Este documento discute três problemas fundamentais do conhecimento: (1) a natureza do conhecimento e se é determinado pelo sujeito ou objeto, (2) a origem do conhecimento e se vem da razão ou experiência sensível, e (3) a possibilidade do conhecimento e se o sujeito pode apreender a realidade. A discussão inclui as posições filosóficas de realismo, idealismo, racionalismo, empirismo, dogmatismo, ceticismo e criticismo.
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Gnosiologia e os problemas gnosiológicos (DOC.2)
1. Filosofia
Ano Lectivo: _____/_____ Ano: 11º Turma: ______
[Unidade] IV 1. Descrição e interpretação da actividade cognoscitiva
A gnosiologia e os problemas gnosiológicos
Prof. Joaquim Melro
Documento 2
Assunto: ALGUNS PROBLEMAS DO CONHECIMENTO
“1. A ESSÊNCIA/NATUREZA DO CONHECIMENTO:
Em que consiste o conhecimento? Se partirmos do modelo da representação e
aceitarmos a relação sujeito-objecto como modelo fundamental do acto cognitivo,
qual é o elemento determinante: é o sujeito que determina o objecto ou o objecto
que determina o sujeito?
a) Realismo
Se se considerar que o elemento fundamental que determina o conhecimento
e define a sua essência é o objecto, estamos na posição realista.
b) Idealismo
Se, pelo contrário, entendermos que o conhecimento é fundamentalmente
determinado pelas estruturas do sujeito, estamos na tese idealista.
2. A ORIGEM DO CONHECIMENTO:
De onde procede fundamentalmente o conhecimento: da razão ou da
sensibilidade do sujeito? Esta pergunta tem um sentido lógico e psicológico conexo e
dificilmente dissociável. Assim, se se considerar que a razão é a única base do
conhecimento, isso implicará a apologia da especificidade e autonomia psicológica
dos processos de pensamento. Mas, inversamente, se se considerar que o fundamento
do conhecimento é a experiência, a tendência será negar-se a autonomia do
pensamento.
a) Racionalismo
A razão é a fonte principal do conhecimento, organizando e unificando as
sensações e percepções recebidas espontaneamente pela consciência.
Os racionalistas estão ligados, geralmente, às matemáticas, uma vez que se
trata de um modelo científico em que o pensamento funciona de modo
independente em relação à experiência, seguindo apenas as suas próprias leis. (…)
2. b) Empirismo
O conhecimento e os nossos conceitos derivam da experiência sensível. A
consciência cognoscente não tira os seus conteúdos da razão, mas da experiência. A
mente é entendida como uma tábua rasa onde a experiência escreve. (…)
Se os racionalistas são sobretudo influenciados pelo espírito matemático, a
maior parte dos empiristas estão normalmente ligados às ciências naturais, uma vez
que nelas a experiência joga um papel decisivo.
c) Apriorismo (Kant)
Nesta teoria, o conhecimento é o resultado da união estruturante entre a
experiência dos sentidos e a razão.
3. A POSSIBILIDADE DO CONHECIMENTO:
(…) O conhecimento funda-se na relação entre sujeito e objecto. Mas podemos
questionar este pressuposto e interrogar se é possível esta relação. Pode o sujeito
apreender o objecto? O conhecimento atinge a verdade dos objectos ou tem um
valor cultural e temporalmente limitado? Existem várias respostas a estas questões:
a) Dogmatismo
Trata-se de uma posição (…) que defende a apreensão absoluta da realidade
pelo sujeito. Para o dogmático, a questão da possibilidade do conhecimento nem
sequer se coloca, uma vez que ele tem como adquirida e evidente a realidade do
contacto entre o sujeito e o objecto.
b) Cepticismo
Defende a impossibilidade do sujeito apreender a realidade. Para o céptico, o
sujeito não pode apreender realmente a essência da realidade.
c) Criticismo
O criticismo pretende superar as duas posições anteriores.
Afirma a possibilidade do conhecimento e, nesta afirmação de confiança nas
possibilidades cognitivas do sujeito, tem algo em comum com o dogmatismo; mas ao
contrário deste, reconhece limites nas capacidades do homem, aproximando-se aqui
mais da posição céptica. Trata-se de uma postura reflexiva e crítica, que examina
com rigor as afirmações da razão, ao invés de cair quer no arrojo dogmático, quer no
desespero céptico”.
Grácio, R. A. & Girão, J. M. (s/d). Razões em Jogo - 11º Ano (pp. 131-133). Retirado em
Janeiro 20, de 2009 de
http://www.prof2000.pt/users/praxis/praxiologica/textosapoio/11ano/problematica_co
nhecimento.htm
Actividade
1. Elabora uma questão a partir do assunto do texto.
2. Elabora 5 questões a que o texto possa respo nder.