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FILOSOFIA: CONCEITOS E
HISTÓRIA
Filosofia, Ética e Desenvolvimento Humano
Professor Roney Gusmão
Conceitos aplicados à
Filosofia
• Derivado do Grego: Filos (amigo); Sophya (saber).
• Em grego, existem três dimensões de amor: Fileo,
Ágape e Eros. Paixão em grego tem sentido de
“deixar-se levar por”. Antítese de logos.
• Para Mário Sérgio Cortella: a filosofia se empenha
em deixar o mundo “mais cheio de graça”.
• A filosofia questiona a verdade aparente das
coisas, tendo sua base na indagação e dúvida.
• Adulterando Descartes: “Penso, penso que penso,
logo, existo”.
Características do
filosofar:
• Radical: buscar efeito na raiz, no efeito que
gerou os fenômenos;
• Rigorosa: pensar de forma rigorosa,
sistematizada, justificada por argumentos ;
• De conjunto: pensar nos fenômenos do
ponto de vista da totalidade, de ordem
social.
• A filosofia renuncia tanto o dogmatismo quanto o
ceticismo;
• A ideia de filosofar implica em movimento do
conhecimento;
• Discorda do fanatismo, que imobiliza o diálogo;
• Extremos conduzem ao fanatismo.
“Se a essência se confundisse com a aparência, não
haveria ciência” (Karl Marx)
O mito
• É a intuição compreensiva da realidade;
• Não se fundamenta na razão, sendo, portanto, antítese
do conhecimento científico;
• Augusto Comte afirma que a maturidade da civilização
ocorre com a superação das formas míticas;
• Ao supervalorizar a ciência, surge o mito do cientificismo
(o mito da imparcialidade científica);
• Os mitos estão presentes no senso comum, no folclore,
nas fábulas, nos gibis, na fé, na mídia, na história, nos
partidos políticos...;
• Frequentemente reproduzimos ritos muito vinculados à
mitologia: páscoa, natal, festas juninas, Haloween...
Filosofia na Grécia Antiga
• Período pré-socrático (Séc. VI a. C.): busca por
entender a essência do funcionamento da
natureza e astrofísica. Destaque a Parmênides e
Heráclito;
• Período pós-socrático (Séc. V a. C.): Sócrates se
volta a questões relacionadas ao homem. Período
subdividido entre os Sofistas (ênfase na retórica e
na subjetivação dos sujeitos, representado por
Protágoras) e os discipulos de Sócrates (Platão e
Aristóteles).
Sócrates (470-399 a.C.)
• “Só sei que nada sei”;
• Interpelava transeuntes, dizendo-se ignorante;
• O conhecimento era construído pelo diálogo, no que ele
denominou de ironia e maiêutica (do grego “fazer
parir”);
• Na maiêutica socrática, tem-se a noção de que
questiona-se tudo o que parece óbvio;
• Diferente dos sofistas, entendia que a virtude não era
obtida apenas pela educação, mas pela auto
(“próprio”), nomia (“lei”, “regra”);
• Ideias relacionadas à inteligência emocional retomam a
concepção socrática de homem: “conhece-te a ti
mesmo”.
• Sócrates combatia a ignorância: “As pessoas fazem o
mal por não conhecerem o bem”;
• Ideias consideradas ameaçadoras da ordem.
“Sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância.”
Sócrates

A morte de Sócrates por Jacques Louis David (1787).
Platão (427 – 347 a. C.)

• Para Platão o mundo das ideias é fixo, situado num
mundo mutável;
• Faz uso da metodologia de Aristóteles, quando utiliza o
diálogo para construção do saber;
• O ideal existe apenas na imaginação do sujeito,
havendo então confronto entre o que concebo e o
que vejo;
• Platão conclui que o mundo das ideias é o mundo real.
O mundo material é imperfeito, perecível e
degenerável;
• O mundo real (sensível) é finito, enquanto que o mundo
das ideias (suprassensível) transita entre gerações e se
mantém dinâmico;
• A concepção de bom x mau; belo x feio; digno x
medíocre... Se mantém e perpassa gerações;
• Esta concepção influencio a moralidade cristã
ocidental.
• A Escola de Atenas (Scuola di Atenas no original) é uma das
mais famosas pinturas do renascentista Rafael e representa a
Academia de Platão. Foi pintada entre1509 e 1510.
Como uma onda
Nada do que foi será
De novo do jeito que já foi um dia
Tudo passa, Tudo sempre passará

A vida vem em ondas como um mar
Num indo e vindo infinito
Tudo que se vê não é igual ao que a gente
Viu há um segundo
Tudo muda o tempo todo no mundo
Não adianta fugir, nem mentir
Pra si mesmo agora
Há tanta vida lá fora
Aqui dentro sempre
Como uma onda no mar
• Houve cristianização das ideias platônicas:
negatividade da carne, concepção de pecado,
imaterialidade do espírito, fugacidade da matéria...;
• Em Platão, o homem tem três faculdades: a racional na
cabeça, a passional ou colérica no coração e no baixo
ventre como estomago que é a alma apetitiva ou
concupiscível, que tem objetivo de suprir as
necessidades primárias do homem;
• A razão deveria controlar toda a alma apetitiva, pelo
controle racional, pode-se reprimir as paixões (deixar
levar-se por...);
• Nesse sentido, o homem deveria se dedicar a tudo
aquilo que valoriza o mundo racional e ético (Vídeo – mito das
cavernas);
• Este ideário influencia a própria concepção de política
em Platão, ao comparar o organismo social com o
corpo humano.
Aristóteles (384 – 322 a. C.)
• Diferente do pensamento platônico, as ideias
de Aristóteles não influenciaram o cristianismo;
• Aristóteles discorda radicalmente a esta ideia,
subordinando tudo ao mundo sensível. Na ideia de
Aristóteles “não á nada em nossa mente sem que
antes tenha passado pelo sentido”;
• Assim a base epistemológica de Aristóteles advém
do mundo sensível: Primeiro olho, capturo a ideia,
depois abstraio (do latim, “isolar”, “separar”);
• A felicidade é somente atingida pela dedicação à
vida teórica, na tentativa de conhecer a realidade
das coisas;
• A lógica, para Aristóteles, é condição para formar o
raciocínio, a reflexão humana.
Epicuro (341 – 271 a. C.)
• Para Epicuro, a felicidade é o prazer resultante da
satisfação dos desejos;
• Transporta a essência para a meterialidade do ser
humano;
• As angústias humanas se situam nas preocupações
religiosas e as superstições;
• Todo o universo, inclusive o homem, é composto
materialmente;
• Para alcance da felicidade, cabe alimentar certos
desejos e moderar outros;
• Contentar-se com pouco seria o segredo para ser
feliz.
Idade Média (Séc. V-XV)
• Escassa produção
filosófica;
• A fé cristã sempre tinha
a última palavra;
• Tomaz de Aquino faz
algumas mudanças
em contato com as
ideias aristotélicas;
• Os servos eram
considerados
propriedade, vistos
como coletivo e não
como indivíduo.
Renascimento (Séc. XIII-XVII)
• Retoma-se elementos da
cultura grega (quanto à
racionalidade) e romana (no
campo do direito);
• A burguesia, classe em
ascensão, discordava do
teocentrismo, valorizando o
antropocentrismo;
• Surge a noção de
individualidade;
• Coisifica-se o contemplado;
O pensamento renascentista
• A burguesia estimula a
busca de novos caminhos
ao conhecimento;
• Surgem Bacon, Newton,
Locke, Descartes: Valor à
racionalidade;
• Advertência de Bacon: “Só
se vence, obedecendo”;
• A filosofia é convidada a
refletir acerca do próprio
homem.
Iluminismo (Séc. XVII-XVIII)
• A razão como mecanismo
de organização da
sociedade;
• Desencadeou a revolução
industrial;
• Eram os burgueses
combatendo a influência
do clero na constituição da
sociedade;
• Lema “liberdade e
igualdade”, estimulando
ideias sobre a cidadania;
• No campo político,
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CONCEITOS E HISTÓRIA DA FILOSOFIA

  • 1. FILOSOFIA: CONCEITOS E HISTÓRIA Filosofia, Ética e Desenvolvimento Humano Professor Roney Gusmão
  • 2. Conceitos aplicados à Filosofia • Derivado do Grego: Filos (amigo); Sophya (saber). • Em grego, existem três dimensões de amor: Fileo, Ágape e Eros. Paixão em grego tem sentido de “deixar-se levar por”. Antítese de logos. • Para Mário Sérgio Cortella: a filosofia se empenha em deixar o mundo “mais cheio de graça”. • A filosofia questiona a verdade aparente das coisas, tendo sua base na indagação e dúvida. • Adulterando Descartes: “Penso, penso que penso, logo, existo”.
  • 3. Características do filosofar: • Radical: buscar efeito na raiz, no efeito que gerou os fenômenos; • Rigorosa: pensar de forma rigorosa, sistematizada, justificada por argumentos ; • De conjunto: pensar nos fenômenos do ponto de vista da totalidade, de ordem social.
  • 4. • A filosofia renuncia tanto o dogmatismo quanto o ceticismo; • A ideia de filosofar implica em movimento do conhecimento; • Discorda do fanatismo, que imobiliza o diálogo; • Extremos conduzem ao fanatismo. “Se a essência se confundisse com a aparência, não haveria ciência” (Karl Marx)
  • 5. O mito • É a intuição compreensiva da realidade; • Não se fundamenta na razão, sendo, portanto, antítese do conhecimento científico; • Augusto Comte afirma que a maturidade da civilização ocorre com a superação das formas míticas; • Ao supervalorizar a ciência, surge o mito do cientificismo (o mito da imparcialidade científica); • Os mitos estão presentes no senso comum, no folclore, nas fábulas, nos gibis, na fé, na mídia, na história, nos partidos políticos...; • Frequentemente reproduzimos ritos muito vinculados à mitologia: páscoa, natal, festas juninas, Haloween...
  • 6. Filosofia na Grécia Antiga • Período pré-socrático (Séc. VI a. C.): busca por entender a essência do funcionamento da natureza e astrofísica. Destaque a Parmênides e Heráclito; • Período pós-socrático (Séc. V a. C.): Sócrates se volta a questões relacionadas ao homem. Período subdividido entre os Sofistas (ênfase na retórica e na subjetivação dos sujeitos, representado por Protágoras) e os discipulos de Sócrates (Platão e Aristóteles).
  • 7. Sócrates (470-399 a.C.) • “Só sei que nada sei”; • Interpelava transeuntes, dizendo-se ignorante; • O conhecimento era construído pelo diálogo, no que ele denominou de ironia e maiêutica (do grego “fazer parir”); • Na maiêutica socrática, tem-se a noção de que questiona-se tudo o que parece óbvio; • Diferente dos sofistas, entendia que a virtude não era obtida apenas pela educação, mas pela auto (“próprio”), nomia (“lei”, “regra”); • Ideias relacionadas à inteligência emocional retomam a concepção socrática de homem: “conhece-te a ti mesmo”. • Sócrates combatia a ignorância: “As pessoas fazem o mal por não conhecerem o bem”; • Ideias consideradas ameaçadoras da ordem.
  • 8. “Sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância.” Sócrates A morte de Sócrates por Jacques Louis David (1787).
  • 9. Platão (427 – 347 a. C.) • Para Platão o mundo das ideias é fixo, situado num mundo mutável; • Faz uso da metodologia de Aristóteles, quando utiliza o diálogo para construção do saber; • O ideal existe apenas na imaginação do sujeito, havendo então confronto entre o que concebo e o que vejo; • Platão conclui que o mundo das ideias é o mundo real. O mundo material é imperfeito, perecível e degenerável; • O mundo real (sensível) é finito, enquanto que o mundo das ideias (suprassensível) transita entre gerações e se mantém dinâmico; • A concepção de bom x mau; belo x feio; digno x medíocre... Se mantém e perpassa gerações; • Esta concepção influencio a moralidade cristã ocidental.
  • 10. • A Escola de Atenas (Scuola di Atenas no original) é uma das mais famosas pinturas do renascentista Rafael e representa a Academia de Platão. Foi pintada entre1509 e 1510.
  • 11. Como uma onda Nada do que foi será De novo do jeito que já foi um dia Tudo passa, Tudo sempre passará A vida vem em ondas como um mar Num indo e vindo infinito Tudo que se vê não é igual ao que a gente Viu há um segundo Tudo muda o tempo todo no mundo Não adianta fugir, nem mentir Pra si mesmo agora Há tanta vida lá fora Aqui dentro sempre Como uma onda no mar
  • 12. • Houve cristianização das ideias platônicas: negatividade da carne, concepção de pecado, imaterialidade do espírito, fugacidade da matéria...; • Em Platão, o homem tem três faculdades: a racional na cabeça, a passional ou colérica no coração e no baixo ventre como estomago que é a alma apetitiva ou concupiscível, que tem objetivo de suprir as necessidades primárias do homem; • A razão deveria controlar toda a alma apetitiva, pelo controle racional, pode-se reprimir as paixões (deixar levar-se por...); • Nesse sentido, o homem deveria se dedicar a tudo aquilo que valoriza o mundo racional e ético (Vídeo – mito das cavernas); • Este ideário influencia a própria concepção de política em Platão, ao comparar o organismo social com o corpo humano.
  • 13.
  • 14. Aristóteles (384 – 322 a. C.) • Diferente do pensamento platônico, as ideias de Aristóteles não influenciaram o cristianismo; • Aristóteles discorda radicalmente a esta ideia, subordinando tudo ao mundo sensível. Na ideia de Aristóteles “não á nada em nossa mente sem que antes tenha passado pelo sentido”; • Assim a base epistemológica de Aristóteles advém do mundo sensível: Primeiro olho, capturo a ideia, depois abstraio (do latim, “isolar”, “separar”); • A felicidade é somente atingida pela dedicação à vida teórica, na tentativa de conhecer a realidade das coisas; • A lógica, para Aristóteles, é condição para formar o raciocínio, a reflexão humana.
  • 15. Epicuro (341 – 271 a. C.) • Para Epicuro, a felicidade é o prazer resultante da satisfação dos desejos; • Transporta a essência para a meterialidade do ser humano; • As angústias humanas se situam nas preocupações religiosas e as superstições; • Todo o universo, inclusive o homem, é composto materialmente; • Para alcance da felicidade, cabe alimentar certos desejos e moderar outros; • Contentar-se com pouco seria o segredo para ser feliz.
  • 16. Idade Média (Séc. V-XV) • Escassa produção filosófica; • A fé cristã sempre tinha a última palavra; • Tomaz de Aquino faz algumas mudanças em contato com as ideias aristotélicas; • Os servos eram considerados propriedade, vistos como coletivo e não como indivíduo.
  • 17. Renascimento (Séc. XIII-XVII) • Retoma-se elementos da cultura grega (quanto à racionalidade) e romana (no campo do direito); • A burguesia, classe em ascensão, discordava do teocentrismo, valorizando o antropocentrismo; • Surge a noção de individualidade; • Coisifica-se o contemplado;
  • 18. O pensamento renascentista • A burguesia estimula a busca de novos caminhos ao conhecimento; • Surgem Bacon, Newton, Locke, Descartes: Valor à racionalidade; • Advertência de Bacon: “Só se vence, obedecendo”; • A filosofia é convidada a refletir acerca do próprio homem.
  • 19. Iluminismo (Séc. XVII-XVIII) • A razão como mecanismo de organização da sociedade; • Desencadeou a revolução industrial; • Eram os burgueses combatendo a influência do clero na constituição da sociedade; • Lema “liberdade e igualdade”, estimulando ideias sobre a cidadania; • No campo político, destaque a Hobbes, Montesquieu, Rousseau. A Estátua da liberdade tem por simbologias: a deusa Sophya, a marçonaria e os ideais iluministas.