A terceira fase do Modernismo brasileiro após 1945 foi marcada por duas tendências principais na prosa: a prosa psicológica e a prosa regionalista. Autores como Clarice Lispector, Guimarães Rosa e Mário Quintana contribuíram com obras que aprofundaram a introspeção e recriaram costumes regionais. Foi um período de renovação cultural após a Segunda Guerra Mundial.
2. Contribuição para literatura
A prosa da terceira fase do Modernismo, também chamado de Pós-Modernismo
por muitos que estudam a história da literatura brasileira, é de maior parte
uma continuação das duas fases anteriores em termos dos assuntos
mencionados.
Os escritores dessa fase contribuem novos aspectos à literatura brasileira que
vão enriquecendo o conteúdo total da história literária no Brasil. As maiores
tendências na prosa dessa fase consistem em duas: a prosa psicológica, e a
prosa regionalista.
3. Contexto social
O ano de 1945, que assinala o início da terceira fase do Modernismo, é dos
mais marcantes da história da humanidade. Nessa data, com as explosões
atômicas nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasáki, terminava a
Segunda Guerra Mundial e começava um período de reestruturação
geográfica, política e econômica que dividiu o mundo em blocos capitalistas,
sob a liderança dos Estados Unidos, e comunistas, guiados pela ex-União das
Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).
No Brasil, 1945 é o ano da queda de Getúlio Vargas - que voltaria ao poder,
pelo voto popular, em 1950, onde permaneceu até suicidar-se, em 1954. No
plano literário, 1945 é o ano da morte de Mário de Andrade (1893-1945),
principal figura do Modernismo.
4. Contexto Cultural
Houve uma renovação do gosto pela arte regional e popular, o que foi
compreendido como um caráter revolucionário. As artes oscilavam entre o
resgate do passado e a busca do novo.
Poesia – novo estilo: oposta às inovações modernistas de 1922, sendo
equilibrada e séria e baseando-se no Simbolismo e no Parnasianismo.
Referência: João Cabral de Melo Neto.
Prosa: Predomínio da introspecção, questionamento do “eu” (muito presente
nas obras de Clarice Lispector) e do regionalismo, recriação dos costumes e
da fala sertaneja (introduzido por Guimarães Rosa, na época).
Autores instrumentalistas: Clarice Lispector e Guimarães Rosa receberam essa
denominação porque utilizavam a palavra como instrumento de trabalho, não
apenas como um meio de extrair ideias.