUTOSSÔMICA 
RECESSIVA 
GENÉTICA E EVOLUÇÃO 
D I S C E N T E : K E L V I A D I A S P A R A N H O S 
F E I R A D E S A N T A N A - B A 
2 0 1 4
INTRODUÇÃO 
 Herança autossômica: O gene está situado em um dos 
autossomas. Pares de cromossomas de 1 a 22. Significa que 
homens e mulheres são igualmente afetados. 
 Recessiva: Duas cópias do gene são necessárias para que haja a 
manifestação da herança, uma herdada da mãe e outra do pai. 
 O risco de seus filhos receberem o alelo recessivo de cada 
genitor, e serem afetados é de ¼,(25%). 
 A consanguinidade dos genitores de um paciente com um 
distúrbio genético é uma forte evidência em favor da herança 
autossômica recessiva daquela afecção. 
 O nascimento de uma criança com uma doença recessiva é 
muitas vezes uma total surpresa para uma família, uma vez que 
na maioria dos casos, não há história familiar prévia de uma 
doença recessiva.
CRITÉRIOS PARA A HERANÇA 
 O fenótipo é encontrado tipicamente apenas na 
irmandade do probando e o fenótipo salta 
gerações. 
 O risco de recorrência para cada irmão do 
probando é de 1 em 4. 
 Os pais do indivíduo afetado em alguns casos são 
consanguíneos. 
 Ambos os sexos têm a mesma probabilidade se 
serem afetados.
HERANÇA AUTOSSÔMICA RECESSIVA 
Fibrose Cística 
 Acúmulo de muco denso e pegajoso nos pulmões, no trato 
digestivo e outras áreas do corpo. É uma das doenças 
pulmonares crônicas mais comuns em crianças e adultos jovens. 
Essa é uma doença que envolve risco de vida; 
 Causada por mutação no gene CFTR ; 
 A maioria das crianças com FC é diagnosticada até 2 anos de 
idade.
GENES ENVOLVIDOS 
 No Brasil, tem-se estudado vários genes relacionados com a FC. 
 ACE – atua no processo inflamatório. 
 COX-2 – atua no processo inflamatório. 
 ADRB2 – atua na resposta a broncodilatação 
 ADRA2A – bronconstrição e processo inflamatório em doenças 
pulmonares de maneira secundária. 
 GSTM1, GSTT1, GSTP1, GCLC – atua na resposta ao estresse 
oxidativo, que leva a degradação do pulmão devido à resposta 
inflamatória. 
 IFRD1 – importante na resposta imune por atuar na via metabólica dos 
neutrófilos
Sintomas 
 Os sintomas em recém-nascidos podem incluir: 
 Crescimento retardado 
 Dificuldade para ganhar peso normalmente durante a infância 
 Nenhuma evacuação nas primeiras 24 a 48 horas de vida 
 Os sintomas relacionados ao funcionamento do intestino 
podem incluir: 
 Dor no abdome devido à constipação grave 
 Aumento de gases, inchaço ou abdome que parece inchado 
(dilatado) 
 Náusea e perda de apetite 
 Fezes pálidas ou com cor de argila, odor fétido, têm muco ou 
flutuantes 
 Perda de peso
Sintomas 
 Os sintomas relativos aos pulmões e seios nasais podem incluir: 
 Tosse ou aumento de muco nos seios nasais ou pulmões 
 Fadiga 
 Congestão nasal causada por pólipos nasais 
 Febre 
 Aumento de escarro 
 Dor ou pressão no seio nasal causada por infecção ou pólipos 
 Os sintomas podem ser observados em idade mais avançadas: 
 Infertilidade (em homens) 
 Inflamação repetida do pâncreas (pancreatite)
Caso Clínico 
 O norte-americano James Boudreau foi diagnosticado com 
fibrose cística quando tinha apenas três anos. Hoje, com 29, 
por conta do avanço incontrolável da doença, Boudreau tem 
capacidade pulmonar de apenas 48% e todas as noites dorme 
com uma máscara de oxigênio para evitar infecções pulmonares 
fatais. 
 Milagrosamente, após dedicar-se a exercícios físicos diários e 
começar a tomar suplementos de proteína, sua capacidade 
pulmonar aumentou. Ganhou peso e massa muscular o suficiente 
para se dedicar 45 minutos de exercício físico sete vezes por 
semana. 
 Contra todas as probabilidades, recentemente, Boudreau 
conquistou o seu primeiro troféu de vencedor na categoria leve 
júnior, na competição Flex Lewis Classic realizada em Tenesse, 
nos Estados Unidos – um feito considerado anteriormente 
‘impossível’.
 Fibrose Cística 
 Diagnóstico 
 Teste do suor; 
 Teste do pezinho; 
 Teste genético. 
 Tratamento 
 É Fundamental para o tratamento da fibrose cística, garantir a 
reidratação e a reposição de sódio; 
 Boa nutrição do paciente, por meio de dieta rica em calorias sem 
restrição de gorduras; 
 Suplementação de enzimas pancreáticas para auxiliar a digestão; 
 Reposição das vitaminas lipossolúveis A, D, E, K;
 Anemia Falciforme 
 Alteração nos glóbulos vermelhos, que perdem a forma 
arredondada e elástica, adquirem o aspecto de uma foice e 
endurecem, o que dificulta a passagem do sangue pelos vasos de 
pequeno calibre e a oxigenação dos tecidos.
Anemia Falciforme 
 Causa: Mutação genética, responsável pela deformidade dos 
glóbulos vermelhos. Se for transmitido apenas por um dos pais, 
o filho terá o traço falciforme, que poderá passar para seus 
descendentes, mas não a doença manifesta. 
 SINTOMAS 
 Dor forte provocada pelo bloqueio do fluxo sanguíneo e pela 
falta de oxigenação nos tecidos; 
 Dores articulares; 
 Fadiga intensa; 
 Palidez e icterícia; 
 Atraso no crescimento; 
 Feridas nas pernas; 
 Tendência a infecções;
Anemia Falciforme 
DIAGNÓSTICO TRATAMENTO 
 Eletroforese de hemoglobina 
 Teste do pezinho 
 Quando descoberta a 
doença, o bebê deve ter 
acompanhamento médico 
adequado baseado num 
programa de atenção 
integral. Com uma equipe de 
vários profissionais treinados no 
tratamento da anemia 
falciforme.
Albinismo 
Defeito na produção de melanina que resulta em pouca cor 
(Pigmentação) na pele, cabelos e olhos. 
Ocorre quando um de vários defeitos genéticos torna o corpo 
incapaz de produzir ou distribuir melanina. 
• Tipos de Albinismo 
• O albinismo tipo 1 é causado por defeitos que afetam a produção 
do pigmento melanina. 
• O albinismo tipo 2 ocorre devido a um defeito no gene "p". 
Pessoas com esse tipo têm uma coloração leve ao nascer.
SINTOMAS 
Albinismo 
DIAGNÓSTICO 
TRATAMENTO 
 Ausência de cor nos 
cabelos, pele ou íris dos 
olhos; 
 Pele e cabelos mais 
claros que o normal; 
 Cor da pele irregular; 
 Estrabismo; 
 Sensibilidade à luz; 
 Movimento rápido dos 
olhos; 
 Problemas de visão ou 
cegueira. 
 Exames genéticos 
 Tratamento:Envolve 
proteger a pele e os olhos 
do sol: 
 Reduzir o risco de 
queimaduras solares evitando 
o sol, usando protetor solar 
 O protetor solar deve ter 
um fator de proteção solar 
(FPS) alto.
Exemplo-albinismo
Fenilcetonúria 
O indivíduo não possui uma enzima chamada fenilalanina 
hidroxilase, necessária para quebrar um aminoácido essencial 
denominado fenilalanina. Essa substância é encontrada em 
alimentos que contêm proteínas. 
• Sintomas 
• Atraso mental e das habilidades sociais; 
• Tamanho da cabeça significantemente menor do normal; 
• Hiperatividade; 
• Movimentos incontroláveis de braços e pernas; 
• Retardo mental; 
• Convulsões; 
• Erupções cutâneas; 
• Tremores; 
• Posicionamento incomum das mãos.
Fenilcetonúria 
DIAGNÓSTICO TRATAMENTO 
 Exame de sangue; 
 Teste do pezinho 
 Dieta extremamente 
baixa em fenilalanina 
 Lofenalac 
 Uso de suplementos 
como óleo de peixe 
para substituir a longa 
cadeia de ácidos 
gordurosos ausentes 
em uma dieta padrão 
sem fenilalanina.
Progeria 
 Ocasiona o envelhecimento rápido em crianças; 
 Pode resultar de uma mutação genética nos gametas de um dos pais; 
mutação no gene LMNA responsável por codificar a proteína lamina A 
capaz de controlar a estrutura do núcleo, tornando-o instável. 
 Sintomas 
 Artrose; 
 Reduzida estatura ou nanismo; 
 Baixa imunidade; 
 Pele delgada, ressecada e enrugada; 
 Calvície precoce; 
 Presença de cabelos brancos; 
 Olhos proeminentes; 
 Crânio maior do que o normal; 
 Veias cranianas salientes; 
 Ausência de sobrancelhas e cílios. 
 O paciente evolui para o óbito com aproximadamente 15 anos de idade.
Alcaptonúria 
• Mutação genética que impede que o gene produza a enzima 
necessária para degradar aminoácidos, como a tirosina, levando 
à acumulação de um produto obtido do seu metabolismo chamado 
de ácido homogentísico, que se acumula no corpo. 
• Sintomas 
 Urina escura, quase negra; 
 Cera dos ouvidos azulada; 
 Manchas negras na parte branca do olho, ao redor da orelha e 
laringe; 
 Surdez; 
 Artrite que causa dores nas articulações e limitação dos 
movimentos; 
 Rigidez das cartilagens; 
 Pedra nos rins e próstata; 
 Problemas de coração.
Alcaptonúria 
DIAGNÓSTICO TRATAMENTO 
 Feito através da 
análise dos sintomas, 
principalmente pela 
coloração escura 
característica da 
doença que surge em 
várias partes do corpo. 
 O uso de ácido ascórbico, 
(vitamina C); 
 Dieta com restrição de 
fenilalanina e de tirosina; 
 Uso de analgésicos, anti-inflamatórios, 
fisioterapia, infiltração 
intra-articular com 
corticoides; 
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Herança autossômica recessiva (1)

  • 1. HERANÇA AUTOSSÔMICA RECESSIVA GENÉTICA E EVOLUÇÃO D I S C E N T E : K E L V I A D I A S P A R A N H O S F E I R A D E S A N T A N A - B A 2 0 1 4
  • 2.
  • 3. INTRODUÇÃO  Herança autossômica: O gene está situado em um dos autossomas. Pares de cromossomas de 1 a 22. Significa que homens e mulheres são igualmente afetados.  Recessiva: Duas cópias do gene são necessárias para que haja a manifestação da herança, uma herdada da mãe e outra do pai.  O risco de seus filhos receberem o alelo recessivo de cada genitor, e serem afetados é de ¼,(25%).  A consanguinidade dos genitores de um paciente com um distúrbio genético é uma forte evidência em favor da herança autossômica recessiva daquela afecção.  O nascimento de uma criança com uma doença recessiva é muitas vezes uma total surpresa para uma família, uma vez que na maioria dos casos, não há história familiar prévia de uma doença recessiva.
  • 4.
  • 5.
  • 6. CRITÉRIOS PARA A HERANÇA  O fenótipo é encontrado tipicamente apenas na irmandade do probando e o fenótipo salta gerações.  O risco de recorrência para cada irmão do probando é de 1 em 4.  Os pais do indivíduo afetado em alguns casos são consanguíneos.  Ambos os sexos têm a mesma probabilidade se serem afetados.
  • 7. HERANÇA AUTOSSÔMICA RECESSIVA Fibrose Cística  Acúmulo de muco denso e pegajoso nos pulmões, no trato digestivo e outras áreas do corpo. É uma das doenças pulmonares crônicas mais comuns em crianças e adultos jovens. Essa é uma doença que envolve risco de vida;  Causada por mutação no gene CFTR ;  A maioria das crianças com FC é diagnosticada até 2 anos de idade.
  • 8. GENES ENVOLVIDOS  No Brasil, tem-se estudado vários genes relacionados com a FC.  ACE – atua no processo inflamatório.  COX-2 – atua no processo inflamatório.  ADRB2 – atua na resposta a broncodilatação  ADRA2A – bronconstrição e processo inflamatório em doenças pulmonares de maneira secundária.  GSTM1, GSTT1, GSTP1, GCLC – atua na resposta ao estresse oxidativo, que leva a degradação do pulmão devido à resposta inflamatória.  IFRD1 – importante na resposta imune por atuar na via metabólica dos neutrófilos
  • 9. Sintomas  Os sintomas em recém-nascidos podem incluir:  Crescimento retardado  Dificuldade para ganhar peso normalmente durante a infância  Nenhuma evacuação nas primeiras 24 a 48 horas de vida  Os sintomas relacionados ao funcionamento do intestino podem incluir:  Dor no abdome devido à constipação grave  Aumento de gases, inchaço ou abdome que parece inchado (dilatado)  Náusea e perda de apetite  Fezes pálidas ou com cor de argila, odor fétido, têm muco ou flutuantes  Perda de peso
  • 10. Sintomas  Os sintomas relativos aos pulmões e seios nasais podem incluir:  Tosse ou aumento de muco nos seios nasais ou pulmões  Fadiga  Congestão nasal causada por pólipos nasais  Febre  Aumento de escarro  Dor ou pressão no seio nasal causada por infecção ou pólipos  Os sintomas podem ser observados em idade mais avançadas:  Infertilidade (em homens)  Inflamação repetida do pâncreas (pancreatite)
  • 11. Caso Clínico  O norte-americano James Boudreau foi diagnosticado com fibrose cística quando tinha apenas três anos. Hoje, com 29, por conta do avanço incontrolável da doença, Boudreau tem capacidade pulmonar de apenas 48% e todas as noites dorme com uma máscara de oxigênio para evitar infecções pulmonares fatais.  Milagrosamente, após dedicar-se a exercícios físicos diários e começar a tomar suplementos de proteína, sua capacidade pulmonar aumentou. Ganhou peso e massa muscular o suficiente para se dedicar 45 minutos de exercício físico sete vezes por semana.  Contra todas as probabilidades, recentemente, Boudreau conquistou o seu primeiro troféu de vencedor na categoria leve júnior, na competição Flex Lewis Classic realizada em Tenesse, nos Estados Unidos – um feito considerado anteriormente ‘impossível’.
  • 12.  Fibrose Cística  Diagnóstico  Teste do suor;  Teste do pezinho;  Teste genético.  Tratamento  É Fundamental para o tratamento da fibrose cística, garantir a reidratação e a reposição de sódio;  Boa nutrição do paciente, por meio de dieta rica em calorias sem restrição de gorduras;  Suplementação de enzimas pancreáticas para auxiliar a digestão;  Reposição das vitaminas lipossolúveis A, D, E, K;
  • 13.  Anemia Falciforme  Alteração nos glóbulos vermelhos, que perdem a forma arredondada e elástica, adquirem o aspecto de uma foice e endurecem, o que dificulta a passagem do sangue pelos vasos de pequeno calibre e a oxigenação dos tecidos.
  • 14. Anemia Falciforme  Causa: Mutação genética, responsável pela deformidade dos glóbulos vermelhos. Se for transmitido apenas por um dos pais, o filho terá o traço falciforme, que poderá passar para seus descendentes, mas não a doença manifesta.  SINTOMAS  Dor forte provocada pelo bloqueio do fluxo sanguíneo e pela falta de oxigenação nos tecidos;  Dores articulares;  Fadiga intensa;  Palidez e icterícia;  Atraso no crescimento;  Feridas nas pernas;  Tendência a infecções;
  • 15. Anemia Falciforme DIAGNÓSTICO TRATAMENTO  Eletroforese de hemoglobina  Teste do pezinho  Quando descoberta a doença, o bebê deve ter acompanhamento médico adequado baseado num programa de atenção integral. Com uma equipe de vários profissionais treinados no tratamento da anemia falciforme.
  • 16. Albinismo Defeito na produção de melanina que resulta em pouca cor (Pigmentação) na pele, cabelos e olhos. Ocorre quando um de vários defeitos genéticos torna o corpo incapaz de produzir ou distribuir melanina. • Tipos de Albinismo • O albinismo tipo 1 é causado por defeitos que afetam a produção do pigmento melanina. • O albinismo tipo 2 ocorre devido a um defeito no gene "p". Pessoas com esse tipo têm uma coloração leve ao nascer.
  • 17. SINTOMAS Albinismo DIAGNÓSTICO TRATAMENTO  Ausência de cor nos cabelos, pele ou íris dos olhos;  Pele e cabelos mais claros que o normal;  Cor da pele irregular;  Estrabismo;  Sensibilidade à luz;  Movimento rápido dos olhos;  Problemas de visão ou cegueira.  Exames genéticos  Tratamento:Envolve proteger a pele e os olhos do sol:  Reduzir o risco de queimaduras solares evitando o sol, usando protetor solar  O protetor solar deve ter um fator de proteção solar (FPS) alto.
  • 19. Fenilcetonúria O indivíduo não possui uma enzima chamada fenilalanina hidroxilase, necessária para quebrar um aminoácido essencial denominado fenilalanina. Essa substância é encontrada em alimentos que contêm proteínas. • Sintomas • Atraso mental e das habilidades sociais; • Tamanho da cabeça significantemente menor do normal; • Hiperatividade; • Movimentos incontroláveis de braços e pernas; • Retardo mental; • Convulsões; • Erupções cutâneas; • Tremores; • Posicionamento incomum das mãos.
  • 20. Fenilcetonúria DIAGNÓSTICO TRATAMENTO  Exame de sangue;  Teste do pezinho  Dieta extremamente baixa em fenilalanina  Lofenalac  Uso de suplementos como óleo de peixe para substituir a longa cadeia de ácidos gordurosos ausentes em uma dieta padrão sem fenilalanina.
  • 21. Progeria  Ocasiona o envelhecimento rápido em crianças;  Pode resultar de uma mutação genética nos gametas de um dos pais; mutação no gene LMNA responsável por codificar a proteína lamina A capaz de controlar a estrutura do núcleo, tornando-o instável.  Sintomas  Artrose;  Reduzida estatura ou nanismo;  Baixa imunidade;  Pele delgada, ressecada e enrugada;  Calvície precoce;  Presença de cabelos brancos;  Olhos proeminentes;  Crânio maior do que o normal;  Veias cranianas salientes;  Ausência de sobrancelhas e cílios.  O paciente evolui para o óbito com aproximadamente 15 anos de idade.
  • 22. Alcaptonúria • Mutação genética que impede que o gene produza a enzima necessária para degradar aminoácidos, como a tirosina, levando à acumulação de um produto obtido do seu metabolismo chamado de ácido homogentísico, que se acumula no corpo. • Sintomas  Urina escura, quase negra;  Cera dos ouvidos azulada;  Manchas negras na parte branca do olho, ao redor da orelha e laringe;  Surdez;  Artrite que causa dores nas articulações e limitação dos movimentos;  Rigidez das cartilagens;  Pedra nos rins e próstata;  Problemas de coração.
  • 23. Alcaptonúria DIAGNÓSTICO TRATAMENTO  Feito através da análise dos sintomas, principalmente pela coloração escura característica da doença que surge em várias partes do corpo.  O uso de ácido ascórbico, (vitamina C);  Dieta com restrição de fenilalanina e de tirosina;  Uso de analgésicos, anti-inflamatórios, fisioterapia, infiltração intra-articular com corticoides;  Nitisinona.