2. Conceitos aplicados à
Filosofia
• Derivado do Grego: Filos (amigo); Sophya (saber).
• Em grego, existem três dimensões de amor: Fileo,
Ágape e Eros. Paixão em grego tem sentido de
“deixar-se levar por”. Antítese de logos.
• Para Mário Sérgio Cortella: a filosofia se empenha
em deixar o mundo “mais cheio de graça”.
• A filosofia questiona a verdade aparente das
coisas, tendo sua base na indagação e dúvida.
• Adulterando Descartes: “Penso, penso que penso,
logo, existo”.
3. Características do
filosofar:
• Radical: buscar efeito na raiz, no efeito que
gerou os fenômenos;
• Rigorosa: pensar de forma rigorosa,
sistematizada, justificada por argumentos ;
• De conjunto: pensar nos fenômenos do
ponto de vista da totalidade, de ordem
social.
4. • A filosofia renuncia tanto o dogmatismo quanto o
ceticismo;
• A ideia de filosofar implica em movimento do
conhecimento;
• Discorda do fanatismo, que imobiliza o diálogo;
• Extremos conduzem ao fanatismo.
“Se a essência se confundisse com a aparência, não
haveria ciência” (Karl Marx)
5. O mito
• É a intuição compreensiva da realidade;
• Não se fundamenta na razão, sendo, portanto, antítese
do conhecimento científico;
• Augusto Comte afirma que a maturidade da civilização
ocorre com a superação das formas míticas;
• Ao supervalorizar a ciência, surge o mito do cientificismo
(o mito da imparcialidade científica);
• Os mitos estão presentes no senso comum, no folclore,
nas fábulas, nos gibis, na fé, na mídia, na história, nos
partidos políticos...;
• Frequentemente reproduzimos ritos muito vinculados à
mitologia: páscoa, natal, festas juninas, Haloween...
6. Filosofia na Grécia Antiga
• Período pré-socrático (Séc. VI a. C.): busca por
entender a essência do funcionamento da
natureza e astrofísica. Destaque a Parmênides e
Heráclito;
• Período pós-socrático (Séc. V a. C.): Sócrates se
volta a questões relacionadas ao homem. Período
subdividido entre os Sofistas (ênfase na retórica e
na subjetivação dos sujeitos, representado por
Protágoras) e os discipulos de Sócrates (Platão e
Aristóteles).
7. Sócrates (470-399 a.C.)
• “Só sei que nada sei”;
• Interpelava transeuntes, dizendo-se ignorante;
• O conhecimento era construído pelo diálogo, no que ele
denominou de ironia e maiêutica (do grego “fazer
parir”);
• Na maiêutica socrática, tem-se a noção de que
questiona-se tudo o que parece óbvio;
• Diferente dos sofistas, entendia que a virtude não era
obtida apenas pela educação, mas pela auto
(“próprio”), nomia (“lei”, “regra”);
• Ideias relacionadas à inteligência emocional retomam a
concepção socrática de homem: “conhece-te a ti
mesmo”.
• Sócrates combatia a ignorância: “As pessoas fazem o
mal por não conhecerem o bem”;
• Ideias consideradas ameaçadoras da ordem.
8. “Sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância.”
Sócrates
A morte de Sócrates por Jacques Louis David (1787).
9. Platão (427 – 347 a. C.)
• Para Platão o mundo das ideias é fixo, situado num
mundo mutável;
• Faz uso da metodologia de Aristóteles, quando utiliza o
diálogo para construção do saber;
• O ideal existe apenas na imaginação do sujeito,
havendo então confronto entre o que concebo e o
que vejo;
• Platão conclui que o mundo das ideias é o mundo real.
O mundo material é imperfeito, perecível e
degenerável;
• O mundo real (sensível) é finito, enquanto que o mundo
das ideias (suprassensível) transita entre gerações e se
mantém dinâmico;
• A concepção de bom x mau; belo x feio; digno x
medíocre... Se mantém e perpassa gerações;
• Esta concepção influencio a moralidade cristã
ocidental.
10. • A Escola de Atenas (Scuola di Atenas no original) é uma das
mais famosas pinturas do renascentista Rafael e representa a
Academia de Platão. Foi pintada entre1509 e 1510.
11. Como uma onda
Nada do que foi será
De novo do jeito que já foi um dia
Tudo passa, Tudo sempre passará
A vida vem em ondas como um mar
Num indo e vindo infinito
Tudo que se vê não é igual ao que a gente
Viu há um segundo
Tudo muda o tempo todo no mundo
Não adianta fugir, nem mentir
Pra si mesmo agora
Há tanta vida lá fora
Aqui dentro sempre
Como uma onda no mar
12. • Houve cristianização das ideias platônicas:
negatividade da carne, concepção de pecado,
imaterialidade do espírito, fugacidade da matéria...;
• Em Platão, o homem tem três faculdades: a racional na
cabeça, a passional ou colérica no coração e no baixo
ventre como estomago que é a alma apetitiva ou
concupiscível, que tem objetivo de suprir as
necessidades primárias do homem;
• A razão deveria controlar toda a alma apetitiva, pelo
controle racional, pode-se reprimir as paixões (deixar
levar-se por...);
• Nesse sentido, o homem deveria se dedicar a tudo
aquilo que valoriza o mundo racional e ético (Vídeo – mito das
cavernas);
• Este ideário influencia a própria concepção de política
em Platão, ao comparar o organismo social com o
corpo humano.
13.
14. Aristóteles (384 – 322 a. C.)
• Diferente do pensamento platônico, as ideias
de Aristóteles não influenciaram o cristianismo;
• Aristóteles discorda radicalmente a esta ideia,
subordinando tudo ao mundo sensível. Na ideia de
Aristóteles “não á nada em nossa mente sem que
antes tenha passado pelo sentido”;
• Assim a base epistemológica de Aristóteles advém
do mundo sensível: Primeiro olho, capturo a ideia,
depois abstraio (do latim, “isolar”, “separar”);
• A felicidade é somente atingida pela dedicação à
vida teórica, na tentativa de conhecer a realidade
das coisas;
• A lógica, para Aristóteles, é condição para formar o
raciocínio, a reflexão humana.
15. Epicuro (341 – 271 a. C.)
• Para Epicuro, a felicidade é o prazer resultante da
satisfação dos desejos;
• Transporta a essência para a meterialidade do ser
humano;
• As angústias humanas se situam nas preocupações
religiosas e as superstições;
• Todo o universo, inclusive o homem, é composto
materialmente;
• Para alcance da felicidade, cabe alimentar certos
desejos e moderar outros;
• Contentar-se com pouco seria o segredo para ser
feliz.
16. Idade Média (Séc. V-XV)
• Escassa produção
filosófica;
• A fé cristã sempre tinha
a última palavra;
• Tomaz de Aquino faz
algumas mudanças
em contato com as
ideias aristotélicas;
• Os servos eram
considerados
propriedade, vistos
como coletivo e não
como indivíduo.
17. Renascimento (Séc. XIII-XVII)
• Retoma-se elementos da
cultura grega (quanto à
racionalidade) e romana (no
campo do direito);
• A burguesia, classe em
ascensão, discordava do
teocentrismo, valorizando o
antropocentrismo;
• Surge a noção de
individualidade;
• Coisifica-se o contemplado;
18. O pensamento renascentista
• A burguesia estimula a
busca de novos caminhos
ao conhecimento;
• Surgem Bacon, Newton,
Locke, Descartes: Valor à
racionalidade;
• Advertência de Bacon: “Só
se vence, obedecendo”;
• A filosofia é convidada a
refletir acerca do próprio
homem.
19. Iluminismo (Séc. XVII-XVIII)
• A razão como mecanismo
de organização da
sociedade;
• Desencadeou a revolução
industrial;
• Eram os burgueses
combatendo a influência
do clero na constituição da
sociedade;
• Lema “liberdade e
igualdade”, estimulando
ideias sobre a cidadania;
• No campo político,
destaque a Hobbes,
Montesquieu, Rousseau.
A Estátua da liberdade tem por
simbologias: a deusa Sophya, a
marçonaria e os ideais iluministas.