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Élida de Jesus
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Gustavo Bleme
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O LIVRO DAS
FERAS
"O animal selvagem e cruel não é
aquele que está atrás das grades. É
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Munthe
CONTOS ESCOLHIDOS
 O dia do acerto de contas
 O passeio de bode
 E lá estava eu, condenado a viver com
Bubsy
 O último espetáculo da Vedete
 A vingança de Djemal
 Notas de uma respeitável barata
PATRICIA HIGHSMITH
 (...) altamente
sexualizada,
socialmente
inconstante, uma
mulher que estava
sempre se apaixonando
e uma das escritoras
mais disciplinadas do
mundo“ - Joan
Schenkar
PATRICIA HIGHSMITH
 1921-1995
 Nasceu no Texas
 22 romances
 Polêmico “Carol” em
1952
 Série Ripley
 Repaginou o gênero
ficção-criminal
PATRICIA HIGHSMITH
 Vida conturbada
 André Wilson –
biografia
 Traumas de infância
 Sexualidade reprimida
 Ausência paterna
 Tentativa de abuso
Sobre o livro
 Características Gerais:
 Antropomorfismo, personificação
 “anthropos” (homem) - “morphe” (forma)
 Relação homem x animal: subjugação,
dominação do mais forte sobre o mais
fraco
 No livro os animais são mais humanos que
os humanos.
Personificação
 “Patrícia Highsmith vai além de descrever
ações observadas ou imaginadas:
apresenta características mentais ou
comportamentais de agentes não humanos
com recursos estilísticos que os
humanizam, dotando-os de uma dimensão
moral...”JEHA p.316
Sobre o livro
 A autora usa a estratégia da personificação
para facilitar a identificação com o outro,
nesse caso o animal não-humano.
 A intenção seria levar o leitor a
compartilhar a experiência do animal, em
geral maus tratos, e criar empatia por eles.
 Como consequência teríamos leitores mais
humanizados que reconhecem o direito dos animais.
Estrutura dos contos
 Animal vitimado pelos humanos que os
detesta ou os despreza com exceção a um
indivíduo bom, o tratador, treinador, dono.
 Surge desse menosprezo a vingança, eles
matam os humanos maus.
 Fazem justiça da maneira que podem já
que não um sistema que os ampare.
O dia do acerto de contas
 "Virá o dia em que
a matança de um
animal será
considerada crime
tanto quanto o
assassinato de um
homem." -
Leonardo da Vinci
O dia do acerto de contas
 Narração em terceira pessoa
 Maus tratos aos animais
 Bicos cortados
 Confinamento
 Luz artificial – seis horas a mais de dia
 Resultado: mortes e loucura
O dia do acerto de contas
 A vida dos animais – J.M. Coetzee
A plenitude de ser é um estado difícil de sustentar em
confinamento. Confinamento a uma prisão é uma forma
de punição que o Ocidente privilegia e faz todo o possível
para impor ao resto do mundo por meio da condenação
de outras formas de punição (espancamento, tortura,
mutilação, execução) consideradas cruéis e antinaturais.
(...) A mim isso sugere que a liberdade de o corpo mover-
se no espaço é tomada como o ponto em que a razão
pode ser mais dolorosa e eficientemente ferir o ser do
outro". p. 41 e 42
O dia do acerto de contas
 "Volto uma última vez aos locais de morte que
estão à nossa volta, aos locais de abate para os
quais, em um imenso esforço comum, fechamos
nossos corações. Ocorre a cada dia um novo
Holocausto, e, no entanto, até onde posso
enxergar, nosso ser moral permanece inalterado.
Isso não nos afeta. Ao que parece, podemos
fazer qualquer coisa e sair limpos". p. 43 e 44
O passeio de bode
 "Não há crueldade
pior que pensar e
acreditar que os
animais existem para
servir ao
homem." Gabriela
Toledo - Presidente da
Ong PEA-Projeto
Esperança Animal
O passeio de bode
 A utilização do animal pelo homem
 Lucros
 Maus tratos
 Sentimentos humanos
 Prazer em se sentir útil x raiva do picadeiro
E lá estava eu, condenado a viver
com Bubsy
 “Cães amam seus amigos e mordem seus
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E lá estava eu, condenado a viver
com Bubsy
 Narrado em terceira
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nos pensamentos e
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animalidade:
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E lá estava eu, condenado a viver
com Bubsy
 Apropriação do animal pelo homem
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lhe pertencia”. p. 49
 Por que razão Bubsy se aferrava a ele, se não
lhe voltava qualquer afeto?
 Subjugação do animal pelo seu novo
dono: demonstração de poder
O último espetáculo da Vedete
 Narração pela elefante
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 "A compaixão pelos
animais está
intimamente ligada à
bondade de caráter e
pode ser seguramente
afirmado que quem é
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 Narração em terceira
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velhos e celebre os
jovens. Mesmo
insetos, a grama e as
árvores você deve
nunca maltratar." - Ko
Hung (284-363 AC -
Confucionista
-Taoísta)
Notas de uma respeitável barata
A barata teve que se mudar, pois o Hotel
Duke, apesar de sua excelente localização,
entrara em decadência. Não se podiam
comparar aos anos dourados que há
gerações sua família vivera ali. Atualmente
o hotel atraí uma clientela nada sociável,
porca e desprezível.
Notas de uma respeitável barata
Todos pensam que as baratas não
entendem o que se passa ao seu redor, no
entanto compreendem as mais variadas
linguagens até mesmo o inglês, escutado
há várias gerações. Porém, para os olhos
humanos, ela é somente uma barata, ainda
que não seja o Franz Kafka disfarçado.
Notas de uma respeitável barata
Ao observar as pessoas que moram no
hotel, ela se sente orgulhosa por ser uma
barata, pois pelo menos é saudável e, de
certa maneira, costuma limpar os restos.
Notas de uma respeitável barata
Lembra-se das festas regadas a
champanhe com restos de pão e canapé
além dos desjejuns a base de farelos de
croissant.
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tataravó.
Notas de uma respeitável barata
Um belo dia, o Hotel Duke recebe um
hospede que se diferenciava dos demais.
Tinha classe, uma mala de couro e
cheirava a colônia pós-barba.
Conseqüência: não ficou ali muito tempo.
A barata, mais que depressa calculou suas
ações de forma a embarcar naquela
belíssima mala de couro, sem que fosse
pega ou esmagada.
Notas de uma respeitável barata
Meia hora depois estava encontrava-se
num aconchegante hotel com um carpete
grosso e que não cheirava a pó. Indo e
vindo de elevador do quarto para a
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Recordando-se, com certa pena e
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Humanização do Animal:
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 Ironia.
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“O que distinguia o homem dos animais era a
capacidade humana para pensamento
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“... seu silêncio, que garantem sua distância, sua
diferença, sua exclusão do homem e em relação
ao homem.” (BERGUER, pg.13)
REFERÊNCIAS:
 BERGER, John. Por que olhar os animais?
 HIGHSMITH, Patrícia. O livro das feras (contos
selecionados).
 LESTEL, Dominique. Pensar/Escrever o animal
 COETZEE, J.M. A vida dos animais – O filósofo
e os animais
 JEHA, Julio. Assassinos de estimação: O Livro
das Feras de Patrícia Highsmith. In. Pensar/
escrever o animal. 2011
REFERÊNCIAS
 http://veja.abril.com.br/250204/p_102.html
 http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult9
 http://www.pea.org.br/curiosidades/curiosidad
 http://tavernafimdomundo.com/2009/06/03/o-l

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O olhar dos animais

  • 1. Cíntia Saraiva Élida de Jesus Giulliana Rocha Gustavo Bleme Marco Antônio
  • 2. O LIVRO DAS FERAS "O animal selvagem e cruel não é aquele que está atrás das grades. É o que está na frente delas." - Axel Munthe
  • 3. CONTOS ESCOLHIDOS  O dia do acerto de contas  O passeio de bode  E lá estava eu, condenado a viver com Bubsy  O último espetáculo da Vedete  A vingança de Djemal  Notas de uma respeitável barata
  • 4. PATRICIA HIGHSMITH  (...) altamente sexualizada, socialmente inconstante, uma mulher que estava sempre se apaixonando e uma das escritoras mais disciplinadas do mundo“ - Joan Schenkar
  • 5. PATRICIA HIGHSMITH  1921-1995  Nasceu no Texas  22 romances  Polêmico “Carol” em 1952  Série Ripley  Repaginou o gênero ficção-criminal
  • 6. PATRICIA HIGHSMITH  Vida conturbada  André Wilson – biografia  Traumas de infância  Sexualidade reprimida  Ausência paterna  Tentativa de abuso
  • 7. Sobre o livro  Características Gerais:  Antropomorfismo, personificação  “anthropos” (homem) - “morphe” (forma)  Relação homem x animal: subjugação, dominação do mais forte sobre o mais fraco  No livro os animais são mais humanos que os humanos.
  • 8. Personificação  “Patrícia Highsmith vai além de descrever ações observadas ou imaginadas: apresenta características mentais ou comportamentais de agentes não humanos com recursos estilísticos que os humanizam, dotando-os de uma dimensão moral...”JEHA p.316
  • 9. Sobre o livro  A autora usa a estratégia da personificação para facilitar a identificação com o outro, nesse caso o animal não-humano.  A intenção seria levar o leitor a compartilhar a experiência do animal, em geral maus tratos, e criar empatia por eles.  Como consequência teríamos leitores mais humanizados que reconhecem o direito dos animais.
  • 10. Estrutura dos contos  Animal vitimado pelos humanos que os detesta ou os despreza com exceção a um indivíduo bom, o tratador, treinador, dono.  Surge desse menosprezo a vingança, eles matam os humanos maus.  Fazem justiça da maneira que podem já que não um sistema que os ampare.
  • 11. O dia do acerto de contas  "Virá o dia em que a matança de um animal será considerada crime tanto quanto o assassinato de um homem." - Leonardo da Vinci
  • 12. O dia do acerto de contas  Narração em terceira pessoa  Maus tratos aos animais  Bicos cortados  Confinamento  Luz artificial – seis horas a mais de dia  Resultado: mortes e loucura
  • 13. O dia do acerto de contas  A vida dos animais – J.M. Coetzee A plenitude de ser é um estado difícil de sustentar em confinamento. Confinamento a uma prisão é uma forma de punição que o Ocidente privilegia e faz todo o possível para impor ao resto do mundo por meio da condenação de outras formas de punição (espancamento, tortura, mutilação, execução) consideradas cruéis e antinaturais. (...) A mim isso sugere que a liberdade de o corpo mover- se no espaço é tomada como o ponto em que a razão pode ser mais dolorosa e eficientemente ferir o ser do outro". p. 41 e 42
  • 14. O dia do acerto de contas  "Volto uma última vez aos locais de morte que estão à nossa volta, aos locais de abate para os quais, em um imenso esforço comum, fechamos nossos corações. Ocorre a cada dia um novo Holocausto, e, no entanto, até onde posso enxergar, nosso ser moral permanece inalterado. Isso não nos afeta. Ao que parece, podemos fazer qualquer coisa e sair limpos". p. 43 e 44
  • 15. O passeio de bode  "Não há crueldade pior que pensar e acreditar que os animais existem para servir ao homem." Gabriela Toledo - Presidente da Ong PEA-Projeto Esperança Animal
  • 16. O passeio de bode  A utilização do animal pelo homem  Lucros  Maus tratos  Sentimentos humanos  Prazer em se sentir útil x raiva do picadeiro
  • 17. E lá estava eu, condenado a viver com Bubsy  “Cães amam seus amigos e mordem seus inimigos, bem diferente das pessoas, que são incapazes de sentir amor puro e têm sempre que misturar amor e ódio em suas relações.” Sigmund Freud
  • 18. E lá estava eu, condenado a viver com Bubsy  Narrado em terceira pessoa  Onisciente: presente até nos pensamentos e sonhos de Barão  Humanização x animalidade:  Ciúmes  Pensamento lógico  Incompreensão de situações
  • 19. E lá estava eu, condenado a viver com Bubsy  Apropriação do animal pelo homem  “Eis que subitamente Bubsy alegava que Barão lhe pertencia”. p. 49  Por que razão Bubsy se aferrava a ele, se não lhe voltava qualquer afeto?  Subjugação do animal pelo seu novo dono: demonstração de poder
  • 20. O último espetáculo da Vedete  Narração pela elefante  Olhar do animal  Capacidade emotiva  Características humanas:  Incompreensão  Raiva  Vingança
  • 21. O último espetáculo da Vedete  “Outro tiro atinge minha cabeça. Bem no meio dos olhos que, contudo, continuam abertos.”
  • 22. A vingança de Djemal  "A compaixão pelos animais está intimamente ligada à bondade de caráter e pode ser seguramente afirmado que quem é cruel com os animais não pode ser um bom homem." Arthur Schopenhauer
  • 23. A vingança de Djemal  Narração em terceira pessoa  Aborda maus tratos aos animais  Humanização do animal: sentimentos
  • 24. Notas de uma respeitável barata  "Respeite os mais velhos e celebre os jovens. Mesmo insetos, a grama e as árvores você deve nunca maltratar." - Ko Hung (284-363 AC - Confucionista -Taoísta)
  • 25. Notas de uma respeitável barata A barata teve que se mudar, pois o Hotel Duke, apesar de sua excelente localização, entrara em decadência. Não se podiam comparar aos anos dourados que há gerações sua família vivera ali. Atualmente o hotel atraí uma clientela nada sociável, porca e desprezível.
  • 26. Notas de uma respeitável barata Todos pensam que as baratas não entendem o que se passa ao seu redor, no entanto compreendem as mais variadas linguagens até mesmo o inglês, escutado há várias gerações. Porém, para os olhos humanos, ela é somente uma barata, ainda que não seja o Franz Kafka disfarçado.
  • 27. Notas de uma respeitável barata Ao observar as pessoas que moram no hotel, ela se sente orgulhosa por ser uma barata, pois pelo menos é saudável e, de certa maneira, costuma limpar os restos.
  • 28. Notas de uma respeitável barata Lembra-se das festas regadas a champanhe com restos de pão e canapé além dos desjejuns a base de farelos de croissant. Com certeza contados pela sua tatara- tataravó.
  • 29. Notas de uma respeitável barata Um belo dia, o Hotel Duke recebe um hospede que se diferenciava dos demais. Tinha classe, uma mala de couro e cheirava a colônia pós-barba. Conseqüência: não ficou ali muito tempo. A barata, mais que depressa calculou suas ações de forma a embarcar naquela belíssima mala de couro, sem que fosse pega ou esmagada.
  • 30. Notas de uma respeitável barata Meia hora depois estava encontrava-se num aconchegante hotel com um carpete grosso e que não cheirava a pó. Indo e vindo de elevador do quarto para a cozinha. Recordando-se, com certa pena e desprezo, dos bípedes do Hotel Duke.
  • 31. Humanização do Animal:  Traços de nobreza;  Histórias de antepassados;  Personalidade;  Ironia.
  • 32. Por que olhar os animais? “O que distinguia o homem dos animais era a capacidade humana para pensamento simbólico, capacidade inseparável do desenvolvimento de uma linguagem...” (BERGUER, pg.16)
  • 33. No entanto...  A barata pensa, fala e sente.  Sente-se, inclusive, superior aos homens... “Eu era um residente mais digno dessa classificação, se levarmos em consideração o caráter hereditário, do que qualquer uma das bestas humanas hospedadas nesse hotel.” (pg.162 )
  • 34. Por que olhar os animais?  John Berger relata que para a maioria dos leitores modernos qualidades como gentileza, coragem ou inteligência não são qualidades que possam ser atribuídas a animais.
  • 35. Humanização do Animal:  Inteligência e Cálculo: “Foi nesse momento que tomei a decisão... Escalei até o um bolso que ficava na parte interna da tampa da mala, enfiando-me entre as dobras de um saco plástico, onde eu não seria esmagado quando a mala fosse fechada.” (pg.166)
  • 36. Animalização do Homem: “... um quarto cheio de junkies retardados lambendo -literalmente- a comida do chão numa espécie de jogo. Garotos e garotas, nus, fingindo, por algum motivo estúpido, não terem mãos, tentando comer seus sanduíches como se fossem cachorros...” (pg.164)
  • 37. Homem x Animal “A vida deles corre paralela a do homem.” (BERGUER, pg.13) “Eles são os objetos de nosso conhecimento sempre crescente... índice de nosso poder... quanto mais sabemos, mais nos distanciamos deles.” (BERGUER, pg.22) “... seu silêncio, que garantem sua distância, sua diferença, sua exclusão do homem e em relação ao homem.” (BERGUER, pg.13)
  • 38. REFERÊNCIAS:  BERGER, John. Por que olhar os animais?  HIGHSMITH, Patrícia. O livro das feras (contos selecionados).  LESTEL, Dominique. Pensar/Escrever o animal  COETZEE, J.M. A vida dos animais – O filósofo e os animais  JEHA, Julio. Assassinos de estimação: O Livro das Feras de Patrícia Highsmith. In. Pensar/ escrever o animal. 2011
  • 39. REFERÊNCIAS  http://veja.abril.com.br/250204/p_102.html  http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult9  http://www.pea.org.br/curiosidades/curiosidad  http://tavernafimdomundo.com/2009/06/03/o-l