SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 28
Baixar para ler offline
Bullying - A Agressividade Entre Pares
Conceito de Bullying

Dan Olweus (1991), definiu o conceito de Bullying
               1991),
afirmando que “um aluno está a ser provocado/vitimado
quando ele ou ela está exposto/a, repetidamente, ao
                                  repetidamente,
longo do tempo e de forma intencional, a acções
                               intencional,
negativas da parte de uma ou mais pessoas”.
                                  pessoas”.


Esse importunar repetido pode ser físico, verbal,
psicológico e/ou sexual.
                 sexual.
BULLYING
Formas de Bullying

                  Espalhar
                   Boatos

   Intimidação                Dominar



 Ciber           Provocação        Gozar
bullying



    Oprimir                   Insultar
                 Exclusão
Prevalência
     As investigações apontam para o seguinte:
Maior incidência no sexo masculino. Eles praticam bullying mais
                         masculino.
directo (ameaçam e batem);
                   batem);
Por seu lado, Elas praticam um bullying mais social (ofensas,
boatos negativos e rejeição)
Anos escolares de mais incidência: no 7.º e 8.º ano de
                       incidência:
escolaridade;
escolaridade;
As vitimas são sobretudo alunos mais novos;
                                     novos;
A probabilidade de serem ameaçados, diminui à medida que
aumenta a idade;
          idade;
Nos EUA, uma em cada sete crianças é um agressor ou vitima;
                                                    vitima;
Provocadores (bullies)
Características

São geralmente do sexo masculino;
                       masculino;
No fundo são indivíduos que se sentem infelizes;
                                      infelizes;
Têm mais probabilidade de se envolver em
comportamentos de risco e de consumo (álcool,
tabaco, drogas, etc.);
                etc.
Pertencem a famílias que lhes dão pouco afecto e
protecção, existindo distância emocional entre os
membros familiares;
         familiares;
Os pais desvalorizam-nos ao invés de os elogiar;
        desvalorizam-                   elogiar;
Características (cont.)


A família usa estilos de disciplina punitiva ou rígida, ensinada
de forma inconsistente e com pouca monitorização;
                                   monitorização;
Baixa tolerância à frustração;
                   frustração;
Falam de si como vencedores e desprezam os mais fracos;
                                                fracos;
Os agressores/bullies são arrogantes, conflituosos e adoram
ganhar;
ganhar;
A resolução de problemas é feita de forma pobre e/ou
agressiva.
agressiva.
Vitimas
Características

As vitimas típicas são mais deprimidas;


Consideram a escola um espaço desagradável;


Tendem a ter reacções psicossomáticas, como a
enurese, dores estomacais, cefaleias, etc;


Tendem a pertencer a famílias que educam de forma
restritiva e com excesso de protecção por parte dos
pais;
Características (cont.)
Geralmente são pouco sociáveis;
Forte sentimento de insegurança;
Baixa auto-estima agravada por intervenções
       auto-
criticas;
Têm poucos amigos;
São passivos e quietos, não reagindo aos actos
de agressividade;
Baixo desempenho escolar.
Vitimas Provocativas
Características

Retaliam quando são atacadas;
Expressam frequentemente a recusa pelos pares;
Tendem a exibir desagrado pela escola;
Instabilidade emocional, que pode decorrer da
exposição a situações de violência e abusos;
Pais punitivos que usam estratégias agressivas e de
rejeição.
Consequências
As situações de Bullying poderão dar origem:


  Baixa auto-estima e medo em expressar emoções;
        auto-
  Problemas de relacionamento com o outro;
  Recusa escolar;
  Aparecimento de comportamentos de risco;
  Ansiedade;
  Pensamento corrente que até merecem ser maltratados;
  Alto nível de absentismo e possível abandono escolar;
  Depressão e/ou sintomas psicossomáticos;
  A vitima pode tornar-se num agressor;
                tornar-
  Em algumas situações culmina no SUÍCIDIO
Sinais de Bullying

 Ter poucos amigos;

 Vontade de estar sozinho;

 Desmotivação escolar e vontade de faltar às aulas;

 Desempenho escolar fraco;

 Frequentes mudanças de humor, variam entre a ira, a
revolta, a depressão, a ansiedade e outros sentimentos
ambivalentes..
Os professores
Como lidam com estas situações?

   COM POUCA INFORMAÇÃO E SOZINHOS


Estudos apontam que:
A escola não é proactiva;
Não organiza sistemas internos de ajuda mútua;
Não há envolvimento da escola na resolução dos
problemas.
Expulsar um aluno problemático ou
         suspende-
         suspende-lo solucionaria o problema?

                          NÃO
Só em casos muito excepcionais dão resultado positivo e
persistente;
persistente;


Na maior parte dos casos, tem um efeito pontual e
circunstancial, e frequentemente agrava mais o problema
(orgulho e satisfação);
           satisfação);


Os alunos problemáticos são os que mais precisam da
escola e de um professor que os compreenda.
                                compreenda.
É possível ao professor adoptar um
  comportamento preventivo nestas situações?


                         SIM
A acção isolada de um professor é positiva, mas muito
limitada;
limitada;
É importante a definição de regras claras e consistentes
baseadas num clima de diálogo e compreensão;
                                compreensão;
O diálogo com o aluno é muito importante e deve ser
associado a outras tarefas de ensino: trabalhos de grupo,
                                  ensino:
ensino cooperativo, Internet, saídas em conjunto.
                                         conjunto.


EM SUMA: criar condições para que os alunos aprendam uns
   SUMA:
com os outros.
       outros.
É possível ao professor adoptar um
  comportamento preventivo nestas situações? (cont.)


                           SIM
     Aconselhamento aos alunos:
-Não devem andar sozinhos;
-Devem ter actividades fora da escola para poder ter mais
amigos;
-Incentivar a criança/jovem a ter um melhor amigo que
as possa ajudar;
-Em caso de confronto com o agressor ter uma postura
direita e confiante, sem revelar medo e insegurança.
Como é que a escola pode actuar no
               seu todo?

                        PREVENÇÃO
Criando um regulamento conhecido por todos que inclua as
regras de convivência e socialização no espaço escola;
                                               escola;
Esclarecer os direitos e os deveres de cada um e de todos;
                                                    todos;
Apoiar actividades que continuem as acções dos professores:
                                               professores:
clubes, projectos, conhecimento do meio social e patrimonial,
gabinete de apoio aos alunos;
                      alunos;
Estar atento aos sinais de alerta;
                           alerta;
Inclusão dos encarregados de educação;
                             educação;
Clima de entreajuda entre os professores.
                             professores.
Deveria a acção dos órgãos de gestão das
escolas ser mais firme nos casos de violência?


                           SIM
A firmeza deve assentar na definição de regras e normas. São
                                                 normas.
indispensáveis;
indispensáveis;
Esta firmeza não significa ameaça e castigo;
                                    castigo;
O castigo só deve ter lugar quando todos os outros meios se
esgotarem;
esgotarem;
Firmeza sim e sempre, baseada no diálogo e compreensão
profunda de toda a situação;
                   situação;
Dever-se-
Dever-se-á conhecer quem interveio na situação de indisciplina e
escolher o procedimento pedagógico mais ajustado.
                                        ajustado.
Investigações apontam algumas
             sugestões:

Aplicar questionários às turmas sobre bullying, com o
objectivo de conhecer melhor cada aluno, pois cada
caso é um caso;
          caso;


Educação parental (inclusão das famílias);
                                famílias);


Promoção de trabalhos de grupo em sala de aula sobre
a temática (debater o tema, tomada de consciência da
seriedade do problema).
             problema).
Algumas sugestões bibliográficas

Beane, A. L. (?) A sala de aula sem Bullying. (?): Porto
  Editora.   (Este manual contempla mais de 100 sugestões para
  combater este problema)



Amado, J. e Freire, I. (2001). Indisciplina e
  Violência na escola – Compreender para
  prevenir. ?: Lisboa.      (Este manual aborda a problemática
  numa linha mais preventiva)
Bibliografia
Amado, J. e Freire, I. (2001). Indisciplina e Violência na
  escola – Compreender para prevenir. ?: Lisboa.

Gaspar de Matos, Margarida et al (2001), Bullying – A
                                  2001),
  Provocação/ Vitimação entre Pares no Contexto
  Escolar Português. Análise Psicológica, 4 (XIX): 523-
          Português.
  537.

http://www.tu-alinhas.pt
http://www.psicronos.pt
http://www.educare.pt
http://www.esec-danielsampaio.pt/
Bullying “Compreender para Prevenir”


        As vitimas de hoje poderão ser os

             agressores de amanhã


A humanidade não pode libertar-se da violência
                      libertar-

                       não-
     senão por meio da não-violência. (Gandhi)
Apresentacao bullying (1)

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Atitudes e Mudança de Atitudes
Atitudes e Mudança de AtitudesAtitudes e Mudança de Atitudes
Atitudes e Mudança de Atitudesalicecanuto
 
Classificação – sistemas operativos
Classificação – sistemas operativosClassificação – sistemas operativos
Classificação – sistemas operativosTROLITO LALALAL
 
Impressões e Expectativas
Impressões e ExpectativasImpressões e Expectativas
Impressões e ExpectativasRaQuel Oliveira
 
Emoções, Sentimentos e Afectos
Emoções, Sentimentos e AfectosEmoções, Sentimentos e Afectos
Emoções, Sentimentos e Afectosguested634f
 
Processos emocionais
Processos emocionaisProcessos emocionais
Processos emocionaisSilvia Revez
 
Aula 3 behaviorismos
Aula 3   behaviorismosAula 3   behaviorismos
Aula 3 behaviorismosLudmila Moura
 
Mente Humana 1 - A Percepção (Actualizado)
Mente Humana 1 - A Percepção (Actualizado)Mente Humana 1 - A Percepção (Actualizado)
Mente Humana 1 - A Percepção (Actualizado)Jorge Barbosa
 
Afeto e suas alterações
Afeto e suas alteraçõesAfeto e suas alterações
Afeto e suas alteraçõesCaio Maximino
 
A socialização e os seus agentes e mecanismos
A socialização e os seus agentes e mecanismosA socialização e os seus agentes e mecanismos
A socialização e os seus agentes e mecanismosturma12c1617
 
Power point estereótipos, preconceitos e discriminação.
Power point   estereótipos, preconceitos e discriminação.Power point   estereótipos, preconceitos e discriminação.
Power point estereótipos, preconceitos e discriminação.Vitor Manuel de Carvalho
 
RelaçõEs Interpessoais
RelaçõEs InterpessoaisRelaçõEs Interpessoais
RelaçõEs InterpessoaisRolando Almeida
 
Relações interpessoais e habilidades sociais
Relações interpessoais e habilidades sociaisRelações interpessoais e habilidades sociais
Relações interpessoais e habilidades sociaisEdith Andrade
 
A história da matemática materiais simbólicos
A história da matemática   materiais simbólicosA história da matemática   materiais simbólicos
A história da matemática materiais simbólicosRafaela Feitosa
 

Mais procurados (20)

António Damásio
António Damásio  António Damásio
António Damásio
 
Chuvas ácidas e SMOG
Chuvas ácidas e SMOGChuvas ácidas e SMOG
Chuvas ácidas e SMOG
 
Atitudes e Mudança de Atitudes
Atitudes e Mudança de AtitudesAtitudes e Mudança de Atitudes
Atitudes e Mudança de Atitudes
 
Emoções e sentimentos.pptx
Emoções e sentimentos.pptxEmoções e sentimentos.pptx
Emoções e sentimentos.pptx
 
Classificação – sistemas operativos
Classificação – sistemas operativosClassificação – sistemas operativos
Classificação – sistemas operativos
 
DigCompEdu.pptx
DigCompEdu.pptxDigCompEdu.pptx
DigCompEdu.pptx
 
Impressões e Expectativas
Impressões e ExpectativasImpressões e Expectativas
Impressões e Expectativas
 
Emoções, Sentimentos e Afectos
Emoções, Sentimentos e AfectosEmoções, Sentimentos e Afectos
Emoções, Sentimentos e Afectos
 
Processos emocionais
Processos emocionaisProcessos emocionais
Processos emocionais
 
Aula 3 behaviorismos
Aula 3   behaviorismosAula 3   behaviorismos
Aula 3 behaviorismos
 
Trabalho slides behavorismo 2014
Trabalho slides behavorismo 2014Trabalho slides behavorismo 2014
Trabalho slides behavorismo 2014
 
Como estudar?
Como estudar?Como estudar?
Como estudar?
 
Mente Humana 1 - A Percepção (Actualizado)
Mente Humana 1 - A Percepção (Actualizado)Mente Humana 1 - A Percepção (Actualizado)
Mente Humana 1 - A Percepção (Actualizado)
 
Afeto e suas alterações
Afeto e suas alteraçõesAfeto e suas alterações
Afeto e suas alterações
 
A socialização e os seus agentes e mecanismos
A socialização e os seus agentes e mecanismosA socialização e os seus agentes e mecanismos
A socialização e os seus agentes e mecanismos
 
Power point estereótipos, preconceitos e discriminação.
Power point   estereótipos, preconceitos e discriminação.Power point   estereótipos, preconceitos e discriminação.
Power point estereótipos, preconceitos e discriminação.
 
RelaçõEs Interpessoais
RelaçõEs InterpessoaisRelaçõEs Interpessoais
RelaçõEs Interpessoais
 
Relações interpessoais e habilidades sociais
Relações interpessoais e habilidades sociaisRelações interpessoais e habilidades sociais
Relações interpessoais e habilidades sociais
 
A história da matemática materiais simbólicos
A história da matemática   materiais simbólicosA história da matemática   materiais simbólicos
A história da matemática materiais simbólicos
 
Emoções
EmoçõesEmoções
Emoções
 

Semelhante a Apresentacao bullying (1)

Metodologia do grupo de aprendizagem cooperativa no projeto chega de bullying
Metodologia do grupo de aprendizagem cooperativa no projeto chega de bullyingMetodologia do grupo de aprendizagem cooperativa no projeto chega de bullying
Metodologia do grupo de aprendizagem cooperativa no projeto chega de bullyingSimoneHelenDrumond
 
Bullying: o que é e como combatê-lo?
Bullying: o que é e como combatê-lo?Bullying: o que é e como combatê-lo?
Bullying: o que é e como combatê-lo?Thiago de Almeida
 
Jonathan arruda dione_soares_bullyng no ambiente escolar
Jonathan arruda dione_soares_bullyng no ambiente escolarJonathan arruda dione_soares_bullyng no ambiente escolar
Jonathan arruda dione_soares_bullyng no ambiente escolarIsrael Deus
 
Bullyng no ambiente escolar
Bullyng no ambiente escolarBullyng no ambiente escolar
Bullyng no ambiente escolarIsrael Deus
 
Slide Artigo Científico Jacqueline Kelly Almeida.pptx
Slide Artigo Científico Jacqueline Kelly Almeida.pptxSlide Artigo Científico Jacqueline Kelly Almeida.pptx
Slide Artigo Científico Jacqueline Kelly Almeida.pptxTatyaneSantana1
 
O coordenador Pedagógico e os problemas Comportamentais
O coordenador Pedagógico e os problemas ComportamentaisO coordenador Pedagógico e os problemas Comportamentais
O coordenador Pedagógico e os problemas ComportamentaisRenataFariasDias
 
violenciaescolar04082016cleofante.ppt
violenciaescolar04082016cleofante.pptviolenciaescolar04082016cleofante.ppt
violenciaescolar04082016cleofante.pptMarina Simões Neves
 
Bulling trabalho de stc 7
Bulling trabalho de stc 7Bulling trabalho de stc 7
Bulling trabalho de stc 7sonia
 
Bullying não tem graça
Bullying não tem graçaBullying não tem graça
Bullying não tem graçaRubens Junior
 
Palestra gabriel chalita em manaus 210809
Palestra gabriel chalita em manaus 210809Palestra gabriel chalita em manaus 210809
Palestra gabriel chalita em manaus 210809SimoneHelenDrumond
 
Bullyind e desrespeito: como acabar com essa cultura na escola
Bullyind  e desrespeito: como acabar com essa cultura na escolaBullyind  e desrespeito: como acabar com essa cultura na escola
Bullyind e desrespeito: como acabar com essa cultura na escolaCristiana de Oliveira
 
Trabalho sobre bullying
Trabalho sobre bullyingTrabalho sobre bullying
Trabalho sobre bullyingjackzeus
 

Semelhante a Apresentacao bullying (1) (20)

Metodologia do grupo de aprendizagem cooperativa no projeto chega de bullying
Metodologia do grupo de aprendizagem cooperativa no projeto chega de bullyingMetodologia do grupo de aprendizagem cooperativa no projeto chega de bullying
Metodologia do grupo de aprendizagem cooperativa no projeto chega de bullying
 
Projeto bullying
Projeto bullyingProjeto bullying
Projeto bullying
 
Doc 154
Doc 154Doc 154
Doc 154
 
Bullying
BullyingBullying
Bullying
 
Bullying: o que é e como combatê-lo?
Bullying: o que é e como combatê-lo?Bullying: o que é e como combatê-lo?
Bullying: o que é e como combatê-lo?
 
Jonathan arruda dione_soares_bullyng no ambiente escolar
Jonathan arruda dione_soares_bullyng no ambiente escolarJonathan arruda dione_soares_bullyng no ambiente escolar
Jonathan arruda dione_soares_bullyng no ambiente escolar
 
Bullyng no ambiente escolar
Bullyng no ambiente escolarBullyng no ambiente escolar
Bullyng no ambiente escolar
 
Projeto Bullying
Projeto BullyingProjeto Bullying
Projeto Bullying
 
Slide Artigo Científico Jacqueline Kelly Almeida.pptx
Slide Artigo Científico Jacqueline Kelly Almeida.pptxSlide Artigo Científico Jacqueline Kelly Almeida.pptx
Slide Artigo Científico Jacqueline Kelly Almeida.pptx
 
O coordenador Pedagógico e os problemas Comportamentais
O coordenador Pedagógico e os problemas ComportamentaisO coordenador Pedagógico e os problemas Comportamentais
O coordenador Pedagógico e os problemas Comportamentais
 
violenciaescolar04082016cleofante.ppt
violenciaescolar04082016cleofante.pptviolenciaescolar04082016cleofante.ppt
violenciaescolar04082016cleofante.ppt
 
Bulling trabalho de stc 7
Bulling trabalho de stc 7Bulling trabalho de stc 7
Bulling trabalho de stc 7
 
Bullying liliana (1)
Bullying liliana (1)Bullying liliana (1)
Bullying liliana (1)
 
Bullying não tem graça
Bullying não tem graçaBullying não tem graça
Bullying não tem graça
 
Bullying na Escola
Bullying na EscolaBullying na Escola
Bullying na Escola
 
Bullingeg
BullingegBullingeg
Bullingeg
 
Projeto Boas Práticas
Projeto Boas PráticasProjeto Boas Práticas
Projeto Boas Práticas
 
Palestra gabriel chalita em manaus 210809
Palestra gabriel chalita em manaus 210809Palestra gabriel chalita em manaus 210809
Palestra gabriel chalita em manaus 210809
 
Bullyind e desrespeito: como acabar com essa cultura na escola
Bullyind  e desrespeito: como acabar com essa cultura na escolaBullyind  e desrespeito: como acabar com essa cultura na escola
Bullyind e desrespeito: como acabar com essa cultura na escola
 
Trabalho sobre bullying
Trabalho sobre bullyingTrabalho sobre bullying
Trabalho sobre bullying
 

Apresentacao bullying (1)

  • 1. Bullying - A Agressividade Entre Pares
  • 2. Conceito de Bullying Dan Olweus (1991), definiu o conceito de Bullying 1991), afirmando que “um aluno está a ser provocado/vitimado quando ele ou ela está exposto/a, repetidamente, ao repetidamente, longo do tempo e de forma intencional, a acções intencional, negativas da parte de uma ou mais pessoas”. pessoas”. Esse importunar repetido pode ser físico, verbal, psicológico e/ou sexual. sexual.
  • 4. Formas de Bullying Espalhar Boatos Intimidação Dominar Ciber Provocação Gozar bullying Oprimir Insultar Exclusão
  • 5. Prevalência As investigações apontam para o seguinte: Maior incidência no sexo masculino. Eles praticam bullying mais masculino. directo (ameaçam e batem); batem); Por seu lado, Elas praticam um bullying mais social (ofensas, boatos negativos e rejeição) Anos escolares de mais incidência: no 7.º e 8.º ano de incidência: escolaridade; escolaridade; As vitimas são sobretudo alunos mais novos; novos; A probabilidade de serem ameaçados, diminui à medida que aumenta a idade; idade; Nos EUA, uma em cada sete crianças é um agressor ou vitima; vitima;
  • 7. Características São geralmente do sexo masculino; masculino; No fundo são indivíduos que se sentem infelizes; infelizes; Têm mais probabilidade de se envolver em comportamentos de risco e de consumo (álcool, tabaco, drogas, etc.); etc. Pertencem a famílias que lhes dão pouco afecto e protecção, existindo distância emocional entre os membros familiares; familiares; Os pais desvalorizam-nos ao invés de os elogiar; desvalorizam- elogiar;
  • 8. Características (cont.) A família usa estilos de disciplina punitiva ou rígida, ensinada de forma inconsistente e com pouca monitorização; monitorização; Baixa tolerância à frustração; frustração; Falam de si como vencedores e desprezam os mais fracos; fracos; Os agressores/bullies são arrogantes, conflituosos e adoram ganhar; ganhar; A resolução de problemas é feita de forma pobre e/ou agressiva. agressiva.
  • 10. Características As vitimas típicas são mais deprimidas; Consideram a escola um espaço desagradável; Tendem a ter reacções psicossomáticas, como a enurese, dores estomacais, cefaleias, etc; Tendem a pertencer a famílias que educam de forma restritiva e com excesso de protecção por parte dos pais;
  • 11. Características (cont.) Geralmente são pouco sociáveis; Forte sentimento de insegurança; Baixa auto-estima agravada por intervenções auto- criticas; Têm poucos amigos; São passivos e quietos, não reagindo aos actos de agressividade; Baixo desempenho escolar.
  • 13. Características Retaliam quando são atacadas; Expressam frequentemente a recusa pelos pares; Tendem a exibir desagrado pela escola; Instabilidade emocional, que pode decorrer da exposição a situações de violência e abusos; Pais punitivos que usam estratégias agressivas e de rejeição.
  • 15. As situações de Bullying poderão dar origem: Baixa auto-estima e medo em expressar emoções; auto- Problemas de relacionamento com o outro; Recusa escolar; Aparecimento de comportamentos de risco; Ansiedade; Pensamento corrente que até merecem ser maltratados; Alto nível de absentismo e possível abandono escolar; Depressão e/ou sintomas psicossomáticos; A vitima pode tornar-se num agressor; tornar- Em algumas situações culmina no SUÍCIDIO
  • 16. Sinais de Bullying Ter poucos amigos; Vontade de estar sozinho; Desmotivação escolar e vontade de faltar às aulas; Desempenho escolar fraco; Frequentes mudanças de humor, variam entre a ira, a revolta, a depressão, a ansiedade e outros sentimentos ambivalentes..
  • 18. Como lidam com estas situações? COM POUCA INFORMAÇÃO E SOZINHOS Estudos apontam que: A escola não é proactiva; Não organiza sistemas internos de ajuda mútua; Não há envolvimento da escola na resolução dos problemas.
  • 19. Expulsar um aluno problemático ou suspende- suspende-lo solucionaria o problema? NÃO Só em casos muito excepcionais dão resultado positivo e persistente; persistente; Na maior parte dos casos, tem um efeito pontual e circunstancial, e frequentemente agrava mais o problema (orgulho e satisfação); satisfação); Os alunos problemáticos são os que mais precisam da escola e de um professor que os compreenda. compreenda.
  • 20. É possível ao professor adoptar um comportamento preventivo nestas situações? SIM A acção isolada de um professor é positiva, mas muito limitada; limitada; É importante a definição de regras claras e consistentes baseadas num clima de diálogo e compreensão; compreensão; O diálogo com o aluno é muito importante e deve ser associado a outras tarefas de ensino: trabalhos de grupo, ensino: ensino cooperativo, Internet, saídas em conjunto. conjunto. EM SUMA: criar condições para que os alunos aprendam uns SUMA: com os outros. outros.
  • 21. É possível ao professor adoptar um comportamento preventivo nestas situações? (cont.) SIM Aconselhamento aos alunos: -Não devem andar sozinhos; -Devem ter actividades fora da escola para poder ter mais amigos; -Incentivar a criança/jovem a ter um melhor amigo que as possa ajudar; -Em caso de confronto com o agressor ter uma postura direita e confiante, sem revelar medo e insegurança.
  • 22. Como é que a escola pode actuar no seu todo? PREVENÇÃO Criando um regulamento conhecido por todos que inclua as regras de convivência e socialização no espaço escola; escola; Esclarecer os direitos e os deveres de cada um e de todos; todos; Apoiar actividades que continuem as acções dos professores: professores: clubes, projectos, conhecimento do meio social e patrimonial, gabinete de apoio aos alunos; alunos; Estar atento aos sinais de alerta; alerta; Inclusão dos encarregados de educação; educação; Clima de entreajuda entre os professores. professores.
  • 23. Deveria a acção dos órgãos de gestão das escolas ser mais firme nos casos de violência? SIM A firmeza deve assentar na definição de regras e normas. São normas. indispensáveis; indispensáveis; Esta firmeza não significa ameaça e castigo; castigo; O castigo só deve ter lugar quando todos os outros meios se esgotarem; esgotarem; Firmeza sim e sempre, baseada no diálogo e compreensão profunda de toda a situação; situação; Dever-se- Dever-se-á conhecer quem interveio na situação de indisciplina e escolher o procedimento pedagógico mais ajustado. ajustado.
  • 24. Investigações apontam algumas sugestões: Aplicar questionários às turmas sobre bullying, com o objectivo de conhecer melhor cada aluno, pois cada caso é um caso; caso; Educação parental (inclusão das famílias); famílias); Promoção de trabalhos de grupo em sala de aula sobre a temática (debater o tema, tomada de consciência da seriedade do problema). problema).
  • 25. Algumas sugestões bibliográficas Beane, A. L. (?) A sala de aula sem Bullying. (?): Porto Editora. (Este manual contempla mais de 100 sugestões para combater este problema) Amado, J. e Freire, I. (2001). Indisciplina e Violência na escola – Compreender para prevenir. ?: Lisboa. (Este manual aborda a problemática numa linha mais preventiva)
  • 26. Bibliografia Amado, J. e Freire, I. (2001). Indisciplina e Violência na escola – Compreender para prevenir. ?: Lisboa. Gaspar de Matos, Margarida et al (2001), Bullying – A 2001), Provocação/ Vitimação entre Pares no Contexto Escolar Português. Análise Psicológica, 4 (XIX): 523- Português. 537. http://www.tu-alinhas.pt http://www.psicronos.pt http://www.educare.pt http://www.esec-danielsampaio.pt/
  • 27. Bullying “Compreender para Prevenir” As vitimas de hoje poderão ser os agressores de amanhã A humanidade não pode libertar-se da violência libertar- não- senão por meio da não-violência. (Gandhi)