2. Sentada num banco
olhando para o ar
eu desejo fugir
tenho vontade de gritar
No meu coração
há luta, há raiva
há medo do mundo
estou farta de tudo
e de todos
a vida é tão injusta
estou farta de ser gozada
de não ser igual a
todos os outros.
Sinto-me tão triste e sozinha.
Este silêncio que me
rodeia só me trás
infelicidade, quero ter
amigos e alguém que
goste de mim, para poder voltar a sorrir
V.P. 9º A
3. Esta vídeo-aula aborda o conceito de Bullying (ou violência
moral) esclarecendo o fenômeno que, embora presente há
tempos na sociedade, vem preocupando aos educadores pela
incidência crescente entre crianças e jovens. A partir de uma
retomada histórica, propõe uma reflexão sobre o tema,
apresenta a situação no Brasil e aponta alternativas para o
manejo das situações que envolvem o fenômeno, assim como
algumas ações preventivas que podem minimizar a incidência
do problema nas escolas.
Profª Kátia Pupo.
4. Bullying
Bullying (termo em inglês) que se refere a todas as
atitudes agressivas, intencionais e repetidas e também que ocorrem
sem uma motivação evidente, adotadas por uma ou mais
estudantes contra outro (s), causando dor e angústia dentro de
uma relação desigual de poder.
Algumas ações estão incluídas no fenômeno do bullying, como:
Humilhações
Difamação
Constrangimento
Menosprezo
Intimidação
Ameaças
Exclusão
Perseguições
Agressão física
Roubo
5. Bullying são experiências inevitáveis e nada pode ser
feito a respeito ?
As pesquisas no Brasil sobre o assunto começaram em 2003,
mas este fenômeno começou a ser estudado há 30 anos na
década de 70, por um sueco, chamado Dan Olweus, que
desenvolveu um programa e fez uma pesquisa muito ampla,
desenvolvendo um questionário que foi aplicado nas escolas,
para poder identificar o nível de bullying que acontecia nelas.
O bullying não é um fenômeno novo, pois já faz parte da
sociedade e acontece além da escola, incluindo não somente
crianças, mas também adultos.
6. A Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à
Infância e à Adolescência (2003), nos oferece dados
importantes:
• 40,5% dos adolescentes já vivenciaram uma situação de
bullying;
• Sala de aula – geralmente acontece em sala de aula e essa
invisibilidade ou a não interferência do professor agravam o
problema;
• 50% das vítimas não denunciam, por conta de se sentirem
ameaçadas e não decepcionarem seus pais (baixa auto-
estima);
• Meninos – agressões físicas;
• Meninas – intrigas, fofocas e exclusão.
7. Brincadeiras ou Bullying?
• Ação repetida e intencional – Os educadores precisam
diferenciar o que brincadeira de mau gosto e o que é
bullying. Ele precisa acontecer repetidas vezes para ser
caracterizado como tal.
• Duração prolongada – o bullying pode durar vários anos.
• Falta de motivação;
• Desequilíbrio de poder – a vítima é indefesa e não tem
capacidade de solucionar o problema. O mentor do
bullying não o pratica, muitas vezes. Ele instiga outros
alunos para que o faça por ele.
• Impossibilidade de defesa.
8. VÍTIMAS:
• Pouca habilidade de socialização;
• Dificuldade para reagir às agressões;
• Características físicas, comportamento, condição
socioeconômica, ou orientação sexual diferentes;
• Hiperativos e impulsivos;
• Muitas vítimas tornam-se agressores;
• Não pedem ajuda por medo de retaliações ou por
não quererem decepcionar os pais.
9. AGRESSORES:
• Ambos os sexos;
• Desrespeito às normas;
• Dificuldade de lidar com frustração;
• Liderança;
• Pequenos delitos;
• Desempenho escolar regular e insuficiente;
• Ausência de culpa;
• Desafiadores e agressivos;
• Dificuldade em lidar com figuras de autoridade;
• Mentiras constantes.
10. Cyberbullying ou Bullying Virtual:
• Uso dos recursos da Internet;
• Efeito multiplicador e duradouro;
• Anonimato: criação de perfis falsos pelo agressor;
• Impunidade;
• Maioria de adolescente;
• Passível de ação penal.
11. CONSEQUÊNCIAS:
• Tendência ao isolamento
• Dificuldade de participar das discussões em sala de aula
• Queda de rendimento escolar
• Fobia escolar
• Mudanças de humor
• Insônia, sintomas de dor de cabeça, estômago
• Irritadas, ansiosas e tristes
• Mais propensas a desenvolver transtornos afetivos,
depressão, anorexia, bulimia, síndrome do pânico;
• Suicídio e homicídio.
12. INTERVENÇÕES POSSÍVEIS:
• Conscientização;
• Sensibilizar a comunidade (todos os agentes escolares);
• Ambiente de confiança, solidário e ético (assembleias
para discutir as regras de convivência, estimulando os
estudantes a falar sobre os seus sentimentos);
• Dar apoio e proteção ás vítimas;
• Estabelecer regras e limites claros;
• Aplicar sanções sem tolerância em casos de bullying.